Coleção pessoal de RosangelaCalza

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Tudo passa...


Tudo passa... que desgraça!
e o tudo passar deixa este mundo tão sem graça.

Passa o amor... passa a desgraça.

Que graça há na misteriosa estrada da vida...
amor como guarida,
e, logo à frente, dolorosa despedida?
Amor vira fumaça...
Sem amor... quanta desgraça...

Passa a desgraça – ô mundo mais sem graça!

... que graça tem já saber de antemão que a desgraça a afligir seu coração tem seu fim determinado por antecipação? Porque tudo passa!

Passa o amor.
Passa a desgraça.
Passa a vida...
Neste mundo frágil... tudo é frágil...
Tudo passa... tudo vira fumaça.

Da ilusão

A ilusão dos costumes que perduram...
A ilusão de que a distância e o tempo todas as dores curam...
A ilusão...

A ilusão das certezas da existência...
A ilusão de que pra tudo há saída...
A ilusão de que há remédio pra toda dor...
A ilusão de que cada abraço teu era puro amor.
A ilusão...

A ilusão...
A ilusão fez de mim mais que exclusivamente sobrevivente...
A ilusão acalmou minha alma e minha mente...
A ilusão me fez acreditar que tudo seria permanente.

Iludida... sim, assim caminho pelas estradas da vida...
Pacientemente.

Vida e esperança

Sigo...
Em cada passo, meu próprio eu persigo...
Juntando pedaço por pedaço, meu caminho faço...
Pego carona nos meus sentimentos – não importa se alegrias ou tormentos...
Refugio-me nos cantos da vida... nos becos sem saída.
Aninho-me em meus próprios braços... me abraço.
Me amoldo a cada espaço.

Adormeço e sonho:

Abalizo um enredo.
Sigo-o sem medo...
certezas ou incertezas – não importa.
Vida leve ou de uma imensa aspereza,
brandura ou austeridade – não importa.
Sorrio...
Na vida há de ser ter eterna paciência... discernir quando parar... quando continuar.
Abro a janela... sorvo lentamente o ar que faz tão doce e leve meu levantar e respirar...
Na vida há de se ter doçura...
Na vida, como criança, um passo, outro passo... com pitadas de candura
... sigo
sigo sem nunca desesperançar.

Em nuvens... densas nuvens
mais escuras a cada passo
E eu que achei que havia chegado.
Isso é coisa do passado
que me fazia acreditar
que no futuro eu ia te encontrar.
O passado passou... o presente passou
o futuro passando
e as densas nuvens cada vez mais densas ficando
acho que é assim que se vai perdendo a esperança
espera-se...espera-se...espera-se
e não se alcança.
daí você cansa... e perde a esperança.

Nenhuma pessoa do mundo me conheceu tão bem como você.
Pra você revelei meus medos, medo de amar demais...
minhas inseguranças, insegurança de ser amada de menos...
medos bobos, inseguranças bobas
dizia você...

Só você conheceu minha alma de verdade
pra você revelei com quem eu queria passar a eternidade.
Pra você fui totalmente transparente
revelei meu medo de não ser bonita e inteligente.

Só você conheceu minha parte feia, chata,
meu choro baixinho,
mas nada disso foi suficiente...
você foi se afastando devagarinho...

É, eu tinha razão de ter medo.

Pó... poeira no ar

Por que segregas?
Por que classificas?
Achas que assim o fazendo
melhor tu ficas?

Não, não és o melhor...
Tampouco o pior.
És tu igual...
a todos os teus iguais...
És simples (?) molécula.
És parte do todo...
e como tu... assim são todos.

O oxigênio que estás a respirar...
é o mesmo que há bilhões de anos
a Terra está a rodear.

És tu só mais um respirante.
Um mero passante...
Solitário caminhante...
Desse velho oxigênio...
só mais um sugante.

E segues altivo...
Num eterno separar, apartar... segregar... isolar...
A inspirar... expirar... inspirar... expirar...
Inutilmente... se pensares bem.

Nem todo o esforço do mundo
Vai evitar... que, como todos os outros,
Tu vires poeira no ar.
Unido a todos os outros a eternidade tu vais passar.

Não há lugar pra vida onde há morte

De brilho destituída... sem vida.
Pálida, álgida... linda e mórbida... da vida subtraída.
Coração de gelo não mais se enternece com seu triste apelo...

Coração vazio – de vida –, desabitado...
Coração despedaçado.
Ele aqui onde se diz que a vida... num vácuo, na verdade,
Está a seguir só, mórbido... desesperançado...
Sua mão ao tocar a dela... como mil vezes antes, tremeu.
Cadê aquela corrente elétrica a que estavam acostumados?
A falta de vida... o poder da morte... quem a escafedeu?

Toca ele mais uma vez seus lábios de carmim... tantas vezes beijados...
Sente-os desbotados... não se movem... comprovam: está tudo acabado.

`Pobre moço triste’ - uma voz sussurra...

Ah Camões! Teu verso aqui cabe tão bem...
Oh! “Alma minha gentil que te partiste...’ por que partiste!?
Nunca antes havia achado a vida tão triste.
Nunca tinha vivido uma vida tão escura.

Um vento gélido soprou...
A morte o que da vida levou?
Um calor que não mais existe...
A morte o que da vida deixou?
Ele mórbido, entorpecido... de toda vida esquecido....
Segue a continuar... completamente sem sentido.

I write the songs...

Nelas o sentimento mais bonito...
Cada verso é um remédio cura(dor)...
Falam eles do mais puro amor.

Tudo brilha ao sol.
As nuvens no céu as formas mais bonitas a formar...
e cada um vê o que sua vista consegue alegrar.
No elevador ninguém finge que não há ninguém lá...
Nas ruas eles sorriem.
Nos ônibus cedem o lugar.
Todos foram libertos do silêncio e das amarras.
Não há passagens frias e obscuras...
Pra tristeza, nos meus versos, encontraram a cura.
Vestem jeans desbotados.
Sonham com tantas variáveis.
Entram no pôr do sol...
Não escondem palavras de ninguém.
Todo alguém é alguém.
Finalmente entenderam o que é amar...
Amar é um verbo.

I write the songs ✍️💗🎼

Sou a-pai-x-na-da por este texto de Shakespeare:

"Você diz que ama a chuva, mas você abre seu guarda-chuva quando chove.
Você diz que ama o sol, mas você procura um ponto de sombra quando o sol brilha.
Você diz que ama o vento, mas você fecha as janelas quando o vento sopra.]
É por isso que eu tenho medo. Você também diz que me ama".

Hoje pensei que ele casa muito bem com: "A palavra convence, mas o exemplo arrasta. Não se preocupe porque seus filhos não te escutam, mas te observam todo o dia” da Madre Teresa de Calcuta...

Então não venha dizer que me ama... estou de olho mesmo é nas suas atitudes

Traição

Ela desceu as escadas bem devagar... queria correr... pra bem longe de seu triste presente... mas só conseguia descer bem devagar... queria tempo pra se arrepender e voltar?

Tinha sido tão abandonada... e nem sabia bem por quê. Enfado? Mas ela sempre dizia: "Amor, tudo pode ser renovado."

Não... claro ela sabia, não é tudo sempre perfeito, mas pra tudo há jeito... havia o afeto, havia os dias calmos, havia a cumplicidade construída nos anos que passaram juntos. Passaram juntos mesmo?

Agora ela só estava mesmo era cheia de dúvidas. Estava acompanhada e completamente abandonada desde quando?

Como não tinha visto os sinais? A troca de senha do celular... alguns contornos tão inúteis... aqueles silêncios cortantes... como era possível o amor que ela havia acreditado ser todo seu não ser todo seu...

Achou que o melhor seria compartilhar com alguém sua dor... e suas dúvidas... pensou: 'onde encontro alguém que também foi sempre abandonado?'

Mas seu mundo tinha caído... não ia conseguir no meio dos escombros encontrar nada..

E desceu devagar... bem devagar os onze andares.

Térreo. Entrou no elevador... apertou todos os andares... queria tempo pra se arrepender... não queria voltar... mas só conhecia o caminho de casa...

... Definitivamente... ia voltar... mas bem... bem devagar... talvez no caminho encontrasse forças pra se arrepender e de novo descer... e da vida dele desaparecer.

Talvez.

Le temp passe...

O tempo escorre em minhas mãos
O tempo voa...
E não tenho tempo pra me dedicar um pouquinho mais ao tempo que tenho... não tenho?

Estatisticamente esta é a maior verdade: um dia eu não terei mais tempo.

E tenho na minha frente a eternidade.

Eu amava relógios... hoje nem os olho mais... que fazem eles a não ser gritar no seu tic-tac que meu tempo está diminuindo? Quem quer saber de sua vida sumindo?

Quero andar mais devagar pra ver se consigo meu tempo encompridar...
Quero perder essa mania de contagem regressiva...
Quero parar de ir embora em estágios...
Quero viver o agora como se só houvesse o agora... e... pensando bem, é só o que há...

Quero viver sem pressa... mas também não quero perder tempo.

Le temp passe em todo o mundo... o tempo passa... pra todo mundo o tempo passa...

Alguns sabem o que farão na eternidade... alguns ficam esperando virar uma luzinha... alguns não pensam nada... não esperam nada... independentemente de cada um... há uma eternidade que deveria ser bem pensada (entendedores entenderão)

O rio é doce...

Hoje...
um rio de lama
Lágrimas... uma voz que clama:
"Quando vão entender que dinheiro não se come?"

Barragem, para barrar...
não espalhar
Não dá pra arrumar outro jeito
... pra se desfazer dos rejeitos?

Dívida eterna...
Minério exportado
vale a dor dos enlutados?

O rio era doce...
O vale amargo.

Uma sirene soa... lá longe seu eco ecoa...

Pra que servem as sirenes?

Sim... elas fazem acelerar o coração, que bombeia mais sangue e as pernas correm...

Nada acontece...

então, cada um volta pra sua casa... sã e salvo ... aplausos.

Algo acontece...

então, aplausos para cirenes... vocês cumpriram com sua função.

Cumpriram?

Bom... O ser humano não está só no planeta... o planeta não é só o ser humano (não desmereço aqui de forma alguma o igual a mim).

Ecossistemas... inteirinhos... valem... valem o quanto vale o ser humano, nem mais, nem menos.

Há vida... vida que clama por vida... há muita vida enquanto ainda se respira...

Terremotos, furacões, tsunamis... o Brasil está bem no meio de uma placa tectônica... mas é como se não estivesse.

Do verbo amar

Uma leve nostalgia...
dos dias pretéritos,
dias passados,
dias azuis da cor do mar.
Ilhas – dias isolados,
separados pra olhar o azul da cor do mar... e tudo amar.
Num barquinho a navegar, tudo que se fazia era se deixar levar... leve.
Tudo o que se queria era olhar o azul... o azul da cor do mar... tudo amar.

Nostalgia leve...
dos dias leves
dias em que o conhecido era leve...
E o desconhecido era tão breve... logo transformado pelo nosso tanto amar... era tão fácil tudo encaixar.

Tudo esbarrava em mim de leve.
Nostalgia de dias em que eu seguia leve...
sem lembranças...
carregando apenas esperanças...
... e conjugando todo o tempo o tempo todo... todos os tempos do verbo amar.

Ausência


Separada, apartada...
Cada caminho trilhado leva a nada.
Afastada, desconectada...
Cada dia vivido é sempre, pra alguém, o fim da estrada.

O cenário montado.
Quanta gente lado a lado.
(Des)conhecidos sofridos...
Cada um seu papel a sério sabe... deve ser levado.
A peça continua...
Embora muitos já tenham dela se ido.

Indiferença... não faz a menor diferença.
A minha... a sua presença.
Se você no palco está... se eu no palco estou...
Ou... se já tenhamos embora ido...
Ninguém nota a nossa ausência.

Sou uma fonte de esperança

Oi, outra vez...
Passei aqui ontem, lembra?
Tresantontem também...
Perguntei se estava tudo bem?

Você sorriu...
Você só sorri.
Mas eu entendi.

Não precisamos de palavras...
Nossos olhos dizem tudo.
Eles sorriem...
e... depois que me vou...
são eles que me acompanham por todo lugar a que vou.

E voltarei... voltarei a cada amanhecer...
Voltarei quando o Sol não aparecer.
Voltarei quando tudo a sua volta escurecer.
Voltarei... porque o seu sorriso não me deixam de voltar esquecer.

Porque do amor sempre há alguma coisinha a mais a ser dita

Ah! O amor...
O amor pode machucar,...
seu coração magoar,
em mil pedacinhos estilhaçar,
e toda a paz de sua alma tirar...
O amor pode machucar,
com todas as suas alegrias acabar,
sem esperança sua vida deixar...
e um caminho de espinhos pra você caminhar.

O amor pode machucar assim...
fazer você não querer mais nenhum começo só pelo medo do fim.

Ah! O amor...

Mas o que seria da vida sem o amor?
Diz pra mim!

Então, arrisque-se... comece um novo amor... talvez seja do tipo que venha sem dor

Carpe Diem!

Você tem ouvido vozes lhe dizendo: “A vida é um negócio muito sério! Muuuiiiito SÉRIO!”?
O que significa ‘sério’? “Sério”, de acordo com o dicionário, é o que é superhipermegaimportante.
Então, pode acreditar nas vozes... a vida é um negócio veramente sério...e, portanto, faz jus a toda a sua atenção, diuturnamente, sim sinhô! A vida merece que você lhe dê toda a importância que lhe é devida.
Porque vida.... você sabe, todo mundo tem uma só vida... sendo assim, a seriedade na vida jamais deve ser esquecida. Afinal, ela é uma só pra cada um de nós e, se a perdermos por aí, não há chance de replay... e de recomeçar vivendo-a bem vivida ;)
Mas, vá com calma! Não se afobe, pensando que vai perder a vez... viva bem um dia de cada vez... aproveite bem a sua vez.
Curta o que você faz... deixe pra trás o que se desfaz!
Faça faxinas! Limpe sua mente!
Pare em esquinas...
Abra cortinas! Deixe o vento levar o que está a sua vida a atravancar.
Ouça o marulho molhado do incessante vai e vem das ondas do mar...
Respire profundamente esse ar que está a lhe abraçar.
Viva, viva tudo... mas viva de...va...gar... Não viva tudo de uma vez... viva tudo no seu tempo... tudo na sua vez... viva cada momento.
Viva bem a vida que você tem! Porque “o tempo dura bastante para aqueles que sabem aproveitá-lo” (Leonardo da Vinci)... então, nada de desperdiçá-lo!

“Se você não pode mudar seu destino, mude sua atitude.” (Amy Tan)

Um labirinto... um percurso intrincado, embaraçado, enredado, emaranhado, confuso, complicado...
Um labirinto... um caminho com entradas incertas e dificultosas... sem escancarar aos teus olhos a direção certa... da saída certa.
Num labirinto... assim te sentes: passos duvidosos... hesitantes... totalmente vacilante, desnorteado, confuso, medroso, temeroso?
Um labirinto... encontros desencontrados... desencontros não esperados... tudo errado.
Na entrada do labirinto, tu podes ficar parado! Pela chuva ser molhado... pelo vento ser derrubado... pela vida ser derrotado... (não, não vai aí nenhum julgamento, afinal cada um tem sua própria maneira de enfrentar as vicissitudes da vida).
Ou... podes dar um primeiro passo... um segundo... um terceiro. Adaptar-se e readaptar-se às mudanças... superar os obstáculos (a vida é cheia de altos e baixos... subidas e descidas)... se precisar, podes fazer a trajetória inversa... e resistir a pressões adversas...
Então foca! Podes atirar e acertar... dar o tiro certeiro...
... a próxima porta pode ser a da saída certa (seja otimista)... e saia, saia vitorioso e inteiro.

Viaja comigo?

Viajar é preciso...
Venha comigo!

Viajar, do latim, viaticum,
significa de um lugar para outro se deslocar...

Eu amo viajar...

Aqui estar... depois estar... em outro lugar.
Por um dia... por uma semana... por mais tempo...
se tempo eu tiver... mais tempo viajando quero estar.

O mundo percorrer...
Todos os lugares do mundo conhecer...
ao vivo e em cores em todos os lugares estar...

Mas se presente eu não puder estar...
Sobre lugares vou ler... sobre tudo vou aprender...
Com os cliques de quem viajou por lugares aos quais não consegui chegar...
meus olhos irão se deliciar...
Junto seja lá com quem for eu vou viajar...

De uma maneira ou de outra
Na viagem da vida... eu vou viajar... e viajar...

Vamos comigo, caro amig@?