Coleção pessoal de RosangelaCalza

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⁠Tenho-te em mim
Tenho-te no olhar.
Sem qualquer outra intenção que te amar,
visto-me de ti.
Tenho-te no coração.
Por mais que eu estenda minha mão não consigo te tocar.
Estás tatuado em mim.
Em mim é teu lugar.
Por que vives a te mudar?

⁠Ele chegou...
Um dia ele chegou
Devagarinho foi tomando todo o espaço com seu carinho.
Foi colocando tudo no lugar... perfeito.
Dominou-me com suas fortes torrentes emocionais... e me ensinou como amar.
E se foi... como se nunca tivesse chegado.
...
A Lua no céu eternamente iluminada.
A noite estrelada.
As ondas num ir e vir que não se acaba.
Era só pra eu não pensar em nada...
Admirar, e admirar, e admirar...
As ondas, no seu vaivém.
As estrelas, eternamente a piscar.
A Lua, tudo a luar...
Meu pensamento voa longe.
Eleva-me pra outro lugar.
Eu finjo que ainda me ama...
o homem que nunca soube o que é amar.

⁠E você chegou
E você chegou...
O Sol nasceu
As nuvens se dissiparam
As lágrimas de meus olhos secaram.
As incertezas para trás ficaram.
E você chegou...
Em meus olhos olhou
Minha boca beijou
Meu corpo abraçou
Sem fôlego me deixou
Me amou, e me amou, e me amou...
Seu corpo e o meu num só corpo você tornou.
E você chegou...
... o tempo de espera, então, acabou.

⁠Vênus – deusa do amor e da beleza
O ideal da beleza feminina
em Vênus... os romanos representaram.
Afrodite... para os gregos,
eis a beleza de toda menina.
Vênus, jovem, bonita e nua...
Corpo escultural...
cujas medidas mulher nenhuma tem igual.
Filha de Júpiter - deus do céu - e
Dione - deusa das ninfas - ou...
nascida das espumas do mar... tanto faz!
Com Marte - deus da guerra -
gerou Cupido - conhecido como o Amor... ou deus sedutor.

⁠Vênus
À procura de ti,
Vênus, planeta errante
distante...
Vício de ti,
Vênus, estrela Dalva...
Estrela d’alva
Seu brilho intenso...
objeto mais brilhante desse imenso céu
que me cobre com seu véu.
Joia do céu...
Planeta irmão da Terra
brilhas tu por eras e eras...

⁠(Des)amor
Erros do passado
Amores que deram errado
Um vento sereno recita meu nome
Amor eterno era pra ser meu sobrenome.
Desilusão
Dói meu coração.
Uma gélida atmosfera ao meu redor
Sobre o desamor sei recitar de cor.
Aquieta-se a dor.
Silencio-me.
Um silêncio glacial de espera eterna
Sou pura resiliência ao desamor.

⁠Amor veraneio
Ah! Esse amor veraneio
de cara não disse a que veio...
Esse amor passageiro...
Amor que pra ficar não veio. .. amor ligeiro.
De esse tipo de amor estou cheio.
Amor solúvel.
Amor volúvel.
Amor veraneio.
Como o sol forte ofusca minha visão.
Descompassa, esse amor, meu coração.
Parte no instante seguinte...
Um amor usado completamente em vão.

O limite de um dia

Mesmo forças não mais havendo.
Mesmo todos os planos se despedaçando.

Mesmo as escolhas do passado a oposta direção apontando.
Mesmo as águas do presente tudo embora levando.

Mesmo que o canto seja triste
Mesmo que nas mãos só um dia só seja o meu limite...

Só por hoje terei esperança.
Viverei como uma eterna criança.

Chuva que passa e não para


Em meio à correria
O tempo não se detém não
Passa depressa
Chuva que cai e passa, não para não.

Plante a flor, mulher.
Regue-a com amor.
Quando a primeira nascer
Pro meu amor vou oferecer.

As gotas de chuva
Escorrem pela janela.
Sabe mais ela de mim
Do que eu dela.

A chuva escorre e passa por mim…
Me faz de sua tela
Pinta um jasmim.
Me envolve
Me dissolve
E me leva embora.

Suplico, oh! Chuva!
Devolve a minha paz, minha vontade de viver…
agora.

Foi


Foi
Só um vento…
Só uma chuva
Só um verão
Só um tempo
Só um raio
Só uma flor
Só um momento
Só uma tempestade
Só um pássaro
Só um tormento

Foi

uma história
que ninguém viveu e que ninguém contou…
foi…

e passou.

Vida louca

Vida.
Vida louca.
Loucura que não é pouca.
Areia movediça.
Sombra mortiça.
Picadeiro, vejo a lágrima caída.
Não, não me ensinaram a saída.
Como um palhaço, pinto a cara
faço um traço… me equilibro…
estou morto… estou vivo.
Não há escolhas.
Passado arrastado
no presente sempre presente.
Malabarista. Hábil equilibrista.
Pago pela boa vida… e pago a vista.

Uma prece

Que pensamento me convém?
São mil os que à minha mente vêm.
Tão distante… muito além.
Chora de saudades alguém.

Voa nas asas do vento.
Um instante de contentamento.
Encontrar de novo esse amor
Vida, dê-lhe isso, por favor.

Eu aqui sozinha.
Por esse amor faço minha prece.
Ó Deus, seja misericordioso, seja bondoso: de tão grande amor não esquece.

Esta prece me convém?
Implorar pra ficar com meu alguém…
? ? ?

Abstinência

Há um vazio de mim mesmo
Rondando por aqui…
Algo que eu não costumava sentir.

Acabaram-se as prioridades.
Tanto faz igualdade ou desigualdade.
Um buraco no meio peito.
De esponja sou feito.

Não sei se falta em mim
O que sobra em você.
Dói em mim algo que não tenho…
Como é possível?
O coração dispara se penso em você.
Falta-me o ar se penso em você.

O que falta em mim…
Você pode devolver pra mim?
A tranquilidade do meu coração.
E mais… ele completo, por favor,
e… ainda, deixe-me sempre com ar por perto.

Essa abstinência de você está me matando.
Essa abstinência de mim, me dilacerando.
Essa dor fantasma está me consumindo.
Sinto-me sumindo… o coração… a mão… o braço…
De pouco em pouco… vou-me despedaçando em mil pedaços.

É frio.
Na noite as trevas são pura escuridão.
Triste bate meu coração.
Meu corpo treme.
Meu canto é triste.
A solidão insiste.

O vento geme.

É frio.
A noite brilha com o brilho das estrelas e do luar.
Meu corpo se aconchega no teu.
Tuas mãos a me acariciar.
Uma sinfonia nossa sintonia… o melhor som no ar a espalhar.
Tua companhia tudo encanta.

O vento canta.

É noite... noite fria.
Não há estrela guia.
Não se distingue nada.
Os ruídos da noite tomam uma sonoridade rouca.

Não há forças.
Coração tenta ser perseverante.
Mas suas tentativas não são o bastante.
Escolhas do passado
Seguiram o rumo errado.

Desejo que não me apontem direções censuráveis.
Que me deem escolhas certas.
Que me cerquem de caminhos planos... de estradas trafegáveis.
Que eu atinja – nem que seja uma pequena parte – de todos os meus planos.

Mesmo que eu cante triste.
Mesmo que às minhas mãos imponham limites de só um dia...
Sempre é mais um dia.
Mais uma chance.
Mais uma porta.
Mais uma via... mesmo que torta... que eu possa endireitar.

Vivo a esperançar.

Tão triste

O caos dos sentidos
… ao longe
não sei onde
não sei…
mas sinto
tua ausência… o vento geme.

Faz tempo já… foste embora.
Tua imagem…
Fumaça desgarrada
Escurecendo a manhã acinzentada.
Deixou-me somente uma imagem
Deixou tão claro que por mim… estavas só de passagem.

Partiste.

Trêmula… desesperançada…
Não te espero mais, nem espero nada.
Tua imagem deixa-me tão triste.
Sinto o caos dos sentidos… completamente sem sentido.

Caos dos sentidos… desordem, revolta…
Assim está tudo à minha volta.

No princípio era o caos?
Sim… era um caos invisível, insensível, desativa..

Agora?
Sinto todo o caos na ponta dos dedos… sem segredos… tudo tão visível… uma qualidade totalmente negativa.

(Des)esperança

Esperança vadia.
Riu de mim.
Fez pouco caso dos meus sonhos…
Entregou-me um futuro tristonho.
Esperança… quanta zombaria…
Zombou de mim…
quebrou em pedaços todos os meus planos…
provou que o que eu sentia eram apenas enganos.
Esperança foi esperançar em outro lugar…
Esperança foi rondar outra paisagem…
Deixou-se aqui com uma imagen borrada…
Do que prometeu… nada fez… fez nada.

Quem me dera…
Quem me dera acreditar em quimeras… sonhos, fantasias, ilusões…
Que bem fazem ao meu coração.
Quem me dera… quem me dera.

Daria tudo por um minuto contigo hoje.
‘Tua voz de outono modulada e rouca’
a me deixar louca.

Quem me dera acreditar na esperança...
Aquela que tem toda criança.

Foi-se... foi-se bordear outras paisagens...
Passou por mim...
esperança é coisa que só por mim
passou de passagem.

Esperança.
Deixou em mim nublada imagem
mansamente a se apagar...
fumaça desgarrada
a se desfumaçar.
Não encontro mais o que via
Passa dia... passa dia... passa noite... passa dia.

Ah... tu me fazes uma falta infinita de luz e paz.

Quero

Quero
tua voz
de outono
em todas as estações
voz modulada
e rouca
com sede
de música…
tua voz que me deixa louca.
Quero e te quero.

Amor novo, novo amor


Todos os dias aquele mesmo frescor de algo novo,
Amor novo, no princípio...

Amor tão familiar, tão íntimo, tão profundo... denso... tão vivo.

Amor tão forte – maior que a morte –, sem ele sequer vivo.

Uma sensação intensa, parte de mim, de algo que sou, dos retalhos espalhados que esse amor juntou... tudo se clarificou.

As cicatrizes, esse amor, todas abrandou.

Quisera ter uma caixinha...
Nela guardar com todo o cuidado meu coração
ou colocá-lo em uma redoma...
Seguro e livre da escuridão.
E, amor, nesse imenso caos... descaostizado... és tu um tudo… de tudo um pouco…
em tudo harmonizado.

Amor amado.
Protegido… completamente afastado deste mundo louco.
Um amor… que de tudo de bom me trouxe um pouco.