Coleção pessoal de I004145959

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⁠Diagnósticos falsos, ditos, ouvidos, aprendidos, difundidos e confundidos em um mundo de aflitos e malditos.

⁠Quem somos?

A soma do que vivemos, convivemos, herdamos e juraram que deveríamos ser.

E o valor que, no olhar do outro, esperamos, que nos reconheçam e nos façam crescer.

⁠Percorrer a história familiar, social, cultural
do eu que sou, do nós que somos,
herdamos e carregamos.

E do valor que, no outro, tanto esperamos reconhecer
e que almejamos receber.

⁠Nada mais salutar do que escutar sem julgar.

⁠Projetei no outro o espelho da minha alma, e na sua voz busquei a resposta que acalma:

Diga-me, quem sou eu? — pergunta que reclama, ser eu, senão o eco que no outro se inflama.

⁠Entre aprender a morrer e viver, a filosofia nos ajuda a entender.

⁠Se antes tudo era vigiado, censurado e proibido, agora tudo é programado, fabricado e vendido.

⁠Se antes o sistema ordenava “você não pode falar isso”, hoje os algoritmos induzem “você deve falar isto”.

⁠Do interdito ao espetáculo, plataformas e influenciadores fabricam jargões — “pós-verdade”, “cancelamento”, “lacrar”, “fake news”, “discurso de ódio” — que carregam efeitos políticos, emocionais e geram consensos.

A censura antes visível cede lugar a uma linguagem disfarçada de espontaneidade, difícil de perceber. Ela causa fadiga cognitiva: tudo soa calculado, teatral, performático e politizado.

⁠Um ateu pode praticar boas ações tanto quanto um cristão. A bondade está mais ligada à espiritualidade do que à religião.

Cumprir dogmas em busca da salvação revela mais sobre contrapartidas do que compaixão.

A linguagem antes censurada para excluir e não existir, hoje é fabricada para iludir, distrair, sugerir e conduzir.

Há uma diferença entre ter a posse de bola para evitar o gol — tocando de lado e para trás, esperando que o adversário ceda espaços — e ter a posse para atacar, movimentar e criar chances de gol.

⁠Vivemos cercados por crises permanentes — de identidade, clima, política, representatividade, coletividade, saúde mental, finanças, ética, cultura, educação...

Todas, de algum modo, precarizam o horizonte, turvam o futuro e enfraquecem nossa capacidade de sonhar sentido, traçar planos e cultivar esperança. Enfrentar essas crises exige mais do que respostas pontuais; exige restaurar a capacidade de imaginar o amanhã e o desejo de construir novos caminhos.

⁠Diferença como riqueza: que não ameaça, não separa, mas une e abraça.

⁠Diferença que une é semente de respeito e diálogo, não de medo.

⁠Na pedagogia da diferença, o diverso não é muro, mas elo.

⁠Diferença que une não ameaça; é ponte que aproxima, não muro que afasta.

⁠O coletivo digital se forma pela semelhança; a democracia liberal, pelo procedimento que respeita a diferença.

⁠Se a verdade é só expressão do eu, a política se dissolve no culto à concordância.

⁠O tempo presente das redes sociais é o oposto do tempo paciente da democracia.