Coleção pessoal de NewtonJayme

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Meu barco andou buscando um navegante
Que se esquecera ao longe e, muito embora
Venha das sombras de um país distante,
Vai demandando a luz da eterna aurora!

Quantas vezes chorei no barco antigo!
Eram tempos de trevas e tempestades,
Vagas de dor, em noites de perigo,
Chuvas de pranto, névoas de saudade...

Mas, um dia, Jesus deu-me a ventura
De revelar o viajante amado
O grande sonho, o anseio de ternura,
A esperança no porto desejado.

Desde então, o outro barco, enchendo as velas,
Vem, quase rente ao meu, sem descansar!
Não mais só!... Adeus morte, adeus procelas!
Nós dois sigamos pelo mesmo mar.

Mas a vida foi definida
um relâmpago no eterno.
E nossa humanidade,
por mérito da dor
que a recheia,
e da qual se saciou
Aquele que vestiu
nossa carne,
transcende a matéria
e nos leva desejar
uma felicidade
além do mundo.

Bem-aventurados aqueles que seguem
essa tendência da consciência,
e olham para o além,
onde os afetos terrenos,
que pareciam
precocemente quebrados,
serão reunidos.

Pregue o Evangelho em todo tempo.
Se necessário, use palavras.

Porque metade de você é amor
E a outra metade,
Que também é amor,
Sou eu! Sou eu! Sou eu!

O que nos separa é apenas o silêncio.
O silêncio é como uma pomba
depois do tiro.

Não há silêncio maior
do que uma pomba
colorida pela morte.

O que nos separa é a distância.
A distância nada mais é do que
uma saudade sem remédio.

Não há saudade maior
do que o definitivo.
O que nos separa
é a falta de palavras.
As palavras são como
dois grandes
olhos satisfeitos.
Não há maior palavra
do que um olhar de amor.

O que nos separa
é esta agonia.
Esta agonia
é como uma árvore
cortada pelo homem.
Não há agonia maior
do que uma árvore tombada.

O que nos separa
é a canção pela metade.
Uma canção pela metade
é como uma criança
que não chega à vida.
Uma canção inacabada
é uma criança morta.

Vê? São poucos
os motivos
que nos separam.
Por isso este silêncio
e o silêncio é como
uma pomba depois do tiro.

Não há silêncio maior
do que uma pomba
colorida pela morte.

Divino Mestre, o teu olhar
Dentro de mim, serenamente.
Vai arrancando, de tua frente
Aquilo que não poderias
suportar em mim.

“Já não sou eu que vivo” –
És Tu, em mim a fazer tudo.
És Tu que ordenas
e pacifica tudo
No céu de minha
alma eu te adoro
E a Ti me imolo
Sem cessar
No silêncio
e na gratidão.

Minha mãe fez os filhos
como se escrevesse poesias.
Papai tinha um poema dentro dele.

Eu não sou fruto de papai e de mamãe
por obrigação, e, sim, por coincidência.
Sou amigo de papai que, hoje
Deve estar bêbado
Em algum lugar no céu
Com Vinícius de Moraes
E outros que desconheço.
E sou perdidamente
namorado de minha mãe.
Assim como sou de minhas filhas...

Oi, TONINHO!
Como vai, MEU FILHO?
Lembrando você aqui
Achei por bem perguntar:
"Como está você aí?"

Aqui a saudade é muita
A inquietude é maior
Preciso tanto saber
Se a vida aí é melhor!

Aqui continua tudo
Num desespero total
A gente atrás da sorte
E ela tão desigual!

Seus discos e seus troféus
Ficaram tão divididos
Viraram sonhos na mente
Pedaços de mim perdidos!

Até nem sei o que faço,
Para ajudar meu coração
Sinto não ter mais espaço
Para tanta recordação!

Boa noite, MEU FILHO
O sono vai me levar...
Quem sabe
Num dos caminhos
Ainda vou te encontrar...
BOA NOITE!

Quando o sol acorda nos seus olhos
Estrelando nosso quarto,
Recomeça uma alegria.

É tanto prazer, é tanto amar,
Mais um desejo em nosso olhar:
Um beijo vem dizer bom-dia.

Deixo-me levar nessa poesia
E até o sol se delícia
No menino dos seus olhos.

Fica tão difícil resistir
E a gente tem que permitir
Coisas que o corpo já conhece.

Vem, que os olhos seus vão explodir
E os olhos meus querem sentir
Que o nosso olhar não envelhece.

Não sei porque é que Deus juntou você e eu
O que é que eu fiz pra ser feliz assim?
Até mudei de mim pra ser só sua...
Ficou bom viver!

Senti na boca o gosto do prazer
Ter o direito de amar mais uma vez
Saber que o vinho é a uva de beber
Já sei tudo que eu andei!

Tudo que andei, eu tinha que andar
A estrada foi amiga, eu te encontrei
Pra me cuidar, me amamentar
do leite do amor...

Gostei! Até cresci se você quer saber
Quando eu revi o amor, até chorei
Pela quinta vez me vi nascer
Sei lá, há uma palavra
que eu acho que não sei falar
Porque dizer te amo é só escrever
E só escrever é menor que amar.

Há de viajar comigo uma certeza
A asa conhecida repentinamente
De perigosa calma
no repente me fascina...

E lá onde estiver
Hei de lembrar um certo voo
Asa mulher, asa homem!

Asa eternidade, eu e você!

Coloquei minha vida em suas mãos
e suas mãos no fogo,
A vida ferveu!

Há uma uva cinza, uma rosa verde, uma cebola perfumada
Uma criança consciente e meu abraço amigo
Pra quem pode acreditar na vida!

Os caminhos são feitos de estradas tortuosas e estreitas.
Os amigos passam... A gente assiste!

As águas claras da lagoa mais próxima
estão tão distantes da minha sede
Que eu resolvi negociar
com a tempestade.

Todo amante
está só,
em segredo
com quem ama...
Aqui também estou eu:
Só, escondido de todos, com você!

Eu vejo as pessoas como elas devem ser vistas...

Vocês (plateia) são a parte
mais importante
que existe em um show,
são vocês quem nos olha,
quem nos olha é que é importante...

A atitude mais solitária do elemento humano é ler.
Não há nenhuma atitude que seja tão solitária
quanto a atitude de ler.
É tão solitária
quanto tão bonita!

CRISTO tem o tamanho da vida, tem dom de vida,
e até hoje é capaz de nos deixar calmo
e ensinar pra gente que o futuro
parece com a gente e com Ele.
Eu amo a Cristo...

Eu tenho mais medo da vida do que da morte!