Coleção pessoal de NewtonJayme

441 - 460 do total de 474 pensamentos na coleção de NewtonJayme

Sobre a terra
adormecida
e mergulhada
em silêncio e pausa,
prevalecem os murmúrios
harmoniosos das flores
que se sabem belas.

Lembro toda vez
Quando passo por aqui,
Neste mesmo caminho
Foi a primeira vez
Que meus olhos
Se encantaram
Por um sorriso.
E como girassóis
Procurando pelo sol,
Como um beija-flor
Procurando por você.
Flores, flores
Pra lembrar você,
Pra não te esquecer!
Flores, flores
Pra lembrar você,
Pra não te esquecer!
Seu perfume doce
Entorpece meus sentidos
E eu fico feito menino,
Brinco com você.
E se isso é amor,
Quero este destino...
E como borboletas
Procurando pelo céu,
Como beija-flor
Procurando por você,
Quero este destino...
Quero o destino da vida!

Namorada!
Luz da madrugada.
Alvorada!
Risonha dimensão da vida.
Linda!
Primavera de um amor.
Teu sorriso!
Acalanto de uma flor.
Namorada!
Todo o meu amor.

Tão triste a história de amor
Que aconteceu
Alguém, num lugar qualquer
Se apaixonou por uma flor
Que nasceu de uma garoa
Que do céu caiu.

O dia escureceu e a flor
Então no céu surgiu
Quando o dia amanheceu
Ele que era sem ninguém
Olhando o céu agradeceu
E de mansinho a flor beijou.

Desde então se transformou
O seu viver
A flor que a chuva lhe deixou
Fez um velho amor renascer
Mas aquele grande amor
Não podia ser
E a mesma chuva retornou
E a flor chorando carregou.

Assim, a história de alguém
Que amou a flor terminou
Porque onde a flor nasceu
Alguém morreu.

Nas clareiras do mundo, flores que salmodiam.

Você é a flor da minha vida.
Você tem ainda
nos cabelos
uma festa
que não finda.

Em cada flor, eu vi você chegar
E de repente a primavera eu senti
Tinha seu rosto a rosa que nasceu
Eu amei sem querer chorar.

Numa conversa de jardim
Ouvi que um grande bem
Se pode cultivar.
Você plantou
Um DEUS
Dentro de mim,
Nunca mais eu vou chorar.

Você veio de novo inventar
Essa vida cansada, perdida...
Colocou outra vez
Lá no céu
A estrela caída.

Foi trazendo a vida nas mãos
E as folhas que o vento levara
Nesse dia as cigarras
Morreram de tanto cantar.

Hoje acabou a primavera aqui
E em cada flor eu vi você partir...
Eu percebi um DEUS dentro de mim
Me ensinando o que é perdoar...

E veio o sol vestir
com tanta luz a terra
E a rua que existiu aqui
Ficou seu rosto
E a rosa que morreu...
PRIMAVERA, ADEUS!

Hoje eu quero agradecer
Flores que vejo nascer
Flores dos amores
E dos dissabores
Flores que vejo crescer.

Flores que falam quem sou
No momento
Em que eu te dou
Minhas dores entre as flores
Que esse amor que eu sinto
Hoje preparou.

Gostaria de cantar
Flores feitas de luar
Cores perfumadas
Flores adoçadas
Que agradassem teu olhar.

Quero ter no coração
Flores do amor sem não
Pra te possuir
Eu quero
Flores sem mentir.

Lírios, rosas e jasmins
Quando estou nos teus jardins
Necessito fecundar as flores dos confins.

Quero abrir uma janela
Livre de temores
Com flores e flores!

E pra alguém que vai nascer
Flores do amanhecer
Que se vê no campo
Flores feitas pra viver.

E pra alguém que vai chegar
Flores pra quando abraçar
E pra alguém que vai partir
Existem flores de chorar.

Mas as flores de nós dois
Que não fiquem pra depois
Necessito fecundar
Meu sonho em você
Quero abrir uma janela
Livre de temores
Com flores, flores!

Eu sou um jovem sem muito lugar na sociedade em que vivo.
Sou romântico e não gosto de coisas padronizadas.
Sou, por exemplo, um cara que prefere
plantar rosas e cultivá-las
a contratar
um jardineiro.

Noite morta
Vejo a porta tão fechada.
Madrugada
Caminha pela rua
Onde a lua esqueceu
De mostrar quem sou eu.

Tão escuro!
Me procuro num futuro
Onde a sorte
Ou a morte
Podem vir "sem querer"
Numa bomba qualquer
Sem me dar a mulher.

Mas há um bar aqui
E outro bar ali.
Eu vou pisando
O chão da solidão
Sorrindo,
Mentindo um gesto
Num manifesto
De quem não vê mais,
De quem um dia já amou demais!

E eu tomo um trago aqui,
Eu bebo um trago!
Estrago tudo
E algo muda
A madrugada vai
E a namorada
Foi bem antes
Bem amada
Em meus instantes!

Vê!
Neste espelho eu quis me olhar
Me enfrentar como eu sou
Sem ter mais que me enganar.

Vê!
Minha imagem me mostrou
Tantas coisas escondidas
Tão normais
Que eu não podia ver.

Eu já fui a dúvida
Eu já quis a dádiva
De um voo livre
Num dia livre
Amanhecendo
Me revelando.

Eu já fui um pássaro
Eu já fui um tiro só
E nos meus gestos me confundi
Com tantas falhas e incertezas.

Mas afinal, eu descobri meu futuro
Meu caminho é ter sempre que me procurar! Procurar!

Somente a graça nos dá o senso
do risco e da aventura,
que é a alma de toda
a vida evangélica.

...a esperança
escatológica em Cristo
é uma realidade
já presente e antecipada
no dom do Espírito,
porém, ainda futura
na iminência
da esperança do Reino
que virá
em sua plenitude.
Dito isto, garantimos
a expectativa
perseverante da esperança
que anuncia: o Senhor vem.

A ressurreição derruba três muros intransponíveis:
a morte, a injustiça e o fracasso.

O termo carne designa o homem na sua condição
de fraqueza e de mortalidade.
"A carne é o eixo da salvação" (Tertuliano).
Com efeito, nós cremos em Deus criador
da carne; cremos no Verbo
feito carne para redimir a carne;
cremos na ressurreição da carne,
consumação da criação e da redenção da carne.

Assim como o pão que vem da terra,
depois de ter recebido a invocação
de Deus, não é mais pão comum,
mas Eucaristia, constituída
por duas realidades, uma terrestre
e a outra celeste, da mesma forma
os nossos corpos que participam
da Eucaristia não são mais corruptíveis,
pois têm a esperança da ressurreição.

Deus fez-nos corpos.
Deus fez-se corpo.
Encarnou-se.
Corpo: imagem de Deus.
Corpo: nosso destino,
destino de Deus.
Isto é bom.

Corpo, meu velho companheiro, nós pereceremos juntos. Como não te amar, forma a quem me assemelho, se é nos teus braços que abarco o universo.

Para nós, eles não morreram,
mudou-se-lhes a condição da vida:
Vita mutatur, non tollitur!
– A vida não é tirada,
mas transformada.

Na sepultura não se acha
para sempre o homem.
Cremos no que dizemos
cada dia no Credo:
Eu creio na ressurreição
da carne e creio na vida eterna.

A esperança cristã é a Ressurreição dos mortos:
Tudo o que nós somos, o somos na medida
em que acreditamos na Ressurreição.