Coleção pessoal de Eu1695

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23:34 29/11/2013
Meu amor,meus livros,minha música,meu cabelo,meu inglês,meu reflexo-? Ou voo,ou explodo. São tantas as pendências,as ocupações que meu cérebro paralisou no tempo-espaço.Está em pane.Agora quase entendo porque aqueles cheios de compromissos têm mais dificuldade para assimilar conteúdos complexos.Haja falta de vida!Se me comprometo a algo, me descomprometo a uma série de outros.Se só encontro a paz no isolamento, que seja!que venha num momento e fique!Meu ideal de liberdade me impele essa vida corrida,essa busca medíocre.

O amor é uma válvula de escape da realidade também,como diria em um daqueles textos de Walter.O amor,mesmo que não exista puro e verdadeiro,fico remoendo dentro de mim.Talvez seja a falta de alguém pra amaciar meu ego e ,sobretudo,pra falar que eu sou importante,especial,essencial;porque não posso ser indiferente a mim mesma.O amor dá razão ao irracional:a vida em si.Se abster dessa ilusão,uma vez já iludida, é uma tarefa dolorosa.São dias inteiros de sofrimento até alcançar a indepência da ''felicidade''.

18/11/13 Me permita derramar alguns litros de sentimentalismo barato nessas páginas jamais impressas, para que eu possa imprimir um pouco do frio que me habita e da ponta do lençol aguada que o sol não evaporou.O silêncio do passado é o silêncio do presente.É o silêncio que nunca terminou porque palavras não exprimem silêncios e eu não sei fazer arte.Só a arte talvez exprimisse essa angústia.
Os dedos que aqui debatem sobre as teclas são débeis e não produzem nada senão consolo.A escrita é o espaço de libertação onde pretendo me refugiar.Se me aprisiono no meu refúgio, permaneço segura.Que se dane a sensatez!Foi assim que você me conheceu: segura,em passeios retilíneos por calçadas planas.E agora?Onde estou?
Em um sonho seu?Que mundinho hiperbólico e imaturo!Imatura eu que não reconheci a estrutura ficcional do nosso ''amor eterno''.Fútil e sem dons artísticos,não pude ler nas suas palmas as marcas visíveis de um futuro distante,não puder decifrar que as feridas das cordas musicais nos separavam drasticamente.São outras minhas feridas.Minhas marcas de ócio e de culpa que não podem gerar qualquer som harmonioso.Não é permitido para essa natureza mundana muito além do som de quebrar de vidros e ranger de portas.Intimamente,me atormenta o latejar desse meu encéfalo .É quando o coração emerge até a superfície do corpo e prejudica o funcionamento adequado do sistema cerebral.
Amor da minha vida, até quando?Talvez de uma vida passada ou futura.Você é do mundo da música; eu, do barulho.Como pude acreditar em sacrifícios se não valia o material da sua palheta?
Me perdoe,Anielle,e perdoe a si mesma pela ingenuidade e pela burrice dos seus raciocínios.Agora só resta dar a paz a ele.Não sei se vai reconhecê-la,o que me aflige.Mas, dessa vez, não poderei parar porque é grande a carga do caminhão que me persegue e preciso ir em frente; planamente,retilíneo.
Não sei se você não reconhece essa melancolia que se apossou de mim ultimamente ou se apenas a ignora.Ficarei aguada até quando?Até mais? Até nunca mais.

-Que cabelos revoltados
-Que pele mais sedosa
-Não sinhô, não tô de lado
Ela é muito é oleosa
-Mais que gestos tão sutis
Que carão tão emblemático
-Deixa eu mexer meus quadris
Deixar tudo escancarado
-Mais que alma tão serena
Mas que alma tão sublime.
- Minha alma é pequena
Há tão pouco que a anime.

Dorme, menino!
veste as fantasias que só os sonhos permitem
viaja no espaço sem limites
antes que a lua fuja na janela.
Dorme, menino!
tu és feliz no teu quarto aberto,
eu no quarto fechado me alegro.
se me seguro me sinto segura.
Dorme, menino!
Tranquilo da vida
se der um terremoto
garanto que te acordo
e a gente se segura no bruto da vida.

Do livro na estante eu fujo
Da tv da sala eu fujo
Seu rosto me encara, eu fujo
Pra onde pra onde?

Da página em branco eu fujo
Do rádio a pilha eu fujo
O chão me segura, eu fujo
Pra onde pra onde?

Eu fujo do acaso, do horizonte
Da matilha de gentes na rua
Da fala prudente, da fala crua
Da gente decente, da gente intrusa

Pra onde pra onde?

Se acaso me visses
Enquanto eu fujo
Diria aflita ‘pra onde pra onde?
Não tens mais amigos, cachorros, amantes,
Sequer inimigo, parentes por perto.

Eu fujo,
Do ritmo constante dos passos
Dos abraços felizes e apertados
Do aperto do final do mês
Da mês do ano do dia
Mas quando, com quem e pra onde?

Se acaso nos visse correndo
No meio das gentes com pressa
Dirias: pra onde pra onde?
Pra onde vai aquele que não tem a si?
Se acaso nos visse em casa
Zizezagueando em um vão
Dirias: pra onde pra onde
Corre esse pensamento vazio?

Não sei se pode a vós parecer
Compreensível a questão:
Nós somos a célula perdida
O elétron fora de órbita,
Nós somos
A estrela não vista
Um amontoado de células
Sem corpo para habitar
Mas move-se em nós
Um palpitar inconstante
Que não me permite calar o espírito.

Se acaso me visse na cama
Falando qualquer idioma
- Pra onde pra onde
Corre essa língua solta
Pra Alemanha pra Roma
Pro fundo do Rio Potengi?
Eu fujo daqui e dali
Dali e daqui também fujo
Se volto é para fugir
Pro poço mais fundo de mim.

De fim em fim, eu não permaneço
Esqueço de permanecer
E se permaneço é um terço
Um terço esqueci de fazer
Um terço levaram os ventos potiguares
Pro prédio mais alto da vida mais rasa.

Eu fujo do assunto
Eu fujo das presilhas de cabelo
Eu fujo da liberdade
se ela me encontra, tenho medo
liberdade é uma coisa difícil de fugir
pode ser viciante.

Eu fujo do sentido, eu fujo
Quanto mais a altas horas da noite,
Não nos peça sentido, não procure
Não procure quem perdido está
Nas extravagancias de si.

Somos nós os esquecidos,
Não se gabe
Fugimos das suas lembranças, fugimos
E muitos nem percebem que estamos ali fugindo
Do borbulhar dos sentimentos humanos.
Eu e nós as vezes cansamos de fugir
E sentamos no banco de uma viela e
Esperamos passar um bonde de nome esquisito
Pra onde pra onde pra onde?
Pra última fuga de nós, a fuga cruel e definida.
Será liberdade a fuga? Fugimos a tanto tanto tempo
Que nem pude ver no espelho
Quanto tempo fugiu de mim.

Poema sem acabamento (ou inacabado)
Cada noite que me deito sem dormir
Cada sombra no escuro do passado
Os fantasmas do passado a me bulir
Me agitam o corpo quente e calado.

Turbilhões de memórias, de problemas
Problemas do passado do presente
Me agitam o corpo quieto e quente...
futuro do passado, me condenas?

Me resta o pesar das pálpebras do dia
À noite, o pesar do corpo absorto
...
Estou cansada. Da agonia,
Do desgosto. (?)
:O

No ínterim da vida, um mal estar, uma despedida
De mim. De quê?
Acho que eu dormi nos intervalos da chegada, da partida.
E a cada despedida eu me pergunto se é o fim

Ontem, morreu um bicho dentro de mim,
E hoje as suas tripas me degolam
Um bicho esguio e luminoso... Sei lá...
Só sei que estava aqui porque agora não está,
E se nunca esteve, tem um espaço aqui pra ele... Vazio, vazio

No ínterim da vida, um não estar, uma despedida...
Assim foi que eu fiquei desfalecida no sofá do quintal velho
Enquanto uma semente que virou broto que virou árvore e virou árvore
De repente, virava árvore que virava broto e virava semente
Semente que se enroscou e bloqueou minha garganta
Semente que dói feito pedra.

O que eu sei é que até ontem havia um caixão por aqui
Um caixão que ninguém abriu
O cadáver... Não sei bem... Mas acho que era morte/por segundo
Talvez por cárcere privado, talvez por conveniência.
O que eu sinto, vejo e ouço é que até hoje fede e bate na madeira inutilmente.

Aconteceu...
No ontem de algum dia
Em algum olhar distante, vazio e doloroso.
Eu não sei... Mas eu me lembro,
Como uma sensação no escuro.

Meu amor
Tanto tempo sozinha
Não podia ser melhor
Pra encontrar alguém pra vida
Pro bom, pro mal e pro pior.
Quando você se instala no portão
Estalam as portas do meu coração.
Eu sei que a rima é pobre
Mas o sentimento é nobre
Me aguenta, então...
Por muito, muito tempo.

Me apanho composta.[...]
Nem uma seta consigo pintar na estrada.[...]
Ô Deus, eu digo enraivada,
esmurrando o ar com meu murrinho de fêmea.[...]
Um preto no cruzamento
olhava atentamente para o fim dos tempos.
Eu olho meu olho fixo.
Como se não houvesse cantochão nem monges.

(Frases do poema 'ruim')

[...]
"Ó pai, duro é este discurso, quem poderá entendê-lo?"
Se abrisse um sol sobre este dia incômodo,
eu rapava com enxada os excrementos,
punha fogo no lixo
e demarcava mais fácil os contornos da vida [...]

(Poema 'discurso')

[...] É uma casa de esquina, indestrutível.
Moro nela quando me lembro,
quando quero acendo o fogo,
as torneiras jorram,
eu fico esperando o noivo,na minha casa aquecida.
Não fica em bairro esta casa
infensa à demolição.
Fica num modo tristonho de certos entardeceres,
quando o que um corpo deseja é outro corpo para escavar.
Um ideia de exílio e túnel.

(Poema 'a casa')

Pensamento sincero e descaprichoso 2
05:03 (Minha nova rotina só tem me permitido dormir depois desse horário)
Andei reavendo minha escrituras do meu querido diário. Sempre gostei de registrar fragmentos da minha vida, e fiz isso sobretudo pela escrita,meu principal meio de libertação. Duas conclusões que resumem minhas impressões sobre esses registros:

1. Eu escrevia terrivelmente mal

Fiquei feliz por ter percebido. Significa que o curso de Letras serviu pra alguma coisa!

2. Eu era terrivelmente criativa

E escrevia cada besteira. Mas de uma maneira criativa, de forma que eu me diverti muito ao reler.Eu sempre me pergunta como foi que pensei nisso e naquilo e não vinha conclusão.Hoje minha escrita é mais automatizada.Uma pena!Espero que eu não ampute a criatividade dos meus alunos no futuro!

Pensamento sincero e descaprichoso
Faleceu a menina que fazia poemas caprichosos para expulsar o rancor. Só resta a mim. As crises já são tão diversas.Esse tempo todo podem dizer que eu não agi ao certo. De fato,eu decepcionaria a mim em ser o que sou que me soubesse antes que fosse. Quantos eus restaram? Quantos desses pensamentos ainda povoam meu imaginário? Talvez eu tenha me tornado mais racional. Agora enumero as hipóteses e opto. Mas hoje não. Eu sinto do fundo do fundo que hoje e ontem (digo, nesse passado) eu queria sofrer. Não sofrer penosamente, mas sentir uma pontinha de tudo isso em mim reverberando.Eu não escrevo mais poemas.Talvez eu gostasse dessa ideia! Afinal, poemas sempre foram uma maneira de botar tudo pra fora.Estou tao contida em mim e nem sei o que fazer. Agora tenho um namorado pra me consolar. Quem tem namorado, não precisa de poema.

Esse sentimento que me consome
Sem nome
Não se interrompe
Não dorme.
Essa angústia infinita de morte
Que grita à alma
E chora
Não vai embora
Rasteja no limiar da vida
E não se precipita
Deixa estar, deixa estar,
?
Desista.

A umidez dos lençóis, o choro amargo
E um silêncio profundo. O que se passa entre a ideia e as lágrimas?
Que sofrimentos tem que eu não escuto?
O cansaço de uma alma perturbada,
Ou melhor, de uma sombra na vida errada,
O erro, o tropeço, a queda, o choro
E a confusão da criança perdida.
A umidez dos lençóis, o choro amargo
No cantinho dos olhos escondido
Não escondes a amargura que a resguarda
Tudo mostra o teu olhar perdido.
Dormem as casas, as estradas, os homens todos,
E não dorme a sombra dolorosa
Da dor, da lívida e assombrosa dor.

Desorientada
Desorientada – porque nenhum outro adjetivo poderia melhor me representar neste momento.
Há algum tempo atrás, meu raciocínio era baseado no meu esforço. Assim, eu garantia a mim mesma que se perder não será por falta de estudo. Mas não consigo mais restituir esse pensamento. Estou muito desestimulada. Não acredito que vá conseguir seguir a carreira docente em plena sanidade mental, não por muito tempo. Nem tão pouco sei para onde devo me dirigir se quiser desistir da licenciatura. Afinal de contas, não quero me graduar duas vezes sem seguir carreira alguma.
O curso de Letras deixa de fazer sentido pra mi a partir do momento que eu desisto da carreira e, por consequência, não tenho vontade de frequentar as aulas ou fazer as atividades e, sobretudo, as leituras. Por outro lado, pra mim é inevitável o sentimento de inferioridade e até de incapacidade que sinto ao ver outras pessoas do curso tirando melhores notas, apresentando trabalhos, viajando, blábláblá.
Tenho medo de ser deixada pra trás. De todas as pessoas próximas a mim agarrarem as oportunidades e eu ficar lá parada no canto do quarto. Confesso, com sinceridade, que também atribuo grande importância à questão salarial. Minha ambição e meu orgulho têm sido meus piores inimigos ultimamente, pois exercem uma pressão hercúlea sobre meus ombros. Como se cada dia que passasse eu andasse um passo pra trás ou todos andassem um passo pra frente. Como se a vida fosse um amontoado de conquistas ou perdas profissionais, segundo uma lógica eminentemente dicotômica.
Eu perdi. Primeiro, porque escolhi um curso de licenciatura. Depois, porque mudei de ideia. Por fim, porque não passei no processo seletivo para mudar de curso.
Eu já tive muitos problemas no curso de Letras desde o segundo semestre e agora estou completamente desnivelada. Me sinto insegura.
Também minha vida pessoa está abalada. É claro que o mal estar da minha irmã mais nova tem me afetado em algum sentido. Fico muito triste e preocupada pelo seu estado. Não deveria ser diferente. Ela precisa mais do que eu de orientação e afeto. Vô também não esteve muito bem esse ano. Mãe está se virando em mil pra auxiliar vô e Joice.Pai é insuportável. Sempre foi. Denise e eu também temos desentendidos vez por outra. Quando ela trás Paulo pra cá é insuportável.
Eu só queria me esquecer de tudo e dormir. E acordar e dormir com a consciência tranquila.

Isso não é um poema

Quebra minhas costelas em um abraço de consolo
Não estou bem, estou além
Absorta, dispersa em mim
E em tudo que sou um pouco me deprime
Meu peito rouco assiste fazer-me de mim migalhas.
Eu só queria um abraço firme de alguém solto
Perdido no mar de pessoas e sonhos...
Pode acordar a minha alma do suplício?
Cada dia, ouço o despertador, e desisto
Um consolo, só um consolo
Arrebatador.
Estou destituída de tudo que sou.
Ouve alguém os meus pecados e me abraça
Eu sentirei que o mundo perdoou a minha ausência.
Depois me joga no precipício dos mistérios
Quero dormir a eternidade terna.
Deixa os vermes morrerem em mim
Agonizando de mãos dadas
Quero sair no pleito da vida
E me despeço com esperança
De que seja a última despedida.

A balança da vida
vacila

À custa do seu reflexo nas margens do espelho dos olhos alheios
Vivendo...
Metade do olho redondo aflito nas gotas da chuva refletido.
E sendo, estando... no rastejar da vida.
Quem dera pudesse ser mais que uma cápsula, querida.
Ser mais que um vulto no tempo.
Teus olhos, teus olhos lívidos e flácidos!
Templo dos meus tormentos,
Calabouço das feridas,
Ou, simplesmente, ferro em brasa.

Mais só em mim
Que a outros nada transfere tua infeliz melancolia.
Só a mim espanta seus espasmos, seu assombroso desejo de não ser.
Só meus olhos nos teus refletem e.
Desce do precipício da vã melancolia
Trás a alma ao corpo e fia o resto, sem pretéritos imperfeitos.

As caras perguntarão:
É tua essa frieza?!
São sabem que dorme nas correntezas. Pedra da feroz cachoeira.
No âmago treme de frio pelo vazio dos corpos. Pela cor opaca das nuvens.
Abraço-te a mim, abraço.
Os braços colados. Dispersos...
Cedo ao movimento das ondas da cachoeira.
Abraço o reflexo das ondas.

- Veja amor, estou toda encharcada.
- Nesse tempo de calor.
- Eu sorvi as nossas lágrimas.
Bebi tudo por amor.

- Deixa tudo destilar.
Deixa tudo diluir.
- Já vou me desarranjar.
Nosso amor... Me destruir.

- Por que fizeste isso?
Nosso lamento é um veneno.
- Tenho por nós compromisso.
Já estou me derretendo.