Colhendo os Frutos Poema
Os sabores da natureza
Se o caos trouxer sabedoria para amar
Posso me jogar no campo de café
Abençoado com as chuvas das lágrimas dos anjos
Orquestrado com o ruído dos bichos
O sol arde imenso como um coração suspenso
A decretar os dias de cor de leite
E as noites da cor do café
Feitos um para o outro
Como bons sonhos viciantes de cafeína
A regenerar da exaustão do cansaço
Se o caos trouxer sabedoria para amar
Posso me jogar nos jardins do amanhã
A natureza é sábia no final
Meus rancores podem soar egoístas
Meus desafios podem me tornar otimista
A me tirar do centro do umbigo
A tremer o chão e reciclar o céu
Vem uma safra após a outra
Vem um sonho após o outro
Vem um dia após o outro
Se a vida trouxer sabedoria pra apreciar
Vou me ajoelhar e ovacionar
Suas cores, seu caos
Sua beleza, sua grandeza
Sentir seus aromas
Agradecer a paisagem
E gozar do seu tempo
Os sabores da natureza
Minha audição é falha,
Levo a bengala na mão,
Já vivi oitenta anos,
Já perdi tanto irmão,
Vivo fazendo lambança,
Ajo como uma criança,
Dos filhos levo sermão.
Assim como num romance
se faz necessário a troca de feto,
pois do contrário seria só
ilusão platônica; o mesmo se dá
com a amizade. Não existe afeto
nem consideração, sem a constante
preocupação e uma leal reciprocidade.
Hormônios
Aquele olhar seduzente
Acompanhado de um beijo molhado
Aquele corpo reluzente
E eu todo atrapalhado
Ela, com aquele jeito inconsequente
Foi me deixar apaixonado
Me senti um deliquente
Mas o que poderia dar de errado?
Na verdade, a culpa são dos hormônios!
Que passam pela minha corrente sanguínea
Liberando feromônios
Vendo ela, toda curvilínea
Enlouquecendo todos os meus neurônios
Mas a culpa não é minha!
Se foi ela que me chamou
Por se sentir sozinha
Se eu fui o único que ela amou
Para ela, fui fazer companhia
Mas com aquele olhar, ela me desarmou
De novo, com aquela ladainha!
Aquela, que já me conquistou
Que quando eu vi, ela me seduzia
Até a minha pupila dilatou!
Mas a culpa são dos hormônios
Que agem com tanta pressa
Que sugam meu oxigênio
E deixam meu corpo em festa!
Aquela sensação
Lábio com lábio
Aumentando a minha pulsação
Que fui me tornando mais hábil
E só foi melhorar a nossa relação
Enquanto a beijava
Eu liberava dopamina
Enquanto a tateava
Eu liberava serotonina
Enquanto eu a sentia
Eu liberava ocitocina
Enquanto ela me dominava
Eu liberava endorfina
Malditos hormônios!
Que me enlouquecem
Vão me deixando tonto
Aos poucos me aquecem
Se ela me deixou a este ponto,
Poderia eu, me tornar um refém?
Só sei que é muito bom!
Ficar com ela
Ouvindo aquele som
Nossa, como ela é bela
Ainda tenho as marcas de seu batom
Dignas de uma novela
Mas sei que ficar dela, é o meu dom
"Estou dançando no ritmo da canção
Escutando as batidas do meu coração
Então, ouço barulho dos relógios avisando
De repente, sinto as horas acabando
E só quero que o tempo não passe.
Sinto que não dancei toda canção
Não escutei tudo que diz, meu coração
Mas, estou vendo os ponteiros avançando
Vou sentindo os minutos passando
E só desejo, que hoje, o tempo não passe. "
Marmelada social
Marmelada social compactada
Já vem marcada
Carimbada a nota
Daí desbota a lata
Fica a nata!
Lambuza no doce ó peão
Lambuza no doce ó João
Vai José
Vai Mané
Vai todo mundo adocicado
Vai caboclo e magistrado
Todo mundo tá na marmelada social
Nem parece prejudicial ...ó capital
Ô capital sensacional
Sensação de jornal
passa na televisão, a visão:
Igualitária;
Democrática...
E a tática...
É fantástica!
A e sensação vêm na caixa de bombom
É doce, é doce
Mas, a tolice?
Pergunta a Alice
E o João responde:
- Deixa de burrice!
A sociedade cega e estagnada
Não vê nada;
Não diz nada
Até parece acorrentada
Comendo marmelada!
Maria Lu T. S. Nishimura
Onde o presente tem
cara de passado,
todo cuidado é pouco,
tem um General preso
injustamente desde
o dia 13 de março
de dois mil e dezoito,
ele está sem contato
com o mundo exterior,
e tem uma tropa vítima
de exato e igual sufoco.
Vocês sabem quem são aqueles
que apoiaram, se abstiveram
e os que disseram que houveram
avanços sem pendências.
Presos políticos civis e militares
são os heróis da paciência torturados,
Que seguem há mais de sete meses
por conta da pandemia
incomunicados como o General
que foi preso numa reunião pacífica.
Falo dos presos que os poderosos
e muitos países sempre fingem que não veem,
Tudo leva a crer porque sonham
com intermináveis vantagens
na forma de barris de petróleo indomáveis
e reluzentes campos de ouro
banhados com o sangue, as lágrimas e o suor do povo
a preço mais barato que banana e sem ver a quem,
Querem do país destes presos de consciência
bem mais que pedras preciosas para o seu próprio bem.
"Uso obrigatório de máscara" dizem as placas
Mas já usamos máscaras há muito tempo!
A máscara física fez cair muitas máscaras sociais
O mais irônico é pensar o quanto é difícil usar a máscara de pano e o quanto é fácil usar máscaras sociais
A máscara obrigatória hoje derrubou muitas máscaras opcionais
Se tornou insustentável suportá-las
Ela nos obriga a olhar nos olhos do outro, pois é só isso que podemos ver no rosto do outro.
Se são os olhos "as janelas da alma"
A máscara física nos obriga a espiar as janelas alheias
Olhar para a alma do outro, a uma certa distância, é claro!
Talvez, não seja tão ruim assim poder olhar para o que não enxergávamos: a alma do próximo
A máscara física tornou os mais belos rostos irreconhecíveis
E invisibilidade urbana deixou de ser "privilégio" de mendigos ou prestadores de serviços essenciais que nunca foram valorizados
Escondeu os sorrisos e deixou à vista as lágrimas que escorrem das janelas da alma
A máscara não é de ferro, mas precisamos ser de ferro para suportar a máscara de pano
Sonhamos com o dia em que seremos "desmascarados"
Libertos das máscaras de pano
E será escolha individual libertar-se das máscaras sociais
Estarei sempre no mesmo lugar
Mesmo que maior seja a atração
Que me induza para perto de ti
Mesmo que a paixão seja à indução
Os melhores momentos foram tão marcantes
E por isso, todos sempre corsevei
Mas chegou a hora e te direi
Que esse amor, eternamente guardarei
Não foi por acaso
Que naquele belo dia eu te pedir
Tocando em seus cabelos e suas mãos
O seu coração só para mim
Sua reação foi tão proporcional
Que te chamei de donairosa
Passou ser minha formosa Hera
Minha princesa, minha cheirosa
Por Isso não quero te perder
Minha força, massa e aceleração
Minha três leis de Newton
Meu amor, minha inspiração
Se o sorriso sumir
E a esperança esmorecer
Se o sol bater 40°
E o suor me descer
Se a labuta de hoje
Amanhã eu não puder colher
Se a chuva não vier
E a colheita definhar
Se os pássaros não voarem
Se a flor não desabrochar
Se o meu sangue precisar cair
Se a comida na mesa faltar
Se meu nome não puder dizer
Se minha voz eu tenha que calar
Em meio a tudo isso
A Asa Branca cantará
Quero que o mundo saiba
Que o Nordeste é o meu lugar
Queime, queime, rosa bendita
Não és mais bem-vinda em meu jardim
Não deixe sementes, nem raiz
E acabe com esse sentimento dentro de mim
Quando recebi vossas sementes,
As recebi de bom grado,
Mas agora que já nascestes,
Me arrependo desse trato
Sua cor é linda e vibrante como sangue.
Sangue meu que eu plantei,
Vi crescer pétalas lindas e gigantes,
Do amor intenso que plantei
Mesmo deslumbrado com tua beleza,
Não ignorei os espinhos afiados,
Mas mesmo cortando e podando-a,
Eles se espalharam por todo lado
Então queime, queime, rosa maldita
E depois suma por favor.
Meu jardim precisa de descanso,
Dessa droga de amor
SOBRE A SAUDADE
Nem me fale da saudade
Que arrebenta com a gente
Neste tempo diferente
Que a ausência se firmou
Como alma penitente
Sempre ao lado do senhor.
A saudade roí sem pena
Fez morada aqui no peito
Nem por força vai embora
Já não tenho este direito
De viver as alegrias de outrora
Quando o mundo era perfeito.
Hoje só respiramos por sorte
Quando a dor não está presente
É a saudade dos amigos
Dos filhos-netos e de parente
Mas o que de fato doí é saber
E viver como indigente.
Desprezado sem um abraço
Já que somos feitos assim
De carne e osso, sangue e afeto
Precisamos de carinho, olho a olho
De um sorriso bem contente
De alguém que esteja perto.
Evan do Carmo
O professor é incrível,
transforma pesadelo em sonho.
É um mestre que consegue entoar uma canção.
Em um simples instrumento de um só cordão.
E transforma uma cantiga, em um clamor.
O POUCO QUE EU SOU É
GRAÇAS AO PROFESSOR.
Hoje, sei falar e escrever
por causa do professor.
Esse poema só foi
escrito graças ao professor
que plantou um sonho
no meu coração de
ser um grande escritor.
O POUCO QUE EU SOU É
GRAÇAS AO PROFESSOR.
Capital Paulista
Grandiosa é a capital paulista
Mais de 12 milhões de habitantes
Preenchem a gloriosa vista
Com seus sorrisos contagiantes
Cada bairro de SP te marca
Marca de uma forma diferente
Forma que, em uma aventura te embarca
Em SP não se fica carente!
Um exemplo é a 25 de março
Lotada de gente
Bem disputado é o espaço
Mas de variedade é surpreendente
Bonito é o Brás
Cheio de roupa bonita
A aventura lá é sagaz
E a ousadia é infinita
Incrível é a Liberdade
Como é lindo o respeito
O respeito à diversidade
Que mora no nosso peito
Massa também é o Tucuruvi
Eita bairro bom
Coisa boa lá eu vi, ouvi e também vivi!
Eita bairro bom
Aventura é na Lapa
Espero que tu leitor, veja!
Lá é pra quem dá a cara a tapa
Mas linda mesmo é a Igreja!
Nunca fui, mas eu sei
Que minha nação é Itaquera
Naquele bairro eu nunca andei
Só sei que é aonde o Timão mora
Tem a famosa AV. Paulista
Grande e movimentada
Atrai todos os turistas
Com sua beleza, demasiada
Como eu fui pra SP?
Eu fui por Guarulhos
Tudo de SP não deu pra falar, muito menos ver
Dessa cidade vejo bom povo, bons frutos
Futuramente com os meus amigos, irei dar um rolê
Que eu pertença tanto a alguém a ponto dela me permitir ser livre pra partir
E mesmo podendo ir
Ela tenha em si a certeza que eu escolherei sempre ficar
Alguns o chamam de mestre,
Outros o chamam doutor,
Crianças o chamam tio,
Uns chamam educador.
Tem função de lecionar,
O mesmo que ensinar,
Parabéns pro professor!
Mais uma vez:
Mais uma no vazio uma sala vazia e chaves na mão!
Mais uma vez faço uma lista de "a fazeres" sem saber como será, lá do outro lado, à esquerda ou à direita do desconhecido!
Mais uma vez, pernas trêmulas: incertezas.
Mais uma vez eu mudo para sempre, cheio de vontade de chegar do outro lado.
Mais uma vez, eu mascate saltimbanco, com o saco nas costas e vibrando com a incerteza das buscas.
Mas uma vez, de novo no mesmo lugar de antes...
Mais uma vez, faz um ano que mudei e agora é definitivo...
Mais uma vez, se não é "novo" é novamente de novo!
Até a próxima... e, se você não entendeu, imagina eu, um ano depois da última mudança, refletindo sobre a insustentável leveza do ser!
Não sei o que te marcou ao me ver
Mas eu admirei o seu sorriso encantador
Quando falara para mim
Foi muito caloroso e tentador
Alguns anos depois
Você em minha vida apareceu
Parecia algo normal
Todavia algo peculiar aconteceu
Te beijar e sentir seu calor
Foi maravilhoso e figuradamente magistral
O que para eu seria impossível
Em alguns minutos foi real
É pena que o destino está sendo cruel
E nada eu poderei fazer
Só sei dizer que te quero
E espero "um dia" para sempre te ter
K.S
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