Comportamento

Cerca de 3474 frases e pensamentos: Comportamento

- Entre Gatilhos e Cuidado: O Perigo de Buscar Ajuda com Quem Não é Psicólogo

É cada vez mais comum encontrar pessoas que se autointitulam psicoterapeutas, oferecendo apoio emocional e se apresentando como guias na complexa jornada do autoconhecimento. Em um mundo onde a busca por equilíbrio mental e bem-estar se tornou uma urgência, muitos se sentem atraídos pela promessa de cura e compreensão. Porém, o que muitas vezes escapa a esses buscadores de ajuda é o risco de confiar sua vulnerabilidade a alguém sem formação sólida em psicologia, alguém que, embora bem-intencionado, pode não estar preparado para lidar com as profundezas da mente humana.

A psicoterapia é uma prática de mergulhos profundos, onde o profissional precisa ter tanto o conhecimento técnico quanto a sensibilidade para entender o que está em jogo. Não é apenas sobre ouvir; é sobre saber o que fazer com o que foi ouvido, entender os meandros dos traumas, os gatilhos, as reações. É ter o preparo para lidar com aquilo que é despertado, com os fantasmas do passado, com os labirintos da mente. Em um ambiente de terapia legítima, é a segurança que permite ao paciente se abrir, sabendo que, por mais doloroso que seja o processo, ele está sendo conduzido por alguém qualificado, alguém que pode ajudá-lo a dar sentido ao que emerge.

Por outro lado, entregar-se aos cuidados de alguém sem formação acadêmica na área é como navegar em mar revolto sem um capitão experiente no comando. Pessoas sem a preparação necessária podem até mesmo evocar memórias e sentimentos tão intensos que, em vez de ajudar, acabam por abrir feridas profundas, sem ter os recursos necessários para suturá-las. Imagine aquele que procura ajuda para lidar com uma angústia, mas, em vez de encontrar alívio, acaba despertando um trauma ainda maior, sem que a pessoa ao seu lado saiba como guiar esse processo.

Não é uma questão de desmerecer a empatia e a boa vontade de quem quer ajudar, mas de reconhecer que a mente humana é um território complexo, onde o perigo do desequilíbrio sempre ronda. Só o estudo aprofundado, a ética e a experiência na prática clínica preparam o profissional para acolher a dor do outro com a responsabilidade e o conhecimento necessários. Quando falamos de saúde mental, estamos falando de algo que demanda não só entrega e empatia, mas rigor, técnica e, acima de tudo, responsabilidade.

Ao procurar ajuda, é preciso discernimento e cuidado. Assim como não iríamos a um médico sem formação, por mais carismático que ele fosse, não deveríamos entregar nossa saúde mental a alguém que não tenha uma formação sólida em psicologia. É uma questão de segurança e respeito ao próprio processo. A dor, os traumas e as dificuldades de cada um merecem ser cuidados com profissionalismo. É essa confiança no saber técnico que permite que a terapia seja uma jornada de cura verdadeira, guiada por alguém que tem as ferramentas e a sabedoria para nos ajudar a chegar aonde queremos – ou precisamos – chegar.
✍🏼Sibéle Cristina Garcia

Inserida por Sibelecristina

“A cadeirinha do pensamento”

Aparentemente inofensiva, a cadeirinha do pensamento se apresenta como um recurso educativo. “Vai para lá e reflita sobre o que você fez!” — dizem, com a melhor das intenções. Mas o que será que realmente acontece na mente de uma criança sentada ali, sozinha, com olhos que ainda mal entendem o que fez de errado?

Em teoria, é um convite à introspecção. Na prática, é um pequeno palco para o sentimento de inadequação. A cadeirinha ensina, sim, mas o que ela ensina pode não ser o que esperamos. Ensina que errar é um ato vergonhoso, algo que precisa ser punido com o afastamento. Ensina que, em vez de buscar compreensão, é melhor temer a consequência.

E o que passa na cabecinha dela enquanto encara a parede? Talvez não seja arrependimento, mas uma raiva que não sabe como expressar. Uma criança isolada tende a imaginar coisas: “Por que sou sempre eu?”, “Isso é injusto”, “Quando eu puder, vou fazer diferente… ou pior.” Assim, a cadeirinha planta sementes: não de reflexão, mas de ressentimento.

O pior é que, ao ensinar o isolamento como resposta ao erro, a cadeirinha faz algo ainda mais profundo. Ela deixa a criança sozinha consigo mesma num momento em que mais precisa de conexão. A mensagem implícita é clara: “Quando você errar, ficará só.” Será que é isso que queremos?

Educar não é fácil. Ninguém nasce sabendo como lidar com as tempestades emocionais de uma criança. Às vezes, recorrer à cadeirinha parece ser a única opção para ganhar tempo, silenciar o caos. Mas talvez devêssemos questionar: a quem ela realmente beneficia? À criança ou ao adulto que não sabe o que fazer?

Talvez o erro da cadeirinha não seja apenas o castigo em si, mas a falta de diálogo que ela representa. E se, ao invés de apontar um lugar solitário para sentar, apontássemos para o nosso coração? “Senta aqui comigo. Vamos conversar.” Assim, ensinaríamos que errar faz parte do processo, que as emoções podem ser compreendidas e que, mesmo nos momentos difíceis, o amor e a empatia não precisam sair de cena.

Porque a verdade é que as crianças não precisam de cadeirinhas que as afastem; elas precisam de braços que as acolham.
✍🏼Sibéle Cristina Garcia

Inserida por Sibelecristina

Quer lugar na “janelinha”? Pague!

Na era das redes sociais, tudo vira tribunal público. O caso da passageira Jennifer Castro, que se recusou a ceder seu lugar à janela para uma criança em um voo, é o mais recente exemplo de como a civilização às vezes tropeça em sua própria etiqueta.

De um lado, uma mãe indignada, filmando a cena e postando sua revolta. Do outro, Jennifer, acusada de egoísmo por se apegar ao que comprou com antecedência e planejamento. Entre as duas, uma criança que ainda está aprendendo a lidar com uma palavra aparentemente simples, mas cada vez mais ausente em sua formação: “não”.

Crianças não nascem sabendo que o mundo não gira ao redor delas. Isso é ensinado. Mas, quando se cria a ideia de que tudo pode ser conquistado por insistência, lágrimas ou exposição pública, o que será delas no futuro? Que tipo de adulto nasce de uma infância onde a frustração é tratada como ofensa?

No avião, o assento de Jennifer representava mais do que conforto; era um símbolo do esforço de alguém que escolheu, pagou, e estava, no direito absoluto, de ocupá-lo. Sua recusa não deveria ser enxergada como um gesto mesquinho, mas como um lembrete de que limites existem — e precisam ser respeitados.

A questão vai além do assento à janela. Está na cultura crescente de evitar dizer “não” para poupar os sentimentos das crianças. Um “não” dito hoje poupa adultos decepados pela realidade amanhã. E que realidade dura será esta, quando descobrirem que nem tudo se resolve com um pedido educado (ou uma gravação postada no Instagram).

Jennifer não deveria ser condenada por defender o que era seu. Afinal, como ensinamos às crianças o valor do esforço e da responsabilidade, se a lição implícita é que o choro ou a viralização sempre vencem? Quer um lugar na janelinha? Pague, planeje, mereça.

Assim, no futuro, essas crianças talvez entendam que o mundo é muito mais do que um assento de avião. É um lugar onde limites, direitos e responsabilidades coexistem. Respeitá-los não nos faz piores; pelo contrário, nos torna mais humanos.
✍🏼Sibéle Cristina Garcia

Inserida por Sibelecristina

O peso da beleza

Estamos numa época em que a mídia, com seus comerciais brilhantes e filtros irreais, tenta nos convencer de que só as pessoas magras são bonitas. As telas, sejam grandes ou pequenas, criam um padrão tão estreito que muitos de nós tentam se espremer nele, sufocando as singularidades que nos tornam únicos.

É irônico pensar que, enquanto o mundo se orgulha de sua diversidade, ainda cultuamos uma única ideia de corpo ideal. Revistas estampam capas com frases motivacionais, mas, nas entrelinhas, dizem: “Não é suficiente ser você. Seja assim, como eles.” E, assim, somos levados a acreditar que nossa felicidade está a duas dietas ou a um personal trainer de distância.

Mas o que a mídia não mostra é o peso invisível que essas mensagens carregam. É o peso da insegurança, da comparação, do ódio ao próprio reflexo no espelho. É o peso de achar que não somos dignos de amor, sucesso ou aceitação porque não nos encaixamos em um molde fabricado.

A beleza, em sua essência, nunca foi sobre números na balança ou medidas corporais. Está no sorriso que surge ao encontrar um amigo, na risada que ecoa sem vergonha, no abraço que aconchega. Está na alma que acolhe e nos olhos que enxergam além da superfície.

É triste que ainda sejamos prisioneiros dessa narrativa, mas também é inspirador ver que há resistência. Cada vez mais pessoas se levantam para dizer: “Eu sou bonito(a), exatamente como sou.” Porque, no fundo, a verdadeira revolução começa quando nos olhamos no espelho e escolhemos amar quem vemos.

Talvez a mídia ainda não tenha entendido, mas a beleza nunca foi — e nunca será — algo que possa ser definido ou vendido. Ela é plural, única e, acima de tudo, genuína.

Que possamos lembrar disso quando a próxima propaganda tentar nos convencer do contrário.
✍🏼Sibéle Cristina Garcia

Inserida por Sibelecristina

⁠No passado líderes religiosos
tinham um estilo de vida reservado, se manifestavam nos limites das suas congregações e se inspiravam na leitura e interpretação das escrituras, em orações e jejuns. Atualmente, não resistem aos holofotes e nutrem o seu espírito com boatos das redes sociais.

Inserida por luizguglielmetti

⁠O espírito humano sempre idealizou paraísos, para suportar seus próprios infernos.

Inserida por luizguglielmetti

⁠Ouça atentamente e observe com paciência. Isso pode ser revelador.

Inserida por JaneSilvva

⁠O subconsciente é o piloto automático do ser, que fica testando probabilidades comportamentais para se anteceder ao ambiente.
Se o pensamento tende ao pecado é ação da carne, se tende ao que é santo, é ação do Espírito Santo.
E normalmente o que Deus quer vai contra sua vontade... a carne grita e o espírito sussurra.

Inserida por PrWagnerSouza

⁠Sociedades tribais não destruíram o mundo.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Se você ficar esperando o sapo virar príncipe, é você quem vai para o brejo.

Inserida por NossasPalavras

⁠É tão engraçado ver o que o sucesso com a inveja faz.

Inserida por danmelga

⁠Algumas pessoas são como flores, decoram o ambiente por um dia, servem para uma conversa, um riso ou algo mais, mas apenas flutuam e se esvaem no ar, sem um lugar para pousar e, raras são as almas que se curvam para escutar nossos medos, acender uma luz nos nossos planos, beijar as cicatrizes que a vida nos deixou ou ter intimidade para adentrar nos nossos jardins, como um sussurro do vento, com a consciência de que caminham sobre os nossos sonhos.

Inserida por luizguglielmetti

⁠Políticos que precisam polarizar uma sociedade são políticos fracos. Os políticos fortes são aqueles que entenderam que a arte suprema da política é a arte da conciliação.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠⁠O problema do brasileiro não é apenas interpretação do texto, mas é a safadeza de achar que o outro carece de inteligência suficiente para entender as entrelinhas.

É uma espécie de autossabotação: enquanto a frase diz uma coisa, as palavras utilizadas expressam outra e a pessoa nem se dá conta.

Além da interpretação de texto, existe toda uma análise comportamental que não é capaz de ser sucumbida pela verdade implícita.

O corpo fala, as atitudes expressam e a fala engana, mas não se contradizem.

Até papagaio repete palavras, mas os animais não falam e a gente entende tudo com análise comportamental deles. E é sobre isso.

Inserida por josias_godoi

⁠Ninguém tá diferente com você, você que sempre foi indiferente com os outros.

Inserida por danmelga

⁠O hater só quer validação dos outros pra gostar de alguma coisa.

Inserida por danmelga

⁠Brandura nas palavras e tato no tratamento de uns com os outros mesmo numa situação de divergência.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Ouçam as crianças, façam os adolescentes sorrirem e perdoem os adultos. Eis o que, no fundo, cada fase da vida mais deseja.⁠

Inserida por lucianoaulicino

⁠Você sempre teve asas,
mas para voar
precisa se livrar do peso
dos pensamentos,
que te prende ao chão.

Inserida por luizguglielmetti

⁠O Brasil precisa refazer a amizade com a própria cultura. Cultura e oportunidades são os maiores aliados no combate ao extremismo de qualquer natureza.

Inserida por anna_flavia_schmitt

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.

Entrar no canal do Whatsapp