Coleção pessoal de gisellyviana

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Eu tentava colocar tudo no lugar. Eram tantas as coisas que eu estava sentindo. Em determinado momento eu tinha tanta raiva de você, de tudo que me fez passar, de tudo de bom! Mas aí eu também sentia raiva de mim, raiva por eu ter acreditado, por eu não ter dado um basta, por ter seguido em frente mesmo sabendo que alguém ia se machucar. Depois a raiva passava e eu sentia amor e te amava cada vez que lembrava de algum detalhe teu, um jeito de sorrir, de falar, de olhar, de ajeitar o cabelo e até mesmo de me dar uma bronca e então a saudade aparecia, e eu sorria e chorava, sorria por tudo que vivemos e chorava por ter acabado. Eu nunca fui boa em colocar pontos finais, você sempre soube disso... Mas depois passava, sabe? tudo passa! E ficava uma sensação de vazio, de falta, uma saudade de você, saudade de nós. Hoje eu vejo que não teria dado certo de qualquer forma. Mas bate uma saudade quando eu penso que talvez, uma vez em um milhão ou mais, poderia ter sido diferente.

É tudo tão recente mas eu já imagino: Daqui a uns dez anos, eu e você se esbarrando em uma noite chuvosa, em uma esquina qualquer desta grande cidade, um olhando profundamente nos olhos do outro... Será que vai dar saudade?

Hahaha, ele pensava que eu ia morrer se ele me excluísse do facebook. E não é que eu morri? Não literalmente, mas de algum jeito.

Andei pensando nesse clichê moderno "Vou me namorar..." e eu cheguei na seguinte conclusão: Não é que o filho da mãe (sem ofensa) tem razão?! Até agora eu não me abandonei em momento algum, quando eu chorei, sofri, sorri, passei por bons e maus bocados eu sempre estive lá. E até mesmo nas desilusões amorosas quando ninguém quis me dar um colo, eu me sustentei sobre o meus pés e segui pra unica direção que podia e pode me fazer feliz: "Em frente!" E pra falar a verdade ultimamente eu tô assim "Me namorando..."

‎Eu não vou dizer pra você não chorar, não vou dizer pra você esquecer e nem vou mentir dizendo que tudo passa... Na verdade tudo passa! Um dia você vai esquecer, vai parar de doer... Mas isso só vai acontecer quando você passar pelo que tem que passar. Então vai na fé! Cá entre nós: sossega! Se a alegria vem e vai, a tristeza vem e vai também.

Se não soubermos esquecer, nunca estaremos livres de tristeza.

Construí amigos, enfrentei derrotas, venci obstáculos, bati na porta da vida e disse-lhe: não tenho medo de vivê-la.

Eterno é tudo aquilo que vive uma fração de segundo mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata.

Você é o único problema que você sempre terá e você é a única solução.

Sexta feira 13. 13 é meu número de sorte! É preciso ter sorte pra não depender do mais forte! É preciso ser forte pra não depender só da sorte!

Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada.

Já perdi as contas
de quantas lutas perdi
brigando comigo mesma,
quantas vezes me feri e desisti
de me enfrentar,
vezes que tenho
medo de me encarar.

Brigas que não sei se tenho chance ou
se simplesmente tenho medo de ganhar.

Assisti a algumas imagens do velório do Bussunda, quando os colegas do Casseta & Planeta deram seus depoimentos.

Parecia que a qualquer instante iria estourar uma piada. Estava tudo sério demais, faltava a esculhambação, a zombaria, a desestruturação da cena.

Mas nada acontecia ali de risível, era só dor e perplexidade, que é mesmo o que a morte causa em todos os que ficam.

A verdade é que não havia nada a acrescentar no roteiro: a morte, por si só, é uma piada pronta. Morrer é ridículo.

Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no carro e no meio da tarde morre. Como assim? E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente?

Não sei de onde tiraram esta ideia: morrer.
A troco? Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviriam pra nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente. Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego, mas não desistiu.
Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente.

De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na freeway, numa artéria entupida, num disparo feito por um delinquente que gostou do seu tênis.

Qual é? Morrer é um clichê.

Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida. Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas. Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.

Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu.

Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer. Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e
morre num sábado de manhã. Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito.
Isso é para ser levado a sério?

Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem-vindo.
Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas. Ok, hora de descansar em paz. Mas antes de viver tudo, antes de viver até a rapa? Não se faz.

Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero. E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas.

Só que esta não tem graça.

Deixo o cansaço pra descontar na hora de dormir... durante o dia eu aproveito!

Afinal de contas, os computadores estão quebrados, pessoas morrem e relacionamentos acabam. O melhor que podemos fazer é respirar e reiniciar.

"O céu escureceu, mais uma estrela se apagou..."

Não devemos resistir às tentações: elas podem não voltar.

Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem.

Existem coisas que eu não entendo e coisas que não quero entender. Porque será que o medo fala mais alto?

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.