Coleção pessoal de samuelfortes
O Princípio e a Incerteza
Energia
Vital
Exaltada
Alegria
De viver
Um gesto
De
Gentileza
De
Fraternidade
Desinteressada
Estrela
Da manhã
E
Da noite
Destino
Incerto
Senso
Lúdico
Tropical
A Estante Armário
Em sua
Singularidade
Vive
Seu universo
Glamouriza
Segundo
Seu viés
Pilares mágicos
Da
Imaginação
Sossego
De vida
Cotidiana
Serenidade
Amálgama
De
Irresistível
Fascínio
Gosto de Sol
Sempre vem
Cada vez
Mais volumoso
Mais intenso
Sem prazo
De validade
Qualquer dia
A gente se vê
Carinhosamente
De presente
O passado
Vez Por Outra
Tinha disso
Sacudir
Poeiras
Do existir
Reativar
Emoções
De
Seu tempo
Até então
Não mais
Que
Muito menos
Não menos
Que
Qualquer direção
A vida é difícil, pois somos um ser social, que não nasce e nem vive só.
A realidade nossa é uma e do nosso meio é outra, perdeu-se a noção da virtude, do certo e errado e da ética.
Como recuperar os valores das pessoas?
Alguns acham que um diploma é um, senão o maior deles. Aumentou o número de diplomados, mas não melhorou a relação Humana.
Pureza e Nostalgia
Na música
Louvamos
Amamos
Esperamos
Recordamos
Toma forma
O espírito
Em vibrações
Capta
Transmite
De forma
Singular
O âmago
Da mente
Da alma
Vibra-se
Em voos
De fantasia
Depois veio
O verão e veio o medo
Desceu de seu castelo até o rochedo
Sobre a noite e do mar
Lhe veio a voz
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
Nasço amanhã
Ando onde há espaço
Meu tempo é quando
De onde a árvore do castigo
Dará madeira ao patíbulo
E de onde os frutos da paz
Tombarão no chão da guerra
Na tarde
Anoiteço
Na manhã
Escureço
De dia tardo
De noite ardo
Vossos olhos raros
Como parecem brigar
Combatentes no olhar
Não quero propor
Que aguardo ansioso
O Palhaço Pensante
Ao lado do infame
O dia fez-se branco
A noite o fez negro
Quando o fogo avermelhou
A aurora nascente
No fundo da treva o infame nasceu
Com foice e martelo
A estrela morreu
Ventura que aventura
Divididas ilusões da vida
Desengano entre Compensações
Que vê envelhecer
Mas não envelhece
Planos e caminhos de andar
À medida que a têmpora envelhece
À medida que a vida respira
Ao prazo do meu descansar
No tempo do meu pisar
Naquele velho instante
Onde as paredes pareciam caminhar comigo.
Conjugação Cotidiana
A vida como
Um seio exausto
Assim tão reluzente
Sobre a noite e do mar,
Lhe veio a voz
E só então, foi totalmente a sós
Sentiu-se pobre
E triste como Jó
Da carne nos rasgos
Da febre mais quente
Que
Jamais queimasse
Mas nunca como antes
Nem paixão tão alta
Nem febre tão pura
Em noites de insônia
Sua Maneira
Intrigante
Instigante
Maravilhoso
Mistério
E ainda
Não nos demos
Conta disso
Um pouco à tua maneira
Que não revia desde o tempo
Em que lia e te relia
Como de cera
E por acaso
Fria no vaso
A entardecer
Demiurgo
Palpitando na matéria
Anjo
Desatento
Se
Outro
Mérito
Não teve
Pelo menos
O
De não ter
Perdido
Tempo
Sarcasmo e Arvore
Com dificuldade
Ergo-me
Na saudade do amigo
Que
Se perdeu na eterna saudade
Daquele espelho
Me olhando
Tomo o café da manhã
À minha e à sua vontade
O gigantesco abismo
Goza a delícia de ser
Lábios roxos
Assim passeio por ele
Sem sua infantilidade
Onde a cobra fuma
Seu moderado cigarro
Admirando seu ventre
Trazendo o sol batido de vento
Enquanto o mar tece a trama
Imóveis na solidão
Juntos a novos anjos cativos
Na luta de classes
Honorárias prisioneiras
Mulheres
Que o simples toque pode romper
Por um momento
Todos e infinitos talentos em seu seio
Maior que a força contida no ato
Na móvel linha do horizonte
Apaisanar
Não precisavam
Deles
Sentiu-se
Livre
Para ir
Seguir
Principalmente
Não ir
Seguir
Se assim
For
Marginal
Finalmente
Livre
Para
Ser útil
Não sendo
Inútil
Menos mal
Serventes do Tempo
Estou sempre de branco
Por toda a rua cinzenta
Relógios, paredes
Se quebram com o tempo
Prisioneiro de mim mesmo
Agregam-me os fatos
Relógios paredes me travam no tempo
Eu faço e desfaço-me
Pois sou o meu dom
E se querem saber o que fazem
Dos erros
Autores do tempo
Inventam seus tons
Os dois hemisférios comprazem enredos
Intensos abraços e eterna intenção
Da pele do pêlo dos nervos do elo
O logos do louco da lógica ao chão
Da simples pureza que se perde ao tempo
Do mero cansaço
Talvez solidão
Por entre os silêncios se dê um jeito
E
Do eterno e interno selvagem
Salve o lado bom
Em Riachão do Dantas
Trilha
Em
Que trilha
Paradinha
Pra
Fôlego
Mente
Viaja
Ao longo
Do
Que ficou
Emoções
Vividas
Lá estão
Fraturadas estão
A golpe
De martelo
Permanecem
Quisera Tanto
Não é querendo
Me gabar
Mas
Hoje eu chorei
Numa explosão
Milhões de vezes
Maior que a força
Contida no ato
Agitam docemente
Os cabelos da rocha
Entre a linha móvel
Do horizonte
Ato Fecundo
Que fecundou as rosas
Como cadelas à lua
Por seres
Quem me fostes
Grave e pura
Desfigurando estrelas
A lua que sangra à dentro
Numa vertigem de morte
Com cheiro de virgem
Meninas de bicicletas
Escravizadas à beleza
De repente do riso
Fez-se o pranto
De repente
Da calma fez-se o vento
Levando a sua tristeza
No
Quadro da Bicicleta
A limitação de Kant
O andrógeno
Meigo e Violento
De mãos luminosas
O mágico pastor
Que espia
Do
Fundo da noite
Dos ermos da noite
Despetalou
As jovens putas das tardes
Em vossas jaulas acesas
Rola perdida no céu
Fazeis rapazes entrar
E deu a luz ao meio-dia
E morreu no mar