Coleção pessoal de dia_marti

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Sou, como tu, um riso desgraçado!
Não ser poeta assim como tu és
Para gritar num verso a minha Dor!...

Gritem ao mundo inteiro esta amargura,
Digam isto que sinto que eu não posso!...

E ser-se novo é ter-se o paraíso,
É ter-se a estrada larga, ao sol, florida
Aonde tudo é luz e graça e riso!
Dizem baixinho a rir : "Que linda a vida!..."
Responde a minha Dor : "Que linda a cova!"

Nesse triste convento aonde eu moro,
Noites e dias rezo e grito e choro
E ninguém ouve... ninguém vê... ninguém...

Ao nível da sociedade constatamos uma triste realidade, são muitos os(as) aspirantes a famosos(as) por caminhos enganosos e vergonhosos.

Não sou melhor nem pior do que os contemplados com este brinde, sou é diferente.

Ler, escrever e falar português é maravilhoso. Assim foi, é e sempre será.

Um futuro?
Não, o futuro! Não há dois futuros. Diria, ou melhor digo, o futuro nem sequer é, apenas o será.
Agora... só pertence ao presente.

De pensar até agir
Pode ser grande a distância
Tenho esperança ao sentir
Que posso vencer a ânsia

Tu estás maravilhosa
És frescura no calor
Se te chamasse Mimosa
Tinhas nome de flor
É tão bela como a rosa
Ou uma orquídea, meu amor!

Não construí um sistema de filosofia humana. Tratei de responder apenas às dúvidas e questões do meu espírito.

Sou talvez a visão que alguém sonhou
Alguém que veio ao mundo prá me ver
E que nunca na vida me encontrou

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que fui querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
(...)
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida... (...)
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...

Vivo sozinha em meu castelo: a Dor!
Chora o silêncio... nada... ninguém vem...

- E ser, depois de vir do coração,
O pó, o nada, o sonho dum momento

Completamente formado, o seu olhar ambarino encontrou o meu, e fiquei paralisada pela tristeza que lá vi, e rememorei quando olhava para os olhos dele antes e pensava ver humanidade, bondade, até amor.

Ponderou por momentos se o amor poderia fazer pior do que já lhe fizera a ele. Seria ele ainda capaz de sentir amor?

Quem me dera poder dormir. Mas não podia. Se descansasse - se fechasse os olhos - era como se perdesse pedaços de mim. Como é que podia ser? Como é que podia estar a perder-me?

Havia pessoas assim, para as quais a verdade era demasiado simples e prosaica e sentiam necessidade de a embelezar.