Coleção pessoal de NaraMinervino

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... E era um príncipe
tão encantado,
que se transformou
num sapo malvado!

Não era pra ser o contrário?!

É VERDADE:

Não faço provérbios.
Crio verbos.

Não tenho talento.
Eu invento,

mas não sou como você,
porque EU tento.

Será que sabe entender?

Há perguntas para as quais não se tem respostas, porque essas devem ser encontradas, como há respostas que, exatamente por não serem dadas, respondem, com seu silêncio, qualquer pergunta.

SOBRE PLANTAÇÕES E COLHEITAS

De nada adianta
Investir na plantação
Se para fazer a colheita
É necessária a decisão
De sair sob sol ou chuva,
Vestindo ou tirando luva,
Colhendo o que foi plantado
Na terra que se tem arado.

Se aquele que planejou,
Que cavou, plantou e arou
É o mesmo da terra duvida,
A toda a colheita castiga
E a alma na vida investida
Com a plantação está perdida.

DESTEMIDE-SE

Não perturbe!
(Se) Mude!
Se sua vida lhe erra,
(Se) Enxerga!
Não precisa se afogar
Nesse mar do reclamar.

Quem vive de lamentações
Perde tantas embarcações,
De prazeres e deveres,
De sonhos e de ilusões;
De novas fases e descobertas
De toda vida tão certas!

Não entre nessa esfera,
De esperar pela vida,
(Que lhe espera).
Tome logo uma atitude.
Ou muda ou se mude.
Não pode é ficar parado
Com tanta vida que tem ao seu lado.

APELO AO MEU AMADO

Vou inventando palavras e elaborando canções
Que envolvam o meu amado e arrebatem suas emoções.
Não quero seu amor sofrido nem sua dor sentida.
Quero seu desejo mais vivo e sua vontade de vida.

Vem amado que amo! Vem logo pra mim, me amando!
Não posso viver sem ti, pois preciso continuar pulsando.
Aceita o meu amor ardente que do peito está exalando
O desejo de para sempre te amar e viver para sempre sonhando.

COMENDO SEM SOFRIMENTO

E agora, meu DEUS,
O que é que eu vou comer?
O que eu gosto não pode,
E, quase sempre, o que pode
É o que eu não vou querer!

Se tem verdura no meio,
Que mais parece ração,
Eu como com algum receio,
Mesmo com fome de leão!
Se tem doce ou chocolate,
Logo a gula me bate,
E, como não sou moderado,
Vejo a saúde no abate.

Macarronada, lasanha,
Refrigerante ou pudim,
Cada coisa dessa me ganha
E me faz comer "tudim",
Mas logo, em pouco tempo,
Eis que vem o resultado
E, porque foi tão gostoso,
Minha saúde foi pro ralo.

Quinua, gergelim ou gengibre,
Chia, aveia ou linhaça,
Eu como se é o jeito,
Mas de uma colher não passa.
Aí, escutando os mais velhos
E ouvindo os especialistas,
Vejo que essa é a comida
Pra comer por toda a vida.

E agora? O que fazer?
Será que eu tenho mesmo,
Mesmo, mesmo que escolher?

Não precisa sofrimento
Pra escolher o alimento
Que vai me fortalecer
E me ajudar a viver.
O que eu preciso, apenas,
É colocar na balança:
O que me cresce a saúde
E o que me alimenta a pança.

Depois de equilibrar
O que eu preciso e o meu gostar,
Vou vendo que as duas coisas
Eu posso reajustar.

Na maior parte do tempo
Que eu tenho na minha vida,
Vou comendo o que é devido
E, assim, evitando feridas.
Somente uma vez ou outra,
Naqueles dias festivos,
Dou vida aos meus desejos
Sem ficar enlouquecido,
Como somente o que quero,
Cheio de desejo e equilíbrio.

Tudo na vida é assim:
Um viver na corda bamba.
Se pende apenas prum lado,
A vida vira um fardo.
Se pende somente pro outro,
O futuro nos traz desgosto.

E assim eu vou convivendo
Com dois ritmos de um só samba,
Mas eu sei que isso tudo é preciso,
Senão minha vida desanda.

Agora o que eu preciso
Pra viver com dignidade,
É saber que nem tudo é devido
Pra que eu tenha felicidade.
Eu posso ser feliz
Comendo o que não suporto,
Como também assim o serei,
Controlando as comidas de que gosto.
Se assim eu vou fazendo,
Feliz é que eu vou vivendo,
Porque tudo o que me alimenta
Minha saúde vai mantendo.

AMORES E ESTAÇÕES

São quatro as estações
Que mudam o tempo e as condições
Do clima e das paixões
Dos desejos e das ilusões:
A Primavera mais bela
Diminui o tempo de espera
Por um amor tão bonito
Que torne o tempo infinito.
O Verão é a estação
Que incendeia a multidão
Daqueles que ardente anseiam
Por um amor que de fogo queimam.
O Outono vem com tudo
Desabafando sons que são mudos.
Ele faz renascer e viver
Amores quase a adormecer.
Aí chega o frio Inverno,
Com seus calafrios externos,
Convidando o mundo todo
A dormir no aconchego um do outro.

REVOLTA

Passou por mim
Como um vento ao relento.
Soprou. Acariciou.
E, suavemente, ar no meu peito jogou.
Exaltei. Vibrei.
De alegria cantei.
E, de tão macia a brisa,
Não enxerguei a ferida
Que em meu peito se abria.
Chorei. Causei.
Foi para trás que eu fiquei.
Parada. Estática.
Eu fui a folha que voa.
Eu fui a folha que passa.
Seca. Murcha. Despedaça,
Mas que, virando semente,
Em nova folha se acha.

A vida não acaba para quem fica,
Mas para quem passa.
Babaca!!!

Quando a gente vem ao mundo destinado a amar alguém, só passa a viver realmente depois do encontro com o ser amado.

Não somos mais inteligentes, se temos mais conhecimentos. Somos mais inteligentes se, conhecendo mais, respeitamos o outro e o seu direito de não saber, ainda, o que já sabemos.

Não me subestimo com a grandeza nem me envaideço sobre a simplicidade. Tento oferecer exatamente aquilo que procuro receber.

Só conquistamos o que buscamos.

Que tudo seja breve, mas intenso!

Não me faz feliz o amor.
Me faz feliz o amar!

Quando um corpo estático sente falta de outro, que já foi quente, não é que alguém esteja errado. É que algo está ausente.

Não diga que uma dor é exagerada, se não é você quem a está sentindo.

Muitos escondem os perigos que sua alma e seu coração oferecem e acabam por nos convencer a chamá-los de amigos.

Eu preciso do tempo, para ficar velha, mas preciso é de mim, para envelhecer.

Quanto mais vagos são os meus pensamentos, mais inconstantes são as certezas que eu tenho da vida.