Conforto da Morte da Avo da Namorada
Quando eu morrer queime meu corpo e deixe minhas cinzas voarem ao vento para onde quer que ele sopre!
Carta de Despedida
Se vou,
Peço-lhe que deixes.
Não sinto dor,
Nem alegria.
Muito menos, amor.
Se vou,
Peço-lhe que deixes.
Há de existir,
No meu interior,
Um profundo vazio.
Se vou,
Peço-lhe que deixes.
Mas fico,
Se há alguém
Que me salve da vida.
"O melhor velório para mim é aquele em que ninguém espernea, se não chora em silêncio, entrojada em reflexões fica a gente que não tem tempo para negar a morte do morto, denunciá-lo a farsa por estar dormindo ao invés de morto; que não mexerica dizendo o morto está com os anjos; que não revela: o morto está num lugar melhor que toda a gente a volta do caixão. Que não o confere fadiga: o morto descansa agora no seio de Abraão.
Pergunto: quer gozar das prerrogativas do morto?
Só troca de olhares; ninguém responde.
Máscaras caem."
"Há momentos que a vontade é trancar a porta, perder a chave n'algum lugar não sei, apagar a luz, abrir o gás, então acender a única vela para a expiação."
"Se vos engana meu sorriso,
decerto se surpreenderás com minhas lágrimas disfarces,
pois é n'alegria que se esconde minha fúnebre melancolia. "
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Nil Silva GBA , um dia após ficar órfão de pai (09-10-2020)
Quem me dera morrer de mar
Como voar, olhar o horizonte, sentir brisa
Abrir os braços e fechar os olhos
Sentir-se um pássaro a alçar vôo
Peitando o vento como se fosse o mestre dele
Exigindo que tamanha força invisível exista em benefício de si
No desejo de caminhar na praia
Olhar a linha fina que separa mar de céu
Parece tão delicado, uma cama aconchegante para deitar
Mas é uma enganação
Porque esse pedaço de lençol azul que toca apenas as pontas dos seus pés
Pode em poucos passos te afogar
E quem me dera poder escolher minha morte
Por mais dolorida e aflita
A morte no mar é bonita
Em desespero afogando você vê turbilhões de vida em volta
Tocando sua pele buscando te reconhecer
Eu tentaria não me debater
Mas contemplar toda a vida brilhante que me cerca
À medida que meu espírito se esvai
Quem me dera morrer de mar
E fazer do oceano pro meu corpo morada!
O assassinato de uma garota pobre foi a faísca que incendiou o reino da França. Quero lembrar que sua morte não foi em vão. Foi o início de uma conquista. A de um povo preparado para lutar pela liberdade, pela igualdade e pela fraternidade.
Quando se faz besteira a gente paga um alto preço.
E mesmo assim, este preço pode não estar à altura de nosso pecado.
A FACE DO MEDO
Noite fria, eu andava
próximo do cemitério,
ouvi sussurros ao longe,
vinham de lá? Mistério!
Cores da escuridão,
um arco-íris sombrio,
o revoar dos morcegos,
ouço passos, calafrio!
Sons invadem meus ouvidos,
há barulho de corrente,
coração acelerado,
o mal bem na minha frente!
Com rosto desfigurado,
e muito sangue nos dedos,
criatura demoníaca,
terrível face do medo!
Segurando motosserra,
a entidade funesta,
estava ao meu encalço,
fugi, entrei na floresta.
Escapei, pulei no lago,
o monstro tocou meu pé,
consegui desvencilhar,
subi morro, ao chalé.
Por trás da casa, a rua,
vi carros e seus faróis,
desci lá, dependurado,
num corda de lençóis.
De carona me salvei,
já não há o que temer,
hoje em dia eu só quero
esse dia esquecer.
O chão cercado de lindas pétalas organizadas em espiral, tão belas, tão meigas mas tão mortal! A dor em buquê expõem o que deveras sente, gracioso, virtuoso, estupendo e ardente... Todavia sufocante, um verdadeiro "estrangulado amor", que brota no coração, justamente como flor.
Hei de por ti
Eu quero tudo .
Nao me contento com nada.
Nada que não seja junto a ti
Amante, amiga, eterna namorada.
Quero este domingo azul
E com voce ver o céu da madrugada.
Caminhar sobre a praia completamente nús
Contemplando a aurora da vida e mais nada.
E estar sobre ti num eterno deleite
Não vejo forma mais bonita de morte
De em teu belo corpo poder me perder
E novamente encontrar-te no meu tão belo norte.
Ceifar-te-ei aos poucos, (dias todos)
Para que de mim nao se vá as pressas,
Pois se de amor hei de morrer num instante
Nao ha mais nada que eu queira e resta
Quero beijos, quero abraços, teus risos
Quero sonhos, tua loucura, infinitas horas.
E derepente num domar de um sono eterno, dormir
Quero um sonho de amor que me leve.
Willas Gavronsk 16.10.19
CERTEZA DO FIM
Há dias penso.
Há noites em claro
Peno nos dias diurnos
No escuro, um descaso.
E que escuro tão medonho
Nao mais pareço a nada
Sera isso uma fase?
Talvez o pesar de um último passo?
O que isso que espantas
Se mais nada temo a viver
Eis-me aqui um fraco distante
Buscanso sem saber decerto o que.
Temo a vida à fora
Por àqueles que persistem a mim
Por ora, vivo a demora,
Mas ja me é certa a certeza do fim!
Willas Gavronsk
A vida não é justa não, é para fazer nascer, crescer e fortalecer...
A vida é a comunhão, a comunicação, a intercessão a orientação.
A morte também não é justa, porque morrer é embrulhar a vida e reduzir ao pó, é o descaso do amor, é o enfado da dor é estragar, é extinguir.
Como um homem bom se torna tão ruim? O que eu me tornei, as coisas que eu fiz, olha o que me tornei.
Não espero que homens sejam deuses, se conseguirem ser apenas humanos já estaremos salvos de muita porcaria;
Quarentena, não acontece mais nada?
Não tem ladrão, contas pra pagar etc.
É só ficar de molho e tudo bem
Ninguém morre de outras causas...
2020 Está pior que idade média, o povo, o ovo, o corvo
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