Coleção pessoal de Leivanio

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Em um mundo o qual prisioneiros respiram livres, e a verdade pouco se oferece à nós, é límpida a imagem de nossos objetos transfigurados pela falsa moral.
Mas para quem tem valor, novas sensações, novas emoções exprimem-se puríssimas paralelas ao que se diz, mesmo que remeta a eles a intolerância do pensar, todavia espera-se que um dia possa cair as veste do fantasma imoral, para que forme-se um quadro imaculado e social de valor, de verdadeiro valor.

Como fuga psíquica, o sujeito supõe nos outros aquilo que não consegue elaborar em si.

O que mais impressiona-me nos evangélicos não é a soberania do amor a Deus, mas a necessidade de ser castrado por a lei de um pai, para que seus desejos possam ser perdoados por si mesmos.

Há quem me deseje paz... Agradeço, mas paz só espero de espirito, pois eu estimo é guerra e, na guerra forças e armas para as batalhas da vida, porque na vida só vence quem aprende a lutar, sobretudo tenho aprendido que só sofre quem tá vivo, só ama quem sabe perdoar, só tem amigos aqueles que sabem ser amigos. Então eu quero é vida, cansaço, suar, pensar, elevar meu espirito ao último sentido, eu tenho sede por vida.
Quem espera da vida somente paz, não vive, simplesmente existe.

Em uma relação de comparação, a pior burrice é aquela que você opta em ser burro. Na maioria das vezes, burrice está mais ligado à uma escolha do que a falta de oportunidade, e raramente está ligada ao um deficit cognitivo ou ignorância por ausência de saber... É uma escolha mesmo!

Nem tudo que se sente, de fato existe.

Só há superação emocional quando a causa do sofrimento dá lugar à indiferença, fora isso, continuarás encarcerado pela mesma dor, mesma história, mesma desilusão seja lá de que ordem ela for, e o pior, projetando-a para os próximos objetos como se estes tivessem o dever de assumir/reparar algo que é seu. Aí pergunta-se o motivo o qual és infeliz no amor, a resposta é simples, porém mortífera, é um preço pago por aceitar, ou melhor, se dispor a ser mal amado.

Quando penso que o fanatismo religioso anula o amor ao próximo, dito este em prol da fé em Deus, me faz perder toda a fé no ser humano.

Quando vejo uma criança brincando, me dou conta que não cresci, tenho o mesmo desejo dela.

Personalidade todo mundo tem, identidade a maioria consegue uma, mas caráter, poucos conseguem desenvolver. Essa é a falha humana, não se constrói um homem protegendo-o de sua própria raça, mas apresentando-a a ele. Ter valores não é da natureza humana, por isso introjete-os quando ele ainda não constituiu uma personalidade, não identificou-se com uma identidade já existente e, sobretudo, quando não experienciou a satisfação de trapacear os outros.

Quando percebe-se que o relacionamento está sendo sustentado pelo o empurrar da barriga, nos damos conta que namorar engorda, que isso não é saudável, aumenta o colesterol ruim, desestabiliza a pressão e coloca em risco o coração.

É desanimador que pela vergonha ou frustração que algumas pessoas têm de não conseguirem ser o que almejaram ou o que acreditam, ou estão longe do sentido que seus pais erroneamente investiram nesse ser, elas buscam saciar o dano pela via surreal, o qual a mentira dá lugar ao uma verdade boa de sentir e dizer. Então, a vergonha de ser quem é, é reprimida por uma fantasia que sustenta o sujeito, estabilizando-o de uma forma categórica e imbatível em cima daquilo que o mesmo acredita ser, pois quando não é aceita a realidade como ela de fato é, "cria-se uma outra" para saciar o dano da consciência, pois aqui, o real não tem representação psíquica. No entanto, sem perceber, o sujeito se coloca em um processo de suicídio social, morrendo a cada dia, a cada mentira dita em um estágio já patológico, ele é traído por si, manifestando uma neurose fulminante e obscura, e sua saída ao sofrimento é viver a mentira camuflada em uma personagem que só existem na cabeça deles mesmos (subconsciente). Quando na verdade a saída real seria correr atrás do "prejuízo". Infelizmente é bem comum ver pessoas que já foram tudo na vida, menos alguém.

Recomeçar?!

Não se recomeça o que já teve ponto de partida, o recomeço não é da ordem do real, é apenas uma forma humana de tentar driblar ou enganar o tempo... ao que implica no auto-engano, pois a partir do momento que se começa algo, em tempo cronológico só poderá ter meio e fim, o recomeço é uma continuação daquilo que já se sabe aonde pode-se ou não chegar.
A ideia de "novamente partir do zero" nos dar a falsa impressão de uma nova chance ou oportunidade o qual na verdade não passa de um pensamento ilusório. Não se apaga as quilometragens rodadas, nem as experiências e vivências que foram adquiridas pelo caminho percorrido.
Na maioria das vezes só se busca "recomeçar" quando o fim não é aceito ou não há outra alternativa, e é aí que caí-se no processo de estagnação, pois a falsa ideia de recomeço denuncia uma singela ausência de maturidade para lidar com o fim ou de começar algo de fato novo. Indo por este viés "recomeçar" é engessar-se naquilo que não se pode dar conta de terminar, perdendo-se pelo meio e negando um fim. Seria como retroceder ao ponto de partida, mas dessa vez carregando uma responsabilidade de peso significativo de histórias e sentimentos de algo ou alguém na bagagem. E nessa busca insistente pelo "recomeço", deixa-se de viver um novo começo para experienciar o voltar, anulando um próximo ponto de partida assegurando-se na pseudo-ideia de recomeçar.

Se eu pudesse dar sentido ao que sinto, daria símbolos aos meus sentimentos, formaria uma nova língua, um novo verbo, algo tão sólido quanto à hipocrisia do homem. Traria a superfície o imperfeito, o que ainda não tem forma, o que busca sabor, aquele que experiência a vida sem ignorar a condição da morte, o que ama sem saber o que ama. O que faz escorrer plasma na ferida que não pode ser cicatrizada, verbalizaria a dor que me faz sentir vivo e o vendo que fere sem machucar.
Se eu pudesse escrever o que sinto, escreveria um livro sem sentido, deixaria páginas em branco por não saber dizer o quero dizer, discriminaria cada pecado perdoado e cada desejo sem vontade alguma. Pularia pautas que não se descrevem e por fim escreveria um conto fictício de alguém que não conheço.
Se eu pudesse falar o que sinto, diria que conheço cada sentimento sem sentido que tenho, cada dor que sei por que dói. Falaria da saudade de quem odeio ter, das magoas que não se curaram, das manchas na pele que o tempo faz lembrar. Sussurraria palavras com a intimidade que gosto de ter e dos afetos que não pude viver por não querer viver. Contaria dos amores que tive e das desilusões que me fizeram sentir mais humano. Falaria de como usar arrogância em prol de si e o prazer que se tem uma mente sarcástica.
Se eu pudesse mostrar o que sinto, mostraria o amor que tenho sobre a vida, a vergonha que sinto por uma timidez que não existe, das resistências por sobrevivência. Mostraria as palavras que fluem entre meus dentes e os sentimentos que levo no estômago. Mostraria a vergonha de minha nudez como pessoa e personificaria a criança que sonha sem dar sentido, que não escreve uma palavra sequer e que, sobretudo, mostrar sem vergonha o homem que a vida deu nome e orgulho de ter intrínseco em si o inacabado.

Já conheci gente que pensei ser insubstituível, já tive amigos que considerei como irmãos e mulheres que amei mais do considerei, mas todos partem, não necessariamente porque querem, mas porque a vida demanda isso. Tudo passa, as pessoas vão e vêm. O que fica é o que você quer guardar delas.

Aprendi a sonhar e consequentemente como realizar os sonhos. Ninguém sonha sem desejo e ninguém os realizam sem desejos.

Tudo que existe, existe com a precisão de uma necessidade de existência.

Não suporta falsidade, não aceita mentiras, a inveja é abominável e o egoismo te faz vomitar? Então você não gosta da raça humana!
Poucos perderam seus instintos e criaram caráter. E esses não são seres humanos, são pessoas humanas, uma raça ainda em evolução, os demais ainda são de ordem animal.

Em um nível inferior, ser confiante e sincero é o mesmo que arrogância e presunção. As pessoas ainda não sabem lidar com a verdade delas mesmas e isso dói. Então transferir insolência ao outro é mais confortável do que admitir sua estupidez e, sobretudo reconhecer o que de fato são, sabotando até o reflexo do próprio espelho.

Tenho aprendido que nem sempre o "certo a fazer" é o correto a seguir, na maioria das vezes a ausência de experiência necessita a priori do erro para o acerto. E tenho procurado no passado, porque me disseram que lá estaria todas as respostas e, encontrei nele a simplicidade. Que o erro da imaturidade é a essência à praticidade que com excelência faz o bem predominar, quando de fato existir no passado ao que se sustentar, para assim, com experiência, dispensando a sorte, e saber como hoje acertar (o certo a fazer).