Coleção pessoal de vcruz

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Perdida nesta imensidão...escuto silêncios soltos...me reconheço em cada partícula ...os olhos orvalham o charco da alma...nada mais depende de mim, nem mesmo o amanhecer...

...os olhos "vem e vão"...embora não satisfaça plenamente...os sentidos gozam...
...o silêncio também é dor, é também prazer...

Não lamento pelo que as pessoas são, mas sim, pelo que poderiam ter sido...

Eu escutei,
não por ter bons ouvidos,
mas,
por ter permitido ser tocada infinitas vezes...

[fragmentos de "Toques" em poesias secretas]

As reticências me contornam perfilando bordados...

[fragmentos de poesias secretas "Paisagem"]

...contradições e falsas certeza...sempre tudo tão errado que parece certo ser...

Chantagem emocional é artimanha simbiótica entre néscios. O chantagista disfarça sua incompetência, o chantageado revigora o ego...ambos se alimentam...

Tente, invente,
reinvente-se;
deixe seus sentimentos sempre soltos,
disponíveis,
a vida é isso,
um fluir,
um ir e vir e deixar ir...
e nessas voltas, sempre há vertigens,
porque os encontros,
são sempre fatais...
*
*
*
"É preciso sofrer depois de ter sofrido,
e amar,
e amar mais,
depois de ter amado."
Guimarães Rosa

Há uma grandeza, também, nas miúdas atitudes de contemplação cotidiana. Imagens gestadas no canto dos olhos e paridas na aridez dos lábios evaporando sussurros.

[fragmentos de de "Detalhes" poesias secretas]

Os vincos são marcas de dobraduras da vida, as saliências são o testemunho que sempre há uma nova chance aos sorrisos...

Não me importa se lá fora o vento uiva, o céu chora, as estrelas se escondem...boca a boca alimento este desejo que me degusta com urgência sem nenhuma pressa de saciar!

[partes minhas em você]

Cheguei ao final, ao fim dos começos, e não achei o principio do fim...
Talvez ele não exista,
Talvez nem eu exista...

Só escuto o que coração consegue interpretar...

Perguntei ao amor o que ele mais ama; só me sorriu com aquele ar de quem diz tudo sem dizer nada...intuí que quis me dizer que não existem razões para amar, embora quem ama, justifique todas as razões no próprio amor...

Analiso quando se trata de amor, que a infeliz e cruel diferença entre uma criança e um adulto infantilizado, sejam duas inocentes palavrinhas mágicas:
"Desculpe-me" - reconheço meus erros;
"Perdoe-me" - porque amar não depende de razões...
Os erros são inerentes à humanidade.
A criança é perdoada facilmente porque está aprendendo; o adulto infelizmente recolhe-se no seu orgulho travestido de arrogância...ambos continuarão errando...ambos continuarão carentes...ambos conservarão a criança...mas só um deles será feliz!

Farei desse tinteiro negro, uma caixa de pandora em que mergulharei a alma para que transborde palavras como big bang em tempo de criação.
Serei sim, a pena fagueira e insistente que marca o papel em branco, borrões do nosso amor, como se estivéssemos aqui, agora, maculando a alvura dos lençóis com nossas sagradas luxúrias.

[fragmento de "Presente" memórias de um Lápis sem Ponta]

Aceito as verdades inventadas com mais facilidade do que as coisas que já sei!

Embora ainda não tenha me recuperado do tombo, calibro os olhos para enfrentar os desatinos do dia-a-dia, fazendo de conta que tudo isso é absurdamente normal...

[fragmentos de poesias secretas "Desatinos"]

Ah quem dera...
Se tu ativesses em revista por todas as faces...
[...]
Virar-me-ia de todos os lados...
Inclusive do avesso!

[fragmentos de poesias secretas "Poliédrica"]

Perto do fogo...
Estou dentro do olho dos furacões...
Derretendo em lavas de mil vulcões...

[fragmentos de poesias secretas "Salamandra"]