Coleção pessoal de vcruz
Devast... Ação...
Arquiteto gestos e manipulo gosto
Rasgo as páginas e exponho a nudez de uma poética própria
Danço nos ruídos do mastigar das letras
Regurgito formas em sentimentos impróprios
Rabisco o que capturo no eco dos passos do mundo
Cubro-me de pele em brasas
Só pelo prazer de ver-me em carne viva
A vida lépida e pulsante faz redemoinho nas planícies
E depois
Em reverencia a minha natureza rebelde
Recolho o que sobra de mim e aprecio do alto do ninho
A minha devastação
Inveja e admiração são sentimentos antagônicos que se entrecruzam: ambos refletem minha originalidade!
...Ilusão...
Não leve tão a sério tudo que escrevo. É olhando para o céu que confundimos o brilho de estrelas que já estão mortas!
...Demiurgo...
Rocei sobre a trama
A fotografia da tua caligrafia
Ordinarios traços de liberdade
Tenho apenas uma pena
Tingi de vermelho
O papel em branco que me ofereceu
Pacto:
Somos amantes anonimos disfarçados em versos...
Não tire a máscara agora...
Pode se reconhecer...
Amar é:
...escrever em linhas paralelas versos contíguos...
...esboçar a dois o colorido desenho de felicidade...
...gracejar sem sentido os sentimentos da vida...
...uma conquista diária para quem vivencia o AMOR!
...A...Corda...
Os títulos sufocam
As responsabilidades amordaçam
Livre para ser ninguém
Alguem que quer estar além
Não contraio dívidas
Não aceito cobranças
O equilíbrio é a dúvida
As verdades voam em saltos mortais
A mentira é avalizada pela certeza
Ser o que se É
Onde e quando quiser
...Mari...onete...
Um fosso encortinado é o palco
Forjada penumbra que a luz disfarça
Enlevo de uma hipnotizada platéia
Com sorrisos aleivosos
Executa rodopios espalhafatosos
Um salto com arremedo de artista culmina
Acendem-se as luzes
Aplausos às cavilosas mãos que manipulam
Em pontas
Boba bailarina
Inevitável...
Versos inversos...que queres tu de mim?
Tenho a sede...mas já não podes me impedir de beber das
fontes da imortalidade...
Tenho a fome...mas sabes que me alimento das entranhas para fora...
Tenho o medo...mas não ouses crer que me rendi...
escarneço da tua vulgaridade e zombo das tuas loucuras sem propósito...
Dobre-se feliz aos meus pés...tenho a eternidade e isso,
nem tu poderá sê-la por mim!
...Abismo D'Alma...
Do beiral
Serrada névoa
Dissolvendo ao sabor do Vento
Entronada Lua no Horizonte
Divisando os despojos carcomidos pelo Tempo
Fleuma n’Alma em Silencio
Longinquo uivo lascinante
Rasgado Instante
Braços abertos num abraço
Faz-se o Infinito
...Reverso...
Traços continuos de olhares que se lêem em reverso
Rasgo de decote provocam
Bocas que se movem sobrepostas pele-a-pele
Salivas com gosto de desejo que se misturam
Mãos torturantes
Tentaculos da volúpia
Faíscas turvantes de luxuria
Eu?
Me rendo!
...Saudades...
Envolta em harmatã de noite fria
Ardentes pingos de desejo
Soçobram nos vãos dos azulejos
Saudades...amarga iguaria