Coleção pessoal de EdilsonAlves

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Mudar!
É possível
É só perdoar

Saudade é ser, depois de ter.

O bicho papão
A rodear a casa
A criança dorme

Hoje vamos ter poemas...
Lembrei-me de ti
E escrevi Saudade..

A tua voz
Em meu ouvido
Continua viva

Sinto-me em festa
Vou adiante!

30 anos depois.

Amo-te!
Tão devagar
Você continua linda

MOTE:
SÓ NAS DURAS BATALHAS DO REPENTE
É QUE ESPADA DO VERSO É PERMITIDA.

Os germânicos entraram na batalha
Numa guerra feroz contra os romanos
Nesta luta sem trégua foram soberanos
Tendo céu como pano de mortalha.
Nesse solo gentil que agasalha
Os restos mortais da mãe ferida
Neste mastro sem bandeira erguida
Foi perdendo a razão, no solo quente
SÓ NAS DURAS BATALHAS DO REPENTE
É QUE ESPADA DO VERSO É PERMITIDA.

Julio Cesar, na guerra conquistou
Grandes partes das nações antigas
Um guerreiro procurando intrigas
Nos países baixos que passou.
O Duque Carlos, foi embaixador
Fez-se rei, da Espanha embravecida
E Moisés, viu a terra prometida
Mais morreu no SINAI, qual penitente
SÓ NAS DURAS BATALHAS DO REPENTE
É QUE ESPADA DO VERSO É PERMITIDA.

Na segunda guerra mundial
Os alemães destruíram Rotterdam
E o porto de Amsterdam
Também foi atingido no final.
E uma ajuda internacional
Foi o mercúrio jogado na ferida
Sara o corpo, mas não dá a vida
Daqueles que sofreram cruelmente
SÓ NAS DURAS BATALHAS DO REPENTE
É QUE ESPADA DO VERSO É PERMITIDA.

EU VI...

Eu vi
Um ladrão honesto

Eu vi
Um mentiroso falando a verdade

Eu vi
Um velhinho aleijado e cego
Pedir esmola sem necessidade.

Eu vi
Um surdo ouvir um trovão

Eu vi
Um padre negar a cruz

Eu vi
Um justo rejeitando a bíblia

Eu vi
Um ateu aceitar Jesus.

Eu vi
Vi tudo isso que eu já falei

Eu vi
Escrevi tudo quando acordei.

Devagar
Tambem
Se cansa

No mar dos seus olhos, sou apenas marinheiro de primeira viagem.

Meu verso
corre solto
longe da escola

Não importa o que me dizes, a tua opinião é a menos importante nesse instante.

A vida estar chata?
A culpa é sua
Mude!

MEU TERNO


Tirarei meu terno
E, em mangas de camisa.
Irei às casas de baixa-rendas
Ou renda submissa.

Com um vocabulário moderno
Falarei ”do Fome Zero;”
Novas moradias.

Olham-me, iludem-se,
Novos projetos;
Novas ironias.

As crianças olham-me desconfiadas.
As mulheres falam-me de suas dores,
Os homens balbuciam coisas ilegíveis,
Pedirão favores.

Saberei fingir nesse momento.
Usarei a própria dor, por ironia.
Oferecerei meus préstimos na saída.
Receberei um sim, esquecerei por fim.

E, essa gente sofrida.
Que conheceu meu vocabulário moderno,
Por vias de azar.

Vestirei meu terno
Subirei ao pódio
Não voltarei mais lá.

MIRAGEM
(Meus 20 anos)

Além muito longe vejo
Minha sorte
Talvez sufocando em beijos
Minha morte

Caminhando muito longe
Na montanha
Este frade este monge
Acompanha-me

Vejo além no infinito
Meu penar
Talvez caminhando aflito
A chorar

Revivendo meu passado
Meu viver
Talvez fiquemos calados
Ao morrer.

1993

O QUE SINTO?
(Meus 20 anos)

Sinto que tudo que sinto
É a falta de ilusão
É um mito
O que sente meu coração

Sinto que tenho saudade
De tudo que já senti
Na verdade
Da vida que não vivi

Sentimentos que afligem
Esta rosa que nasceu
Que atingem
A rosa que me esqueceu

Nada tenho tudo sinto
Esperança de viver
O que sinto?
Sinto pena de morrer

1993

A poesia é o artesanato da alma.

ESTRANHA MUDANÇA

Moradores de um vale perdido. Tinham como sustento as caças ligeiras, que pegava com seus passos lentos e firmes. Suas casas eram as cavernas, construídas ao querer do tempo.
Suas diversões, a alegria do companheirismo. Seus prazeres puderem ver cada dia, o inicio de um novo horizonte.
Não tinham energia. Carros não os possuíam. Assim sendo, não precisavam desmatar as florestas para construção de novas estradas.
As noites eram silenciosas, ouvia-se de vez enquanto o sorriso de uma criança feliz, que brincava com um javali domesticado.
Moradores de um vale perdido. Passaram a ver durante a noite, luzes, milhares delas. Luzes coloridas, multicores. Carros, computadores.
Um mundo completamente informatizado, televisionado, violado!
Um a um; deixaram as suas caças ligeiras, e os seus passos lentos, suas cavernas úmidas, porém seguras, seu companheirismo, prazeres e alegria.
Suas diversões, agora seriam outras.
Um após outro, trocaram o silêncio do vale, pelo barulho da cidade enfumaçada.
Hoje; já não se encontra o vale perdido. Nem tão pouco os homens das cavernas.
Entre esse povo civilizados.

Temos de nos casar com o amor. Só assim nos aparentamos com Deus.

O amor não espera que os outros peçam, mas investiga a necessidade e doa, antes de ser procurado. Quem ama doa sem ser percebido, para ninguém saber, pois Deus que vê em secreto, em secreto nos dará recompensa.