Coleção pessoal de pensador
Aparentemente, posso sair do meu PDO, ou país de origem (...), mas não consigo sair do meu próprio caos.
No fim, a vida é feita de conexão – com a família, com a equipe, com o cliente. E essa conexão é o que dá sabor, não só ao prato, mas a tudo que a gente faz.
A gastronomia tem um poder enorme de transformação. É através da comida que a gente fala sobre cultura, respeito, inclusão, saúde, sustentabilidade. Um restaurante pode ser um espaço de acolhimento, de troca, de reflexão.
Eu acredito que o chef, hoje, não é só alguém que cozinha. A gente tem voz, tem alcance, e isso vem com responsabilidade.
A saúde mental precisa ser levada a sério. Um time só rende bem se estiver equilibrado, e isso vale pra qualquer área.
por que será que dizer um adeus nunca ensina a dizer o próximo? é horrível ver alguém diminuir e aumentar de tamanho dentro de você. além do mais, quando uma pessoa se afasta ela parece se tornar mais verdadeira no momento exato em que parte. e você nunca terá aquela pessoa que mora na pessoa que você costuma ter.
se não souber viver, se não souber que a vida não é coisa muito grande para ninguém, tudo lhe parecerá pouco, e quando estiver diante de algo verdadeiro estará cego demais para notar.
Morreu-me
Morreu-me o visto como palavra,
luminosidade intercalada
pelo raio entre os azuis
com os trovões
Eis-me aqui por dentro: o que captei
fez com que eu perdesse um de meus centros
Um peso oco soa na cabeça
como um lamento
Quase
Em mais uma troca
oca de mim para mim
mesmo entretanto oscilei
e o silêncio revidou
subi um degrau
reverso visível
como que num encanto
sapos no estômago
ratos nas entranhas
pus na medula
Duro como ferro
e inexpresso
cavei um espaço
no mármore
um bálsamo não me alçou
emérito despedido
o sol do dia
finalmente me persuadiu
à tarde, no Jardim Botânico
Poesia Pura,
Floribunda,
haste com espinhos –
vermelha, branca
rosíssima, como flor
Ó, poeta
fiz tão pouco
publiquei tão menos
nem sei se posso
proclamar-me poeta
I, too, dislike it
enfim
um escritor
que mal escreve
bom pranto
para as ironias
baratas
e um “poeta”
entregue às traças
chegarei à velhice
sem aprender nada
era virar
um purgante insuportável
minha meta
mas nem isso
terminam chegando perto
de mim
e batendo nas costas
ó, poeta
Uma Ideia
palavras não matam
nem provocam inverno atômico
e na voz do poeta
(abelhas na colmeia)
podem até conter uma ideia
No fim das contas, a nossa presença neste mundo é só de passagem. A única coisa que eu sei que vai ficar quando a gente for embora será aquilo que fizemos por amor, os corações atingidos por nós e as vidas que tocamos.