Conflito Comigo Mesma
Fazer amor com a mesma pessoa é como o vinho, quanto mais envelhecido melhor, mais autentico, sacia o desejo, mata o casual e dispara o intencional. Se embriagar em si transfere o bem e afasta o mal transformando o que era simples em algo fundamental.
Existem momentos que parece que as ondas são tão grandes, e, que a mesma irá te afogar... E, é aí que você descobre que se tornou um excelente nadador.
“Eu acho que a gente se acerta.
Na mesma fagulha, no mesmo teto. Na correnteza contrária, no elo infinito. Num beco da vida, num banco de praça. Ah, a gente se ajeita. Num cômodo pequeno, em foto 3x4. Em ideias fúnebres, em um blues anos 60. A gente se ampara até nos desencontros. Nos contrapontos, rumo contra o tempo. A gente se restringe a uma história por dia e três sorrisos por mês. Matamos quatro lembranças e dois dragões por sonho. A gente se acerta nos erros, na curva do engano, na rota do ego, na estrada dos ensejos. Ah! Sim. E chegamos a fingir que os sentimentos suspiram como balas perdidas inesperadas, e nos enganamos, pela milésima vez, de quê somos de naipes diferentes, peças de quebra-cabeças totalmente distintos que se encaixam de vez em quando. Que não ligamos para a laceração do orgulho ou pro precipício da eternidade. Acho que a gente se acerta. Você aí e eu aqui. Evitando os olhares certos, os lugares errados, a hora hipotética apenas para não se render aos encantos de um perfume doce. E posso até cogitar que a gente se equilibra. Na solidão das queixas, no vazio ao qual o preenchimento ainda é uma incógnita. Na carência flamejante, na cama desarrumada, respiração desregulada. Percebo então a falta do xeque-mate, da surpresa que não surpreende mais, nos carinhos intermitentes. Porque eu aceito as circunstâncias da confusão para que o segredo das mordidas no pescoço continue oculto. Eu suporto o peso regresso, as sensações anacrônicas, mas nunca a risada sarcástica das despedidas que pesam os teus ombros, e nos meus olhos. E assim eu acho que a gente se acerta. Você com os olhos negros distantes e eu poetiza dissimulada. Ambos sonhadores e criminosos.
Ah, a gente se ajeita.
Quando dá, a gente até se fantasia de criadores de caso e adoradores do caos pra nunca se perder de vez.”
- Ao regresso que odeia despedida.
o mais importante em qualquer jogo,
não é vencer,mais participar.
da mesma forma, o mais importante,
na vida não é o triunfo, mas o empenho.
o essencial não é ter vencido,mas ter lutado bem.
Se o Governo Federal continuar na mesma linha de raciocínio, em breve teremos de volta a famigerada inflação astronômica, perdendo tudo o que se conseguiu com o precioso Plano Real.
Ver um portador de deficiência trabalhar da mesma forma ou melhor que um profissional sem qualquer deficiência física apequena os obstáculos que temos no nosso trabalho e que às vezes usamos como justificativa para as nossas falhas.
As vezes é a felicidade que implora liberdade de quem a procura sem perceber que a mesma está ao lado.
Espere pela pessoa que te ame da mesma medida que você o ame, que faça os seus dias mais felizes, que coma contigo nutella direto do pote, que te dê um beijo de boa noite e que faça você se sentir segura, que tenha paciência contigo, seja teu amigo, afaste seus medos, te abrace forte quando você o abraçar, que se importe contigo de verdade, que você possa confiar, que faça contigo longas caminhadas de mãos dadas, não brigue por motivos fúteis e que por gestos simples te mostre nele uma pessoa que você ainda não tenha achado em lugar nenhum! Pois pessoas simples, gestos simples conquistam qualquer pessoa.
É assustador quando alguém deposita um desejo sobre nós do qual não compactuamos da mesma felicidade, a frustração é dual!
Vê que a vida que leva não é a mesma
E essa rotina já não satisfaz
Todo dia isso se repete e ele procura
Encontrar a sua paz.
Por que a vida que leva não é a mesma
Que planejou quando era feliz
Todo dia isso se repete
Ela procura um motivo pra sorrir.
1998
Estava com saudades de casa, daquela mesma praça. Corria sem fim, me imaginava em lugares diferentes, no meio daquelas árvores eu era uma viajante, subia e ficava admirando e ouvindo-as cantarem. Sentia-me livre, estava no meu mundo e não me importava com mais nada além das minhas próprias histórias.
Usava um vestido azul claro e ficava descalça com os cabelos desarrumados.
Gostaria de voltar ao tempo, mas agora só posso fechar os olhos e me imaginar lá. Saudades de uma infância duradoura.
Nas Quedas da Cachoeira
CAPÍTULO 1:
Diego e eu morávamos na mesma cidade. Ele era mais velho que eu. Tínhamos 7 anos de diferença de idade. Eu o conhecia só de vista. Via ele passar pela rua vez ou outra. Eu conhecia seus pais de vista também. Nossas mães participavam de um clube. Às vezes eu meio que “pescava” a minha mãe para saber algo sobre o Diego. Algo que talvez a mãe dele tivesse dito.
Diego parecia interessante. Indagador, principalmente. Tinha um cabelo diferente. Eu gostava. Tentei procurar ele nas redes sociais. Para a minha grande felicidade, encontrei. Adicionei ele aos amigos. Mas ele não me aceitava. Eu não entendia por que. Resolvi enviar uma mensagem para ele. Depois de dias ele viu ela e respondeu. E então dali em diante a gente vivia conversando.
Ele me surpreendia a cada dia mais. Ele era demais. Muito mais que interessante. Era apaixonante. Ele parecia gostar da natureza, assim como eu. Uma vez comentei com ele sobre uma cachoeira. Ele ficou louco quando lhe mostrei uma foto. Amou o lugar. Então ele perguntou se um dia eu poderia o levar para conhecer o lugar. Fiquei um pouco tensa. A gente nunca tinha se falado pessoalmente. Mas eu concordei. Até porque nem tínhamos marcado o dia ainda. Com o tempo eu percebi que ele meio que dava indiretas querendo que eu o levasse lá. Imaginei se ele não estava com segundas intenções. Mas tirei isso de minha cabeça, se eu o conhecia o bastante, creio que ele não tinha segundas intenções. Então resolvi combinar um dia. Mas eu disse que levaria uma amiga junto. Então ele perguntou se poderia levar um amigo. Eu confesso que achei uma ótima ideia não irmos a sós. É claro que concordei.
Na semana seguinte nós iríamos lá. Quando pisquei os olhos, já tinha chegado a semana seguinte.
