Coleção pessoal de NaraMinervino

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Não me responsabilize pelas projeções que você faz sobre mim!

Nara Minervino

Não te inquietes com a tristeza que agora te acometes.
A grande maravilha da vida é que ela, como a gangorra, tanto sobe quanto desce.
Que para ti ou para qualquer pessoa, viver seja, sim, uma coisa boa!

Nara Minervino

Aí...
Quando eu menos espero,
Não vivo um sonho.
Moro num castelo!

Nara Minervino

Todo dia, um LEÃO e uma cutia saem em busca de vida.
Não sobrevive quem tem mais porte.
Sobrevive que sabe o norte.

Nara Minervino

Para cada dia, um novo sol.
Para cada noite, novas estrelas.
Para cada oração, toda a fé.
Para cada plano, um único DEUS!

Nara Minervino.

Quem se aflige com o que os outros estão pensando é porque sabe muito pouco sobre si mesmo.

Nara Minervino.

Não é a minha opinião ser diferente da tua o que te incomoda.
O teu incômodo vem da indisposição em aceitar que eu identifique, enfrente e vença os meus próprios vendavais.

Nara Minervino

Quem não tem tempo para ouvir
Dificilmente terá algo de útil para dizer.

Nara Minervino

O QUE CABE NUM ABRAÇO?!


O que cabe num abraço?!
Aquela vontade
O matar da saudade
A melhor pessoa
Tanta coisa boa!

O que cabe num abraço?!
Um sentimento
Mil lamentos
Toda esperança
Muita confiança.

O que cabe num abraço?!
Expressão de amor
Alívio da dor
Risos de felicidade
Paz da liberdade.

Tanta coisa cabe num abraço!
Porque abraço
Tem calor
Tem contato
Tem acolhida
Tem vida.

... porque abraço
Tem gente
Tem calma
Tem dois corpos
E uma só alma.

Nara Minervino

METAMORFOSES DA SOLIDÃO

Presa em mim.
Introspectiva
Perdida
Desiludida.
Dor interna
Afastamento
Solidão
Isolamento.

Choro insano.
Me perco
Desabafo
Entorpeço.
Lentamente
Enlouqueço.

Sim?!
É o fim?!
Da dor
Da ausência
Da falta?!
Que alegria
Euforia
Agonia!!!

Que lástima!

Me conheci
Redescobri
Sobrevivi.
E agora
Mundo afora
Espera
Por alguém
De outrora
Que chegou
E foi embora.

Já é hora!


Nara Minervino

Sobre começos e fins

Eu me sinto
INFINITA
nesse mundo
FINITO!

Nara Minervino.

NOSSO AMOR VERBALIZADO

Eu queria
Tu devias
A gente podia.
Nós vivíamos
Vós aceitaríeis
Eles contribuiriam.

Eu esperei
Tu demoraste
Ele programou.
Nós investimos
Vós apoiastes
Eles ajeitaram.

Eu acreditei
Tu insististes
Ele resistiu.
Nós vencemos
Vós sorristes
Eles aplaudiram.

Eu te ganhei
Tu me presenteaste
Ele se alegrou.
Nós nos casamos
Vós vos animastes
Eles se procriaram.

Nara Minervino

É COVID-19


É Covid-19!
É gente que briga
É gente que morre
Gente que espera
Gente que explode.

É Covid-19!
É doença que atordoa
E prisão que apavora
É gente que ri à toa
E gente que pára e chora.

É Covid-19!
É gente com pouca fé
Que não vê a solução.
É gente que crê em DEUS
E vive com o terço na mão.

Seja de um jeito ou de outro
No mesmo barco estamos
Do vírus morremos de medo
E com ele todos brigamos,
Mas o que devemos, mesmo,
É crer que DEUS tem um plano!

Precisamos de oração
E crença na medicina.
O vírus chegou com tudo
Mas vão descobrir a vacina
Que combata e que devolva
Nossa fé, abalada e sofrida.

Do fundo do coração
Que possamos levar a DEUS,
Na voz de uma só oração,
Os desejos dos filhos seus.

"SENHOR, livrai-nos do mal
Desse vírus tão invisivel,
Que abala a vida normal
Dos teus filhos queridos.
Perdoa os nossos pecados
E as faltas que cometemos,
Estamos muito assustados
E ao Vosso amor nos rendemos".

Nara Minervino

QUE SAUDADE DE VOCÊ!

Que saudade de você!
De sua atenção, dos seus cuidados, dos seus prévios afagos!

Que saudade de você!
Que contornava o tempo, que driblava os horários, que criava intinerários!

Que saudade de você!
Do homem que foi, do homem que soube, do homem que fez!

Que saudade de você!
Que não via problemas, que não via barreiras, que não pensava em dilemas!

Que saudade de você!

Sim! Muita saudade!
Do homem presente,
Do poeta irreverente,
Do amante exigente!

Por que me deixou?!
Por que se apagou?!
Por que adiou
O encontro engraçado,
O papo descolado
E o não ver o tempo esgotado?

Será que ainda volta?!
Será que ainda se importa?!
Ou será que encontrou outra porta?!

Dizem que tudo o que vai volta.
Volta?!
Fazer o quê?
Matéria morta.


Nara Minervino

EU EM TI

Estou aqui,
feito folha que solta
da árvore a que ela devota,
e, secando ao sol,
vai esperando ser ninho
de algum passarinho
que, padecendo do seu abandono,
lhe leva no bico,
que é o seu ombro.

Reparo sim.
Reparo que em ti acho muito de mim.
Reparo que tua boca deixa a minha louca,
E que tuas ideias me acendem e surpreendem.

Reparo que és poeta, que és astuto e que me testas.
Reparo que recrias minhas palavras e a elas dás mais asas
E enches todo o meu peito de alegria e de preceitos
De que só tu és assim e que poderias ser de mim.

Reparo em tanta coisa!
Em tanta coisa reparo!
Mas o que mais me deixa atenta
Nessa visão que me alenta
É que toda a minha atenção colocas em tuas mãos
Ao me fazer delirar com os versos que vêm a mim "respostar".

Nara Minervino

NÃO PRECISAMOS

Não precisamos de amantes.
Precisamos de instantes
Incríveis
Inesquecíveis
Insubstituíveis.

Não precisamos de calafrios.
Precisamos de arrepios
Quentes
Ardentes
Veementes.

Não precisamos de dores.
Precisamos de amores
Precisos
Concisos
Sem avisos.

Não precisamos ser carentes.
Precisamos ser ardentes
Cientes
Das chamas
De um beijo
Envolvente.

Não precisamos do contudo.
Precisamos de um casulo
E do abrigo
De um abraço
Que eternize
Um segundo.

Nara Minervino

CHAMA QUE TE CHAMA


Tudo em mim é chama que te chama:
pensamentos, sentimentos, desejos e ilusões!
Meu corpo também te grita,
também deseja o teu abraço
no intervalo de um espaço
que não cabe entre a gente!
Meu corpo já não sufoca a agonia
de não te ver todo dia.
É como manteiga e pão,
que através do infinito
tornam o "seu amor"
todo dia
mais bonito!


Nara Minervino

QUEM ME VIU, QUEM TE VÊ.

Quem te viu.
Quem me vê.
Você saiu.
Paguei pra ver
Em quanto tempo
Vai me esquecer.

Quem me viu.
Quem te vê.
Não esperei.
Me fiz correr.
E, agora, volta
Pra me dizer
Que não consegue
Me esquecer.

Quem nos viu.
Quem nos vê
Não sabe mais
Reconhecer
Aquele amor
Que era só teu
E no caminho
Já se perdeu.

Fila que andou.
Tempo correu.
Não me esqueceu?
Esqueci eu.
Quem vai e volta
Pra mim não deu.


Nara Minervino

SERPENTE RASTEIRA

Ciúme! Oh, ciúme!
De onde tu vens? Por que tu surges?
És como uma serpente rasteira:
Mordes. Envenenas.
Conheces os pontos mais fracos
E os enche de embaraços.

Tu és vil e cruel!
Crias imagens que não existem,
Sons que não se produzem,
Sensações que são inverdades
E medos que bloqueiam coragens!

Ciúme! Oh, ciúme!
Tens asas negras e compridas.
Teus voos são violentos,
Mas pousas em frágeis ninhos
E nele depositas ovos
Do mal-estar e do desalinho.

Ciúme! Oh, ciúme!
Como a inveja, tu és maldoso!
Atacas corações e minas relações.
Tua paz sobrevive do mal
Plantado, instalado.
No sofrimento e na dor
Deixa o amor estragado.

Ciúme! Oh, ciúme!
Tu és cruel,
Feito de maldade e de fel!
Aniquilas as confianças
Sem méritos de bonança.
Cegas e ensurdeces
E ao desamor só aqueces.

Terrível tu és, ciúmes revés!
Oh, sentimento ingrato e insensato!
Sejas como quiseres,
Mas abandonas os que não te querem.
Vais para longe e isola-te, enfim.
Se o teu propósito é fazer desunir,
Saibas que há tantos que vivem sem ti.

Nara Minervino

(E)FEITO PIPOCA

Como pipoca, não salto, se o óleo é frio, porque eu preciso de calor, de vapor, de muito e intenso fervor.
Quando me aquecem, feito a pipoca, eu pulo, de alegria, de entusiasmo, de amor,
e, como pipoca, estalo, faço barulho e mudo de cor.

Quando bem aquecida, eu transbordo do meu "mundo panela" e levo alegria para quem nem me conhecia, e (pre)encho sensações degustativas, olfativas, visuais e sentimentais.
Eu acelero batimentos e provoco ansiedades, de ser feliz e de saciar curiosidades.

Ao sentir um óleo quente, feito pipoca saio do meu mundo, atraio olhares, estimulo desejos, divido vontades.
O meu aroma exala de tal forma, que não há quem me sinta e quem me veja, que não veja que eu sou feita para saciedade.

É isso!
Sou assim:
Feito pipoca eu salto de mim, saio do meu espaço e me revivo, em mãos, tatos, emoções e palatos, e delicio, e distraio, e contento e satisfaço.
É tanto o bem que eu faço, que até quem não me quer bem, ao me ver, muda seu passo e compasso.

Sim!
Sou pipoca!
E, sendo pipoca, deixo que sobrem, em meu "mundo panela" ou em poucas vagas lembranças, todos os meus milhos estagnados: meus medos, minhas incertezas, minhas inseguranças e fraquezas.

No final deixo em meu "mundo panela" tudo o que faz mal para mim. Deixo todos os milhos que, fugindo de um bom óleo quente, se tornaram tanto a minha minoria, quanto a parte maior que não me compreendia.

Nara Minervino