Coleção pessoal de MaelAzevedo

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Que doce, um cheiro tão bom, um sabor diferente, outra sensação, a cor parecida, as horas também eram as mesmas, eramos 3 e dividíamos uma só vontade. Eu, você, uma pessoa, vamos chamar apenas de 'uma pessoa'. O doce senti no seu beijo, o cheiro bom 'a pessoa' sentiu em você, um sabor diferente você sentiu 'da pessoa', a cor era parecida em nós, as horas eram as mesmas, e nós três dividíamos a mesma vontade. Eu queria você, você me queria e queria a pessoa, a pessoa te queria. Você me perdeu, eu te perdi, a pessoa não te tem. Apenas a derrota era/foi o bem comum.

A um amigo - Hei, muito obrigado. Obrigado por ter me ensinado a correr e por ter me empurrado ladeira abaixo, ambas as coisas me ensinaram quão doloroso pode ser ter amigos. Obrigado por ter me acompanhado, por ter me abraçado, e com unhas da tamanduá ter encravado em minhas costas um amor especial, assim aprendi que a bagagem cobrirá as feridas que alguns deixaram por trás. Em cada ligação me senti lembrado, em cada aniversário lembrado novamente, em algumas dores fui esquecido, mas assim mesmo obrigado, aprendi a sempre lembrar. Se hoje sou grande ou pequeno, uma coisa sei, você me fez ser mais eu, então, obrigado

'Cada palavra que te disse, foi uma agulha que pontilhou com uma linha de raciocínio tão lógico que fugia a seu entendimento, qualquer cego assistiria aqueles momentos que por hora era de aflição, é sério que até para eles estaria claro demais, à você bastaria ter tido a honestidade de escutar minhas palavras como tal, e com esse ouvido de malha humilde, mesmo cego, talvez hoje você estivesse aqui ao lado com um lindo e quente suéter'

E se um dia tiver que dizer adeus, direi, mas nenhuma lágrima cairá de meus olhos que permanecerão reluzentes e transparentes, não me faltará força, não medirei esforços para ser e/ou estar dentre os melhores novamente, à aquele que assumir meu posto apertarei a mão, serei amigo, darei as boas vindas e desejarei um simples boa sorte, talvez vá precisar de muitas dessas. Sem rancor serei tão honesto quanto sempre fui, e estarei ali ao lado para ajudar

Hoje Sonhei, e sonho sempre, curto esse lance criativo que é sonhar, lembro que meus sonhos não são como os de uma criança, onde não há pesos, nem medidas, e as atitudes são impensadas. Nestes sonhos, chego até a passar mais tempo calculando as situações do que mesmo curtindo a fantasia. Só faço isso por que neles sempre há uma sombra a mais, nunca percebi ao certo de quem seria a sombra, as vezes mais próxima, ou mais distante, mais alta, mais forte, ou menos de tudo isso, enfim-; Sobre a sombra prefiro nem pensar muito, mas sim no que sua matrix estava a poder viver comigo

'Acredito na chance, mas não como quem acredita na sorte, pois na chance há espaço para o voluntariado, e na sorte só o acaso existirá, no caso não quero acaso, quero casualidades, mas que você esteja voluntário neste caso, faça com amor para que não se cobre com ardor’

'Nas caminhadas que fiz, e hoje já com metade do chinelo gasto, fui audacioso, caminhei algumas vezes arriscando, tropecei, tratei de levantar e limpar as mãos, fui por atalhos, peguei estradas intransitáveis, mas fui paciente ao trafegar, outras vezes soube o caminho antes de me apresentarem o mapa, na luz fui guiado, na noite fui encontrado, vivo, algumas vezes pensei que estava morto, descansei, corri quando tive medo, e quando vi a luz no final do túnel pensei ter chegado o fim, quando me deparava com novas estradas. Então descobri que viver é isso, caminhar muito e incansavelmente, a vida só para quando acaba a caminhada, por que os caminhos sempre existirão’

No bolso levo um gosto no outro uma louca paixão, na mochila um amor perdido, na mala vai um corpo adormecido, no olho uma lágrima ressecada, no ouvido uma música mal cantada. E assim vou levando feliz na jornada de quem não pára, de quem não descansa, e um dia vai soltar o grito de felicidade que leva preso na garganta.

O mês que seria do desgosto vai nos deixando seu último domingo, e apresentando-se como um mês 'a gosto', pois me deixou um gosto a mais de viver, uma vontade ainda maior de crescer, gosto de enfrentar o amanhã da primavera que vem, do verão que depois aparece, e é claro que os desgostos vêem em todos os meses e estações, e devemos saborear como um doce, mesmo os mais doce veneno, devemos ser alto-imunes aos venenos.

'Entendível e injustificável. Dentro da dureza posso perceber que havia falta de inspiração, apenas meus próprios motivos eram o alimento que tomei por muitos meses, nada de exterior a minh'alma já entrava aqui, e era injusto, como a vida foi injusta. Pensei em colocar meu nome nos classificados, não sabia o que havia de errado comigo, bobagem, um beijo. Suficientemente um beijo numa manhã de sábado, sem inspiração, foi necessário para me sentir um pouco mais natural. Quis cantar, você me fez querer cantar, música de homem com coração de criança, e se foi, e tudo se tornará injusto novamente. Voltei a tomar e enfrentar 24h de mim, doses súbitas, era noite e voltei a cama, aquela cama, que na primeira manhã do outro domingo voltou a ser esquentada por novos raios solares, e sem inspiração lá estava eu deitado.'

Posso domar e será mais fácil, animais, e acho quase impossível entender humanos em suas necessidades. Dei carinho e comida a gatos e cachorros, e eles me amaram até no abandono quando por vezes foi necessário, a humanos dei carinho dos mais diversos, vivi momentos únicos, amei, dei atenção, e eles me abandonaram.

‎'E que sua frustração, fruto de outros momentos, outras vidas, outras pessoas, outros falsos e de sua própria vontade, não seja a razão das coisas que você fez, do abandono que acometeu, da atenção que não deu, do amor que hipocritamente sentiu, e não sofreu. Como um ladrão me roubou, sentimentos, paciência e dedicação. Covardia, estive só e estive feliz, estive com você e me vi ... (não me via mais - só te via;Me roubastes de mim; Como um golpe me deixou sem explicação)

Sentimentos encravados,

Cravei sentimentos com raízes profundas, por tempo pude regar, antes de chegar a primavera chegou o outono, todas as folhas caíra em lágrimas, as raízes mesmo as mais profundas foram definhando, rosas já não existiam, o caule totalmente rugado, fraco, sem vida, mas é uma estação, apenas uma estação, espero que seja, ou essa árvore cairá e o terreno não mais semeará

'Um sopro passou em meu ouvido, daqueles sopros que esquentam, massageou meus tímpanos sem muito esforço, aliviou o coração como um remédio sob prescrição médica, e como a fumaça de uma droga fez meu cérebro relaxar, respirei mais aliviado, projetei com o olho uma imagem a minha frente, com minha boca consegui falar algumas coisas, até umas poucas de meu coração, falei em um ritmo particular, mas é nesse ritmo que preciso levar para não desrespeitar. Ritmo de quem gosta do que não tem, e precisa lutar.'

Com os Super-Heróis aprendi a admirar, com o gênio a desejar, aprendi a gostar e seu inverso foi mais duro de aceitar, a paixão tornou-se sentimento e me tornei apaixonado, quando me falaram em amar, inicialmente fui incapaz de entender, ao longo aprendi, mas tive vergonha, procurei em casa e engasguei, sai e percebi que a vergonha não existia lá fora, falei então a rua ‘eu te amo’, e o vento levou, no susto da solidão virei, um afago ganhei, e minha mãe disse sempre te amei, esse seria o único amor pelo qual chorei.

Desilusão

Morro não de amor, mas por amar, que quando conjugado na terceira pessoa do singular em seu passado mais pleno, faz corroer dentro de minha'lma um ácido que não é comum, de nomenclatura formada por um prefixo unido ao que minha mente viu sozinha, desilusão, ele acomete a um apodrecimento no coração, que faz sangrar nos olhos um torniquete constante e voraz o mais límpido sentimento, o amor.

Ilusão

'Me perdi em declarações, me joguei nas palavras, caí de cabeça em emoções, me esbaldei em amores, paixões e complementos, complementos de mim, complementos de você, um todo que parecia um tudo, vivi momentos lindos com uma pessoa maravilhosa, conversávamos abertamente, quando percebi o monólogo, daí então olhei para o chão e faltou uma sobra, corri fora e não vi ninguém, olhei para dentro e vi, vi meu imaginário criativo fluir mais uma vez - Você não existia'

Arte e Moldura

Pincel, e tinta fresca, com mãos leves e mente livre fui idealizando no papel a pessoa, o momento, o lugar, uns traços que fugiam ao comum, tintas que por vezes se misturaram, papel que ficou pequeno, nos lugares me perdi. Terminei a arte, fiz uma moldura e guardei no coração, é que nem no desenho consegui te colocar ao meu lado, percebi que nos traços mais firmes já havia outro personagem.

Tabuleiro da Vida

Cada passo que dei na vida foi um jogo de campo minado, com pernas firmes brinquei, por vezes falhei, por vezes andei várias casas do tabuleiro sem errar, e dessa forma fui ganhando mesmo quando errei, e erro, o que seria do tabuleiro da vida sem o erro, se é no estouro das minas que aprendemos até onde podemos ir, e no caminho dessas minas perdidas saberemos onde chegar. As vezes sozinho, as vezes acompanhado, em alguns momentos a companhia era uma mina, e que mina, talvez a mais potente mina, dessas vieram as queimaduras mais incuráveis, porém era parte do jogo, e de tudo isso ficou a vitória, brinquei, chorei, sofri, sorri, busquei e posso garantir que dei meu melhor, mesmo quando tive que expor meu pior

Adeus ao Tempo

Hoje tive uma conversa muito séria, sem exaltações, não perdi a cabeça, mas também fui honesto em não enganar com um sorriso. Pedi ao tempo para ir embora, me deixar, falei que não precisaria mais esperar, esperar seria em vão, já me perdi no tempo, perdoarei o passado, afinal ele não pode ir embora, tudo está em minha cabeça, vivo, dentro do fluxo sanguíneo algo ainda ferve. Prendo-me a cada detalhe, cada palavra, cada gesto, afinal nunca saberia se não tivesse tentado, mas não posso me prender a esse tempo, posso fazer isso sozinho, estou disposto a correr.