Como a Vida Imita o Xadrez de Gary Kasparov

A inteligência, sem aplicação, dissolve-se na abstração.

⁠Há quem queira reinventar o mundo antes mesmo de entendê-lo.

⁠Valores milenares, testados, comprovados e validados por nossos antepassados, hoje despedaçados, desprezados e descartados por indivíduos apressados, descuidados e desavisados.

⁠Do nada, nada nasce.
Do tudo, tudo nasce.

⁠Consenso ilumina
Consenso ensina
Consenso aglutina.

Consenso contamina
Consenso domina
Consenso extermina.

⁠No casamento, pesos e contrapesos,
respeito mútuo, alicerces coesos.

Nem mando absoluto, nem submissão desmedida, mas diálogo, compreensão e justa medida.

Um pondera, o outro equilibra; juntos constroem a vida que inspira, assim o amor vive, cresce e não esfria.

⁠Nem tudo que é novo interessa, nem tudo que interessa é novo.

⁠Há novidades sem valor e valores que nunca envelhecem.

⁠Desejo e moral, conflito estrutural, duelo existencial.

⁠Só louco é feliz o tempo todo.

⁠Reprimir para civilizar: o preço da convivência.

⁠Sem repressão, não há civilização — só instinto e conflito.

⁠Sem freio, a repressão vira opressão,
em excesso, traz a depressão.

⁠Repressão em excesso não civiliza, traumatiza.

⁠Civilizar é conter o instinto, sem anular o sentimento.

⁠O impossível desafia as leis do universo;

O improvável desafia apenas nossas expectativas.

⁠Mesmo com vozes de diferentes minorias, existe um pensamento dominante, e quem foge dele é frequentemente silenciado — o que contradiz a própria ideia de diversidade como liberdade de divergir.

Diversidade não é só incluir corpos ou identidades; é sobretudo garantir essa liberdade, a pluralidade de pensamentos.

⁠Há inclusão de corpos, mas exclusão de ideias divergentes; promove-se diversidade de identidades, mas não de pensamentos.

⁠Diversidade, sim, desde que ninguém ouse divergir.

⁠Há inclusão de corpos, mas exclusão de ideias divergentes.