Coleção pessoal de Lola16
A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser vivida olhando-se para a frente.
Há duas formas para viver a sua vida. Uma é acreditar que não existe milagre. A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.
Antes, a questão era descobrir se a vida precisava de ter algum significado para ser vivida. Agora, ao contrário, ficou evidente que ela será vivida melhor se não tiver significado.
É difícil ir quando se quer ficar, sorrir quando se quer chorar, mas difícil mesmo é esquecer quando se quer amar!
Confissão
Adeus meus sonhos...
O medo é um sentimento que nos torna fraco.
Atravesso silenciosamente o cemitério.
Sangue e lágrimas derramadas no chão.
A lápide presa num mundo escuro e sombrio,
Pessoas de preto se aproximam.
Uma sensação de medo e arrepio.
Um brilho que impressiona a todos e torna
Vivo os mortos na escuridão...
Roubarei sua alma e invadirei seus pensamentos.
Sempre vivi com a morte dentro da alma.
Tanta agonia, desespero, angústia, dores sem causa.
Prantos sem nem mais pausa.
Risos que já não me chegam ao rosto.
Noites passadas de olhos abertos,
sem nada ver ou falar,
Só esperando a morte chegar...
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente.
Pra quem é mistério
não instigo a conhecer...
a sensação de adeus nos olhos de quem se adora.
Um emudecimento questiona-
Você vai voltar?
Um vazio se antecipa antes que vá embora
O BEIJO
Guardo teu beijo, terno beijo, na memória.
No outono cinza, a despedida, último adeus,
como se foras sem deixar-me uma esperança
de reviver o teu carinho e os lábios teus!
Amargurando o teu partir, restou-me o beijo.
Sonho desfeito, nem as folhas esqueceram,
no farfalhar, de relembrá-lo nas canções,
brincando algures junto às brisas outonais!
As estações se sucederam desde então!
Alma constrita, olhar perdido no horizonte,
dei-me ao letargo dos impulsos lascivosos!
Trago a utopia de uma espera que me aturde!
Cedo o destino e a vida; ao tempo, entrego a morte,
mas na esperança de beijar-te uma outra vez!
Pra que
Sofrer com despedida?
Se quem parte não leva,
Nem o sol, nem as trevas
E quem fica não se esquece
Tudo o que sonhou, eu sei
Tudo é tão simples que cabe
Num cartão-postal
E se a história é de amor
Não acaba tão mal.
Despedida
Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranqüilo:
quero solidão.
Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.
Que procuras? - Tudo. Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.
A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?
Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)
Quero solidão.