Coleção pessoal de RomuloBourbon

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⁠CORRIDA

Não fique na inação,
calce o tênis, vá correr.
Há trilhas a percorrer!
Controle a respiração,
observe a pulsação
e regule sua passada,
pois corrida é ritmada.
Mas um conselho de mestre:
se não pode São Silvestre,
então faça caminhada!

⁠RESILIÊNCIA

Vontade de reagir
para superar o trauma.
Enfrentar dificuldades
com paciência. Ter calma.
Manter fé e equilíbrio.
Buscar cura e alívio
do sofrimento da alma.

NÃO NECESSÁRIO

Se algo não lhe agradar
diga a palavra “não”.
Não precisa machucar,
fale com educação.
Tenha no vocabulário,
dizer “não” é necessário
e faz bem ao coração.⁠

⁠ELEIÇÕES

Propaganda eleitoral,
vemos na televisão.
Tem candidato honesto
e tem o espertalhão.
O cara roubou o povo?
Não vote nele de novo!
Na urna tenha atenção.

Se o político foi bom,
vote na reeleição.
Mas se ele mandou mal,
dê a ele uma lição.
Não vote branco nem nulo,
pois vai ser como num pulo,
pra ganhar a eleição.

Prefeito constrói ginásio,
hospital, creche e colégio,
só recebe seu salário,
não pode ter privilégio.
Vereador? Fiscalizar,
criar leis, priorizar
saúde e magistério.

Anote seu candidato
pra depois dele exigir
tudo o que ele prometeu
e o futuro garantir.
Governante é servidor,
tem que ser trabalhador,
um exemplo a se seguir.

⁠TEMPO

Ele nunca vai parar,
é sucessão de momentos,
vê nossa vida passar
e seus acontecimentos.
São décadas, estações,
onde vivem gerações,
as mortes e nascimentos.

⁠REVIVER

Reviver os bons momentos
não é voltar ao passado,
é repetir no presente
algo que ficou marcado.
Um lugar, uma canção,
tudo traz recordação,
tempo fica eternizado.

⁠DIA DO MÉDICO

Médico tem função
amplamente social.
Trata o povo, devoção,
cuida de quem está mal.
Prescreve medicação
ao doente no hospital.

⁠RENASCIMENTO

Se tua vida está cinza,
e teu dia passa lento,
desce, vai ao calçadão!
Passeia! Tem bom momento!
Abraça quem tu amas,
e terás renascimento.

⁠A FACE DO MEDO

Noite fria, eu andava
próximo do cemitério,
ouvi sussurros ao longe,
vinham de lá? Mistério!

Cores da escuridão,
um arco-íris sombrio,
o revoar dos morcegos,
ouço passos, calafrio!

Sons invadem meus ouvidos,
há barulho de corrente,
coração acelerado,
o mal bem na minha frente!

Com rosto desfigurado,
e muito sangue nos dedos,
criatura demoníaca,
terrível face do medo!

Segurando motosserra,
a entidade funesta,
estava ao meu encalço,
fugi, entrei na floresta.

Escapei, pulei no lago,
o monstro tocou meu pé,
consegui desvencilhar,
subi morro, ao chalé.

Por trás da casa, a rua,
vi carros e seus faróis,
desci lá, dependurado,
num corda de lençóis.

De carona me salvei,
já não há o que temer,
hoje em dia eu só quero
esse dia esquecer.

⁠RONALD

Meu filho, desejo a ti
Saúde e felicidade.
Hoje é teu aniversário,
Tu completas nova idade.
Então, pequeno rapaz,
Que tenhas amor e paz,
Sorte e boas amizades.

Nasceste de sete meses,
Foi muita preocupação,
Mas logo passou o tempo,
É agora um garotão,
Menino inteligente,
Amigo de toda gente,
Bom filho e bom irmão.

Nas provas tens boas notas,
És aluno estudioso,
Recebes muito elogio,
Por ser calmo e amoroso.
No xadrez és campeão,
Xeque-mate com peão,
Eita, cara habilidoso!

Hoje vai ter brigadeiro,
Bolo, torta e comilança.
Por isso vou me apressar,
Pra não perder a festança.
Aproveita esse momento,
Pois em nosso crescimento,
O melhor é ser criança.

(*poesia dedicada a meu filho, Ronald, que completou 11 anos de idade em 15 de outubro de 2020)

⁠Alguns o chamam de mestre,
Outros o chamam doutor,
Crianças o chamam tio,
Uns chamam educador.
Tem função de lecionar,
O mesmo que ensinar,
Parabéns pro professor!

⁠CRIANÇAS DO ESPAÇO

Eram seres
De um planeta distante.
Únicos no universo,
Todos se chamavam crianças.
Falavam um dialeto estranho,
Que só eles entendiam.

Alegres,
Alimentavam-se de picolé,
Bombons e pirulitos,
E comiam algo chamado pipoca.
Esses visitantes
Não queriam nos dominar.

Brincavam todo o tempo,
Possuíam armas de raio laser,
Que não feriam nem machucavam,
Eram feitas de plástico colorido,
E atiravam água,
Ao invés de fogo e chamas.

Felizes,
Trouxeram-nos presentes:
Peões, pipas, bonecas e bolas,
Objetos chamados de brinquedos.
Depois de uns dias, partiram
Em suas naves espaciais.

Percebemos que vieram da Terra,
Um planeta onde há outros seres
Chamados adultos,
Esses, sim, mais perigosos,
E poderiam nos invadir.

Foi muita sorte a nossa,
Pois não fomos encontrados
Por cosmonautas ou astronautas,
Mas, sim, por doces criaturas,
Pequenos seres do espaço,
Que os chamados de criançanautas.

⁠RECIFE ITALIANA

Falam muito que Recife
É a Veneza brasileira,
Expressão tão repetida,
Virou frase costumeira.
Mas a urbe italiana
Imita a pernambucana,
Tem até leão na bandeira.

Veneza tem rios e pontes,
É banhada pelo mar,
Situada no Nordeste,
Tem belezas de encantar.
Rico acervo arquitetônico,
Um clima belo e romântico,
Muito bom pra navegar.

Veneza tem multidão,
Cidade de grande massa,
Que tem em sua região
Comuna, ruela e praça.
Lá também tem carnaval,
Agitando a capital,
Viver lá nunca é sem graça.

Tem tanta água em Veneza,
Chuva é diluviana,
Gôndola, embarcação,
Tradição veneziana.
Tal qual gêmea siamesa,
Concluímos que Veneza
É a Recife italiana.

⁠Minha audição é falha,
Levo a bengala na mão,
Já vivi oitenta anos,
Já perdi tanto irmão,
Vivo fazendo lambança,
Ajo como uma criança,
Dos filhos levo sermão.

⁠Foi-se embora o mestre Quino,
Cartunista sem igual.
Foi quem criou a Mafalda:
Garotinha genial,
Beatles, curtia escutar,
Tomar sopa? Nem pensar!
Discutia o social.

⁠Patagônia

No sul da América, eu vejo os Andes,
O navio para a Antártida a caminho,
Pelicano, pinguim, leão marinho,
Trilhas, estepes e montanhas grandes.

Raiar da manhã, clima que se abrande.
Ó, albatroz, canta e retorna ao ninho.
No fim do mundo, não estou sozinho.
À terra glaciar que eu viande.

Cruzei fronteiras, ó Torres del Paine,
Dos bosques, da floresta temperada,
Dos lagos e rios! Vida que se aplaine.

Ó, Perito Moreno congelada,
Vem com teu vento frio e nos amaine.
Patagônia, tu és abençoada!

⁠⁠CÉU NOTURNO

⁠Vem a noite no céu do meu roçado,
Posso ver as estrelas bem ao lado.
Não há postes, fumaça, impureza,
Só céu limpo, ar puro, natureza.

Parece até um quadro bem pintado.
E a Lua? Lado tão iluminado!
Vejo do telescópio, com clareza,
Via Láctea, céu limpo e beleza!

Constelação, cometa, meteoro…
Astrônomo? Sou mero amador.
Mas no cosmos, eu nada ignoro!

Céu noturno, imenso esplendor!
Tens noção do quanto te adoro?
Mais que os sóis e todo o seu ardor.

⁠Dinheiro não compra tudo!
Vai pagar afinidade?
Ou debitar o amor?
Quanto vale a lealdade?
Não se pode creditar
Nem tampouco emprestar
Afeição e amizade.

⁠Novos tempos a caminho,
Primavera irá chegar.
Em setembro ela começa
Muitas flores vão brotar.
Vida nova, esperança,
Fé e autoconfiança,
É hora de renovar.

⁠Vandalismo derrubou
A estátua de Ariano.
Como pode existir
Um ato tão feio e insano?
Mas a obra é imortal,
Legado imaterial,
Desse ás paraibano.

Movimento armorial,
Auto da Compadecida,
Numerosas são as obras,
Nunca serão esquecidas.
Não se apaga a memória
De quem tem nome na história
E passou da morte à vida.