Coleção pessoal de jordana_buquera_1

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Nada mais vai me ferir. É que já me acostumei com a estrada errada que eu segui, com minha própria lei, tenho o que ficou e tenho sorte até demais como eu sei que tens também.

Eu sou lúcida na minha loucura, permanente na minha inconstância, irriquieta na minha comodidade... Amo mais do que posso e, por medo, sempre menos do que sou capaz... Quando me entrego, me atiro, e quando recuo não volto mais.

Não sou pra todos. Gosto muito do meu mundinho. Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas. Às vezes tem um céu azul, outras tempestade. Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos. Mas não cabe muita gente. Todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso. São necessárias.

Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo – quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.

Se ela fosse mais inteligente poderia apagar o passado com palavras novas.

Eu não sou promíscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro.

Como se ela não tivesse suportado sentir o que sentira, desviou subitamente o rosto e olhou uma árvore. Seu coração não bateu no peito, o coração batia oco entre o estômago e os intestinos.

O que importa afinal, viver ou saber que se está vivendo?

O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós.

Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.

É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo.

Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca.

Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar.

E o que o ser humano mais aspira é tornar-se ser humano.

Terei toda a aparência de quem falhou, e só eu saberei se foi a falha necessária.

Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada.

Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras.
Sou irritável e firo facilmente.
Também sou muito calmo e perdoo logo.
Não esqueço nunca.
Mas há poucas coisas de que eu me lembre.

Não exijas dos outros qualidades que ainda não possuem.

A verdade que fere é pior do que a mentira que consola.

O pior aconteceu
A história se repete
Temo estar frio outra vez
O passado remete
Meu romantismo se perdeu
Diante de tudo que a vida me fez.

Não espere meu sorriso
Não prometo companhia
Tudo agora é melancolia
Reflexo de decisões minhas.
Aprecio algumas amizades
Que me confortam no meio da dor
Mas creio sucumbir sem piedade
Deixando tudo de lado, até o amor.

As palavras ainda se perdem na mente
Culpa das situações vividas recentemente
Meus pensamentos me levam ao fracasso
Prisão que escolhi entrar
Talvez minha alma ainda grite
Na esperança de alguém me encontrar
Mas já excedi meu limite
Então não tente me perturbar
Um lúcido só se faz de louco,
Quando é assim que ele quer estar.