Coleção pessoal de Moapoesias

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Doce
Tão doce seria sonhar
Sem os temporais da vida,
Cicatrizes são marcas
Causadas pelas feridas.

Vi
Vi ainda ontem
Uma flor balançando
Com o vento suave
Levemente lhe tocando.

Meu mundinho
Posso espalhar poesias pelo mundo
Viajar por onde for,
Mas levo comigo meu mundinho
- Lembrando com grande amor-
Meu Pinheiro Marcado
No interior de Carazinho.

Nem vi
Desculpem minha falta de memória
Repito os velhos versos
Como a canção antiga
Que cantei na infância.

Desculpem minhas frágeis lembranças,
Vividas desde dos tempos de crianças
Que não querem se apagar.

Desculpem – me
Nem vi a vida passar.

Medos
Na velha casa de madeira
O quarto ao lado do meu
Um mostro escolheu para morar.
À noite, destemido, ele subia no foro
E fazia a madeira estalar.

A lua espiava os meus medos pelas frestas
– Que vergonha!
Ao longe, uivava algum bicho noturno,
Desconfio que em meio as palhas do colchão
Morava outro, mais barulhento, mais enfadonho.

Hoje a casa é adulta
Do menino já nem sei,
Mas os medos?
Deles nunca me livrarei.

Eu não paro de sonhar
Só o fim dos sonhos me faria parar,
Mas tenho estoque para uma vida
E se necessário vou fabricar.
Eu não paro...
Eu não paro de sonhar.

Partir
Em pleno devaneio
Já no centro de mim,
Refleti-me desajeitado
E no meu espelho,
Em prantos sorri
Por fim...
Parti.

No amor evite exageros. Ame apenas e tão somente o suficiente para ser bom.

As estrelas da minha infância eram doces pregados no céu.

A vida nada mais é do que uma mera sucessão de escolhas.

A tarde fez-se pássaro alado, o manto escuro veio gelado e pôs os sonhos para dormir.

Sou abstrato
Que se sente.
- Que ironia!
Me absorva
Sou poesia.

Dentro
Quem percebe já entendeu
Que dentro de mim
Habito eu.

Tenho um sonho utópico, louco, desastrado de construir uma "poesiaria" e hospedar cada poema confortavelmente.

Conte uma doce história quero dormir ouvindo, talvez fique na memória ou eu eu possa acordar sorrindo.

Me deito em véus de insônias estrelares,penso em ti, brilhas no céu, mas te queria aqui.

Era bom, a gente brincava de ser feliz e distraídos não percebia que feliz já era.

E quando anoitecer use o prazer que a noite dá para fazer uma lágrima sossegar.

Benditas saudades que guardam vidas que o tempo levou.

A vida
Evito ao natural manusear
Vou lendo de lá pra cá,
Prefiro não saber se acabei
Ou se estou apenas a começar.