Coleção pessoal de indiansummer

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A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz.

Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma ideia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou maduro bastante ainda. Ou nunca serei.

Em cada rosto que cruzo na rua
Em cada olhar que desnuda o corpo
Procuro-te rosto de purpurina
Que brilhava na escuridão
Que foi o ultimo...
Certo disto são meus olhos
Que após sua passagem
Nunca mais envergaram mais ninguém

Há Momentos

Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar,
porque um belo dia se morre.

Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi o apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, esperarei quanto tempo for preciso.

A gente carece de fingir às vezes que raiva tem, mas raiva mesma nunca se deve de tolerar ter. Porque, quando se curte raiva de alguém, é a mesma coisa que se autorizar que essa própria pessoa passe durante o tempo governando a ideia e o sentir da gente; o que isso era falta de soberania, e farta bobice, e fato é.

Tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras. Sou irritável e firo facilmente; também sou muito calmo e perdoo logo. Não esqueço nunca. Mas há poucas coisas de que eu me lembre. Sou paciente mas profundamente colérico, como a maioria dos pacientes. As pessoas nunca me irritam mesmo, certamente porque eu as perdoo de antemão. Gosto muito das pessoas por egoísmo: é que elas se parecem no fundo comigo. Nunca esqueço uma ofensa, o que é uma verdade, mas como pode ser verdade, se as ofensas saem de minha cabeça como se nunca nela tivessem entrado? (...) Tenho uma paz profunda, somente porque ela é profunda e não pode ser sequer atingida por mim mesmo. Se fosse alcançável por mim, eu não teria um minuto de paz. Quanto à minha paz superficial, ela é uma alusão à verdadeira paz. Outra coisa que esqueci é que há outra alusão em mim – a do mundo grande e aberto. (...) Apesar de meu ar duro, sou cheio de muito amor e é isso o que certamente me dá uma grandeza.

De sofrer e de amar, a gente não se desfaz.

Suspiro



O sol toca chão
O canto macula o silencio
E o gosto de seus beijos
E o suspiro de um amor sem dor

Os ladrilhos coloridos da calçada
Em mosaico desenhado
Com tons de verde rosa e azul
Quanto tempo temos antes de voltarem às nuvens


As estrelas e o oceano com uma só
O som de sua voz e nosso riso... Um só riso
O calor de sua mão
E aperto os dedos

O mais belo que podes ser
O quanto mais verdadeiro pode desejar
Tudo que posso quer
Sua alma... Para com a minha estar

O amor romântico é como um traje, que, como não é eterno, dura tanto quanto dura; e, em breve, sob a veste do ideal que formamos, que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em que o vestimos. O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão. Só o não é quando a desilusão, aceite desde o princípio, decide variar de ideal constantemente, tecer constantemente, nas oficinas da alma, novos trajes, com que constantemente se renove o aspecto da criatura, por eles vestida.

O corpo pede um drink
pode ser martini
Na manhã que chega
estranha e solitária
sou mulher também
Mas , ontem à noite,
o corpo pediu
um toque de língua,
nos gelos
que estavam
perdidos no copo

Intensidade

Há uma intensidade que habita em todas as coisas simples
Naqueles momentos existências
Naquelas palavras que são verdades
Naquelas noites ao clarear da lua
Nas tardes de sol quente e céu azul
Nos dias que a chuva decide não parar
Em que se olha para o lado
Nos olhos daquela pessoa com quem se deseja estar
Naquelas horas profundas que somente se quer amar
Que são perfeitas como estrelas
Que são loucuras
Que são poemas
Que nada consegue jamais apagar...

Folhas ao vento



Mas o que dizer do passado
Se ele sempre parece mais doce do que já foi?
Mas o que dizer do futuro
Se ele parece sempre mais longe que amanha?
E do presente se nos falta coragem
E se vamos sobreviver à hora de nossa verdade

Se em acesso de loucura
Sinto-me leve como folha ao vento
Mas olhares me confundem e me censuram
E frases ditas procuram o silencio
E o tempo se queima como um cigarro no cinzeiro

Talvez o tempo de pedir perdão perde-se
E sem sentido as lagrimas tornam-se baratas
E as loucuras estão estampadas na primeira pagina
E se perdeu o dom de atuar
E nem mesmo as paredes consegue convencer
E nem mesmo o sono consegue acalmar...

Observando



O sol lhe caia bem se movendo pelas encostas
Nascendo do lado de lá passando ao lado de cá
Os olhos não podem ver todos os lugares onde andas
Nem pode todos os passos tocar todo chão que pisas


As madeiras das mesas, com rodas marcas de copos.
Como traços de rostos desenhados em anos de espera
Como as almas esculpidas nos tempos vividos
Enrustidas de procuras e segredos
Encontros, desencontros mudanças e mais mudanças.
Como os endereços em cartas enviadas
Que portam suspiros de seu remetente


O sol lhe caia bem, movendo-se pelas esquinas.
Apagando-se lentamente, sumindo por entre as frestas.
Deixando palavras presas, que procuravam seu momento.
Adormecendo na entrelinha de olhares
Repousando fôlego ofegante do desejo de dizer
Distinto silêncio e lábios, mas não emoções.



O sol lhe caia bem morrendo atrás dos montes
O sol lhe caia bem com ares de paciência
Com olhos de incertezas e paixões
No olhar-te hora de um lado, hora de outro.
O sol lhe cai bem...

Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas.

A vontade é impotente perante o que está para trás dela. Não poder destruir o tempo, nem a avidez transbordante do tempo, é a angústia mais solitária da vontade.