Coleção pessoal de servamara
A memória momentânea é como um navio à deriva que colide com o iceberg do tempo; e afunda velozmente na profundidade imensurável do mar do esquecimento.
Ao menor sinal de fumaça, por menor que seja, prenúncio do iminente incêndio devastador; eu estou correndo léguas da primeira fagulha do pecado avassalador.
O tempo sempre é certeiro na aproximação de quem precisa, inexoravelmente, ser encontrado. Deus jamais erra em agendar, com precisão e sabedoria, os encontros entre pessoas.
A verdade é como um lago límpido e cristalino, não dar para se banhar e se deliciar em sua água, benesses, deleites; enlameado pelas mentiras.
Como proferiu e escreveu Agostinho de Hipona: "A verdade tem poucos amigos."
Sinto asco de tudo que me aprisiona, não quero ser serva meu maior algoz:
O pecado!
(Meditar: Romanos 6:6)
Eu não sou mais o que era ontem; existo, simplesmente persisto; sem almejar ser muito mais do que sou hoje...
Encontro, sem dia, nem horário, nem lugar, previamente marcado; a união, a comunhão, a sintonia entre as almas afins já agendaram o enlace tão almejado; sendo dispensado agenda, celular, ou qualquer outro meio de controle, de temor, ou de descrença...
É preciso aprender "a arte de perder sem sofrer"; aquieta-te, sem mais reter o indetível -- ter asas da fé, voar alto, sem apego, temor.
A memória do que sou quando te escrevi, entretanto quando você ler a missiva, não se lembrará mais do que eu fui hoje, agora, neste momento.