Coleção pessoal de Ruberval

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Existir ainda é pouco..

Entre tantas existências sem sentido, precisamos apenas absorver o melhor da vida onde cada gole solvido nos embriague com um pouco mais de lucidez. Assim faremos com que a realidade hesite bater em nossa porta e nossos olhos fechem para a mesma, cegos de sentido e cheios de devaneio. Precisamos retirar a névoa que os perturba.

Na eterna busca pelo irreal, a farsa pode virar realidade. Ela se adapta ao visível e reflete no espelho a nossa insatisfação. É mais do que preciso viver a vida deixando os pensamentos perecidos nos seus devidos lugares, que eles sirvam de engate para uma nova descoberta e não sejam os eternos comandantes da nossa navegação. Oscilamos tanto no meio de incontáveis ondas que nos afligem todos os dias.

Que todos os nossos escritos sejam verídicos, mesmo que no fundo não os conheçamos devidamente. Ao escrever, permitimos viver um mundo que muitas vezes não é nosso, mas que existe nas entrelinhas, nas linhas dos nossos pensamentos conturbados de amor e suas vertentes. Que a nossa vida não se limite as possíveis definições que colocamos no papel. O que move os desejos para a realização é o que ainda não palpamos. Viver não é tocar apenas o que desejas. Viver é também , ansiar o inexistente e ainda sim, sentí – lo. Que tomemos nos braços a vida com suas verdades para que o último gole não seja tão seco quanto o primeiro que foi dado.

Aprendi...
Que o silêncio é a melhor resposta quando se ouve uma bobagem.
Que amigos a gente conquista mostrando o que somos.
Que os verdadeiros amigos sempre ficam com você até o fim.
Que a maldade se esconde atrás de uma bela face.
Que quando penso saber de tudo ainda não aprendi nada.
Que a Natureza é a coisa mais bela na Vida.
Que amar significa se dar por inteiro.
Que ouvir uma palavra de carinho faz bem à saúde.
Que dar um carinho também faz...
Que sonhar é preciso.
Que se deve ser criança a vida toda.
Que nosso ser é livre.
Que Deus não proíbe nada em nome do amor.
Que o julgamento alheio não é importante.
Que o que realmente importa é a paz interior.
E finalmente, aprendi que não se pode morrer
Pra se aprender a viver...

Vem, encosta a tua vida na minha e sente como tudo aqui dentro é mais feliz quando tenho você por perto.

Talvez, se esperassemos menos dos outros, nos decepcionaríamos menos também. mas às vezes quando gostamos muito de alguém, esquecemos que são humanos e insistimos em pensar que são perfeitos.

Plantaste
u m a. s e m e n t e.
V
E
R
D
E
em meu
olhar.


VERDES
os sonhos colhidos
de teu olhar.

VERDE
a esperança latente,
o desejo crescente
a te esperar.

VERDES
os olhos famintos
no reflexo a mirar...

- os meus nos teus
ou os teus nos meus?

(tão misturados estamos
que não há mais como separar
o verde do nosso olhar).

"A --------- mor(te)"

Saibas,
que também coleciono tristezas.
Coleciono frustrações,
dores e, até mesmo, raiva.

Saibas,
que o tom avermelhado do meu olhar
foi feito com tinta lágrima...
(colecionando a mais pura saudade!).

Como cortesia,
também coleciono dois riscos
que dividem os meus pulsos

a
o

m
e
i
o

(esses foram feitos
delicadamente
pensando em ti).

São agora
tatuagens macabras
do meu querer.

Saiba:
eu não deixei de te amar...
(mas por um minuto
quis matar o meu amor).

E foi na morte que descobri
o quanto ainda vives em mim.

“Sangrando”

Eu sei...
o meu amor por ti
foi insensato!

Foi labiríntico,
mórbido e,
por vezes, imaturo.

Intenso, quis tudo de ti
a todo custo,
a toda prova.

Indeciso, armou-se de espinhos
e se escondeu nas sombras...
(bem longe dos teus beijos).

Perdido, deu voltas em si mesmo,
buscando uma saída,
mas sentiu-se tão inseguro
que preferiu a partida.

(Não, eu não te contei,
mas me doeu muito te perder).

Doeu
como dói a ferida aberta,
um soco no nariz,
um corte profundo no pulso,
um objeto pontiagudo nos olhos.

Doeu
como dói a morte de um sonho
nascido prematuramente.

Eu tenho ciúme, do ciúme ciumento,

Do ciúme que mete medo

E atrai o ciúme feroz.

Tenho ciúme da sua sombra,

Ela é tão traiçoeira que fica atrás.

Tenho ciúme do batom,

Ainda mais da cor avermelhada,

Que desliza nos lábios que são meus.

Ciúme da sua felicidade

Que pode mudar o seu caminho

Deixar-me só, e sem você.

Mas essa narração é de Cervantes,

O velho ciumento, teatral.

De você não tenho ciúmes,

É minha deusa adorável,

Minha amiga e companheira,

É tudo, é fenomenal.

É doce menina,

Dos olhos cintilantes,

Dos lábios da cor de morango

De corpo estilo violão

Da beleza que encanta,

Do charme e da elegância.

Não tenho ciúmes,

De você menina,

Você não é só minha,

É dos poetas

Que escrevem com o coração

A beleza criada pelo Criador,

Você menina, você mulher.

Estava ali, mas nós somos assim mesmo, não damos o devido valor quando se tem em mãos; Agora longe, muitas vezes sem nenhum tipo de contato é que vemos que um simples aperto de mão pode arrepiar até o último fio de cabelo; Ontem sentia que faltava algo, hoje você é responsável por uma dor que não me é cruel, mas machuca tanto.

O passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente...

Sentimos saudade de certos momentos da nossa vida e de certos momentos de pessoas que passaram por ela.

"Dizer que sente saudades só em palavras não é saudade, é justificativa. Saudade pede atitude, pede presença, mesmo que distante."

GRAMATIC(A)MANDO

“Uma tentativa vã
de te conjugar aos meus sentidos...”

Se te conjugo no presente
é um indicativo de que te quero.
E se te imagino no futuro
(do presente? do pretérito?)
que importa?!?

Meu passado é acabado
e tu o meu mais-que-perfeito acaso.

Se te conjugo no presente,
vazio está o meu passado
e incerto se faz o meu futuro.

Se te conjugo no infinitivo,
infinito é o meu desejo de
tocar-te,
ter-te,
sentir-te.

Se no gerúndio te busco
sorrindo te encontro,
querendo os meus beijos,
cantando os meus sonhos
e sonhando-os comigo.

No imperativo: ama-me!
No particípio imagino-te entregue,
submerso em meus anseios.

Sabes que és o meu subjuntivo,
a causa de minhas impossibilidades.

Estás na irregularidade do tempo
a transitar os meus sentimentos
mais intransitivos.

És o meu objeto direto
que, indiretamente, busco
na solidão dos meus dias.

Defectivo, deixa em meu corpo
espaços vazios,
lacunas de saudades constantes.

Se insisto em te conjugar
(na 1ª pessoa do plural)
logo percebo,
quão ruim sou em gramática!

Mas, se te conjugar é, para mim,
uma tentativa frustrada,
contento-me em viver
(em sua total plenitude)
o amor que sinto por ti.

MIL FACES


Sou a mulher de mil faces,
camaleoa de traços e emoções
A eterna mutante, desse mundo que gira ,
que não me deixa acomodar nas minhas frustrações ou incertezas
Alavancando minhas virtudes e qualidades
Dando a cada uma das minhas faces
A mulher que queres ver,
a menina que exergas,
a garota que vislumbras.
Eu,única,no mundo de tantas mil.
Aquela q vc vê...e não esquece,
não completa como queiras
Mas tudo,
o que demais sou para seus olhos... do corpo e da alma.

Desisti de ser feliz. Agora me sinto muito menos infeliz.

"Solidão"

Faço versos durante o dia
e os apago durante a noite
para voltar a escrevê-los
no dia seguinte...

Faço isso
não com a intenção de matar
a minha solidão,
mas para alimentá-la.

Deixarei perfume que pode se acabar, deixarei uma flor que pode murchar e morrer, mas de alguma forma, marquei. Meus dias estão contados, em breve, aqui não mais estarei. Não haverá mais palavras de amor, e as pessoas não poderão contar comigo. A vida é assim, vamos para algum lugar.

As vezes falar tudo que você pensa é perigoso.
As vezes perigoso é pensar.

"UMA NUVEM PODE ESCONDER UMA ESTRELA.
MAS A NUVEM PASSA,
E A ESTRELA FICA...
A VIDA NADA MAIS É QUE UM SIMPLES INSTANTE..."

Meu Querer

Queria ser o passarinho azul que na manhã clara vem te acordar
Queria ser um uirapuru que Você ouve a admirar
Queria ser um Beija-Flor para seu cheiro sentir, seu sabor provar.
Queria ser a carta que Você espera com ansiedade.
Mas sabe o que eu queria ser mesmo?
A pessoa que Você ama de Verdade