Contexto da Poesia Tecendo a Manha

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DENTES DE LEÃO

São espalhados pelos quatro ventos,
Para não deixar cair no esquecimento
A esperança que, melhor, tudo vai ficar.
Como portadores de boas notícias
Vão às portas de lugares distantes divulgar.

Destemidos e corajosos como um leão,
O animal mais temido da savana.
Com fervor e muita dedicação,
Vão a uma casa, um casebre ou uma cabana,
Com a mensagem de salvação, amor e perdão.

Os pés de quem não se deixar vacilar
São tão admiráveis quanto um dente de leão,
Que, com um sopro, deixa levar
Suas sementes para germinar pelo chão.

FIM
Ivan F. Calori

Do que sou feita

Não sei amar pelos meados
Amor de incompletudes me exasperam
Sou feita de vastidões, não de bocados.

Minh'alma é ventania no alto da Serra
É enxurrada que arrasta pinheirais
É tudo ou nada mais.

Então não me venha com pedaços
Ou nega-me o universo
ou deixa-me quedar nos teus braços!

(Desilusão)

Ser poeta é uma chatice
Incompreendido
Compreende a tudo em redor
Mas não consegue
Se compreender
Solidão de ideias
Quase sempre
vê a poesia sozinho
Vegeta em meio a utopias internalizadas
Caminha de costas
Sozinho
Na contramão
Ninguém quer saber o que senti o poeta
Ninguém quer saber de nada
Que flua do oceano das ideias
Esse papo de ser
Sentir
E blablablá ...
É tão distante
Tão obscuro
Tão platônico
O amor pela poesia.

Nossa história...

De mãos dadas com a força do amor
Seguimos
Juntos pelo caminho da persistência
Em acreditar que o amor pode sobreviver
Em meio à tempestades
Furacões emocionais
De mãos dadas
Seguimos.
Lado a lado
Sem olhar para trás.
Olhando para o mesmo alvo
À felicidade construída
Sólida
À dois
Corações
Em um único ser.

Segredos do coração

Não contes
Meus versos
São desabafos
D’alma amante
Não espalhe meus contos de amor
Nem penses em sussurrar ao vento meus dizeres
São pérolas do oceano de sentimentos
Contidos na alma cálida
Não contes te peço
Os devaneios de amor galante que a ti confessei
Das tardes longas que contigo tive...
Não dê detalhes da minha fala ofegante em declamar o amor
Do meu olhar marejado de lágrimas que denunciavam minha paixão
Por favor, não conte! É um grande segredo.
È intimo
É platônico
É pulsante
É doloroso
Ah, amigo não conte a ninguém
Que confessei o meu amor...
Não posso vive-lo
Não posso dizê-lo
Só posso sonhá-lo!

ECO DE AMOR

Por detrás dessas cortinas majestosas,
eu vejo o escuro da solidão assolando
as lacunas da minha lembranças...
Também, ouço o som de uma vitrola grená
desvencilhando uma musica, que me
arrasta ao amar d'um passado que o tempo
e o seu encantado encanto... Cortinou em
seu canto e encantou o meu pranto, sob as
cores do meus velhos cabelos brancos.
Entre um tranco de sentimento e outro...
Eu solto um grito fosco ofuscando o
momento breve, Meu bem, meu bem...
Meu bem! Ninguém ouve o meu S.O.S de
intensos timbres, internos... Nem mesmo
os meus ouvidos são capazes de discernir
o rumo do eco aclamado do meu coração.
Meu bem! Meu bem! Hoje... São esses os
meus gritos mudos que mostram-me, no
mundo o quando eu fui rude com a
minha paixão. Meu bem! Meu bem!!!
Em vez d'eu ouvir, ou ver o meu chamado,
tudo que vejo, são lagrimas do meus
olhos e tudo que ouço são os tics-tacs
do meu... Calado coração.
Antonio Montes

Saúde?
sei lá o que é isso
é de come o é de bebe?
precisa de que pra pode te?
precisa sabe le?
sei nao hein
essa saúde ta muito cara
desse jeito nao vo pode leva
hoje nao
la em casa saude nao tem na geladeira
e nem na torneira
nas panela, vix
tem nao
saúde?
sei o que é nao
por aqui se ouve fala
mais a gente não sabe como chega
é !!

Me dê inspiração
Que eu te dou uma versão !

Talvez de você, talvez de alguém que você queira ser,
Talvez de alguém que você abomine conhecer.

Quantas versões existem de você ?
Quantas dessas versões você deseja conhecer ?

Quantas dessas versões você já experimentou viver ?

Insta: @li.fer.nanda

ANCESTRAIS

Aquela casa na estrada
por onde a boiada passou
n'um dia contava as jardas
n'outro saudade do amor.

Já serviu caneca fria
com água lá da cacimba
na agonia de um dia
passo da vida atrevida.

Aquela casa na estrada
nas margens d'aquele lugar
contava historia sem farda
d'uma fada p'ra casar.

Contava corda, amarelinho
em tempo distante atrás
pesponto estrelas pontinho
na historias dos ancestrais.

Antonio Montes

ÁGUAS PASSADAS

Veleiro no porto, atracado...
Com todo seu pano furado,
não navega mais, o veleiro!
Pelos mares do condado.

Amarrado em seu cais...
Dorme sonho de toda vida
acorda em seus madrigais
no altar de grande partida.

Veleiro no porto atracado
um dia projetou-se no mar
velejou águas e oceanos
e sonhos p'ra não se acabar.

Supriu os mares do mundo
com seu plano e coordenadas
bombordo estibordo e pano
agora são águas passadas.

Antonio Montes

Canta inquieta e solitária uma ave,
talvez em busca de companhia,
aprecio com calma a voz dela,
temendo que cesse a melodia

Ela só quer sozinha ficar
num jardim de flores perfumadas,
esperando que chegue o anoitecer,
para partir, voando sobre a invernada

Ave que sabe bem seu rumo,
como ela deveríamos ser,
ter um bom momento especial,
depois seguir, simplesmente viver !

O WIFI

Com wifi eu vou,
sem sair do lugar...
Para onde quero ou não quero
através dessas asas é vero,
que qualquer um pode voar...

Vou por ai pelas cidades
horizontes campos e mar
pelos os oceanos da vida
vou de asas, vou de dedos...
E remos a navegar.

Com wifi... Faz?!
Não sei, não sei...
Não sei se faz ou não faz
o que sei é que, com wifi
eu sou um pouco, pouco, mais.

Busco acalento no tempo
psicologia para meus ais
manobras para meu sentimentos
barulho, calmo em silencio
tudo esta, no wifi.
Antonio Montes

Com você, enxergo o quanto somos fracos. Com você, enxergo o quanto somos falhos. Com você, enxergo que a vida só tem brilho, quando os olhos brilham.
Com você, vejo a luz daquele que é infinito.
Com você, os sonhos são reais.
Com você, recordo que um dia serei apenas história...
Com você, todo meu futuro faz sentido.
Com você, viver é extrair a beleza da inocência.
Em você, desperto o melhor de mim.
Em você, descubro o quanto sou egoísta.
Sim, amor, você é uma das formas teofânicas.
Você me faz acreditar que o ser humano ainda tem esperança.
Em você, encontro minhas mazelas.
Com você, descubro o quanto sou mortal, e que a imortalidade é consequência das acoês.
Com você, choro de felicidade.
Choro de tristeza. Tristeza por saber que a máquina mais perfeita, tornou-se um espectro, diante de um ser perfeito imagem e semelhança (de quem?)
Com você, descubro o amor.
Sim, o amor puro. Sem interesses. Sem fingimento. Sem hipocrisia!
Quando crescer, minha pequena princesa, quero ser igual você. A eternidade é o começo de uma história que começa com um simples ponto.
Em você, venço o mal, o terrivel mal que assola a raça humana, o egoísmo!
O céu existe, e pertence a você, meu anjo!
Consegue uma vaga pra mim, e todos nós, miseravéis pecadores, porque o céu é seu.
O céu é dos anjos, e isso, aprendi com você!

INQUIETUDE

Dona coruja, cheia de rugas
em seu cacarejo... Pede ajuda
e na noite escura, com frescura
em cima de morro, estouro
Pedido de socorro...
Meu Deus, meus Deus
... Me acuda!
Pelas sombras sombrações
tudo cheio de tenções
lobos dragões
vidas cheias, supetões.

Já o curiango sem seu tango
faz o revoar de asas
em silencio, todo brando
... Lá vai o bando pela escuridão
o urro do lobo
ladrar de cão...
Topada no toco, escorregão.

Pela lama da poça d'água
pela noite enluarada
rompe a aurora
e vem com o dia, em euforia
ave-maria, ave-maria.

Antonio Montes

Sentimentos

Sem ti não sou nada
Sou vela de chama apagada
Tenho a vida sem sabor
De um amante sem vigor

Apegado a segredos
Aventurado em devaneios
Dos velhos medos
Dos olhos cheios

Sou cárcere de ti rancor
Assim que perdi o pudor
Feito da consequência

De encontrar a dor
A única eloquência
Desta íntima convivência

A CANJA

Me arranja uma canja
que de banda nessa banda
voou tentando debandar
se a canja me arrumar.

Quem sabe uma colherada
... De riso carinho e amor
um abraço antes do nada
um jardim repleto de flor.

Me arranja uma canja?
Sim! Uma canja me arranja
... Para fazer do viver
uma canja com você.

D'essa canja, uma colherada
com toque de tamborim
sapateado samba rodada
uma canja, assim para mim.

Antonio Montes

SOB O OLHAR DO GATO PRETO

A tarde se despeja, fastiosa sob um céu turvo...
Sinto a presença do gato preto. Não o vi ainda, mas
trás presságios de má sorte. Sei. Me encurvo...
... Ante os olhos da morte. fria , risonha e aldaz!

E quando a lua imensa toma o céu de loucuras
Ele passeia pelo assoalho de mármore branco
É o antever de todo o despejar do mar de agruras
Fecho os olhos. Luar de sangue, dor e pranto.

E o que me trás, gato preto? À que então, veio?
Vieste de ceifar as almas do mar do norte. Sim!
Vais embora logo. Não o quero ver. Bicho feio!

Mas até quando fugirei da presença do maldito!?
Abro meus olhos. Ei-lo: Quieto, negro e tenebroso.
Apaga-se então, a última estrela do infinito.

Amo a minha liberdade
Amo minha exatidão
Mesmo que por causa dela
Eu não seja nada exato, de fato.

Amo minha liberdade
quase quão igual minha solidão.

É que eu não sinto
a necessidade de mendigar paixão
amor ou de escrever um refrão, não.

Completo-me com a linha
Observando a imensidão.

POETISA BÊBADA

A poetisa bêbada
em sonhos com as favas
bebeu todas suas magoas,
e no tempo medonho
... Magoada, sonhou.

Sonhou com suas trelas
entre cânticos e velas
sonhava vela nas estrelas
o mundo e seu inventor
e voar com seu amor.

A poetisa bêbada...
Bebeu, poucas e boas
e em sua garoa louca
bateu o mal da sua roupa
com sua boca rasgou.

Rasgou o verbo, rasgou frases
Embarcou em sua viagem boa
navegou sobre seus mares
e com poemas e suas penas
encheu a sua velha canoa.

A poetisa bêbada...
Em noite enluarada
debruçou sobre a calçada
chorou seu mundo, seu tempo
e todo seu sentimento
sob o vento, ela jogou.

Das agonias dos seus dias
poetou as suas falas
amarrou-se em fantasias
e das palavras, fez sua casa.

Antonio Montes

AMOR PLATÔNICO
Dentro dos teus olhos me vejo
me sinto; explico-me e me entendo.
Dentro do meu coração tu vives...
e talvez nem saibas que me pertence!
És tão meu, sem que eu nunca tenha te possuído
e eu tão tua, Sem nunca ter me entregado;
minhas atitudes me guiam para o meu próprio abismo,
Abismo que denomino viver sem ti!!
Determinas o meu destino sem querer,
manténs meu sentimento, sem um porquê;
e mesmo sem saber, protagonizas a minha triste história de amor!
amor platônico, amor que vive, amor que sofre,
amor que nunca, nunca morre .
Queria poder gritar eu te amo
de forma que só você me escutasse,
Queria poder me jogar sendo os teus braços meu único amparo.
Queria poder chorar e encontrar nos teus abraços o meu consolo.
Queria escutar de você o mesmo que quero te dizer!
E tu oh cruel amado!
Por que não percebes a minha covardia?
Não desvendas os meus sentimentos?
Não me vê além da minha hipocrisia?
Por que não me amas?
…e a vida permanece assim
tu existindo no teu mundo;
e solitário coexistindo dentro de mim.♥
(Juliana Patriota)

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