Contexto da Poesia Tecendo a Manha
SOMOS NECESSÁRIOS
Todos nós somos necessários,
somos verdadeiros responsáveis,
por cumprirmos com os nossos
deveres.
Somos necessários...
no amor, família, no trabalho
e em todos os lugares,
que nos dizem respeito.
Somos necessários...
no mundo, para cumprirmos
com a nossa parte.
Zelar de toda a natureza
e dos nossos semelhantes,
com o devido respeito
e consideração...
somos necessários
para praticar ao que é bom...
Autor: Antonio Cícero da Silva(Águia)
Ode à amizade: Reflexões de um poeta desajeitado
Em um final de semana inspirado, olhando uma foto de família, observando a Gina com as pequenas, revendo um comentário (no facebook) da Rosemary, de doce lembrança, reflito sobre a imensa alegria de poder compartilhar minha existência com pessoas tão especiais, tão perfumadas, tão doces, tão encantadoras, que encontrei, e encontro, pelo caminho.
A existência é uma aventura maravilhosa, escrevi um dia, construída com pequenas coisas, como se constrói qualquer grande obra, qualquer grande ponte, qualquer grande prédio.
A palavra "amizade" é uma pequena pedra, um pequeno tijolo, que nos auxilia na construção de uma grande vida. Cada uma dessas pepitas precisa ser cuidada, preservada.
Penso, e sinto, que quanto mais amigos angariamos, mais material temos para a construção de uma grande vida. Cada um deles nos mostra um pouco do que somos, do que sentimos, do que fazemos, e a soma deles nos mostra o resultado da construção.
Quantos amigos temos? Quantos amigos tocam nosso coração em nossas orações? Quantos amigos nos auxiliaram a ser o que somos hoje? Quantas pessoas nos ajudam, ou ajudaram, sem sequer sabermos disso, quantas pessoas nos amam, sem sequer as conhecermos...?
Sejam elas familiares ou colegas de trabalho, colegas de estudo... Sejam elas como forem, fizeram ou fazem parte de nossa jornada, e estão encravados em nosso ser.
- Um alicerce, nunca lembrado, e nunca visto, está sustentando uma grande ponte, um grande prédio, um grande viaduto, que une pessoas de um lado e de outro do rio, cidades, estados, países, e até de continentes...
Para nossa saúde mental, e física, é importante dirigirmos nossos olhares para o que está abaixo do espelho d’água, muitas vezes encharcada de óleo e outros detritos humanos, obnubilando nossos olhos.
Sou, hoje, imensamente feliz por ter a sorte de compartilhar meus momentos e meus dias, com pessoas especiais, com seres humanos que são, de fato, o reflexo da construção divina, em andamento.
Cada um que passou por mim deixou uma lembrança, que ajuda na construção do que sou hoje, da felicidade que sinto por poder viver neste mundo exatamente neste momento, onde posso encontrar-me com cada um, e com todos, em minhas noites e meus dias, em minhas orações e minhas reflexões sobre o humano e o divino.
Não gostaria de viver outro momento!
Se tivesse que passar por tudo novamente, gostaria de me encontrar com todas as pessoas, exatamente do jeito que as encontrei e as encontro, fisicamente, ou em minhas lembranças, parte integrante de meu ser.
Realmente é uma aventura maravilhosa, e agradeço a Deus a cada dia, por ter me proporcionado momentos tão encantadores em minha curta existência, que se faz grande, imensa, infinita, por causa de cada um que encontro em meu dia a dia.
Ficam aqui beijos ternos de um poeta desajeitado, de um humano em construção.
Cansado.
Estou cansado do trânsito, do dinheiro,
Do trabalho e do descanso.
Estou cansado do dormir e acordar,
Do ato de crescer, da finalidade de estudar.
Estou cansado da fumaça, do cigarro,
Do por do sol, do céu nublado,
Do viver e do existir sem causas exatas,
Cansado de não saber o que tenho ou quem sou.
Estou cansado de ser polido, educado,
De ser grosso e estúpido e fazer descaso.
Cansado dos casos e acasos,
Do à vista e do à prazo.
Estou cansado do consumo sem necessidade,
Do comprar por status, para ter conceito.
Cansado de pensar que riqueza define ego,
De não saber o que é um ego ou o que é meu ego.
Estou cansado do tudo industrializado,
Do anel da ciranda que foi quebrado.
Cansado da era da poluição,
Da política e da corrupção.
Cansado do ralar para ter,
Do papo furado de que todo esforço terá reconhecimento (que reconhecimento?).
Cansado do mais e menos,
Das oscilações da vida.
Estou cansado dos impostos pela terra,
Pela água, pelo ar, pelo sol e pela guerra.
Casado de voltar no ontem ou de esperar o amanhã,
Fingindo que não existe um presente entre os dois.
Estou cansado do emprego mal reconhecido,
Do trabalho escravo de um escravo abolido.
Cansado do julgamento que não tem sentido,
De ser acusado e inocentado por um povo sem olhos e ouvidos.
Estou cansado de ser quem querem que eu seja (como se não pudesse ser eu mesmo),
De chorar por seres que não mereçam (há meia dúzia de bons, talvez uma dúzia).
Cansei de escrever a tristeza, a melancolia e o cansaço no poema,
Por isso, ainda que cansado, farei da vida a utopia de um romance no cinema.
Podemos ser Amigos?
Doce é ter aquele que te chama
pelo nome num tom suave, e
forte quando passas à frente
Amargo é quando alguém te
chama sempre de “ei” ou tu e
que não o chama pelo nome
Como é bom receber uma visita
ou ser convidado por amigo(a),
pois pensou e se lembrou de ti
Amigo ingrato pode existir, mas
mesmo sendo ingrato ele se
lembra de ti, pois não têm
como esquecer um amigo.
Não existe é, amigo que não se
lembra de você e que não sente
a sua falta ou presença na vida
Amizade existe e é lindo, forte
e especial, mas muitos o
ignoram e não o valorizam
Amizade real, cresce de várias
formas e de diversos tipos, mas
em todos há amor e respeito
Amigo verdadeiro é aquele que
reconhece e valoriza a amizade
que plantaram, cuidando dela
até às raízes, solo e folhas
Valoriza você a amizade ou seu
amigo? Então trate seus amigos
como se fosse a ultima vez que
o vais ver assim, viva com vida
os momentos juntos com seu(s)
amigo(s) e aproveita tudo feliz
Quando a morte chega leva o
que quiser e só restará tempo
pra se arrepender muito
Amigo é essencial à vida, pode
até ser mais chegado que um
irmão, presta atenção e cuida
dos que já são seus amigos.
Quem sou eu?
Eu? Quem sou eu, anjo ou demónio
Eu? Quando nasci, nasci inclinado
Como todas as pessoas que nasceram
Inclinadas para o mal, e pelo pecado.
Mas, por ser uma pessoa tão especial
Deus me deu asas para voar…
Asas brilhantes, de branco puro,
Da mais pura claridade, luz.
Com o passar do tempo, eu cresci
Finalmente cheguei ao nível E, porem
O meu objectivo era chegar ao nível A
A s minhas asas já estavam crescendo.
Ao longo do tempo, olhei uma rapariga,
Uma rapariga que me encantou por completo
Com a Sua beleza, seu corpo, sua pele…
Eu fiquei totalmente enfeitiçado por ela,
Apaixonado, louco, totalmente maluco, cego.
Porem como estava cego, eu não me reparei para ela,
Para as asas que ela possuía, asas de um dragão,
Língua de uma serpente, olhos de réptil,
cabelo de uma medoza,
E possuía a voz da águia, o que não era normal
Não num ser humano, ou era um monstro ou uma
bruxa, bom eu não sei o que é, mas eu sei que
tal coisa assim, não é um ser humano,
Pois estas coisas eu não às tinha visto.
Mesmo a minha frente, eu não conseguia ver
Era encanto a primeira vista, o amor
penetrava-me no sangue, no corpo, nos olhos
No pensamento, em tudo…
Tudo que via de mal nela convertia-se
Em amor perante os meus olhos castanhos
O amor guiava-me a voar com ela
Mas ela não podia voar, porque as suas asas
Não foram feitas para voar no céu
Mas sim, para encaminhar os anjos do céu trazendo-os
Do céu, para mergulhar no fundo deste poço, cortando as asas dos anjos…
E eu sabendo disso, o que fui fazer?
Dei a minha vida para ter a vida dela
Deixei de ser imortal para ser mortal
Abdiquei-me de tudo, da minha vida e das minhas Asas
Deixei na mão dela o meu coração que perdi
Para poder estar com ela, com o passar do tempo
Acabei por me arrepender de ter feito tudo
Isso por uma pessoa que não me mereça
Uma pessoa, um monstro sem coração
Como isso é possível?! É possível, uma vez que
A pessoa não quiser viver mais, logo quer
Dizer que está morto e os mortos não tem coração,
Se o coração não bate é porque não existe coracao
E eis-me aqui recebendo o castigo de Deus
Por o ter traído por uma víbora
Que me deixou amaldiçoado até agora
Não sei o que fazer, estou perdido na escuridão
Houve um dia que naquela escuridão apareceu
Uma luz, mas acabei por a perder, ainda tinha
Esperança de ter as minhas asas de volta
E de poder voar como nunca tinha voado.
Elas estão a crescer, por fim fui perdoado
Porque eu perdoei…
Agora estou com cautela a tira-la da escuridão
Já estive perto da morte
Agora vou ajuda-la a encontrar a luz
Para que junto possamos voar
Notei isso depois de ser despertado pelos meus amigos
E relato isso porque neste momento
Ela esta a repetir tudo de novo
By HEIDARI
Ate quando....
Ate quando vou permanecer intacto com os braços cruzados diante os problemas das drogas
Ate quando irei passar para o vazio da esquerda, de modo a desviar dos drogados desamparados a minha direita
Ate quando permanecerei tomando como minha, a suposta razão de que não pertence a mim, os problemas alheios
Ate quando seguirei despencando para baixo, pensando estar evoluindo para cima
Ate quando o isso não é da minha conta, permanecera atravessado em minha garganta
Ate quando vou carregar como um troféu, a estúpida frase de que só por não usar drogas já estou fazendo a minha parte
Ate quando vou deixar de querer ter as coisas da vida, para de fato querer ser alguma coisa na vida
Ate quando conseguirei seguir enganando a mim mesmo me abstendo
Acho que... Ate quando entender que mesmo não usando drogas, minha condescendência diante a isso, tem sido uma droga
A Teia
Toda a história da generosidade falsa dos nossos opressores
Não vale um dia de luz da solidariedade dos povos oprimidos.
A mão estendida nada mais receberá
Senão outra mão estendida
Para construir o que se quer.
Toda a história da generosidade falsa dos nossos opressores
Não vale um dia de luz da solidariedade dos povos oprimidos.
Os passos corridos não caminharão para as pedras
Será a terra justa nosso caminho.
O alimento dado aos que tem fome será negado
Senão o alimento da partilha, o alimento da vida.
A vida para os que aprenderam a amar vivendo
Será alimento para os que têm fome não só de comida.
Toda a história da generosidade falsa dos nossos opressores
Não vale um dia de luz da solidariedade dos povos oprimidos.
Os sonhos estéreis dos opressores serão de nós recolhidos
Sonharemos com o mundo no qual as palavras
Sejam coloridas com a tinta que transmuta
Toda luta em sonho
Todo sonho em luta.
Após um choque, abri os olhos e me vi acorrentado.
Acorrentado ao passado, com belas lembranças, momentos únicos...dias lindos e agradáveis.
Olhei para o outro lado e vi o tempo passando, gritei para ele esperar, mas indiferente continuou seguindo
sem responder, de forma estranhamente elegante e devagar.
O ambiente ficava mais cinza a cada passo que o tempo dava... e eu ali, acorrentado, preso ao passado.
As correntes me ligavam em um foco de luz, mas era uma luz isolada, o contorno todo negro e o interior formado por imagens estáticas, não se moviam.
Olhei novamente para o tempo e ele com um sorriso no canto da boca disse: "Graças a mim, teve aqueles momentos,
mas foi graças a ti que eles se tornaram eternos."
Eu retruquei: "Porque você não pára? Eu QUERO viver aquilo mais uma vez!!"
Ele finalizando disse: "Eu sou constante, mas você não, não podes viver o passado e o presente ao mesmo tempo, quem dirá o presente e o futuro, venha comigo ou morrerá no passado."
Imediatamente as correntes sumiram, fraco me levantei, pernas trêmulas vi o tempo, já de costas, indo em frente e deixando um caminho para eu seguir...
Eles...
Sou e serei o que quero,
Não aquilo que eles imporem.
Sou e serei o que sonho,
Não o que eles mandarem.
Não sou escravo,
Minhas mãos estão libertas.
Não sou prisioneiro,
Meu grito é livre e minha liberdade é certa!
Não vou trocar minha vida por um engano,
Não vou dar a mão a quem quer meus braços.
Não vou me reduzir a um coitado,
Sou livre e não romperei os laços.
Tenho vida, sonhos, metas,
Ser tratado como número é humilhação.
Sou pessoa, não um dígito,
Tenho alma e coração.
Não peçam o que não está no contrato,
Não esqueçam o nosso conchavo.
Meu registro é a liberdade,
Não a imposição a ser um escravo.
Ah, o capitalismo....
Capitalismo, onde está a tua graça?
Ser tratado como número já é uma desgraça.
Capitalismo, onde está a tua graça?
Esperei tua riqueza, mas logo vi tua trapaça.
Diga-me capitalismo, onde está a tua graça?
No consumo exagerado ou na mascara que te disfarça?
Onde capitalismo? Onde está a tua graça?
Está no cheiro do dinheiro ou na mentira que nos passa?
OS MEUS VERSOS
Os meus versos não são meus!
São um fio delgadinho,
Mais fino que o fino linho,
Da inteligência de Deus!
Sou o espelho unicamente:
Colho a imagem fulgurante
de estrela, de sol ardente,
Milhões de léguas distante.
Como, no búzio, cantando
Vem o mar, seu cavo grito
Anda talvez silabando
Em mim a voz do Infinito.
A frágil haste do trigo
Vibrou ao passar o vento;
Sucede o mesmo comigo.
Sacode-me o pensamento.
Ando, às vezes, distraído
E a ideia sorrateira
Vem-me achar de que maneira!...
E quando os meus versos traço
E os assino, como autor,
Reconheço que não passo
De receptor-transmissor.
Surge na várzea rasteira
Seara em verde lençol;
E cresce e fica altaneira
E quem a ergueu foi o Sol.
Até ao fundo covil
Do coração mais lapuz
Chega o hálito de Abril,
Vai uma réstia de luz.
O que somos, nesta vida,
Nós o devemos a Alguém
E passamos, de corrida,
Do além para o Além.
Viseu, Março 1948
No campo e na vida
“A queda do viaduto em Belo Horizonte é algo muito mais grave que a queda da Seleção!”
“Não é normal cair um viaduto de $500 milhões!”
“A vida é um combate que aos fracos abate, aos fortes aos bravos só pode exaltar” (Gonçalves Dias)
Tanto para o campo de futebol, como para a vida, precisamos estar preparados.
Não há como conseguirmos uma vitória, em qualquer campeonato, sem preparação, sem concentração, sem garra.
Disse, há alguns dias, que a vida é feita de “jogo duro”. Parece que os jogadores da seleção brasileira perceberam isso hoje, 08 de julho, ao enfrentarem uma Alemanha organizada, concentrada, há anos, para a Copa do Brasil.
Pasmem! Foram 08 (oito) anos juntos, preparando-se para a Copa do Brasil.
Foram oito anos de seriedade em relação ao esporte, à competição, não em relação ao que a vitória pode render em termos de dinheiro e de notoriedade.
Bom será se o aprendizado for o resultado desta percepção, deste “sofrer na pele” a diferença entre a fantasia e a realidade.
Nosso país acordará mais consciente no dia 09 de julho, dia em que se comemora uma das mais importantes revoluções em nosso país, a Revolução Constitucionalista de 1.932, uma revolução que foi feita, exatamente, para voltar as coisas aos seus devidos lugares.
Estará ainda incrédulo, atônito, mas estará mais consciente. Terá, então, a oportunidade histórica de “Cair na Real”, de perceber que “a vida é um eterno combate, que aos fracos abate”, e aceitará, então, que não fizemos por vencer.
Se retrocedermos um pouco, veremos que em nenhum momento a Seleção Brasileira levou a sério este Mundial. Em nenhum momento as opiniões dos torcedores e da imprensa foram respeitadas.
Baladas, visitas de familiares, visitas de vizinhos, oba-oba, samba, esta era a tônica da preparação dos nossos jogadores do “tudo pode”, enquanto as outras seleções treinavam, suavam a camisa, se concentravam para os jogos e estudavam (e muito!) os adversários.
Poucas horas depois de desembarcar no Brasil a Holanda já estava treinando na praia, já estava concentrada nas responsabilidades que tinha perante seu público!
É fundamental que o Brasil caia na real!
É imperioso que nós, brasileiros, paremos um pouco para repensar nosso país, repensar nossos hábitos, repensar nossa filosofia de vida, enfim.
É muito importante que percebamos que não se pode construir um país sério baseado na fantasia.
Não gostamos de levar nada a sério! Achamos bonito e engraçado quando ouvimos falar que o Brasil é o “país do jeitinho”.
Não podemos!
O fato de “Deus ser brasileiro” não nos isenta de nossas responsabilidades, ao contrário, nos torna mais responsáveis ainda! Nossa vida, nossa existência, nossa origem divina não nos permite levar as coisas no “jeitinho”.
Há que se ter seriedade com as coisas públicas! Há que se ter seriedade nos estudos, no trabalho, nos relacionamentos, e em tudo o mais que fazemos. Até nas brincadeiras, nos jogos de carta, e inclusive nos esportes.
Não podemos achar que é normal ficar sem água, ter buracos nas estradas, vivermos na insegurança, não termos hospitais adequados, não termos atendimento médico de qualidade, não termos uma administração pública preocupada com o bem público, não conhecermos o planejamento de nossa cidade, de nosso estado, de nosso país.
Isto não é normal!
Não é normal cair um viaduto de $500milhões (quinhentos milhões)!
A corrupção não é algo que está ligado ao humano. Não é normal, e não podemos aceitar!
Como queremos passar em um concurso público sem estudar? Como queremos “ir levando” um curso universitário, ou qualquer outro, e ter um bom resultado ao final?
Como aprenderemos a ler e escrever sem leitura?
Como podemos ser músicos sem estudo e sem prática?
Como podemos ter resultados em nossas empresas sem seriedade e trabalho duro?
E como podemos vencer uma COPA DO MUNDO sem preparação e seriedade?
Este texto é um convite à reflexão, de verdade! Um convite ao debate, ao repensar, à consciência.
Não estamos perdendo somente nos campos de futebol. Todos nossos índices são piores que os da Alemanha e dos países afins.
Na educação, na produtividade, no desenvolvimento tecnológico, no investimento em pesquisas e desenvolvimento, entre outros.
Queridos leitores, a queda do viaduto em Belo Horizonte é algo muito mais grave que a queda da Seleção!
O desastre estava anunciado e cantado em verso e prosa.
O Brasil acordará, neste Nove de Julho, mais maduro, mais preparado para a vida, mais preparado para as mudanças que o Mundo moderno exige.
Bem mais preparado para se tornar em um País Real!
AMADA
Você conhece todos os meus segredos
Você compreende o meu mais profundo escuro
Você pega na minha mão,
para não atravessar a rua sem olhar para os lados.
Você fica comigo debaixo da cama até o medo passar.
Você sabe da minha potência,
ainda que eu me ache impotente.
Você usa sua língua para me dar diversas lições de amor:
o beijo é um trem gostoso pra danar...
Você acha a minha loucura abençoada
e a minha curiosidade fundamental
Você me colheu como uma flor à beira de um precipício
Você se disfarçou de cega para me tirar da caverna
Você brinca com o meu fogo sem medo de se queimar
Você derreteu o maior dos meus gelos: a timidez
Você quer sempre se esquentar no meu corpo-cobertor
Você esfria os meus ânimos com a brisa da sua calma
Você joga comigo uma espécie de xadrez sem xeque-mate
Você me ama na cama, na fama, na lama...
Você é mais você comigo
e eu sou mais eu com você
A mulher, no Brasil e em todo o mundo, tem sido agredida, enganada com falsas promessas, tratada como se fosse "propriedade", e não raras vezes por outras mulheres. Este texto é em homenagem à mulher que busca, com toda sua força, com toda sua garra, a liberdade através do conhecimento. Conhecimento de si mesma, de seu ambiente e das conquistas a serem conquistadas.
MULHER
M de montanha, M de movimento, M de mulher
Nasceu livre, vive livre, não tem dono!
Mesmo que os machistas queiram
Que os fracos desejem e que os covardes apregoem
Nasceu livre, e vive livre, não tem dono!
Mesmo que ganhe menos e mesmo que sofra mais
Mesmo que lhe tirem a voz
E mesmo que, em tantas filas, fique para trás
Nasceu livre, e vive livre, não tem dono!
Mesmo que algumas aceitem as correntes
Mesmo que algumas até gostem das correntes
Nasceu livre, e vive livre, não tem dono!
Mesmo presa em quatro paredes e amarrada aos “deveres”
Criados, inventados por aproveitadores, covardes de plantão
Mesmo fingindo “prazeres”
Nasceu livre, e vive livre, não tem dono!
Mesmo agredida, diminuída, destruída
Mesmo que não seja ouvida
Sua voz ecoa, ganha espaço, incomoda
Seu grito de liberdade cresce, toma corpo
Mesmo que usada sutilmente e sutilmente enganada
Mesmo ludibriada, sutilmente levada por promessas vãs
Acorda a cada dia mais determinada
Aprende, compreende, e mais forte se torna
E mais bela se torna!
Nasceu livre, e vive livre, não tem dono!
OS SINAIS
Quantas vezes acontecem coisas nas nossas vidas, completamente inesperadas, que se fossemos prestar atenção, mudaria todo o rumo da nossa vida?
Mas olhamos para elas de modo diferenciado? Com atenção, tentando entender o que aquilo esta querendo nos dizer?
Muitas vezes tratamos (principalmente os inesperados negativos, que são contra a nossa vontade), como problemas e contratempos.
Porque? Porque queremos que seja FEITA A NOSSA VONTADE!
Mas será que a "nossa vontade" é perfeita? Não poderia haver em nossa vida uma vontade,um plano maior agindo? E ao invés de ao menos analisar novas coisas, novos eventos, como novas e perfeitas possibilidades, já nos jogamos contra a vida : " ..porque pra mim?..." , "é sempre assim..." , "eu não mereço!"...
Aprendi a receber os contratempos inesperados como sinal daquele que É tudo o que existe e que nunca assina suas obras, as vezes ele deixa apenas subentendido: ACASO.
Edolesia.
A vida não nos da coisas: Ela proporciona experiências para que aprendamos algo.
O que faremos com esses aprendizados, que gerarão novas ações, e trarão novas coisas é conosco.
Livre arbítrio é poder.
Mais do que o poder de dizer sim ou não, o poder de poder decidir num simples ato de pensar, aceitar, agradecer, unir ( ou não), construir um destino,uma personalidade, uma vida.
Edolesia Andreazza
Decisões
Diante de fatos em nossas vidas nos deparamos com situações onde vemos que precisamos de mudanças, posicionamento e coragem para escolhermos o que queremos, ou seja para ganhar ou perder!
Tempo, Tempo ele passa , as vezes depressa , as vezes lentamente isso irá depender do que se espera. Esperar ? eis a questão. A felicidade espera? As oportunidades esperam? O tempo espera ? A vida espera???
Não né ! Ela passa, e muitas vezes as pessoas esquecem-se disso e deixa de fazer o que tem vontade , de escolher os rumo de suas vida , se prende ao pensar no modo de como a sociedade o verá e deixa de viver para agradar os outros , desperdiçam a oportunidade de sentir o amor e simplesmente se deprimem e a vida vai passando.
Depois ,com o passar deste lindo “tempo” dizem: quanto tempo perdido e eu infeliz , ou: a felicidade esteve em minhas mão e eu a deixei escapar ou até mesmo: tive medo de fazer minhas escolha por medo de ser julgado.
Não deixe que as pessoas te tratem como opção , não espere o tempo passar para amar e ser amado , não deixe que te tratem como objeto que sejamos livres para amar , escolher e aproveitar o que a de bom da vida , viver e decidir de que maneira pensar: SER FELIZ E SER JULGADO OU SER INFELIZ E ADMIRADO ? Ai vem a reflexão : Quem te julga é perfeito ? é dono da verdade ? sabe o que se passa em sua vida? Sabe o que te faz feliz ? Sabe o que te faz rir ou chorar ? Sabe suas história? Te faz realizado? Paga suas contas? Te estende o ombro quando você precisa? Fica essa reflexão.
Logo as decisões podem mudar completamente nossa vida para pior ou para melhor.
Antes decidir e resolver o que queremos da vida , saber quem vai e quem fica do que ficar em cima do muro em meio termos , meios sentimentos e meios amores.
Simone Gabriely
POLÍTICOS
O ladino do polvo toma a cor
Da pedra, areia, ou lodo, em que se deita,
A fim de conseguir, assim, melhor
Caçar a presa que escondido espreita.
Quando ela passa, longe da suspeita,
Esperto, como um tímido traidor,
Na água negro líquido ele deita
Que cega a presa e esconde o caçador.
Políticos também em Portugal
Há que MUDAM DE COR perfeitamente,
Sem quase meio mundo dar por tal.
Mas, quem tem uma vista regular
Está a vê-los por aí continuamente
De olhar attento à CATA DE UM LUGAR.
Coimbra, 20-02-1908
O CLAMOR D'OS SEM TRABALHO
As fábricas encerradas,
Fechadas as oficinas;
Só estão escancaradas
As mil bocas pequeninas,
As mil bocas adoráveis,
Dos filhos dos miseráveis!
É o trabalho um dever
A que o Homem foi sujeito?
Nós julgamo-lo um direito.
Qual será maior pesar:
Pedir pão e não o ter,
Ou não ter onde o ganhar?
O MEU VARINO
Ao Dr. Francisco Ferreira Neves
Gabão, varino de Aveiro,
quase sexagenário,
tem sido meu companheiro,
com vigor extraordinário;
O alfaiate Gafanha,
autor do risco e do corte,
deu-lhe rigeza tamanha
que tarde verá a morte;
Estaria como novo,
se não surgisse a desgraça,
o descuido, que reprovo,
de defendê-lo da traça;
Acalenta tronco e pernas,
é completo agasalho;
tem o ar das coisas eternas,
no inverno de ele me valho;
Protege cabeça e rosto,
a ser cantado tem jus,
a ser em relevo posto,
seu altaneiro capuz.
Que boa fazenda aquela,
já se não vê no mercado!
Não entrava a chuva nela,
nem o vento mais danado!
Ficou por onze mil réis,
nos tempos que já lá vão,
em que eram outras as leis,
o meu valente gabão.
«Precisa o senhor Roberto»
disse o Diretor, com tino,
para meu Pai, e deu certo,
«de abrigar-se num varino».
Ele deu esta sentença
justa e mui sensatamente,
porque de séria doença
me achava convalescente.
Agora está interdito
vir à rua em tal farpela,
pois o automóvel maldito
quer pressa, tudo atropela.
Mas em casa, no sossego
que não tem tal desatino,
me agasalho, me aconchego,
me envolvo no meu varino.
Gabão, varino de Aveiro,
é trajo tradicional
e português verdadeiro,
mas do antigo Portugal.
Meu gabão dos tempos idos,
dos tempos de colegial,
estamos envelhecidos,
fora da moda, afinal!
Porto, Portugal, Maio de 1963
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