Como a Vida Imita o Xadrez de Gary Kasparov

Ele me olha como mulher, mas toca-me como flor.

Sorrisos são como brisas que no meio de um dia quente, chegam pra refrescar nosso olhar.

Tens um não sei o quê que me deixa não sei como, mas que eu gosto nem sabes o quanto.

Não permita que sua mente seja usada como depósito de lixo alheio.

Amor é como café: se quente demais queima a língua, se frio se torna intragável.

Olhar distante, palavras frias suspensas numa atmosfera rígida, como se desconectadas de meus sentimentos, denotavam claramente que embora fisicamente ao seu lado, eu já não estava mais com ele.

Meus pensamentos suspensos nas asas absortas da saudade sobrevoam-te, como as gaivotas que gorjeiam sobre a pseudo mansidão azul do oceano.

Algumas pessoas nos chegam como presente, outras, como castigo.

Carinho deve ser servido sempre puro, cowboy e em copo “on the rocks”. Como dizem os apreciadores de uma boa dose de whisky. No entanto, algumas pessoas acrescentam tanto gelo antes de nos oferecer, que ao chegar em nossa boca já perdeu totalmente o sabor original. Ou seja, já não possui gosto algum.

Tudo que toca permanece pairando em nossos sentidos como uma aura de luz protegida pelo olhar tácito do tempo.

Vejo a arte como um finíssimo cristal! Tenho medo até de respirar perto dela, e toda beleza estilhaçar-se no chão. Então, calo-me!

Pensamento é como novelo de lã. Depois de embaralhado fica difícil puxar o fio da meada e desenrolar a linha.

Delicadeza é como perfume. Espalhe todo dia algumas gotas no ambiente, para que ele permaneça cheiroso.

Há dias em que o mar amanhece escandalosamente agitado. Impetuoso e imponente, como um macho em pleno período de acasalamento exibe sua masculinidade com ondas assustadoramente gigantescas, num movimento de vai e vem quase indecente.
Ao entrar em contato com a areia morna e úmida espraia-se delicadamente afável, libidinoso e atrevido como um animal embriagado pelo cheiro excitante da fêmea.
Sem pressa cheira-a em toda sua extensão, lambe, beija, abraça com a sutileza de um amante amaroso e, deita-se sobre ela numa concupiscência dos deuses.

Às vezes eu sou assim: inteira! Lua cheia! Outras vezes, assim como a lua sou minguante, metade da metade, em minha fase de lua inteira.

Pessoas são como ondas eletromagnéticas. À medida que se distanciam, perdemos a conexão com elas.

Ele me chegou exatamente assim: como presente!

A poesia é meu diário. Como todos os diários também seria secreto, se nele eu não desnudasse a alma.

Somos como folhas sem destino certo à mercê do vento. Empurradas de lá pra cá vamos perdendo pedaços, até que já sem forças, paramos num canto qualquer para descansar a alma e costurar nossas feridas.

Abraço é essa coisa aconchegante, que envolve o corpo e afaga a alma como nuvem fofinha de algodão.