Conselho para uma Pessoa Orgulhosa
A falsidade só existe em quem permite que ela viva. Se você a ignora ela nunca passou de uma irrelevante situação que se torna pesada para quem a destilou.
Como se resgata uma pedra atirada ao mar? Não há como fazer isso. Não há como resgatar a pedrinha que submergiu no oceano, nem na praia seria possível o fazer. Medir as palavras sem despertar fúria, agir sob o efeito da raiva não é positivo. Negar as faltas é um erro, talvez até maior que somente omitir os fatos. Quando somos provados a isso descobrimos que somos capazes de poupar quem amamos e deixar de não tê-los conosco amanhã de manhã.
Bacana de mais
Claro sou bacana de mais,
Pra pregar uma peça,
Ou roubar sua paz,
Já nem interessa.
Sou infantil,
Impertinente,
Um pouco imbecil,
Até coerente.
Claro sou bacana de mais,
Vejo tão bem,
Que as vezes não dar,
Não devo ninguém,
Mais vivem a mim cobrar.
Só desejo que venham adiante,
Novos horizontes,
Que surga um girassol,
Ou uma bela margarida,
Uma rosa branca,
Gramas mais crescidas.
Que o esquecimento,
Faça morada,
Dentro de mim,
E mim faça capaz,
De voltar sorrir,
Pois sou bacana de mais,
Para mim iludir.
Grito de Liberdade
Quantas vezes...
busquei no silencio da noite
uma saída...
murmurei para as estrelas
questionei com meu Deus
chorei com a lua
andei até meus pés doerem
pensei até minha cabeça latejar
quantas e quantas vezes...
gritei silenciosamente
só para mim mesma ouvir
esperando algo acontecer
com o rosto escondido
entre as mãos
rezei...a todos os santos
me joelhei e implorei...
muitas e muitas vezes
e não me achei
e nem saída encontrei...
Conversa entre amigos!
Um amigo com restrição na visão (cego), disse-me em uma conversa o seguinte:
Ele - Olhe bem, eu vejo melhor que você!
Eu - Mas como assim? Pois tenho uma boa visão, observo tudo que se passa a minha volta, gosto de ser um bom observador e de ser atencioso nos detalhes!
Ele – Mas lhe falta uma coisa que se torna essencial!
Eu – O que então meu amigo?
Ele – O que os seus olhos não observam assim como os meus eu vejo de forma mais pura, com o coração, vejo em minha mente com o auxilio de meus ouvidos a firmeza de uma voz, vejo a pureza na sinceridade de simples palavras, sinto com o coração aquilo que se passa despercebido aos olhos, porque enquanto todos tentam buscar aquilo que agrada aos olhos eu sempre vejo com o coração aquilo que agrada a minha vida!!!
Infelizmente, o ser humano já possui naturalmente uma tendência a pré-julgar acontecimentos, coisas ou pessoas, de acordo com sua experiência ou vivência. Entretanto, muitos desses pré-julgamentos são permeados de outros pré-conceitos, o que acaba gerando uma bola de neve. Em nossa vida pessoal, nem sempre somos exemplos de humanismo e acabamos, vez ou outra, cometendo alguns atos discriminatórios. Entretanto, o que defendo aqui é a obrigação que todos nós temos de respeitar as opções ou peculiaridades de cada um.
Em meu jardim construí uma casa onde eu pudesse descansar. Construí ali uma vida, dentro do meu mundo, dentro de mim pude notar a diferença que a cada dia crescia mais e mais, pois, acreditava no que era o novo, inesperado, acreditava no belo.
Dentro de minha casa eu podia ver os dias amanhecerem, e podia me deliciar no deslumbrante crepúsculo que se formava em meu céu nas tardes de outono.
As folhas que caiam das árvores, eu nunca as recolhia, pois, a mistura de tantas cores naturais me trazia conforto e paz. E a cada dia que amanhecia em meu jardim, era com uma bela pintura, pois o vento como um todo se incorporava àquelas folhas fazendo-as voarem a cada dia em um lugar.
Durante a noite eu me deitava junto a minha lareira e olhava para o alto, e bem no alto eu podia ver as estrelas brilharem onde que em meus pensamentos eu podia tocá-las e assim, por um momento eu podia sentir o divino dom da vida eterna.
Eram frézias, gérberas, peônias, flores do campo, orquídeas, inúmeras orquídeas, e nas árvores – Sim nas belas árvores – lindas bromélias. Mas eu poderia ficar por aqui descrevendo muitas das espécies de flores e plantas que em meu jardim existiam, mas o tempo que me resta é pouco. Pouco, por que meu jardim se desfez. A casa que construí em meu jardim era transparente, e eu vivia como se fosse numa redoma de vidro. As pessoas que por ali passavam se admiravam com meu jardim e minha casa, mas eu não fazia questão de notá-las, pois para mim, o que apenas existia era meu jardim.
O tempo passava e aquilo tudo foi envelhecendo assim como eu. Descobri em mim uma solidão imensurável, que me causava infortúnios. Eu queria alguém para poder compartilhar comigo toda aquela graça que existia em meu mundo, eu queria poder compartilhar com alguém todos os ensinamentos que os livros puderam me dar. Mas as pessoas não me notavam, não me olhavam, e não me queriam, talvez pelo fato de eu não querer com que elas me vissem, e de fato assim, eu não existia para elas.
Todo aquele sentimento, aquela dor estava ficando cada dia maior, e eu queria poder mudar, poder existir, mas como? Eu mesmo não sabia como! Não poderia deixar ninguém entrar em meu jardim, pois, eles poderiam destrui-lo. Eu não só via, mas eu podia sentir a maldade nas pessoas que por ali passavam. Elas não podiam me notar, mas eu as notava, e via coisas.
Solidão, medo. Um profundo suspiro na escuridão de um pesadelo. Olho para o céu e percebi que dormia minha respiração acelerada, meu coração naquele instante poderia saltar de mim. Dúvidas, dúvidas, muitas dúvidas. Por que as pessoas escolhem isso, por que elas fazem o que fazem...
Eu queria respostas, e queria naquele exato momento, queria poder sentir o gosto de cair e poder levantar, pois para isso eu teria amigos para me estenderem a mão. Queria sentir o vento de uma tempestade que se aproxima, e na mesma poder encharcar minha roupa, eu queria buscar minha felicidade. Queria entender as pessoas, o motivo pelo qual elas têm tanto o que sofrer e chorar, mas a única maneira de tudo isso acontecer era saindo do meu jardim.
Saindo do meu jardim eu sabia que não poderia mais voltar, não poderia mais vê-lo. Essa era uma decisão que por muito me causou infortúnios. Mas eu precisava entender as pessoas e descobrir o gosto e as sensações de algumas coisas que me pareciam tão simples, mas que significavam muito mais que uma vida. Mesmo assim, minha curiosidade falou mais alto e fui em frente com meu pensamento.
Hoje eu sei que em meu jardim eu seria feliz eternamente, até o último suspiro de vida que em mim existisse. Meu jardim não resistiu a minha perda, mas eu já pude superar à sua, pois aprendi ser como as pessoas que eu observava, aprendi amar. Engraçado nos livros a palavra amar significa: Ter amor, afeição, estima. Querer bem. Mas aqui fora as pessoas não têm amor como nos livros, como nos contos que eu tanto li. E assim que pude, amei, amei. Estranho amor. E amando descobri que as pessoas não acreditam nas coisas belas que podem acontecer em suas vidas, pois um dia uma pessoa me disse: “Amor. Isso não existe. Que quer que mantenha famílias, casais juntos não é amor. É imbecilidade egoísmo ou medo. Amor não existe. Existe interesse pessoal, ligação baseada em proveito pessoal. Existe prazer, mas não amor. O amor deve ser reinventado".
Reinventado de que maneira, de que jeito? De que modo as pessoas precisam aprender a amar?
Mas hoje eu mesmo posso responder. O amor na vida real é irreal, ilusão daqueles que procuram a felicidade em outra pessoa, pois somos felizes da maneira que somos.
Ao cair da noite eu olho para o céu e não consigo ver as mesmas estrelas, que antes em meus pensamentos eu as tocava. Lembro do meu jardim - como eu queria ainda estar lá -, mas esta é uma escolha que não podemos simplesmente dizer não. Todos nós vamos abandonar nossos jardins. Aos meus olhos eu não era visto, notado pelas pessoas, hoje eu entendo, eu não era invisível, eu apenas não era compreendido pelos incoerentes adultos que por ali passavam e não me notavam.
Sei que posso continuar cultivando flores e plantas. Mas hoje, preciso arranjar tempo e lugar. Aquele meu lindo jardim desertificou-se, desvaneceu-se, agora eu vou fazer um novo em uma outra pessoa, pois meu objetivo será reinventar o amor em mim, quero provar que sempre o bem vence e sempre podemos sermos felizes, pois todos nascemos para amar sermos amados.
No Amor.
Faço do nosso sentimento uma breve canção,
Pois o meu tempo nasce no contratempo da imensidão,
No reino de sonhos existe um coração inalterado,
No meu instante mais desejado me faz convivência.
E o mundo infecundo sobreviveu a nossa franqueza,
Mas deste ensino trato de alcançar o amor cristalino,
Mas o tempo clama em nossas vidas,
Pois visto que é sofrida a nossa espera dividida,
Alvejando um ao outro em um único divino do nosso ser.
Exibo no coração a esperança de sonhar,
Um sonho de um único momento que jamais irei esquecer,
Pois carinhoso é o amor correspondido,
E o sentimento que num instante me faz renascer,
Algemas que extremo prazer zela pelo outro ser.
E neste instante refaço a minha existência,
Com toda persistência que almejo em você,
Pois dos amores que deixei de amar,
E dos momentos que deixei para trás,
Creio que foi a única que realmente amei.
Vamos vivendo sentindo, vivendo aprendendo, vivendo e tirando certas conclusões que nos leva uma grande parte do colorido da vida mas por outro lado nos mostra o verdadeiro sentido de estarmos aqui.
De que adianta um vestido caro para uma mulher barata, vulgar; de que adianta uma maquiagem para um rosto falso. A mulher de verdade veste o manto do caráter e usa como base a dignidade.
Só de pensar em alguém
e se preocupar
com a sua situação,
é uma forma de ajudar...
É como uma oração.