Coleção pessoal de MaelAzevedo

321 - 340 do total de 376 pensamentos na coleção de MaelAzevedo

Fazer da vida um tubo de ensaio, para àqueles que têm medo aprender a fórmula com minhas experiências. Ser o alquimista de minha própria história, eternizando sua riqueza de detalhes em corações espalhados por onde andei

'Palavras ditas por um coração sem amor, é como uma carta sem remetente'

Sei que as palavras que como arpão atirado a baleias não foram as últimas, quero que perceba em meu olhar raios de sangue, meus olhos não são mais apenas aquele mar azul de águas transparentes. As vezes me pergunto se você terá capacidade de reconhecer o homem que esteve em sua frente, de pé. Em suas aventuras eles conseguem ser mais homens para você do que você foi um homem para mim?! Minha outra metade está guardada, apenas para que eu doe a quem merecer, para me fazer um homem. A vida me ensinou que precisamos sacrificar para sobreviver.

Descobrir nas pessoas seus limites, é o limite para descobrir sua verdade e impor a sua personalidade que seja menos hipócrita e mais ávida, tornando os humanos seres mais honestos

Necessito de um caneta, dessas que falham mesmo por favor, dê-me também esse papel rasgado, e dispenso as borrachas e os corretivos, não precisarei corrigir nada, mesmo quando errar, passo apenas um rápido traço por cima para lembrar de aprender. Ponha tudo aqui por sobre a mesa enferrujada que vou terminar de escrever minha vida

Se quando cair terei uma mão para apoiar e levantar não sei, se quando doer terei um ombro para chorar também não posso afirmar, se toda a caminhada terá que ser solitária não depende apenas de mim, mas enquanto houver as pernas da vontade e determinação, estarei vivo e a frente.

Quero muito do bom para você, e talvez por tal, me convenha o inconveniente de falar-te sobre ti, coisas que haveriam de ruins em seu reflexo no meu olhar crítico e boca de subjetividade infinita. Não te odeio, odeio apenas a preocupação que tenho em querer-te um bem danado, e o danado do bem te fazer tão mal. Calar-me-ei por hoje, por amanhã, e no amanhã nem sei se falaria algo mais. Digo tchau com som de Adeus, volto um dia talvez se você a mim buscar!

Vou ler no meu horóscopo de hoje, deve ter algo como: Pessoas desse signo neste dia de sol, quente e seco, estará sujeito a muito suor e calor no escuro da noite fria. Devido o sujeito cujo qual se apegou.

Tenho fome, tragam-me algo de bom para comer, não quero nada feito com amor, não precisa disso tudo. Algo me consome por dentro e não é sentimento, desses até tenho fome, mas a decepção é tão maior que tenho virado vegetal, vou sugando as coisas da terra, e liberando as coisas ruins com o gás carbônico da expiração. Me tragam proteínas e carboidratos, desses não abro mão, preciso de mais energias para aguentar os possíveis novos amores.

Tenho medo de pessoas volúveis demais, não pelo que elas são, mas pelo que elas podem me tornar.

‎Terei cada um como o quebra-cabeça que me fez ser isso -; talvez ainda um quebra-cabeça de peças incompletas, mas complicado suficiente para dificultar o entendimento da formação de imagem final

Cada palavra linda que disse estará guardada no esquecimento, cada carinho será sentido na solidão, cada beijo molhado se fará presente no lábio ressecado, cada abraço estará no travesseiro da cama de casal para um, não gostaria de ter chorado menos, acredito que deveria ter me preocupado menos com o passado e me libertado antes para o futuro.

Conto do Coração sedentário

Ontem encontrei um sedentário, um coração que descansava meio despreocupado, em seu rosto um sorriso meio morno, olhos que lentamente piscavam no horizonte, e por vezes e alguns minutos nem abriam.
Sentei ao seu lado, numa rede que havia, dei duas balançadinhas de leve e no "ringir" daqueles enferrujados tornos fui arrancar alguns motivos.
Ouvia pouco, pois era de uma voz meio arrastada, um tanto tremula, mas dava para entender do que se tratava. Em meio ao diálogo que fui arrancando percebi que algumas veias já estavam secas, então foi evidente perceber que aquele se tornara um coração preguiçoso, era muito claro a falta do sangue quente que pulsara ali outrora.
Me contou dentre tantas coisas, que tinha vivido com um outro coração, e o mesmo te dava muito carinho, todas as atenções possíveis e nos mais diversos meios de comunicação, porém te traiu, e foi uma decepção só. Mas dessa vez tentou sorrir e saiu a rua, e saindo de casa foi aos ambientes mais sociais em busca de outro coração (ainda estava decepcionado), quando se encontrou com outro coração, engoliu o ar e foi lá, dançaram juntos naquela balada noturna, quando no dia seguinte o mesmo não te ligou, e aquilo se tornou uma frustração.
Mas coração de balada você sabe como é (...)
Sem cansar muito e nem pensar mais que duas vezes, saiu a sua rotina diária acabando por se deparar com o que ele chamava de 'hipertenso', era aquele típico coração que quer fazer todos os planos, mas nada muda com o passar dos anos, só bate, bate e bate acelerado com muitos desses planos, sufocava, agredia, mas não parava e tipo, não mudava. Desse cansou, nem sabe mais por onde andará este.
Só restou voltar para casa e por eventualidade daquele momento encontrou outro coração, esse mais carente, molhado de tanto que chorava, convenceu a tomar um sorvete e dar uma volta na praia, fizeram isso juntos e por fim percebeu um ar de amizade, hoje são grandes amigos e moram em cidades distantes.
Chegou, abriu a porta, tomou um bom banho para tentar tirar todas aquelas situações, sentou-se ali no alpendre, descansou sua alma, quando num monólogo interior disse.: 'Sentai, esperai que tão como você apareceu a tantos corações, o seu haverá de ser apresentado, mas apenas a quem quiser ser seu.' Então ali ele permanece até hoje, descansado, preguiçoso, sedentário.
Depois de ouvir tanto, só não quis me convencer, então sai em busca de meu coração. É melhor morrer tentando, a enfartar por corações partidos.

Me traga uma dose de vodka, não, não pergunte de qual, quero a mais forte delas e mais amarga também. Hoje preciso lembrar que preciso esquecer. Estou de cabeça quente, mas a culpa é minha, apenas minha, fui informado que fui entregue ao esquecimento na medida que me pediram para esquecer, e utilizaram de minha vaga lembrança como mensageira desse esquecimento. A vodka me fará ter lembranças que me levarão ao esquecimento, me trás essa vodka rápido que preciso ter raiva, raiva de alguém que não de mim mesmo, apenas por que quando me lembro que devia ter esquecido, esqueço que lembrei outrora de adormecer um morto que estava vivo por cá, ao meu lado.
Outra dose por favor, pode ser da mesma, porém agora prefiro que venha mais quente. Preciso quebrar essas lembranças em pedaços, e derrete-las no calor amargo de uma boa vodka será a melhor das opções, e a que me levará ao poço do esquecimento.
Ponha duas pedras de gelo e por favor no mesmo copo ponha mais uma dose, quero gelar, esfriar minha vazia memória, chorar duas lágrimas, e agora esquecer, para nunca mais lembrar, permito descer apenas duas lágrimas como já disse, uma para mim outra para você que agora é meu amigo aqui nesta mesa.
Por que esse meu choro mesmo?! -Ah, esquece. Se choro e não sei o motivo, então era por bobagem.
Peço a conta e você meu amigo não paga nada, pago sozinho, tome meu coração e nem quero troco, fica com esse pagamento que é o maior tesouro que tenho, e tantos 'piratas' já roubaram um pedaço que prefiro deixar em vodkas pagas, a perder e ladrões levarem. Vou embora sem ele pois já precisei, hoje não mais. [R.I.P]

Me traga uma dose de Vodka, não, não pergunte de qual, quero a mais forte delas e mais amarga também. Hoje preciso lembrar que preciso esquecer.

Tudo apagado, tudo tão escuro e negro, ao olhar na janela ouço apenas sons pelas ruas, neste momento falta energia na casa também. As pessoas se apavoraram, uns voltam com medo, outros vão em busca de sei lá o que e onde, eles curtem essa história de andar no escuro, outros evitam por medo. Não me falta luz, essa inspiradora que por vezes dá voltas dentro de mim, enquanto ela estiver acessa como a simples chama da vela que me acompanha neste escrito, eu não temerei.
Agora me bateu um medo, pois olhei para a vela, e isso me deu medo, percebi que mesmo essa luz linda tem fim. Mas não é de seu fim que tenho medo, tenho outras velas aqui ao lado, e agora temo apenas em saber que se a chama da vela tem seu fim na última gota de cera, o que farei com a chama que há dentro de mim, será que há muita cera a envolvendo, será que apagará com o tempo. Agora temo esse dia chegar.

Oras, não vou cruzar os braços, pois se é que ela poderá apagar por falta de cera não será, vou à rua, vou a luta, vou aos amores, vou arrodear me desses que tem sido minha cera, vou buscar as mais densas. Os amores mais firmes, as amizades mais companheiras, o trabalho mais árduo e também seus antônimos nas pessoas das decepções, dos falsos, são as inspirações que não permitem minha chama apagar. Here I Go, por que o pavio está aqui dentro de mim, é meu coração e esse anda quente demais para permitir apagar.

Você não me conheceu, mas não por que escondi de ti, não por omissão de mim nem mentiras contei. Chegando, tocando, puxando, beijando, e tantos outros gerúndios que você apresentou inicialmente, me deixou calado, encantado e tantos outros particípios singulares que me falha nesse momento. Não culpo o gerúndio de sua chegada nem o particípio do meu medo, apenas poderia ter usado um pouco do imperativo, no mais puro afirmativo desse tempo verbal; Me beije calado. Infelizmente hoje o pretérito é o único tempo que nos faz parte, em sua mais pura imperfeição com o intrínseco desejo do subjuntivo: A se viesse e eu estivesse (...). Nos sobra acreditar em um futuro sem pretérito, mas com presentes, muitos deles, talvez no presente de ter-te de volta, ou no presente de um apenas ‘eu te amarei’.

Foi apagado sem borracha algumas passagens que fiz na vida, alguns caminhos e trilhas onde me aventurei, rios onde nadei e quase me afoguei, as cachoeiras onde me banhei foram as mais lindas, como o véu das mais belas noivas de maio, mas assim mesmo apagou-se. Critiquei meu coração quando ele fez isso, não entendo por que o fez escondido. Só não apagou o que doeu, e critique novamente por isso, porém com razão ele soube explicar, que quando quis apagar as feridas, as mágoas, as tristezas, ... lembrou-se que no fundo, elas foram as únicas que realmente me ensinaram e mesmo que quisesse apagar, elas não teriam fim, correria o risco de me ver cair nas mesmas armadilhas, nos rios das piranhas, nas cachoeiras de pedras pontiagudas, nas trilhas findadas em abismos e no caminho onde só haveriam as pedras e os espinhos. - E por que apagar tudo de bom coração?! : Para que você possa ser mais duro, menos emotivo, e perceber que mesmo nas piores das situações você foi capaz de aprender, e amadurecer, e as coisas boas só servem para ludibriar seus olhos e enganar a mim (coração), são verdadeiros guepardos, lindos, mas rápidos no bote e mortais no pescoço.

Me sinto bem, posso respirar, posso tomar um banho e deixar meu corpo perfumado, alimentar com boas comida, alimentar a alma com muitas esperanças, ouvir uma boa música, assistir um bom filme, cantar. Dormir, sonhar, mas sonhar ainda me põe medo, pois a lacuna entre sonho e pesadelo anda me parecendo curta demais para confiar.
Essa vida não é um mar de rosas, mas os espinhos deram uma trégua ultimamente, espero que eles não estejam ouvindo isso neste momento, vou aproveitar esse momento, nem quero imaginar no amanhã se o presente ainda nem foi vivido.

Mudanças, não há dor maior. Um novo foco, outro momento, pessoas, lugares, e várias dietas. Um pouco disso, um pouco daquilo. Não seriamos seres racionais se não fossemos capazes de nos acometer as mudanças, mesmo as mais irracionais e inconsequentes. Se não por outro sentido, para que elas serviriam dentro de sua irracionalidade pensada. Cada novo momento deve ser sentido de forma límpida, afinal no próximo segundo aquilo você chamará de 'vivido', sem medo, porém sei que não sem dor, essa será muito comum. Mudar dói, dessa certeza tenho. Abrir mão do que nos fora dado, daquilo que nos fora ensinado, é como roubar doce de criança, e tão copiosamente nosso choro será (e tem que ser) como o de uma também, não há coisa mais desregrada (não podemos ser regras) do que o choro de uma criança, e também devemos ser flexíveis e adaptativos como as mesmas. Lembrar apenas da maturidade da alguns adultos, não todos, alguns, boa parte deles não tem maturidade.
Nesse processo vamos entender que mudança é melhoria, então para tanto não podemos acreditar que só haverá mudança quando deixar de ser totalmente eu, afinal seria impossível, a personalidade fica e é intrínseca, e também já nos foi dito que somos livres para aquilo que queremos acreditar. Porém lembre-se livre arbítrio que nada, as pessoas não nos deixam livres de seus julgamentos pós mudanças, essa é uma hipocrisia de uma sociedade que se diz livre!
Sim, mas também haverá mudanças que não nos trará melhorias evidentes, aceite que isso fará parte, pois só em aprender a aceitar você já melhorou.
Não fomos ensinados a mudar, só fomos orientados, indicados, e observados. Não por maldade não nos ensinaram, apenas porquê é impossível ensinar a mudar ou fazer previsões de exatidão, somos experimentais por excelência. E é nas observações que estaremos sofrendo, onde os picos de sofrimentos serão mais evidentes, dessa forma lembre-se que você só precisa ouvir seu coração e nada mais.
Devemos ter em mente que mudar faz preciso em cada rotina, não por viver numa ''bossa'' que não possa passar pelo Rock n' Roll.
É claro que a vida não é uma constante festa, mas devemos sempre evitar a sensação de morte durante ela.
Se puder te pedir apenas uma coisa, então me permita.: Hei, acorde 'Mude ou Melhore', mas saia da rotina.