Conselho para uma Pessoa Orgulhosa
Era uma vez um papagaio...
Os papagaios estão entre os poucos animais que conseguem imitar de forma espontânea, seres de outras espécies. E o lorinho fazia isso bem e alto como se fosse o Pavarotti da Vila Torquato, mas exatamente hoje, antes do sol sair, ele se foi no primeiro raio de sol dessa manhã. Hoje, ele não acordou os pássaros no seu cotidiano, e desde ontem, ensaiava sua entrada no céu do Vô e da Vó que ele amou tanto. , Se despediu do Seu Silvino em quem ele confiava e o qual dedicava aqui na terra seus afagos e carinhos. Tinha até irmãos, primos humanos q ele chamava nominalmente pelos nomes, se repetindo como uma cantaria, engatava a primeira e não tinha hora pra parar Sônia, Leda, Danilo, Catarina, Silvino etc,... Ele encarava alguns amigos, abrindo suas asas, encarando quem ele não sentia vamos chamar de afinidade, atração plumácea.
Ele ontem estava se preparando pra dar seu último voo...
Suas asas verdes brilhantes, enormes abertas pro banho de chuva: ele adorava água, chuva e brincava com as palavras como quem brinca com bola. Só que as bolas se gastam de tanto brincar, já as palavras não. Quanto mais se brinca com elas, mais novas ficam. Loirinho, você chegou filhote, sem pena, não sabia nem comer, era só um filhote de papagaio, pequeno e já tão sábio, pq conquistou quem deveria. Suas penas camuflavam a sua solidão papagaia, vivia solto, apesar do endereço residencial ser gaiola primeiro andar. Vivia ali dentro, solitário… até que chegou a Dona Maritaca que logo botou pra correr. “_Esta área é minha, tá pensando o quê?” Pensou ele, o nosso papagaio falante, papagaio Pavarotti cantor se foi, voou pro céu, deve está pedindo café pra Vó, que ele tanto amou na terra, pq qdo eles amam é pra sempre. Até depois Lorinho, fica aí bonitinho, nesta sua Amazônia celestial, faz seu ninho no céu, fica pq agora é pra sempre. Aqui restam as fotografias de tanto anos, pq foram muitos… desde a infância, adolescência, que não é fácil, até sua vida adulta. Não quis esperar a velhice...saiu de cena, deixando saudades...
NP
Palavras podem ferir mais que o aço gelado de uma espada, mas o silêncio pode salvar a vida do homem refletido.
Recordações daquele tempo.
Era uma vez...
Era uma rua no centro da cidade, no Ponto Cem Réis, perto da Bodega do seu Aluísio e seu Antônio, perto da Feira Central, da escola Solon de Lucena, do colégio Anitta Cabral, dos empregos…pq pra chegar em qq lugar era só uma caminhada. Nos domingos a Maciel Pinheiro era a rua Augusta de Campina Grande, conhecida como a princesinha da Paraíba, onde íamos desfilar com as amigas ...
A rua Redentor, era sem saída, no final da rua tinha Árvores de Eucalipto gigantescas fechando a rua, era um conjunto de casinhas conjugadas e coloridas, com porta e janela, geralmente com uma árvore na frente da casa, um cachorro chamado "Relte" na estrada deitado na calçada, e minhas memórias, minhas lembranças espalhadas, despejadas nas calçadas e ruas do Alto Branco, ruas de paralepipedos...
Nas casas as cercas de arame farpado que dividiam os quintais no início da rua, tinham muitas serventias, na rua crianças correndo, brincavam sem se importar com a hora, ou medo do bicho papão, crianças de pés nos chão.
O ato de estender roupas tem todo um ritual, assim como Michelângelo/Mozart, é uma obra de arte aberta, as roupas de brim, vestidos de chita, as anáguas da minha mãe e umas peças surradas de algodão, gabardine ou casimira, lençóis toalhas a voarem leves e suaves com o vento, criando imagens e símbolos, afinal éramos nove, na conta fechada 'onze', em uma casa de três quartos, duas salas e uma cozinha com panelas penduradas no suporte de alumínio, reluziam, brilhavam sem marcas ou manchas.
Todas as peças lavadas com sabão deueuela sebo e soda. Não existia sabão glicerinado nas minhas memórias afetivas. As lavadeiras de roupas, que passavam pra lavar roupas no rio, com trouxas de roupas na cabeça, nos remetia as antigas escravas, imortalizadas pelo Cândido Portinari. Ali se via a alma daqueles mulheres de pés no chão. As roupas estendidas em dias de sol, depois de quaradas nas bacias de alumínio, cintilantes, como os olhos marrons da minha mãe, seu rosto era emoldurado por cabelos ondulados, presos na nuca, traços fortes, bem marcados e inesquecíveis.
A minha irmã usava anáguas e combinação, como a minha mãe, as duas tinham muitas sintonia, qse espiritual.
As camisas e calças de linho de meu pai eram lavadas à parte. Calças de linho branco...imagine o desespero passar linho branco em um ferro de brasa.
Naquele varal, o que se via era uma obra de arte a céu aberto, o vento brincava com as peças, cuidadosamente presas em pegadores de madeiras. Como tinha poesia naqueles varais e nas cercas de arame farpado, envolvendo as casas, com plantas de cerca vida, dos avelós.
Minhas costas e pernas marcadas pelos arranhões para fugir para outros quintais, atrás de passarinhos, lagartixas, ou correr no canal que passava ao lado, a diversão era certa, caçar girino e atravessar o canal correndo, pagava os castigos maternos pela desobediência até pq não éramos "moleques de ruas", éramos sim, uma molecada feliz.
Debaixo dessas arapucas é que morava minha alegria, sorrisos despreocupadados, bola de gude, peões e brincadeira de se esconder, ou guerra coletiva entre corridas, rostos e cabelos sorridentes, com ataques de jurubeba, livros, revistas em quadrinhos, música, tudo estava em ebulição...
Quantos voos interrompidos para os sonhos do menino-alado, meu irmão mais velho fazia engenharia, o segundo na escala familiar, queria ir para as Agulhas Negras, mas não passou na seleção, fez medicina. Minha irmã passou em Química, mas se transferiu pra Odontologia. E assim, foi-se criando a cultura da profissionalização técnica de qualidade. Já não era segredo, dizer tanto de todos, dito: não conto nada além, como tem que ser. Aquele homem virtuoso, alto, magro, conversa franca, chapéu na cabeça , terno de linho branco- me permita sorrir pras suas lembranças amáveis.
A cidade é intrigante, fica numa serra: é quente, é fria. Polo intelectual importador e exportador, internacionalmente conhecido e respeitado.
Em tempo de chuva, as bicas das casas se prestavam às virtudes das águas, tecendo grinaldas transparentes e abundantes, era uma folia mágica.
O pecado não existia, nunca esteve naqueles olhos infantil, a espiar o mundo, tomando banho de bica, a "Redentor Trinta" era um mundo, que aos poucos foi diminuindo… qdo a gente cresce o mundo se apequena. As lembranças vivem guardadas, em minhas memórias afetivas, elas têm cheiro, cor e vive nos temperos da minha mãe, xaropes/lambedores de muçambê, colhidas no mato verde, curava de gripe a alergias pesadas, manipulados pela mãos daquela mulher serena e forte. Os cheiros, a essência, os costumes da minha casa, ainda posso ver e ouvir, os murmúrios, dos almoços aos domingos após a Igreja Congregacional da Treze de Maio, a ida a casa da Tia Maria, do Tio João, tinha até avó, por um tempo, em casa a mesa posta, feijão verde, arroz, salada verde, legumes, lasanha, frango assado, carne, bifes, mocotó, fígado bifado acebolado, temperados com ervas frescas, frutas da época, doces, bolos, pavê, com família reunida e amigos, era só chegar, em um tempo onde se comia um, comiam dez.
Um universo enorme de recordações, a minha rua tem memória, a minha casa tem imagens, os móveis tem lugar, as recordações vivem para além do esquecimento da morte...
Nina Pilar
Quem dera o tempo não existisse, fosse apenas uma ilusão
E que a vida fosse somente um simples passar das horas.
O medo da noite eterna me persegue na aurora,
Os vaga-lumes brilham como estrelas na minha noite.
No quarto o monstro da madrugada flutua perfumado,
Sinto o aroma da fronha nos meus sonhos verdejantes,
Nunca disseste que a vida era dura com quem vive,
Nunca sorriste para mim com a ternura de um olhar infantil.
Acreditar que a Terra tem bilhões de anos é o mesmo que encontrar uma flor recém-plantada e dizer que ela está ali há milhões de anos.
"O que faz a vida ser tão valiosa e expressiva, sem poesia, é a morte, e enganá-la, é uma arte raramente presente na vida nos intrépidos!"
NATAL
Queria ser um Pai Natal,
Mas um Pai Natal não posso ser
O Pai Natal tem uma barriga grande,
Eu não gosto de comer.
Época Natalina,
Época da Felicidade
As ruas enchem-se de neve
Não se vê nada além de bondade.
Eu queria ser uma mosquinha,
Para certas coisas conseguir ver,
Como é o caso da maldade no mundo,
Que tenta, mas não consegue sobreviver.
Psicólogos não são cozinheiros, eles não vão te dar uma receita de bolo.
Psicólogos são como bússolas, eles norteiam, mas quem encontra o destino, é você!
Uma das belezas da vida.
É se reencontrar todos os dias!
Nunca perca sua essência, olhe sempre para dentro de si,
lá estará o seu caráter e personalidade e tudo aquilo que te fará um ser humano melhor. Grato sou grato estou!
Eu e eu não nos perdemos nas
adversidades. Abioye
Uma hipótese elegante não é um substituto para dados definitivos.
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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