Coleção pessoal de I004145959
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O desejo é duradouro na fantasia e efêmero na realização.
Nada mantém o desejo vivo como a impossibilidade.
A repressão alimenta o desejo; a liberação desencanta.
O desejo proibido não só excita, como eterniza.
O paradoxo da impossibilidade como berço do desejo.
Não se trata de romantizar a dor, mas de entender que o sofrimento pode ser um sinal de que algo precisa mudar.
Na pós-modernidade, a pressa em remediar a dor da perda impede a elaboração e a transformação.
Todo fim de ciclo guarda em si a semente do recomeço.
Reclama do que clama, aclama e declama.
Paradoxo da vida cotidiana.
Por vezes, entregamos muito a quem não nos entrega nada.
Ser feliz virou estratégia de lucro — não mais um fim em si, mas um meio de produzir mais.
O luto vem e, sem demora, surge a hora de um novo agora, sem o amor que foi embora. Resta a dor que aflora na alma de quem chora e implora pela paz de outrora.
Quem teme a morte sobrevive; quem busca sentido, vive.
Ficar ressentido, por vezes, tem motivos legítimos; o que não faz sentido é guardar mágoa de alguém que não faz mais sentido.
Sem vínculo, afeto e atenção, a vida após o nascimento não encontra sustentação.
Seguir em frente é um grande desafio quando aqueles que amamos já não estão aqui.
Ego em cena, inferno contracena.
A ausência em vida convida à maledicência; a ausência na morte, à reverência.
Velório: falatório de elogios tardios.
Ego em disputa, inferno em cena.