Coleção pessoal de pao_diario

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SIM, MAS…

...e se recusarão a dar ouvidos à verdade...
—2 Timóteo 4:4

A avaliação de trabalhos universitários traz muitas surpresas. Às vezes, um de meus alunos apresenta um excelente trabalho e nesse momento sinto que valeu a pena ensinar.

Outras surpresas não são tão agradáveis. Certa vez um estudante escreveu em seu trabalho: “A Bíblia diz: ‘Não________.’” Ele preencheu a lacuna com a atividade sobre a qual escrevia seu trabalho — óbvio que a Escritura não continha tal versículo. Achei que o maior problema desse aluno era não conhecer as Escrituras, até que ele concluiu: “Apesar da Bíblia dizer que isto é errado, não vejo o por quê? Acho que está certo.”

Isto é perigoso e é o pior tipo de arrogância, pensar que conhecemos mais sobre um assunto do que o próprio Deus. As Escrituras se posicionam sobre esta atitude. Paulo escreveu em 2 Timóteo 4: “Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade…” (vv. 3-4). Tais pessoas colocam de lado a Palavra inspirada de Deus (2 Timóteo 3:16) para aceitar ensinamentos que acham corretos.

Quando a Bíblia demonstra claramente um princípio, honramos a Deus ao obedecê-lo. Para os crentes, não há espaço para réplicas a Escritura, do tipo: “sim, mas…”. —JDB

Bíblia: Leia, creia e obedeça. Dave Branon

MEDITE NESTAS COISAS

Meditarei no 
glorioso esplendor 
da tua majestade e 
nas tuas maravilhas. 
—Salmo 145:5

Alguns cristãos tornam-se um pouco céticos quando você começa a falar sobre meditação — sem enxergar a grande diferença entre a meditação bíblica e alguns tipos de meditação mística. Na meditação mística, conforme uma das explicações, “a mente racional é levada a neutralidade… para que a psique possa assumir o controle”. O foco é interior e o objetivo é “tornar-se um com Deus”.

Por outro lado, a meditação bíblica direciona a atenção aos assuntos do Senhor e o Seu propósito é renovar as nossas mentes (Romanos 12:2) para pensarmos e agirmos de maneira semelhante a Cristo. O objetivo é refletir sobre o que Deus disse e fez (Salmos 77:12; 119:15-16,97) e em como Ele é (Salmo 48:9-14).

Em Salmo 19:14, Davi escreveu: “As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença.” Outros salmos refletem sobre o amor de Deus 
(Salmo 48:9), Suas obras (Salmo 77:12), Sua lei (Salmo 119:97) e Seus testemunhos (Salmo 119:99).

Preencha sua mente com as Escrituras e concentre sua atenção nos mandamentos, nas promessas e na bondade do Senhor. E lembre-se disto: “… tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo 
o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Filipenses 4:8). —CHK

Para tornar-se mais parecido com Cristo 
medite sobre quem Ele é.
Cindy Hess Kasper

OBSTRUINDO O CAMINHO

Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao 
Pai senão por mim. 
—João 14:6

Os antigos romanos eram famosos por suas estradas, que atravessavam todo império com amplas rodovias de tráfego intenso. O público que ouvia Jesus provavelmente imaginou esta cena quando Ele declarou: “Eu sou o caminho” em João 14:6.

Embora este versículo mostre que Ele é o caminho para o céu, na verdade existe algo mais na Sua declaração. Cortando entre a densa vegetação da floresta do nosso mundo interior, Jesus é o nosso guia nesta caminhada e Ele constrói um novo caminho para vivermos. Enquanto muitos seguem a trajetória do mundo, amando seus amigos e odiando seus inimigos, Jesus delineia um novo caminho: “…amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem…” (Mateus 5:44). É fácil julgar e criticar os outros, mas Jesus o construtor de Caminhos diz para retirarmos primeiro a trave do nosso próprio olho (Mateus 7:3-4). E Ele abre um caminho para vivermos com generosidade ao invés de avareza (Lucas 12:13-34).

Quando Jesus disse: “Eu sou o caminho,” Ele nos chamava para abandonarmos os antigos caminhos que levam à destruição e para segui-lo em Seu novo caminho à vida. Na verdade, a palavra seguir (Marcos 8:34) significa literalmente, “ser encontrado no caminho” com Ele. Você e eu podemos escolher viajar por caminhos conhecidos e que no final são destrutivos, ou podemos segui-lo e sermos encontrados caminhando com aquele que é o caminho! —JMS

Não precisamos enxergar o caminho se estivermos andando com aquele que é o Caminho. Joe Stowell

FANÁTICOS RELIGIOSOS

A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um. 
—Colossenses 4:6

Tenho um amigo que foi convidado para um jantar, no qual sentou-se ao lado de um descrente que se divertia em zombar dos cristãos.
Durante todo este período, o homem alfinetou Mateus de maneira cruel falando sobre as maldades do cristianismo ao longo dos séculos. O meu amigo respondia calmamente a cada insulto dizendo: “Esse é um ponto de vista interessante.” E depois fez uma pergunta que demonstrou genuíno interesse e desviou a discussão da questão sobre a qual discordavam.

Quando os dois estavam indo embora no fim da noite, o rapaz desferiu o golpe final. Mateus colocou os braços no ombro dele e riu silenciosamente: “Meu amigo”, disse ele, “durante a noite toda você tentou conversar comigo sobre religião. Você é um fanático religioso?”
O rancor do rapaz dissolveu-se em um ataque de risos e depois em moderação, porque ele era verdadeiramente um fanático religioso. Todos os seres humanos são. Somos insa-ciáveis e incuravelmente religiosos — conquistados pelo amor compassivo de Deus, apesar de tentarmos mantê-lo à distância. A bondade e o humor inteligente de Mateus despertaram o coração daquele rapaz para que ele pudesse se tornar receptivo ao evangelho.

Devemos ser “prudentes como as serpentes” (Mateus 10:16) quando lidamos com não-cristãos, falando com eles “com graça temperada com sal” (Colossenses 4:6). —DHR

Como sal da terra, os cristãos podem tornar 
outros sedentos pela Água da Vida.
David H. Roper

TERRA DE ETERNA PRIMAVERA

Fui moço e já, 
agora, sou velho, 
porém jamais vi o 
justo desamparado... 
—Salmo 37:25

O ex-presidente de uma Faculdade Teológica destacou o fato de que Deus tem um propósito sábio ao permitir nosso envelhecimento e enfraquecimento, e ele disse: “Acho que o plano de Deus era que a força e a beleza da juventude fossem físicas. Mas que a força e 
a beleza da idade fossem espirituais. Gradativamente perdemos a força e a beleza, que são temporárias, para que seguramente nos concentremos na beleza e na força que são eternas. E, portanto, nosso anseio será deixar o que é temporário; a parte de nós que se deteriora, e sentirmos profundos anseios por nosso lar eterno. Se permanecêssemos jovens, fortes e belos, possivelmente jamais desejaríamos partir.”


Quando somos jovens, alegremente ocupados com nossos relacionamentos e atividades, provavelmente não sentimos falta do nosso lar celestial. Mas com o passar do tempo, é possível que fiquemos sem a família e os amigos, afligidos com problemas de visão e audição, sem sermos capazes de saborear o alimento ou sofrendo com a insônia.

Aqui está o conselho que dou para mim mesmo: seja grato, pois, como o apóstolo Paulo escreveu em 1 Timóteo 6:17, 
“… Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento…” no verão e no outono da vida. E alegre-se também, pois com o início do inverno da vida temos a expectativa de que em breve estaremos vivendo na terra de eterna primavera. —VCG

A promessa do céu é nossa eterna esperança. Vernon Grounds

O RISCO

Humilhai-vos, 
portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte... —1 Pedro 5:6

Quando nossos filhos eram pequenos um dos seus jogos favoritos era 
O Risco. O objetivo era conquistar o mundo. Cada jogador mobilizava as suas tropas para tomar posse de países e continentes. Sempre me impressionou o fato de que a pessoa que inicialmente liderava o jogo raramente vencia. O motivo era óbvio. Os outros jogadores percebiam que o orgulho estava lhe subindo à cabeça e todos se uniam contra o jogador que estava vencendo.

Não importa se de maneira consciente ou subconsciente, é fácil não gostar de pessoas poderosas e orgulhosas. 
A própria compostura dessas pessoas motiva outros a colocarem obstáculos em seus caminhos ou a serem inimigos silenciosos.

Na leitura bíblica de hoje, vemos que Deus odeia sete coisas. A primeira delas, certamente, é o orgulho. Quando alguém se valoriza em demasiado, inferiorizando o outro, inevitavelmente, demonstra isso pelo olhar orgulhoso. Estupefato pelo autoconceito, pode também tramar o mal e semear a discórdia. Não é de admirar que Deus odeie os orgulhosos.

Pessoas orgulhosas e poderosas acham que podem ignorar o descontentamento dos outros, mas não podem ignorar a oposição de Deus. Pedro nos lembra que não devemos confiar em nós mesmos, mas naquele que nos exaltará no “tempo oportuno” 
(1 Pedro 5:6). Ao nos submetermos a Ele, evitamos o risco que o orgulho traz para o nosso caráter e nos tornamos agradecidos, servos humildes de Deus. —AL

Ninguém pode dar glórias a si 
e a Cristo ao mesmo tempo.
Albert Lee

UMA VIDA A SER LEMBRADA

...para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus. —2 Coríntios 1:4

“Papai, me ajude.” Essas foram as últimas palavras que os pais ouviram sua filha dizer enquanto lutava para respirar. Ela tinha 14 anos e morreu repentinamente — apenas dois dias depois de afirmar que não estava se sentindo bem. Uma infecção virótica atacou o seu organismo na quinta-feira. No sábado, ela suplicava que seu pai 
a ajudasse.

Antes do falecimento daquela menina eu fora convidado para falar na igreja da família dela. Falei a esta congregação um dia depois do funeral, e este foi o momento que Deus me concedeu.

Ela era uma adolescente vivaz que amou Jesus e viveu para Ele — cuja morte repentina nos traz milhares de questionamentos.
Como eu enfrentei uma perda semelhante, pois a minha própria filha adolescente falecera alguns anos atrás, pude deixar alguns conselhos àquela igreja em choque e enlutada. Em primeiro lugar, precisamos reconhecer a soberania de Deus. Salmo 139:16 nos lembra que a vida dela durou exatamente o quanto Deus planejara. Em segundo, pedi que a igreja nunca se esquecesse daquela família. Não importa quanto o tempo passe, dois meses ou cinco anos, eles jamais superarão a perda da filha. Eles precisarão sempre do carinho e apoio dos irmãos em Cristo.

Em momentos como este, não esqueça que Deus está no controle e que deseja que consolemos uns aos outros. —JDB

Em cada deserto de desespero, 
Deus tem um oásis de consolo.
Dave Branon

PALAVRAS E NÚMEROS

Eu e o Pai 
somos um. 
—João 10:30

Meu marido é uma pessoa que trabalha bem com os números; eu lido bem com as palavras. Quando a minha falta de habilidade com os números me coloca em desvantagem, tento levantar meu ego dizendo-lhe, que as pessoas que elaboram bem as palavras são superiores, até porque Jesus autodenominava-se a Palavra, não o Número.

Ao invés de tentar se defender, ele apenas sorri e continua a cuidar de seus afazeres, que são muito mais importantes que os meus tolos argumentos.

Já que ele não se defende, sinto-me forçada a fazê-lo. Apesar de estar certa sobre Jesus ser a Palavra, a minha afirmação de que Jesus não se referiu a Si mesmo como um número está incorreta. Uma das passagens mais tocantes das Escrituras é a oração de Cristo antes de ser preso e crucificado. Ao enfrentar a morte, Jesus orou não apenas por Si mesmo, mas também pelos Seus discípulos e por nós. O Seu pedido mais urgente a nosso favor envolvia um número: “[Eu oro] a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste” (João 17:21).

Como pessoas que vivem pela Palavra, precisamos relembrar que as palavras certas soam superficiais para o mundo, a menos que, sendo um em Cristo, glorifiquemos a Deus com um único modo de pensar e a uma só voz. —JAL

Deus conclama Seus filhos à unidade. Julie Ackerman Link

ADOTADOS

Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria. 
—Colossenses 3:5

Na Roma da antiguidade, ocasionalmente os imperadores se utilizavam de adoções para passar a sucessão a herdeiros competentes.

Augusto César foi adotado pelo seu tio-avô Júlio César. Outros filhos adotivos notáveis incluem os imperadores: Tibério, Trajano e Adriano. Todos eles provaram que eram fortes governantes porque cada um viveu como verdadeiro filho do seu pai adotivo.

Todo cristão é um filho adotivo do Rei dos reis. Temos uma dívida enorme com Ele devido ao Seu favor. Mas Deus, que tem tudo, não precisa que paguemos nossa dívida.

O que Deus deseja? Ele quer que vivamos de maneira condigna de Seus filhos. Precisamos nos livrar de atividades e valores que não combinam com a posição de filhos adotivos de Deus (Colossenses 3:5). Caminhos egoístas e destrutivos devem ser substituídos por atividades e valores que demonstrem nossa gratidão e amor por Deus e que reflitam a condição de sermos Seus filhos. Paulo escreveu: “Revesti-vos, pois… de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade” (Colossenses 3:12).

As pessoas ao seu redor podem dizer que você é verdadeiramente um filho do Rei? Pergunte ao Espírito Santo o que você precisa deixar ou acrescentar à sua vida para refletir mais claramente a sua condição de filho adotivo de Deus. —CPH

Honramos o nome de Deus quando 
o chamamos de Pai, e vivemos como Seus filhos. C. P. Hia

O CÍRCULO DO MEDO

Se, todavia, 
alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. 
—1 João 2:1

Quando uma famosa banda prepara uma nova canção para um show, seus integrantes sentam em círculo 
com violões e sem projetar as vozes ensaiam os vocais mais complicados. Eles chamam este exercício de O Círculo do Medo porque não há como se esconder nem como ocultar qualquer erro que possa ser cometido na harmonia. É essa exposição absoluta dos seus erros que torna este exercício tão assustador para eles.

Distante de Cristo sofreríamos um tipo de exposição muito pior diante do Deus de toda justiça. Se não tivéssemos um advogado e uma saída, também não teríamos qualquer esperança. Mas em Cristo, o crente tem um defensor que 
se coloca diante do Pai em nosso favor. 1 João 2:1 diz: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.” Com as nossas falhas expostas, Cristo assume nossa defesa. Nosso defensor leva o nosso relacionamento com Deus além do círculo do medo para uma comunhão de graça e verdade.

Nosso desafio é viver de forma pura e íntegra para honrar ao Pai Celestial. Mesmo assim, se falharmos não precisaremos ter medo de sermos abandonados ou ridicularizados pelo nosso Pai. Temos um advogado que nos defenderá. —WEC

Aquele que morreu como nosso substituto, 
agora vive como nosso advogado. Bill Crowder

O SENHOR DOS NOSSOS ANOS

Antes que os montes nascessem, e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus. —Salmo 90:2

Não foi surpreendente quando um famoso dicionário inglês anunciou em 2006 que o vocábulo tempo era o substantivo usado com maior frequência na língua inglesa. Vivemos dias em que as pessoas estão obcecadas em aproveitar o tempo, economizar os minutos e tentar encontrar mais horas no dia. Apesar de cada um de nós termos todo o tempo que há, poucos acham que temos o suficiente.

Talvez por isso o Salmo 90 seja uma passagem tão valorizada. Esta passagem transfere a atenção das nossas vidas controladas pelo tempo, para o nosso Deus eterno. “Antes que os montes nascessem, e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (v.2).

Um verso de um hino muito conhecido de Matthew Bridges diz: “Coroai-o com muitas coroas, o príncipe soberano do tempo.” O soberano é um monarca, um rei ungido — alguém que não busca uma nomeação ou concorre a uma eleição.

Deus criou o tempo. Ele o governa e o transcende. Quando nos sentimos frustrados com o calendário ou presos ao relógio, uma leitura silenciosa de Salmo 90 nos faz lembrar que os nossos dias e anos estão nas mãos do nosso Deus eterno.

Ao nos humilharmos diante dele, o tempo adquire uma nova perspectiva. —DCM

Devemos ter uma visão correta da eternidade 
para descobrir o verdadeiro valor do tempo. David C. McCasland

RETRIBUIR

Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, 
façais vós também. 
—João 13:15

A Corrente do Bem é um filme sobre os planos de um menino de 12 anos de fazer diferença no mundo. Incentivado por um professor da escola onde estudava, o garoto convida um morador de rua para dormir na garagem da casa dele. Sem saber deste acordo, uma noite sua mãe acorda e encontra o homem consertando o caminhão da família. Ameaçando-o com uma arma, ela pede que o sem-teto se explique. Ele lhe mostra que conseguiu consertar o caminhão e lhe conta sobre o ato bondoso de seu filho. E diz: “Estou apenas retribuindo.”


Acho que Jesus tinha a retribuição em mente numa das Suas últimas conversas com os Seus discípulos. Ele queria mostrar-lhes a total amplitude do Seu amor. Então, antes da Sua última refeição juntos, tirou a túnica, amarrou uma toalha na cintura e começou a lavar os pés dos Seus discípulos. Isto era chocante, pois apenas os escravos lavavam os pés de outros. Era um ato de servidão e um símbolo que apontava para o sacrifício, a paixão e a humilhação de Jesus na cruz. O pedido que fez aos Seus discípulos foi: “Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros” (João 13:14). Os discípulos deveriam retribuir.


Imagine como o mundo seria diferente se dedicássemos aos outros o tipo de amor com o qual Deus nos amou através de Jesus. —ML

Para conhecer o amor, abra seu coração para Jesus. 
Para demonstrar amor, abra seu coração para os outros. Marvin Williams

SONHADORES

Se podes! Tudo é possível ao que crê. 
—Marcos 9:23

Quando Deus falou com Abrão, ele obedeceu-lhe prontamente, partiu para uma terra desconhecida firmado apenas numa promessa. Sem filhos, confiou em Deus para fazer dele “uma grande nação” (Gênesis 12:2).

Deus normalmente faz o Seu trabalho através de “sonhadores” — que se entusiasmam com uma fé absurda. No entanto, minha tendência é tomar decisões de forma ponderada e moderada.

Certa vez, em momento de crise, a minha igreja marcou uma noite de vigília. Discutimos muito a praticidade do evento antes de colocá-lo no calendário de atividades. Um grupo de idosos membros de nossa congregação e residentes em um mesmo condomínio, respondeu com entusiasmo. Eu imaginava quantas orações sem respostas haviam feito ao longo dos anos e mesmo assim, eles demonstravam uma confiança genuína no poder da oração. “Quanto tempo vocês querem ficar — uma hora ou duas?” perguntamos, pensando na questão do transporte. “Oh, ficaremos a noite toda,” eles responderam.

Uma mulher na casa dos 90 anos de idade explicou: “Podemos orar. Temos tempo e temos fé. Alguns de nós não dormimos muito mesmo. Podemos orar a noite toda se for preciso.” E assim fizeram.

Entrementes, o grupo de jovens profissionais ambiciosos e prósperos, de uma igreja urbana, aprendeu uma importante lição: A fé comumente surge nos lugares mais inesperados e vacila onde deve florescer. —PY

A oração é a voz da fé. Philip Yancey

VENDE-SE: UMA ALMA

Alguém poderia pensar que vender a alma, como Fausto ofereceu a sua ao diabo no Dr. Faustus escrito por 
Goethe, é somente um produto da imaginação da ficção literária. Todavia, medieval como possa parecer, já ocorreram vários casos de venda da alma.

Uma revista americana relatou que um professor universitário de 29 anos vendeu a sua alma imortal por um alto preço. Ele disse: “Na América do Norte, você pode, metafórica e literalmente, vender a sua alma e ser recompensado por isto.” Pergunta-se: como o comprador receberá pelo que pagou?

Nós não podemos literalmente vender a nossa alma, mas podemos perdê-la para receber alguma outra coisa. Precisamos refletir sobre a pergunta de Jesus: “Ou que dará o homem em troca da sua alma?” (Mateus 16:26). Nossas respostas hoje seriam diferentes somente nos detalhes, daquelas respostas dos dias de Jesus: o mundo, a carne e o diabo. Os desejos que nos tornam cativos e a sede por prazer desenfreado, o sucesso, a vingança, ou as coisas materiais certamente têm se tornado muito mais importantes para muitas pessoas, do que quaisquer considerações sobre 
a eternidade.

Nada na terra se compara aos dons de amor e perdão de Deus. Se os prazeres deste mundo o impedem de confiar em Jesus Cristo, por favor, reconsidere. Eles não valem o preço de sua alma eterna. —DCE

A única fonte que pode satisfazer 
a sede da alma é Jesus. David C. Egner

UAU!

Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que operas maravilhas? 
—Êxodo 15:11

Num dia tempestuoso de junho, fui com minha família em férias para as Montanhas Rochosas do Canadá. Visitamos um local turístico que meu guia recomendava como: “deve ser visto”. O vento gelado me fez relutar em caminhar até que vi um grupo de pessoas retornando daquela paisagem panorâmica. “Vale a pena ir lá?”, perguntei. E eles responderam: “é claro que sim!” Isso nos incentivou a prosseguir. Quando finalmente alcançamos o local, sua beleza nos deixou virtualmente mudos. Uau! foi tudo o que conseguimos expressar.

Paulo atingiu esse ponto quando escreveu sobre a obra de Deus na salvação dos judeus e dos gentios no livro aos Romanos. Três atributos de Deus também o emudeceram.

Primeiro, Deus é onipresente (Romanos 11:33). Seu plano perfeito de salvação mostra que Ele tem soluções muito melhores aos problemas da vida do que somos capazes de imaginar.

Segundo Deus é onisciente. Seu conhecimento é infinito. Ele não precisa de conselheiro (Romanos 11:34) e nada o surpreende!

Terceiro, Deus é onipotente (Romanos 11:35). Ninguém pode dar a Deus o que Ele primeiro não lhe tenha dado. Nem alguém pode retribuir-lhe por Sua bondade.

Podemos dizer com Moisés, “Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que operas maravilhas?” (Êxodo 15:11). Que Deus maravilhoso é aquele a quem servimos! —CPH

Vemos a majestade de Deus 
em Seu caráter e em Sua criação. C. P. Hia

ARMADOS PARA O COMBATE

Revesti-vos de toda 
a armadura de Deus, 
para poderdes ficar firmes contra as 
ciladas do diabo... 
—Efésios 6:11

Paulo o apóstolo, um guerreiro espiritual, testificou até o final de sua vida repleta de batalhas: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” (2 Timóteo 4:7).

Anos antes, aquele valente soldado de Jesus Cristo insistia com os seus irmãos cristãos para revestirem-se com a armadura de Deus que os capacitaria a permanecer firmes em seus conflitos com os poderes das trevas. Ele sabia da importância vital de revestir-se com aquela armadura todos os dias. Em seu serviço para Cristo, Paulo foi chicoteado, açoitado, apedrejado, aprisionado, 
e frequentemente teve fome, sede, frio e fadigas (2 Coríntios 11:22-28).

Com o cinto da verdade, a couraça da justiça, os sapatos da paz, o escudo da fé, o capacete da salvação, e a espada do Espírito (a Palavra de Deus) Paulo foi capaz de “…apagar todos os dardos inflamados do Maligno…” (Efésios 6:14-17). Com a armadura de Deus nós também estamos totalmente protegidos e preparados para a batalha.

O príncipe das trevas com sua hóstia de demônios auxiliadores é um inimigo astuto inacreditável. Esta é a razão pela qual precisamos vigiar contra suas ciladas enganosas e nos revestir diariamente de toda a armadura de Deus. Quando fazemos isto, como Paulo quando ele estava se aproximando do final dos seus dias, podemos ter confiança de que nós também “guardamos a fé.” —VCG

A armadura de Deus é sob medida para você, 
mas é necessário, vesti-la. Vernon Grounds

TESTEMUNHAS

...mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra. 
—Atos 1:8

Numa ação penal, a testemunha fornece informações vitais sobre um possível crime. Ao ser uma testemunha é necessário dizer a verdade sobre o que você sabe ao tribunal.

Assim como o sistema penal judiciá-rio é dependente das testemunhas, Jesus também se utiliza de pessoas ousadas, fiéis e com credibilidade para divulgar a Sua Palavra e formar Sua igreja.

Antes de Jesus ascender ao Seu Pai, Ele deu aos Seus discípulos uma ordem final — o lançamento de uma campanha mundial de testemunhos. O Espírito Santo viria sobre eles e lhes concederia poder sobrenatural para serem Suas testemunhas por todo o mundo (Atos 1:8).

Jesus chamou os primeiros apóstolos para ir a um mundo onde as pessoas não o conheciam, e para dar-lhes um relato verdadeiro do que eles tinham visto; ouvido e experimentado (Atos 4:19-20). Como eles haviam testemunhado Sua vida perfeita; ensinamentos, sofrimentos, morte, sepultamento e ressurreição (Lucas 24:48; Atos 1–5), deveriam partir e dar um testemunho verdadeiro sobre Ele.

Ao levar o evangelho até os confins da terra, somos chamados a testificar a verdade sobre Jesus e sobre como Ele mudou as nossas vidas. “E como crerão naquele de quem nada ouviram?” (Romanos 10:14). O que você está fazendo para testemunhar aos outros? —MLW

Deus nos deixou no mundo 
para nele testemunharmos. Marvin Williams

NINGUÉM É TÃO CEGO

Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. —Mateus 25:40

O cantor Ray Stevens geralmente é elogiado por ter escrito a frase “Ninguém é tão cego quanto aquele que não quer ver,” uma das linhas da canção intitulada Everything Is Beautiful (Tudo é Lindo). Mas o pregador Matthew Henry usou a frase há 250 anos quando comentava sobre os poemas líricos de Asafe, outro compositor de canções.

Os poemas de Asafe não foram tão positivos como os de Stevens. Sua canção foi uma censura aos israelitas por terem deixado de cumprir o propósito que Deus lhes dera. Deus os escolhera para mostrar ao mundo como viver dignamente e julgar com equidade, mas eles falharam terrivelmente. Ao invés de defenderem os fracos e os órfãos, eles estavam defendendo os injustos e demonstrando parcialidade aos ímpios (Salmo 82:2-3).

Em seu comentário sobre o Salmo 82, Henry escreveu: “Um presente dado em segredo, cega seus olhos. Eles nada sabem por que não entenderão. Ninguém é tão cego quanto aquele que não quer ver. Eles confundiram suas próprias consciências e, portanto, andam em trevas.”

Jesus confirmou o interesse de Deus pelos fracos e necessitados. Ele explicou que tudo o que fosse feito para “um destes” pequeninos teria sido feito a Ele (ver Mateus 25:34-40). E Ele repreendeu os Seus discípulos por impedirem as crianças de virem a Ele (Lucas 18:16).

Aqueles que têm olhos que veem o que Deus vê, encontram maneiras de ajudar os necessitados. —JAL

Um teste do verdadeiro amor cristão: 
você ajuda aqueles que não podem lhe retribuir? Julie Ackerman Link

ENTRE O BEM E O MAL

Ai dos que ao 
mal chamam bem 
e ao bem, mal... 
—Isaías 5:20

O Mágico de Oz permaneceu popular durante anos. As pessoas de todas as idades aprenderam lições morais com a Dorothy, o Espantalho, o Homem de Lata e o Leão Covarde ao viajar pela estrada de tijolos amarelos. É claro que, no enredo o grande inimigo a ser vencido é a Bruxa Má do Oeste. O Mal é claramente caracterizado e é vencido pelo Bem.

Um novo musical da Broadway, no entanto, vira o senso moral da história original de ponta cabeça. Nesta nova versão da história, a bruxa má é apresentada como uma personagem simpática. Nascida com a pele de cor verde, ela se sente uma estrangeira. Os personagens mais importantes, as linhas do enredo, os papéis e outros detalhes são alterados de modo que a bruxa malvada é somente uma pessoa mal-compreendida. A audiência poderá sair com a ideia de que o mal transforma-se em bem e vice-versa.

Durante o ministério do profeta Isaías, ocorreu em Israel uma reversão dos valores morais. Alguns realmente consideraram o assassinato, idolatria e adultério como sendo bons. Como resposta, Isaías deu-lhes um conselho severo: “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal…” (Isaías 5:20). Em nosso mundo de relativismo, a cultura popular constantemente desafia os valores bíblicos. Mas estudar, memorizar e meditar sobre a Palavra de Deus pode garantir o nosso discernimento entre o bem e o mal. —HDF

Se conhecermos a verdade, 
poderemos discernir o que é falso. Dennis Fisher

TRIBUTOS DE HONRA

...será também contado o que ela[esta mulher] fez, para memória sua... 
—Mateus 26:13

O Chefe do Estado Maior da Força Aérea Americana percebeu que ninguém participou do funeral de um soldado da aeronáutica no Cemitério Nacional de Arlington em 1948, e aquilo o perturbou bastante. Ele conversou com sua esposa sobre a preocupação pessoal de que cada soldado deveria receber honras no seu enterro, e esta iniciou um grupo chamado as Damas 
de Arlington.

Alguém desse grupo presta honras a cada soldado morto participando do seu funeral. As senhoras também escrevem bilhetes pessoais de condolências e falam palavras de gratidão aos membros da família quando estes estão presentes. Se possível, uma representante mantém contato com a família por mais alguns meses.

Uma dessas senhoras disse: “O mais importante é estar presente apoiando as famílias. É uma honra prestar honras aos heróis que constituem as Forças Armadas.”

Jesus demonstrou a importância em prestar tributos. Após uma mulher ter derramado um óleo perfumado muito caro sobre a Sua cabeça, Ele disse que ela seria honrada por muitos anos vindouros (Mateus 26:13). Os discípulos ficaram indignados e pensaram que aquele ato fora um desperdício, mas Jesus o chamou de “uma boa ação” (Mateus 26:10) pelo qual ela seria lembrada.

Conhecemos heróis que deram suas vidas em serviço a Deus e ao seu país. Vamos honrá-los neste dia. —AMC

Nós honramos a Deus quando 
honramos um ao outro. Anne Cetas