Coleção pessoal de Gracaleal

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⁠Em política, tudo é uma questão de ótica, o problema é que a cegueira impera entre os eleitores, já nos políticos a visão é perfeita, mas ainda assim eles não abrem mão de usarem lentes de aumento para terem potencializada a clareza da cegueira do eleitor

⁠Quem ganha muito colo demora para aprender a andar e às vezes passa a vida sem habilidade no caminhar

⁠A pele preta não é anestésico para nenhuma forma de dor

Eu não ousaria desejar que os racistas tivessem as suas almas abduzidas pelas profundezas da escuridão, pois no breu também habita a noite e nela residem as estrelas, a lua e o colorido deslumbrante do universo, e destas belezas, destas sutilezas encantadoras do infinito eles não merecem desfrutar considerando ser a escuridão o território da negritude do belo. No fundo, desejo-lhes mesmo que os seus corações sejam expostos no pedestal do dia, sob uma imensa transparência das suas essências desumanas, e que permaneçam sob holofotes reproduzindo a luz sombria que emana de uma alma refém do peso de uma consciência para que sejam evidenciados pela vergonha incalculável que causam em todos que verdadeiramente são humanos

⁠Não cultivo o hábito, não me permito o desgaste psiquicoemicional de aplaudir, nem me sentir grata por nenhum bem feito por um político, tenho como interpretação do ato o cumprimento da obrigação atribuída ao cargo para o qual ele foi candidato eleito, bem como, para tal, é remunerado.

⁠Um povo que não aprendeu com os livros sobre o caos que se instalou em várias passagens políticas da sua história limita-se a viver repetindo-a estimulado pelo aprendizado de quem a tem clara e detalhada na sua memória a fim de que, com o suporte do poder, consiga manipular, no remake, o seu resultado catastrófico dando-lhe uma roupagem moderna, informatizada e mais colorida, e isto encanta, sobretudo, os sofridos, desinformados e iludidos da atualidade, porém alheios à realidade pregressa.

⁠Que confortável é ser manifestante de rede social e tomar tiro só de palavras. É lindo apoiar quem se expõe ao ponto de perde a própria vida para garantir a permanência na zona de conforto dos incentivadores do caos. O ideal é o povo não precisar ir às ruas e sim o estado cumprir o seu papel democraticamente em favor de todos e não só de grupos selecionados que simpatizam com os seus desvios de objetivos no que tange os compromisso assumido em campanha.
Pobre povo brasileiro que precisa ser armar de disposição para sofrer enquanto se deixa enganar pela cegueira hipnotizante conduzida pelos seus políticos.

O que mais impressiona é o fato de que há um consenso que a política está impregnada de corruptos e mal feitores que usam o cargo para cometerem ilícitos, mas quando pegos pela justiça todos se dizem inocentes injustiçados e não falta quem os defenda cegamente com o argumento de que há adversários piores. O brasileiro é mesmo um caso a ser estudado, porque no fundo não quer acabar com as maracutaias de "todos" àqueles que prejudicam o país no âmbito da política, quer apenas punição para os políticos que são os seus desafetos, e aqueles que moram no seu coração, que se afinam com os seus interesses pessoais são sempre vítimas perseguidas e defensáveis.
Considerando um país onde um gesto de honestidade de um indivíduo vira notícia, não dá para esperar, como unanimidade, a prática de certos valores capazes de construir um ambiente mais justo que possa promover mais qualidade de vida social para todos.
A sociedade brasileira está muito longe do mínimo ideal de decência no trato com a realidade que à cerca, bem como está se distanciando cada vez mais da coerência entre o que prega e o que deseja como resultado, de fato, para o bem comum.

Ditadores primeiro oferecem o doce, depois o amargo.

Enquanto fizermos valer o argumento de que o nosso erro justifica-se dado o fato do outro também ter errado fica claro o nosso nível de retardo no processo de evolução sociopolítica, bem como a nossa incapacidade intelectual e moral para prestigiarmos valores essenciais a fim de que possamos construir, com eles, um ambiente justo, harmonioso e sustentável para todos nós que buscamos sobreviver ao caos frequente instalado pelos mais diversos oportunistas do poder

Getulistas não se curaram, morreram fanáticos, e o mesmo deve acontecer com os fanáticos do século XXI. Dificilmente um idólatra de político populista muda de opinião ou passa a ter uma visão racional sobre os fatos que envolvem e desnudam os seus ídolos, especialmente aqueles ídolos do poder maior, a fim de que possam liberte-se da dependência das informações cujo o conteúdo lhe convém e não permite que enxerguem os interesses obscuros que adornam o comportamento e retórica do seu idolatrável ator.

A vida flui satisfatoriamente cumprida, nos proporcionando o aprendizado indispensável e promovendo resultados sustentáveis quando a trilogia: escolhas, ações e racionalidade se associam à coerência e esta "se permite" nos sugerir considerarmos os alertas divinos que reforçam a necessidade de não nos acomodarmos no conforto do conceito único de destino

O COISOPINA é a droga que está sendo administrada para tratar o PANDEMÔNIO que assola o Brasil.

Da platéia observa-se que dá muito trabalho ser artificial
A liberade de poder ser uma alma natural que flui alheia aos olhos que julgam proporciona leveza emocional sustentável

O coração é o cordão umbilical permanente que liga e nutre o amor entre mães e filhos, e não importa a distância ele pulsa reiterando a conexão entre um e outro e quando um para a alma assume o seu papel mantendo o curso da missão de um amor que é divino e insolúvel

Poema publicado na obra: Quarentena – Memórias de um País Confinado - Editora Chiado Books

ADMINISTRANDO O ISOLAMENTO

No isolamento a saudade infinita aflora
Reinvento o abraço através da imaginação
Inimaginável este momento do agora
Que uma legião está presente na minha solidão

A quarentena é moradia da minha inspiração
E aproveito para interagir com o meu eu
Entre palavras, sentimentos e reflexão
Escrevo certezas e dúvidas, tento ser o meu próprio liceu

Corpo aprisionado na mente que segue liberta
Mente que resiste à estatística da dor
Cenas e números que no dia a dia à humanidade oferta
Incerteza, tristeza, piedade e temor

Daqui de dentro consigo com mais clareza
Perceber as lacunas de uma sociedade que nunca para
Seja em labuta, lazer, esperteza ou presteza
Escondendo-se em sorrisos ou mostrando a sua cara

O afastamento da rotina, é fato, adoece
Sigo em vigília para não fragilizar a minha mente
Mas, se na rotina o cidadão também padece
O momento por si já se mostra um docente

Aguardo confiante o fim da prisão do mundo
E que para o mundo um dia eu possa voltar
Sobre as perdas o meu lamento é profundo
Mas desejando às vidas alegria no recomeçar

Graça Leal

Onde não tem união vencem os fracos

Depois que a imagem passou a ser a coisa mais importante na sociedade tudo ficou meio estranho e artificial. O ser humano passou a ter menos conteúdo e mais selfie e até a comida passou a ser mais bonita, porém nutri menos, daí o consumo absurdo de complementos, além de estar ao alcance de menos gente, afinal, a maioria sente fome, mesmo, no dia a dia, é pelo estômago e não pelos olhos, bem como não têm dinheiro para substituir a sua nutrição natural com a comida na mesa pelas vitaminas de laboratório, pois esta maioria ainda é adepta ao arroz com feijão e não ao prato decorado para ser fotografado e elaborado cheio de técnicas para vencer concurso culinário e distanciar cada vez mais as pessoas uma das outras com esta contribuição descabida ao glamuralizar o que é vital para qualquer ser humano.
Ah, e o cérebro que está cada vez mais se tornando um sedentário de tanto que vive em isolamento intelectual e o único exercício que estamos permitimos que ele faça é sair da caixa craniana para malhar nas redes sociais de máscara, claro, para não correr o risco de se contaminar com a veracidade e/ou coerência diante de uma informação que nos desagrade ou nos obrigue a repensar valores.
Depois que a imagem passou a ser a coisa mais importante na sociedade, até a morte passou a ganhar holofotes com status de celebridade e a vida passou a ser uma LIVE e está compactada em um Book de filtros cumplices de uma falsa beleza, tendo os seus personagens uma realidade de solidão íntima ilustrada no seu comportamento exibicionista o que está transformando a espécie, notoriamente, em um permanente paciente de divã.

Não há caminho fora da política e da democracia. Em todas as instituições e formas de relacionamentos a política está presente, somos políticos por natureza, seja na administração de um condomínio, na relação afetiva, nas relações sociais, profissionais. Seja nas instituições religiosas, educacionais etc, pois se não houvesse a influência política que há dentro de um contexto democrático em cada indivíduo as relações não se sustentariam, por menor que seja o tempo da sua duração; quando ocorre de se sustentarem sem o jogo político é porque deixou de ser uma relação democrática e trata-se de uma ditadura onde não há política, há ordem a ser cumprida, submissão, e a relação se mantém devido às fraquezas da grande maioria, ou da parte mais dependente, seja por medo, seja pela desunião, seja pela apatia, seja por impotência, por acomodação, seja pela covardia dos que podem ajudar a reverter o quadro e se omitem entre outras diversas razões humanas. Agora, o que faz com que a politica séria efetivamente resulte em ações positivas para todos os envolvidos é a honestidade com que ela é conduzida pelos seus atores, o que não quer dizer que tudo será perfeito, mas se o resultado for minimamente justo a política já terá cumprido o seu papel.
Política não é exatamente um jogo para alguém se dar bem, política é o caminho para que tudo possa ficar bem para todos

Cobras, urubus, ratos, porcos, raposas, crocodilos, lobos, avestruzes se unem para salvar a imagem do corvo, a fim de que nesta nova arca possam navegar no mar de lamas mantendo-a equipada para que o seu condutor continue jogando a rede, apesar da maré não estar para peixe, mas o que importa é tentar garantir a posse das conchas que produzem as pérolas