Coleção pessoal de mylena15

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Ela fazia todo mundo rir com suas danças esdrúxulas, suas caretas bizarras e seu raciocínio incomum, mas por dentro ela sabia que todo mundo ria e ia embora, logo ela estaria de volta ao seu solitário e chato planetinha neurose."

"Ela disse: “Estou com tanto medo…” E eu perguntei: “Por quê?” Aí, ela respondeu: “Porque estou me sentindo profundamente feliz. E uma felicidade assim é assustadora.” Voltei a perguntar por quê, e ela prosseguiu: “Só permitem que alguém seja assim tão feliz se estão se preparando para lhe tirar algo”."

Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo pra mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo.

Amor não acaba. Filmes acabam, balas acabam, dias acabam, beijos acabam, noites acabam, chocolate acaba, o assunto acaba, a paciência acaba, a vontade acaba - desejo diminui. Mas o amor não. Ele entra em coma, fica fraco, doente e, se for o caso, morre. Amor não é um sentimento, um fato, um objeto. Amor é uma vida, é algo que sai da compreensão humana, científica, racional. Amor não começa e acaba. Amor nasce e morre.

Logo ela, que cantava, encantava, tomava uns bons goles de cerveja, dava um sorriso sincero, fazia umas gracinhas e geralmente se despedia dizendo que hoje não, muito obrigada. Logo ela, que sempre teve uma quedinha por aproveitar a vida, que é tão curta quanto a mais comprida de suas saias. Logo ela, que sempre perdeu o celular, a carteira, o Bilhete Único, a hora e os campeonatos de cuspe à distância… É, parece que agora ela ganhou.

Dizem por aí que ela, valentona como é, ainda resiste a confessar que foi picada pelo mosquito da ternura – conta pra todo mundo que todas aquelas manchinhas avermelhadas foram obra dos borrachudos no último fim de semana de praia. E que todas aquelas risadas são obra de mais livros de anedotas que ela vem lendo. E que aquelas canções românticas cantaroladas meio que sem querer debaixo do chuveiro são mera casualidade. Mas ainda bem que, por mais que a gente tente impedir, o sentimento, quando é bonito, sempre cresce. E arranca as cascas, cicatriza as feridas, lava a alma. Bota uma dúzia de sorrisos no rosto por minuto, 300 ême-éle de chope sem colarinho no copo de vidro por noite e apetite pra bater um PF no capricho por almoço. Leva embora os nossos medos, as nossas mágoas, o batente da porta e o que mais estiver pela frente. E traz de volta a coragem de se arriscar. Porque sentir é para os fortes. Só para os fortes.

E se acaso ela chegar perguntando como é que todo mundo ficou sabendo que ela está apaixonada, diz que foi o passarinho verde e aquela mania HORRÍVEL que ele tem de sair fazendo fofoca da vida de gente de bem.

"Pra você ver, não existe mocinho e bandido nesse enredo. Você errou, eu errei também. Mas vai ver a gente estava tentando ser feliz, e felicidade é um patamar complicado de alcançar."

"De todas as coisas que você me deu, a melhor delas certamente foi a chance de escolher, escolher você, escolher ficar contigo e atravessar com algum alívio os dias que eu quero simplesmente morrer pra não ser intimado a depor sobre o meu sumiço. Você me ensinou muitas coisas, a melhor delas, me ensinou que o amor verdadeiro sempre espera um pouco mais pelos abraços atrasados."

Cara, a receita da risada é simples: cerveja de garrafa, copo americano e dois bons amigos.

Neste mundo de tantos anos, entre tantos outros. Que sorte a nossa, hein? Entre tantas paixões, esse encontro nós dois, esse amor.

Dizem por aí, mas não tenho certeza, que meu sorriso fica mais feliz quando te vejo, dizem também que meus olhos brilham, dizem também que é amor, mas isso sim é certeza.

O passado me ensinou que ser emocionalmente inteligente não significa que não vou sofrer, mas que sei dos riscos que corro.

– Quem é você? – perguntei, embora o impulso inicial fosse berrar por meu pai.

O mané riu debochado. Vá lá, não era mané. Era um exagero de homem. Não pude evitar encará-lo de volta. Cabelos pretos jogados na testa, pele tostada, olhos cor de cerveja que não pareciam ser realmente daquele rosto. Jeans, camiseta justa, básico, no ponto. Jogou sua bituca no chão e apagou-a com o pé. E respondeu:

– Talvez a resposta às suas preces?

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles não procuro, basta saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida (...) mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não o declare e não os procure.

Vou te pedir que fique. Mesmo que o futuro seja de incertezas, mesmo que não haja nada duradouro prescrito pra gente. Esse é um pedido egoísta, porque na verdade eu sei que se nada der realmente certo, vou ficar sem chão. Mas por outro lado, posso te fazer feliz também. É um risco. Eu pulo, se você me der a mão.

Que te dizer? Que te amo, que te esperarei um dia na rodoviária, num aeroporto, que te acredito, que consegues mexer dentro-dentro de mim? É tão pouco. Não te preocupa. O que acontece é sempre natural - se a gente tiver que se encontrar, aqui ou na China, a gente se encontra. Penso em você principalmente como minha possibilidade de paz - a única que pintou até agora, “nesta minha vida de retinas fatigadas”. E te espero. E te curto todos os dias. E te gosto. Muito.

Tomara

Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz

E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...

Tudo é questão de necessidade e se tornar necessário. Você tem a necessidade de respirar. Mas é necessário que exista alguém que tire o seu fôlego.

E o que mais me intriga é tentar descobrir como você pode ser, ao mesmo tempo, a principal solução dos meus problemas e o meus problemas sem solução.

Tudo que ela diz não é tudo que ela quis dizer. Eu juro. Eu sei. Não sei o que ela quis dizer, mas sei que havia mais do que aquelas tantas letras, embaladas por expressões como na-verdade, de-fato e pequenas olhadas pra cima como se mirar ao alto a fizesse pensar melhor numa resposta, pergunta ou explicação qualquer sobre o dia a dia.

Eu adoro falar sobre seu dia.

Aquela reunião chata que ela só lembra das duas primeiras frases porque depois ficou viajando – pensando em mim, talvez –, mas ela nunca assumiria isso. Ela diz que não entendia nada e que ficou divagando sobre aprender francês ou não, se pagou a conta do celular e já que deixou a toalha molhada em cima da cama, eu possa reclamar quando nos encontrarmos novamente.

Por fim, ela sempre dá um jeito de pensar em mim. Eu sei.

Mulheres são assim. Empolgadas em ser dois (ou duas). Ela não é romântica, não escreve bilhetinhos fofos, nem me presenteia com chocolates em forma de coração. Mas me recita poemas mudos ao me fazer carinhos na nuca, sabe? E quando se esforça em acertar só para não haver mais brigas comuns, mais discussões bestas e beira se castrar só para não ser tão simpática com esses caras que pensam que mulheres só sorriem quando há algum interesse carnal ou coisa do tipo.

Ela é perfeita pra mim – e pra tantos outros – que eu até me perco de tanto pensar nela.

Quisera eu saber tudo que ela diz.

O historiador é o profeta que olha para trás."