Coleção pessoal de JoseRicardo7
Penteado
No penteado de um alfabeto,
Busco aquelas letras que me favorecem,
Passo horas com elas meditando,
E quando sincronizo meus dados nelas,
A poesia em mim rejuvenesce,
Juntos,
Voamos ao infinito,
Sem cor e sem dor,
Vou enxergando coisas que nem existem,
Assim eu componho,
Assim eu recomponho-me em uma singela canção ainda em formação,
Como passarinhos sem ninho,
Minha voz canta em busca de um manto,
Na forma de uma ilusão,
O que foi colocado no forno,
Tudo fica irreparável,
Sem chances de voltar o que nem era para ser,
E se transforma tudo em melodia....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Janelas.
Janelas abertas,
Garoa fina e fria que cai e rega,
Ilusão indefinida,
Uma chama do amor,
Uma crença com temor,
Aos olhos de muitos são apenas janelas,
Mas na realidade são horizontes desconhecidos,
E o fim do infinito,
Indiscutivelmente são abas que mostram o Sol ,a lua e as estrelas,
E sao muitos os caminhos que nos levam a esse fim que não tem fim....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Vivendo
Sorrimos e sofremos,
Criamos e destruímos,
Damos risadas sem precisar,
E inundamos colchões sem necessidades,
Agumas amizades se foram,
Outras vieram,
Ganhamos e desprezamos algumas oportunidades que a vida nos oferece,
Simplesmente somos isso,
Uma hora somos a fera,
Outra hora somos um lobo sem dentes,
Aprendemos e esquecemos,
Mas nem tudo está perdido,
As sementes foram jogadas,
Os brotos ja mostraram sobre o solo,
Resta os céus agora deixar cair as chuvas,
Ouço os cantos dos passarinhos,
Ouço cantos serenos,
Estou no nevoeiro,
Vejo aves no viveiro,
Aprisionadas famílias destruídas,
Sofrendo em cativeiros,
Mas enquanto eu não vejo os frutos,
Estou vivendo e meditando,
Nesse chão brasileiro....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Versos perdidos
Dominado e dormindo,
Os versos ficam perdidos,
Rendidos pelas nuvens,
Leve como pena vão sumindo,
Em Delírios de ousadia,
Sem explicações desaparecem,
E de repente voltam como uma vaga canção,
Sem emoção e sem razão,
O Poeta que te escreve é assim também,
Uma hora está Alegre,
Outra hora está triste
As vezes está com o nascer do Sol,
Nas raras ilusões sonha navegando nos lençóis marinhos,
Caminhas descalço na areia da praia deserta,
Deixa rastros que são apagados com as marés,
Brisas suaves
Poesias com melodias,
Canções de todas regiões,
Enaltece e caí jogado chorando,
Se levanta de um sono profundo,
E vai voando com sua inspiração...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Sonhos sonhados
Com os meus olhos ligados aos céus,
Vivo naufragando em meus sonhos,
Lá,
Bem acolá,
Ah muitos gemidos estranhos no alto de uma montanha,
A felicidade de lá passa perto,
E não sei o que nela há,
Vejo as estrelas brilharem,
Vejo o Sol fazer sua composição,
Vejo o prateado do luar,
Numa aurora qualquer,
Os pássaros voam em sentidos contrários,
E os animais se fartam com seus alimentos,
Estranhas sensações de tanta alegria,
No começo de cada anoitecer,
As corujas fazem seus ninhos,
E a galinhada desce do poleiro,
Os cavalos relincham totreando,
E o gado segue berrando no cerqueiro,
Estalos sombrios acontecem,
Na mente dos boiadeiros,
Bate o bico do pica-pau la no telhado do João de barro,
O lampião acende e apaga sozinho,
E a coleirinha canta imitando os canarinhos,
Se bem me lembro,
A cútia pia no banhado,
E as capiravas roncam no serrado,
Naquele universo lindo,
Dos meus sonhos sonhados...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Homem Águia
Vá Poeta voador,
Vá...
Suas asas são longas,
Ainda existem muitos continentes para tu explorar.
Oh ! Homem Águia,
Asas te dou para o teu inspirar,
Terra,
Oh! terra infinita,
Campos, jardins e lavouras,
Rios, mares e oceanos,
Vá contra a maré,
Nas plumas do tempo perdido,
No primor da cada imaginação tua,
Faz questão de elevar o teu olhar,
Nas poesias e canções,
Você chora sem querer,
Pássaro do vento,
Vai misturando e compondo,
Com as nuves na tua ilusão,
Candeia tu e também o poema ave pequena,
Na fúria da canção emoção,
Nos sonetos grafados por ti,
Sempre terá uma pedaço do teu coração,
Ave sem ninho,
Voa alto e baixinho como um solitário passarinho,
Rasga o teu pensamento,
Deixe vazar os tormentos,
Pois no outro dia você chegará,
Para expor o que te donima,
As sentinelas da tua vida nunca se apagam,
Se algo te maltrata agora,
Amanhã tudo passará,
E as lágrimas tu devoras e joga fora...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
O choro do azulão.
No jardim,
Os Beija-flores se destacam com suas cores,
As araras nem vou citar,
Suas belezas são notáveis,
Reluz então o sábia laranjeira,
Olá!
O meu nome é azulão,
Na gaiola chora eu e o papagaio,
Periquitos com suas eternas tristezas,
Canarinhos e bem-te-vis,
Todos presos sem a tal felicidade,
Nos tiraram do nosso habitat,
Sem o direito de vivermos a nossa vida real,
Na mata o João de barro faz o seu palácio,
No trigaral cisca a Rolinha-roxa,
Não sei de quem foi essa ideia,
Estamos nessa penitenciária
Um dia nos prenderam aqui,
As portas e janelas em um futuro cego irão se abrir,
Posso ate sentir,
Mas por enquanto só posso sonhar e gritar,
Liberdade,
Oh! liberdade,
Mas enquanto isso,
Só posso pedir,
Vá poesia,
Leva um recado meu,
Mostre aos promotores,
Na espera de se sensibilizarem com essa história,
Ser livre,
É direito de todos,
Fora esse pássaro que murmura,
Existem outros também,
Falo por todos nós,
Esse clamor,
É do fundo do coração,
Não fizemos nada para estar nessa prisão,
Nesse meu quarto,
Existem grades de ferro,
A água é parada,
E a sombra se escafedeu,
O alimento não é grandes coisas,
E as vezes,
Até passamos mal,
Leve também,
Um recado para meu amor,
Não sei por onde anda,
Depois que entrei aqui,
Nunca mais eu á vi,
Esse pássaro que vos fala,
Ja chorou o que nunca ninguém chorou,
Aproveite e traga os juízes,
Para sentenciar esse nosso processo,
Só temos asas e pernas,
E esse direito nos foi tirado,
Para acalmar minhas dores,
Esses amiguinhos me consolam,
Somos todos prisioneiros,
Desses humanos desordeiros,
Que só querem ganhar dinheiro.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
EU SOU APENAS UMA ALMA QUE VOA.
Sim,
Sou aquele que sonha,
E nos meus sonhos ou na vida Real,
Vou apertando as correias e me ajustando confome os dias que vou vivendo,
Eu sou apenas um,
Na tecelagem da minha imaginação
Vou colorindo as linhas com todas as cores,
Dou brilho e tom,
No reluzir de uma melodia,
Melancólica ou agitada,
Dou um enredo em cada passo,
Vou afinando as cordas vocais e instrumentais,
De olhos fechados eu sigo,
De olhos abertos eu paro,
Pois nas vezez que ando de olhos abertos,
Eu não fotógrafo o que possa me entristecer,
Com os olhos fechados eu vou no plumo do raio solar,
Com esse modo de agir,
Vou distribuindo alegrias,
Mesmo sozinho,
Vou sorrindo com meu único jeito de ser,
Não posso julgar quem é diferente,
Para eu ser assim,
Tenho muitas razões que me leva á um mundo que apenas eu o conheço,
Pois eu sou uma máquina inspiradora,
Que vai fabricando poemas em uma linhagem e linguagem diferente,
Não posso me permitir plagiar,
Se alguém quiser me imitar então que me imitam,
Mas eu não posso ser o que querem que eu seja,
Só sou assim por ocasião,
Enquanto eu beber e comer,
Vou vivendo dormindo ou acordado,
Tenho uma única estrada a seguir,
E ela pode ser uma Linha reta ou torta,
Mas deixar de seguir,
Jamais eu posso deixar de ser quem eu sou....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Lâmpada vazia
Ontem o interruptor queimou,
Hoje, eu troquei,
Peguei uma lâmpada,
Mas vazia ela estava,
Ao enrosca-la não acendeu,
Na escuridão eu vi um curto circuito,
E no horizonte percebi um clarão,
Quebrei a lâmpada,
Peguei os cacos e saí moendo,
Fiz um cerol bem temperado,
E na linha do meu papagaio eu passei, Melhor é ter uma linha afiada,
Do quê uma cegueira eterna em plena luz do dia....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Show na floresta
Me reservando estou para um momento propício,
Todo dia é dia de meditar,
Todo dia é diferente um do outro,
O palco ainda está cortinado,
Ainda me encontro nos camarins,
Não estou de fato estudando,
Mas pensando com calma como apresentarei um breve show,
Ai daquele que não abrir essas cortinas,
Aí daquele,
Nessa festa terá,
O que sempre sonhei,
Vou colocar os instrumentos bem direitinho e afinados
Bateria e viola,
Saxofone e microfone,
Acordeom e contra baixo,
E pandeiros e tamborins,
Por garantia,
Também o teclado e piano,
Tudo isso fará parte do espetáculo,
Será a orquestra na floresta,
Pássaros cantadores,
A coleirinha será a primeira,
Pardais e bem-te-vis apresentarão juntos,
Araras e curiós,
Papagaios e sábias,
Honrado ficarei,
Pela reserva bem sucedida,
Os cânticos desse palco harmônico,
Do mega show que criei,
Belo e eufônico.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
A pedido da minha esposa.
Cintya...
Quatro animais,
Quatro seres viventes,
Quatro seres envolventes,
Quatro cachorros prudentes,
Como escritor,
Não sou assim tão delinquente para que eu não possa inspirar nesses animais tão carentes,
Na longa ou curta metragem,
Esses bichinhos existem em todos os continentes,
Cada dono tem um ou mais,
Desses amigos tão presentes,
São meigos e atraentes,
Bem diferentes da gente,
Um macho e três fêmeas,
Difícil eles ficarem doentes,
Todos aqui fazem questão,
De um comentário descente,
Para esses nossos amiguinhos,
Tão de nós dependentes....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Agora o poeta sou eu!
Conduzido pela minha alma,
Sonho e acordo vulnerável ao tempo,
Vou clamando e chamando aquele que me protege...'DEUS'
Meus textos vão pegando rumos,
Que nem sei para onde vão,
Não me sustento enquanto não exalo uma inspiração,
Entre erros,
Arrumo os maus feitos e vou explicando,
O que escrevo em cada frase,
Ah ! Se elas soubessem gritar.
Cada uma contaria uma história minha,
E não satisfeito,
Dou tema ao lema da minha imaginação,
Aos pouquinhos o quebra cabeça se monta,
No universo da minha ilusão...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Instinto de Poeta.
Nas badaladas da vida,
Lá no final da minha rua tem uma igrejinha,
E é de lá que ouço toda manhã,
Um sino tinindo,
Em cada Sol que nasce,
Uma festa no arvoredo acontece,
Por trás de minha janela,
Os pássaros gorjeiam,
Galanteiam cantarolando,
Emitindo em meu acordar belas melodias,
E vão atraindo minha atenção,
Outras aves no céu,
Bailam com aquela orquestra,
Rapidamente rodeiam minha casa,
Atingindo o meu coração,
Encantado eu fico,
Agradecendo os céus por tudo isso,
Os meus instintos de Poeta,
Fica ainda mais alterado,
Cada um tem o seu brilho,
E cada um tem seu encanto,
Estimulando minha imaginação,
Começo então á declamar,
Uma rara e romântica canção,
Com tudo que me apraz,
Faço canção até para aqueles que eu não conheço,
E faço também,
Poesias para a mamãe,
Deixo o meu orgulho de lado,
E sigo a ilustração,
Vou assinalando cada verso temperado,
Autógrafando e registrando,
Toda minha inspiração,
Melodias de um novo amanhecer,
Na ciência de um sonho meu,
Para publicar,
Em todas as revistas e jornais....
Autor:Ricardo Melo,
O Poeta que Voa.
Mulher.
Mulher...!
Oh mulher...!
Raça e símbolo da vida,
Embora com todos os aparatos,
Sei que não há vida que não passe por tua vida,
Não se gera pessoas sem o seu ventre,
Não se faz gente que não passe por sua mente,
Tu,
És a semente,
Deus por sua grandeza,
Inventaria outra forma de gerar vidas,
Sabemos nós,
Aliás,
Poucos sabem o seu significado,
Não podemos subtrair uma letra para acrescentar outra,
Já és o tudo,
E sem ti,
Não há como outras vidas virem ao mundo,
Se o homem depende de ti para nascer,
Também depende de ti para amar e sobreviver,
És a semente,
És o caule,
És a flor,
És o fruto,
Que gera outras sementes para novos frutos nascerem....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Pássaro machucado
Nasci e cresci,
Fui para escola e pouco aprendi,
Fui uma ave pequenina,
Mal tinha asas para voar,
Entrei no mundo por uma difusão,
E sai dele com a ira de um vulcão,
Decifrei nevoeiros da minha louca ilusão,
Escrevi errado e apaguei,
Joguei as folhas borradas e voltei,
Senti o vento na face,
De peito aberto e doloroso,
Acabei me machucando demais,
Tive demais alegrias e tristezas,
Fui em busca dos desejos oprimidos,
Amei sem ver quem tinha amado,
Sustentei-me no galho das árvores,
Comi frutos doces e amargos,
Na sombra da morte várias vezes eu me vi ,
Mas sempre estava acordado,
Brinquei de voar e cair,
Brinquei de levantar e não voei,
Brinquei comigo mesmo,
Fui folclore e fui feliz,
Falei comigo e arranquei a dor do meu pulmão..
Inexperiente eu chorei,
Inexperiente eu viajei,
Dormi fora de casa,
Naufragado,
Meu travesseiro molhado ficou em poças de lágrimas,
Machuquei sem saber das consequências,
Machuquei sem querer quem jamais merecia,
Fui demais machucado,
Mas,
Perdoei e arrependi,
Respeitar os limites das tempestades faz bem,
Estou desenhando minha história,
Estou aperfeiçoando o que lá atrás eu esqueci no tempo,
Embalado por uma força estou ainda sonhando,
Simbólicos dias se foram,
Mas ,me ensinei,
Escrevendo assim vou eu,
Vou devagarinho aprendendo as letras da vida,
Aqui e acolá vou soletrando,
Tem horas que nem sei se faço a poesia,
Ou é ela que está me fazendo,
Se é poema ou história,
Aprendemos com a vida,
Com as dores e com as alegrias....
Momentos de devaneios,
Com anseios assim está meus incalculados dias......
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Ah Poeta.!.
Na confusão de uma ilusão,
Vou voando alto com essa imaginação,
Minha mente pensativa eleva e releva,
Meu pensamento é a esperança,
No meu paraíso grifal
Vou naufragando,
Gritar eu não posso,
Poesia enamorada,
Poeta que canta com os sabiás,
Na terra , no grotão ou no mar,
Vá então inspiração,
Leva um recado meu,
Diz e assina,
Vá também no tabelião,
Reconheça essa canção,
Eu fiz não por vaidade,
Fiz por vontade e de verdade,
E tudo é feito,
Lá do fundo do meu coração....
Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa.
Essência humana.
Somos uma música silenciosa,
Outras vezes somos um grito,
Temos que tomar cuidado,
Pois, uma dor sentida hoje,
Pode nos tornar frios,
Pode nos tornar vulneráveis,
Pode nos tornar pessoas diferentes,
Eis a questão,
A nossa essência é única,
Devemos dela cuidar,
Para não sermos tão perecíveis,
Com esse genial e brutal tempo...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Carícias.
Viajarei pelo confins do teu corpo....
Descobrirei nele....
O segredo mais oculto....
E nele...
Farei uma colmeia do Amor....
Beberei do teu mel....
Abastecerei essa colmeia do meu pólem junto com o néctar.....
Para te provar e causar-te prazer....
Com delicadeza.....
Construirei favos de mel na tua pele....
E com seu feromônio exalando pelas paredes dessa colmeia....
Devagarinho te dando o que você quer....
E sem pressas....
Te saciarei com minha Geleia Real..
Coletado das flores do jardim do Amor...
E sem demora para acabar....
Fecharei esse mundo de sedução....
Apenas pra nós dois....
E contigo....
Velejarei sem remos nessa canoa em alto mar......
Em nosso colchão d'água....
Flutuaremos nossos corpos....
Fazendo-te chegar ao extase do prazer....
Ao levá-la em meu céu.....
Farei você ver um mundo diferente...
Eu te transformei na minha bela adormecida....
Você com aquele biquinho Meigo de menina mulher....
Repondo suas energias em cochilos....
Pra Depois começarmos um novo bailado...
E nesse baile....
Dançarás em meu corpo.....
E eu te dando mais vida com minha vida....
Vou entrar no íntimo dos teus sonhos....
Fazendo-te render e pedindo pra parar.....
E sempre ter o elemento surpresa....
Atiçando seu desejar por mim.....
Minha alma cravada na tua alma.....
Teu corpo embriagado com suores meus....
Criarei nele um novo Sol....
Deixando-te mais ardente...
Fazendo você se afogar em sua própria transpiração....
Com meus beijos.....
Causarei em você sensações loucas....
E você se declarando....
Que somente eu mato tua fome....
E nessa hora...
Minha boca salivando....
E você matando sua sede...
Bebendo em minha boca o nectar....
Teu coração batendo forte....
E você desfalecendo em meus braços....
Saciada em nossa colmeia....
Você em ardência louca...
Com pensamentos ferteis....
Pedindo mais na proxima noite que vai chegar...
E eu ansioso.....
Aguardando uma nova lua...
Apenas Pra te Amar....
Autor: Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Carvão.
Perigosas esperanças,
Bravo é esse céu,
Opostas tabelas que nem uma matemática se fecha,
Lenhas rachadas,
Árvores derrubadas,
Folhas, flores e sementes que não servem para mais nada,
Um mal que fizeram e continuam fazendo,
Chamas e labaredas vão torrando até o solo e a raiz,
Tudo por um carvão ou pedaço de tição
Churrascos no pagodão,
E lá no fundo do quintal exalam fumaças,
Essa tal arte de desmatar,
Não é tão eficaz como dizem,
Vários caminhos distintos,
Várias perguntas distintas,
Várias diretrizes distintas,
Duzias de respostas que jamais serão respostas,
Na antiga arte contém um pedido,
Na atual contém vários desejos e sentidos,
Derrubar para consumir?
Derrubar para fazer o carvão?
Derrubar para sobreviver,
Derrubar para plantar e rebanhos criar,
É meu querido irmão!
O que nasceu e levou anos para chegar a copa,
Em segundos o homem vem e bota tudo no chão,
O céu na sua bravura,
Forma nuvens revoltadas,
Como a natureza não perdoa nada,
Em uma tempestade que se forma,
Vem de encomenda também a grande revolta,
Ou uma que ainda espera o seu momento certo de agir,
Nem todos sabem o real significado da sua tão grande reviravolta,
A natureza é boa,
Nós é que não sabemos viver com e pela natureza,
Temos duas escolhas,
Ou vivemos por ela,
Ou morremos sem ela com sua fúria gerada por ela mesma...
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa.
Alma sertaneja
Machuca coração,
Machuca,
Machuca e chora comigo,
Ouço de longe,
Um tinido da acordeom,
No meu ranchinho da saudade,
Algo me tortura e me amola,
Invade minhas entranhas,
Nas amarguras da minha viola
Dá doçura em meu paladar,
Oh ! Objeto traiçoeiro,
Suas cordas quando são tocadas,
Parece apertar o meu peito,
Quem te fez não imaginou,
A dor que tu irias causar,
E não soube também,
As almas que tu irias ferir,
Nos compassos daquele fole puxado,
Você atiça a minha imaginação,
Quando eu passo a mão no meu pinho,
O sabiá na gaiola,
Salta de um lado a outro,
Querendo cantar e voar,
Ele segue o seu bailado,
Querendo me acompanhar,
Enquanto eu for um poeta,
Vou dedilhando devagarinho,
Até o Sol raiar,
Minha cabocla canta comigo,
E se põe também á chorar,
Teu olhar brilha como o azul do céu,
A cada composição que declamo,
É uma baita judiação,
Os Curiós no serrado,
Se torturam nesse sertão,
Pergunto a mim mesmo,
Que castigo é esse senhor,
Que rasga meus instintos,
Causando em minha alma sertaneja
Uma tremenda erupção....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.