Coleção pessoal de leandromacielcortes

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Você precisa saber, aquele cara todo certinho, sorriso alinhado, olhar centrado, que te desperta arrepios, desejos involuntários e que mais parece uma perdição. Ele não te ama! Desapego logo dos detalhes e acorda desse pesadelo. Se livra dessa ilusória felicidade e dessa solidão que te devora. Há tantos sonhos e amores prontos para serem vividos e consumidos por ai.

Quando morre o amor

Existe algo mais deplorável que um amor sem noção? Aquele que alimenta o ciúme em demasia e deixa faltar o essencial na cama e fora dela.
É ai que se expõe a infantilidade, a inexperiência e é ai que nascem os sufocamentos, aliás, o estrangulamento do amor.
O ficar é desinteressado, o namoro faz vistas grossas, já a relação expõe nossos piores defeitos, quando a rotina se acentua.
O casamento é uma união, não uma prisão e nem uma relação de submissão. É o reforço das liberdades e não uma condicional assistida.
A insegurança, não nasce da falta de segurança que se vive a sociedade, mas dos medos que rondam teu pequeno mundinho.
É um mostro que coloca galhos invisíveis na cabeça. É um cuidar desmedido e irresponsável. é como tirar bala da boca de criança.
E o medo da perda desperta incontáveis eu te amo, disparados a queima roupa sem oferecer o direito à defesa ao outro.
É a confissão antecipada de um crime: Eu não confio tanto assim em você! É instalar uma tornozeleira eletrônica, mas não no tornozelo, e sim no corpo e na alma do outro.
É apelar para o sentimentalismo. É inventar mil e uma desculpas. É adoecer sem mesmo antes despertar os sintomas.
O ciumento perde a passionalidade e apela para a racionalidade. Torna-se um audaz estrategista.
Torna-se frio e calculista. Cirúrgico e preciso em suas intervenções. Mas, são essas pequenas intervenções que vão minando e matando o amor.
O amor não morre pelos excessos, mas pela insegurança. Não basta ser leal, tem que confiar no outro.

Maquia a tristeza com uma requintada felicidade, vai para balada e faz aquela selfie com a seguinte legenda: Felicidade é isso! Como se a felicidade se resumisse a embriagar corpo e alma profundamente com uma superficial e passageira felicidade. Bem como diz a letra daquela música: De copo sempre cheio e coração vazio!

Se me perguntar: Como vai o coração? Direi, vai bem, entre a solidão e seus pensamentos. Vivendo seus altos e baixos e suas taquicardias. Depois que aprendi a me amar mais, passei a me valorizar mais, a me cuidar mais. Passei a ser mais seletivo e exigente, não com a vida, nem com o amor, mas com as pessoas e suas vontades desmedidas. Amor por amor? Eu me amo o suficiente, para não embarcar nessas aventuras, que não duram mais que uma noite. To bem assim. To bem sozinho. Aliás, eu e Deus! Entendeu?

Me ame além da verbalização, da exposição do sentimento, do amor. Me ame profundamente e crie raízes internas, fortes o suficiente para fazer brotar o amor em mim.

Tenho andado preocupado! Com o que? Sei lá! Há uma estérica corrida em busca da felicidade a todo custo. É uma urgência irremediável pelo amor dos sonhos. É o interesse pelo conforto e o desinteresse pelo amor. É a busca de uma companhia por medo da solidão. O casamento abandonou a democracia, cedeu a corrupção, perdeu-se a liberdade em meio a tirania desmedida de uma minoria. Tem se vivido dias difíceis, diss nublados, dias de chuva. O egoísmo tem se exaltado, quer apenas receber amor e por orgulho, regeita doar-se ao outro na mesma proporção. Os consultórios tem andado lotados de sentimentos feridos, machucados e os centros de reabilitação cada vez mais lotados de dependentes químicos loucos para se curar de amores mal resolvidos, de relações interrompidas e paixonites agudas. É quase uma pandemia de corações desalojados, desabrigados, desamparados e desassistidos, nessa quase guerra de egos e amores mascarados em busca da satisfação pessoal. Do prazer pelo prazer, onde o amor tornou-se a segunda opção.

Às vezes ele usa, em outras silencia e apenas ouve. Mas, na maioria das vezes ele age. E Deus opera além dos limites da natureza humana. O que para o homem é impossível, Deus transforma e cura através da fé. A fé que move montanhas e atravessa mares. Fé em Deus!

Não me ame pelo que você vê. Ame-me por tudo que posso despertar interiormente entre almas. O lindo e belo desbota, a essência, essa transcende o tempo. Leia e releia o meu intimo, dome minhas neuras e ame, apenas ame meus silêncios mais profundos. Sou tudo que você pode ter. Sou seu tudo, mas posso ser seu nada.

Ainda lembro bem, daquele final de festa a dois. Sorridentes, ele a olhou e disse: Vamos? Ela olhou-o e respondeu: Vamos! E foram felizes entrelinhas, sem desculpas, nem porquês e nem deixas fatais.

Não se é feliz por acaso, mas por merecimento. Felicidade achada é felicidade que logo passa e trespassa. Bom mesmo é quando ela vem e permanece. Vem e transforma nossos sonhos e projeções em realidade.

Não há egoísmo em cativar e cultivar uma grande paixão interna por si mesmo. Isso se chama amor próprio!

Era tudo tão natural e meio mágico, sem selfie, sem filtro, sem efeito, sem seleção de cena. O simples é bonito e encanta, não os olhos, mas o coração.

Se quiser me levar junto, não me leve em fotos, leve na memória e na lembrança. Fotos borram, envelhecem, rasgam e se perdem com o tempo. Memórias e lembranças! Ah! Essas resistem bravamente as intempéries do tempo.

Foram tantas tentativas, tantas fugas, mas ele sempre acalmava minhas tempestades internas e me ganhava com o mais doce dos olhares, entre a mansidão de suas palavras afagando e sedando esse turbilhão de incertezas batendo forte no lado esquerdo, no coração. Somente ele entendia e vivia minhas neuras e bagunças. Somente ele vivia meus silêncios, meu mundo, meu pequeno parque de diversões.

As consequências são apenas resultado de suas escolhas. Seja um maratonista, não um velocista. Bem mais importante que os fins, são os meios, nessa corrida em busca do sucesso pessoal.

Fazem a gente crer no agora e para sempre, sonhar com a eternidade entre amores. Talvez, se soubéssemos os fins, viveríamos mais os meios, sem a necessidade dos inícios. Será que daqui a 50 anos você ainda vai lembrar meu nome? Ou serei apenas uma vaga lembrança entre memórias empoeiradas pelo tempo!

Vem me ganhando nos pequenos detalhes e nem percebe. É o olhar que me envolve, o sorriso que me rende e o abraço que me prende. Você e essa mania de perfeição. Haja coração!

Reincidências

Como seria bom se tivéssemos o botão reset, para reinicializarmos do zero, sempre que necessário. Mas, não dispomos desse comando.
Que bom seria se tivéssemos uma privada interior onde pudéssemos depositar todas as idiotices e babaquices que ouvimos por ai e numa simples descarga eliminar todo o lixo de uma só vez.
Seria ótimo se no supermercado pudéssemos comprar apenas pensamentos, sentimentos e emoções recicláveis, evitando assim o desperdício.
E, olha a maravilha poder trocar o amor verde, pelo maduro, o quase vencido, por um com uma validade mais longa.
Melhor seria se tivéssemos uma dispensa onde pudéssemos guardar todas as sobras sentimentais, excessos que apenas engordam o corpo e a alma.
É inverno e ele ainda não se tocou, vive entre o outono e a primavera, essa morbidez, monotonia morna, longe de ser o verão de outrora.
Bom seria mesmo um brechó, onde houvesse troca de olhares, calor, amores usados. Esse serve! Esse não! Quanto vale?
Mas, o melhor seria, se houvesse, não apenas terapia para amores, mas também conserto para os corações e relações.
Alguém ai se atreve a prescrever um bom especialista em restaurações?

O pior preconceito que existe é aquele sussurrado no silêncio de um olhar. É uma dor invisível, a qual fere, não o corpo, mas sim a alma.

De tudo, ficaram os bons momentos, eternizados pelo tempo. Ainda sinto a maciez do seu toque, a doçura do seu olhar, o beijo entre almas, o abraço mais forte, resquícios da sua estada e aquela pegada única. Ainda penso em você! Com que frequência? A todo o momento! É com você que tenho sonhado e é por você que espero todas as noites. Você é e tem sido a mais doce de todas as minhas insônias, entre esperas sem fim.