Você era a minha primavera, eu florescia amor em você.
Teu sorriso causa arrepios no meu coração.
Com você fui raio de sol, com céu limpo e claro. Sem você sou pancadas de chuva, com previsão de trovoadas, escuridão, melancolia e tristeza.
Que coração complicado esse meu, insiste em lembrar de quem já me esqueceu.
Eu sou planeta e você constelação. Estamos tão perto e tão longe ao mesmo tempo.
Até as paredes do meu quarto já estão cansadas de tanto me ouvir sofrer por você.
E hoje aqueles que tanto se amavam ontem já nem se falam mais. Bem vindo ao século vinte e um, onde tudo começa com amor e termina em dor.
E mesmo que eu não te amasse tanto eu ainda amaria. Porque no livro da minha vida tem você em cada entrelinha.
Para não enlouquecer, para eternizar, para aliviar o peito, para acalentar a alma, para buscar conforto, para desabafar. Uma rápida solução: escrever.
Se você não sabe voar não prometa me levar até o céu.
Hoje a solidão veio conversar comigo. Ela perguntou de você e eu não consegui responder. Ela me abraçou e então eu chorei. Acho que foi de saudade. É saudade.
A saudade é uma ferida profunda, que quando começa a sangrar é difícil de estancar.
Quando floresço, floresço a flor da pele.
Pessoas como eu não tem finais felizes.
O meu amor eram chamas acesas. O teu eram cinzas apagadas.
Te amo em silencio, porque seu coração se faz de surdo pra não me ouvir.
Eu penso em você e você pensa em outros. É que nem aquela história, Maria ama Teresa que ama Joãos.
Me deixa sonhar, pelo menos lá eu sou feliz.
E se não florescer na primavera, a gente arruma um jeito de florescer em outra estação.
Eu me destruí por um amor tão pequeno. E isso é lamentável.