Coleção pessoal de MariaAlmeida
Às vezes temos razão sobre quem são as pessoas. Uma perceção que se baseia na não manipulação das suas opiniões.
Reconhecer o que está mal em nós mesmos é o primeiro passo para verdadeiramente perdoar e se amar alguém profundamente.
Está tudo muito sossegado.
O canto dos pássaros suavizou-se no seu timbre e o vento parou de se acariciar nas folhas verdes e noviças.
Um som diferente corta o ar, impercetivelmente audível. Parece o entoar de um Cuco.
Não sonhei. Ou, pelo menos, assim o disse a mim.
Rio-me.
Talvez hoje seja a noite em que me veja a velejar pela memória.
Reforçar a fé. Aceitar. Alimentar a esperança. Rezar.
E amanhã abraçar a madrugada e o dia saborear.
Olha para mim.
Vês-me?
Eu vejo-te. E sinto-te.
Quem dera que estivéssemos, algures, connosco e em nós, por aqui ou por aí.
Isto funciona como uma espécie de diário.
A escrever pausadamente. A pensar furiosamente.
Parece importante. Como se as palavras se fossem perder para sempre.
Talvez seja a rutura radical do eu, assoberbado pela rapidez das mudanças e pelo rompimento dos espaços tradicionais.
Talvez seja a transformação da própria história pessoal e inequivocamente social.
Talvez seja a alteração das crenças habituais pela assimilação auto aceite de uma nova forma de pensar e de agir.
Talvez seja a consciencialização de que em qualquer vivência existirão sempre dificuldades ao longo de novos percursos.
Talvez seja a determinação e a firmeza em gostar da alternativa oposta.
Talvez seja a conciliação da cabeça com o coração.
Talvez…
Desenganei-me.
E a viagem interestelar continua, num convite a mim própria para a prosseguir e nela reafirmar a fé, sem erradicar as dúvidas, as alegrias e as tristezas humanas.
Erradamente achei-me generosa, quando, no fundo, era egoisticamente generosa.
Depois das frustrações, dos enganos e dos desenganos, das tolerâncias e da culpa indevida, esclareci devidamente, e perante mim mesma, que não sou vítima de ninguém e que o deixei de ser de mim, pois, se me atribuo direitos, deverei atribuí-los aos outros também, da mesma forma que os outros o deverão fazer relativamente a mim.
Depois do vácuo autista, a aventura peculiar de uma nova rota marítima.
Continuemos, então.
Mãe, porque cai a chuva?
Porque as estrelas estão presas no céu?
Porque o sol não cai?
De que são feitas as nuvens?
Mãe, porque morrem os animais?
Ah! Mãe, fala-me sobre o que não sei, alimenta-me a paixão de viver pelo prazer de saber, explica-me as reticências do conhecido para o desconhecido, diz-me porque era uma vez, porque estou aqui e tu aí… muitos tempos atrás… e tão atuais…
Feliz Dia Mundial das Crianças!
Sinto-me verdadeiramente feliz e em paz comigo própria pela tua felicidade, pelas tuas amizades que só te querem e fazem bem, e por todas as tuas vitórias alcançadas e merecidas.
Senhor… não permitas que me ausente da minha alma e confere-me a força suficiente para continuar a ser o que sou, imperfeita e errada, verdadeira e real, sozinha e feliz em mim.
O amor mais lindo é aquele que nos aceita como somos e nos incentiva cada vez mais a sermos pessoas melhores, valorizadas em autoestima, extraordinárias e humildes, sem nunca termos perdido o rumo de nós.
Existem muitas coisas que não digo. Guardei-as para quando fizerem sentido. Essas são de Deus e minhas.
Perdoa-me por te dececionar tanto e não corresponder às tuas expetativas.
Eu mesma falho em algumas das minhas.