Coleção pessoal de carlinharios

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Uma coisa é eu deixar você ir. Pegar suas coisas, sumir da minha frente, da minha vida. Outra coisa, completamente diferente, é eu seguir. É eu decidir viver sem você e tentar não te amar mais. Te deixar ir eu deixo respeito sua decisão. Te amar eu continuo porque meu coração não tem e nem quer outra opção.

Eu me pergunto por que as pessoas precisam estar a um passo de perder alguém para realmente se darem conta do valor dela. E eu nunca acho resposta. Talvez seja o próprio medo da perda que amplifique o tamanho de algumas. Talvez seja a vida tentando mostrar que não será a mesma sem aqueles sorrisos, aquela presença, aquela diferença. Talvez seja a falta de saber ficar sozinho que desespera quem está prestes a ficar assim.
A gente perde muito tempo com quem não gosta tanto assim, tanto num sentimento de você para com a pessoa quanto de volta. Resumindo, vive uma falta de recíproca absurda.
Declare-se. Só que não apenas com palavras.
Ame-a. Mais do que ela acha que é possível o amor amar. (...)'
Ele, sabe das coisas! ♥

Você não sabe o que eu sinto
Nem como pensando na gente
Eu fico bem
Tenho medo de você não saber
Ou, então, de esconder
O poder que tem

Linda, menina, provoca
Numa foto que nem é a intenção
De fazer isso comigo
Mas como eu explico a falta de foco
Que fica minha vida
Quando abre um sorriso

Tudo converge, tudo atrai
Abrange minha atenção
E da cabeça não sai
Será que você não vê
Que eu fico assim
O que você quer mais?

Tenho medo de você saber
O que eu quero
Fazer com você
E me fazer bem
Sem saber
Do poder que em mim tem

Talvez eu seja um bobo que tenta achar um final feliz pra tudo, mesmo sabendo que, feliz mesmo, é não ter final.

Esqueça as outras meninas que nunca fizeram sentido e não importaram. Esqueça as noites mal dormidas com pessoas vazias e de papel que se desmanchavam ao chegar do dia. Eu estou falando da que realmente importa, da que faz diferença. Daquela que, quando tudo parece que vai desabar, é para os braços dela que você corre. É quem você pergunta como foi o dia, pra quem você quer contar como foi o seu.

É ela. E você sabe.

Eu nunca fui uma moça bem-comportada.
Pudera, nunca tive vocação pra alegria tímida ou pro amor mal resolvido sem soluços.
Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo. Não estou aqui pra que gostem de mim. Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho. E pra seduzir somente o que me acrescenta.
Adoro a poesia e gosto de descascá-la até a fratura exposta da palavra.
A palavra é meu inferno e minha paz.
Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que me deixa exausta.
Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo.
Sei chorar toda encolhida abraçando as pernas.
Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar...
Eu acredito é em suspiros, mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem pra vida da gente.
Acredito em coisas sinceramente compartilhadas.
Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma, no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo.
Eu acredito em profundidades.
E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos.
São eles que me dão a dimensão do que sou.

NEM CERTO, NEM CORRETO

Isso não tá correto, eu digo.

Não mesmo, ela concorda.

Mas nem adianta. Cinco segundos depois as línguas se encontram as minhas mãos estão sendo preenchidas pelo pano da saia dela, pelo algodão da blusa e, volta e meia, pelos cabelos dela. Parece o balé de um polvo que tenta percorrer toda extensão de um corpo em pouquíssimo tempo. Aprendi isso com um amigo que dizia ser preciso ter “mãos espertas”. “Bobas” eram aquelas que se deixavam pegar paradas em algum lugar por muito tempo.

Eu gosto dela.

Gosto do que a presença dela faz comigo e de todas as outras sensações que vem junto. Ela fala que é química, eu curto a física e a gente vai fazendo a matemática de ser um mais um multiplicados por uma vontade em ebulição. Pra continuar no assunto, sinto um ímã nela que me chama. Mal sei como aguentei tanto tempo com essa reclamação em mim a pedindo toda vez que passava na rua dela. Ou só de lembrar mesmo.

E, sei lá, tem pessoas que não precisam de motivos para serem lembradas. Era e é assim com ela. Nem ao menos é o fato de terem sido esquecidas em algum momento, mas porque já fazem parte da rotina boa de completar os nossos dias com suas presenças. Ainda que essas presenças sejam apenas na nossa cabeça.

Errado. A palavra martelava na cabeça. Mal dava tempo da saliva arrefecer o ímpeto que a culpa já entrava com tudo. Por quê? Bom, digamos que nossos caminhos se cruzaram quando não deviam, mas as transgressões que praticávamos estão liberadas hoje. Ninguém deve nada, só que ainda pesa o histórico. A gente se confia, sim, pra realizar os desejos um do outro. Passar disso, não sei. Desde sempre foi assim. Meio torto, meio errado. Ainda assim, coerente.

A gente se gosta. Claro e certo.
Foda-se o correto.

Eu tenho meus problemas. Nunca os escondi. Defeitos? Um monte também. O que faço é deixar quem me cerca confortável o suficiente para não querer sair correndo assim que começa a me conhecer de verdade. Olhando pra mim mesmo, sou meu pior inimigo de longe. A maioria das barreiras sou eu mesmo quem me imponho. Não que seja egoísta a tal ponto, mas é um desafio ser eu mesmo e sempre tentar melhorar. Não sou um problema matemático para ser resolvido com fórmulas, mas, talvez, seja um quebra-cabeça procurando as peças que me completem com jeito. Longe de querer ser perfeito. (Gustavo Lacombe)

Sou admirador daqueles amores que, ainda que cheios de "até logos" não se despedem de fato. Guardam-se na saudade e aguardam na vontade de dizer "volta logo".

Já conheci muita gente
Gostei de alguns garotos
Mas depois de você
Os outros são os outros

A pessoa certa vai amar todas as coisas que a pessoa errada achava que eram problemas em você.

"Só posso ser inteiro ao me dividir contigo".

Vou te complicar

Vou te complicar. No próximo abraço, pequena, vou te apertar mais que o costume e vou fazer tua boca encostar meu pescoço. Ali, duvido que teus lábios resistam à tentação que a eles se oferece. Do beijo premeditado, vou dizer alguma coisa no seu ouvido que vai ecoar pela sua cabeça e descer, lentamente, como uma mão atrevida passeando pela barriga até o pé. E depois eu troco de lado, sussurro outro segredo pra compensar o peso. Cada orelha leva uma mordida, uma confidência e um arrepio.

Vou dificultar as coisas pra ti, moça bonita. Assim que te pousar – no próximo abraço vou arrancar seus pés do chão – vou encarar seus olhinhos que já terão se aberto depois daquilo. Cronometrando os segundos em que mantemos contato, num passe de mágica vou sumir com o mundo ao redor. Não importa em que condições climáticas ou emocionais nos encontremos, só restará eu e você no ilusionismo da atração. Aos poucos, num redemoinho, tudo volta ao lugar. Meus braços, relaxando, começam a soltar o seu corpo.

Vou te decifrar mais a cada instante. Com medo que eu te descubra e te apresente a cura (apesar de não existir mal nenhum), você vai ensaiar um passo pra longe, uma repulsão instintiva de quem se sente caçado. Tua mãos, entretanto, ainda comigo em contato, vai ser puxada de volta num leve gesto de quem não quer te deixar ir embora. Agora de costas, ou meio de lado, meio torta, vai evitar me olhar. Nessa hora eu não prometo estar sem sorrir, menina. E quem foi que disse que eu deixaria tua presença feminina, que me desperta e contamina meu ar com um essência tão boa, rapidamente se afastar.

Vou te quebrar. Talvez você não entenda de onde surge a vontade onde só existia medo. Espera o pior de mim, e é bom mesmo que fique esperando. É que mudou alguma coisa, não em mim, mas em nós. E seria tão melhor se tivesse ficado como estava, né? Não. Seríamos cada metade da história vagando por aí, pequena, sem ao menos ter o vislumbre de imaginar para onde escoa esse sentimento.

Lado contrário da cama, cá estou eu mirando o teto. Deitei na esquerda hoje, nada de rolar pra direita. Ali, entre a realidade do cheiro do lençol limpo invadindo meu olfato e a ilusão de sentir o seu perfume corroendo minha imaginação, deixo meu corpo encontrar o colchão e sentir o formato do seu corpo. Te abraçávamos toda noite sorrindo, eu e a espuma que acabou moldando. Agora tudo parece vazio demais sem você.

A cama, a vida, eu.

Quando te conheci meu coração chegou a parar por um instante. Não sei o que houve naquele dia. Mas juro que ele chegou a parar. Pra depois recomeçar... eu nunca havia sentido aquilo tudo. Nem sei definir o que seria o "tudo", mas foi tudo mesmo. Quando nos apaixonamos, nos sentimos grandes. Maiores que o céu. E o mar. E o ar. E as estrelas também.

Todo dia – Gustavo Lacombe

Todo dia o mesmo rosto. Quando não é ao lado na cama, é na mensagem de boa noite que chegou um pouco depois de eu me deitar ou no chat da rede que pula assim que desbloqueio o celular e calo o despertador. Todo dia o mesmo sorriso. Consigo ver um pouco do seu dente torto na frente embaixo, que em nada compromete a beleza nem o encantamento, mas é o suficiente para você reclamar que precisa corrigi-lo. Bobeira.

Todo dia o mesmo corpo. Quer dizer, queria eu que houvesse cama todo dia, mas temos que nos limitar aos dias em que podemos estar juntos. Não morar junto tem as suas desvantagens, apesar de você sempre enumerar as coisas boas. Cada um tem seu espaço, vive repetindo. Todo dia a mesma voz no ouvido. Se não no escuro do quarto, na ligação no meio da tarde só pra saber como tá o dia.

Todo dia o mesmo problema. Se não é o mesmo (a balança que insiste em dizer que você precisa emagrecer), os novos que encontram em mim um perfeito pára-raio. Tudo bem. Divida comigo as tristezas, multiplique a felicidade. Todo dia as mesmas manias. Eu posso jurar que você tem TOC. Você pode jurar que eu tenho implicância mesmo.

Todo dia. Já tem um tempo. Apesar de todas as diferenças, todo dia a gente levanta sabendo que se completa. Todo dia. Pode parecer enjoativo, e não fugimos da responsabilidade de tentar correr disso. Quem me pergunta se nunca pensei que poderia ter outras possibilidades, outras histórias, conhecer outras pessoas, sempre me escuta respondendo do mesmo jeito: não seria eu. Todo dia vejo o rosto dela e tenho certeza de que eu nasci pra isso. Nasci pra só amar essa mulher.

Todo dia, pelo resto dos nossos dias.

O bom é que, para se apaixonar, não precisa ser sábado, não precisa estar sol, não precisa ser o melhor momento, não precisa ser o dia em que nos sentimos bem, não precisa querer, não precisa conhecer a outra pessoa tão bem, não precisa de contrato, não precisa de pré-aprovação de crédito, não precisa estar com o coração desocupado, não precisa de que os planeta se alinhem com a Terra. Aliás, não é preciso quase nada, nem ao menos saber o que é estar apaixonado. Mais, nem ao menos é necessário estar prestando atenção. A gente se apaixona, às vezes, sem nem ao menos perceber como isso aconteceu. Quando vê, já foi.

Para se apaixonar, basta estar vivo.

Você dobrou e desdobrou o meu coração com a facilidade de alguém que brinca com origamis. Veio sem razão aparente sambar bonitinho dentro do meu coração. Onde versam prosas sem nexos e poemas sem pretensões .

Que eu quebre a cara uma segunda, terceira e quantas vezes for necessário. Mas, que eu nunca desista de tentar e recomeçar. Que eu tenha a coragem necessária de abraçar todas as oportunidades que vierem de encontro a mim, mas que eu saiba cortar pela raiz aquilo que definitivamente não tem futuro. Que eu não perca a esperança no amor, que eu tenha fé e mesmo que a vida me dê outra rasteira eu continue tentando.
E tentando, tentando e tentando.

Eu sinto muito, muito, muito mesmo. Sinto por ter perdido aquilo que nos unia, deixado que o meu coração esvaziasse do sentimento bonito que te dedicava, por não ter dito: “você é importante para mim, amigo.” Então eu preferi que o adeus [não dito] enterrasse a nossa relação. E doeu, dói, doerá. Porque não há como simplesmente desconectar do mundo, fingir que você não existe, dizer que você não pertence a minha vida de alguma forma. Os textos mais bonitos que escrevi na vida foram dedicados a você e os mais tristes [uma tristeza-alegre-masoquista] também. É que você, meu amigo, batia em uníssono com o meu coração. E eu me pergunto: “o que eu vou fazer com tantas linhas escritas no livro da minha vida?” Mas você não me responderá, você não quer responder. E eu fico pensando que a vida nos uniu naquela época para sermos alicerces, em alguns momentos, um ao outro. Só que você se doou e eu, por vezes, deixei a desejar. E você me dói todos os dias, todas as horas, todos os minutos. Porque não dá para ouvir alguém chamar o outro de “bonito” e eu não me lembrar de ti. E então eu compreendo que alguns relacionamentos terminam para preservar aquilo que há de bom. Só que não queria que tivesse terminado.
Não assim.

Talvez eu queira uma casa com varanda, um parquinho de areia e um jardim com margaridas. Talvez eu queira um tapete branco, uma estante abarrotada de livros, um gato siamês para me "matar" de espirros e uma caneca de 500ml para tomar café aos domingos. Talvez eu queira viajar ao exterior, sentar sob a Torre Eiffel e escrever alguns poemas ou escrever cartas em garrafas jogando-as em seguida ao mar. Talvez eu queira um amor de filme água com açúcar, um amor enlouquecido e cheio de intrigas ou talvez eu queira apenas um amor sereno. Talvez eu queira uma casa, alguns finais de semana na roça, meus filhos brincando de pique-cola e um cafuné a toda hora.
Talvez eu queira tudo. Talvez eu queira nada.

Quando eu era pequena achava que somente quedas doíam e por algum tempo achei isso. Depois eu descobri que algumas pessoas tinham o poder de doer. E doem de forma latente, cortante e profunda. É uma dor fina que te sufoca e aos poucos rouba o teu ar. Elas doem, doem e doem. E por doer tanto eu não consigo escrever nada mais que isso, termino com reticências. O ponto não me finaliza, infelizmente...

Não precisamos nos dobrar para que alguém goste de nós, mudar a aparência, deixar nos conceitos e princípios de lado. O amor verdadeiro te reconhecerá nas tuas falhas, nos teus defeitos. Não adianta fabricar-se na intenção de conquistar alguém. A conquista deve ser verdadeira, simples e nunca maquiada.
Ame-se acima de tudo.

Dificilmente te socorrem quando há apenas gritos. Espera-se que haja fogo, que a fumaça indique a tragédia. A maioria das vezes a destruição acontece silenciosa e não há quem salve aquele que ficou dentro das chamas.

E te olhar na minha timidez e reservas. Apenas olhar. Porque são nos olhos que vejo a essência, aquilo que busco compreender. São as portas que desejo abrir, a casa que anseio em morar. Ah, seus olhos. Só os teus olhos é que me fazem amar.

Ele não é o destino. É um cara. Existem muitos destinos. Ele é só um cara que mal sabe escolher os próprios perfumes, que mal se importa com a sua existência, é só um cara que não te liga quando você esta mal. É um cara que não tem noção de como você gostaria de estar ao lado dele num final de semana qualquer. Ele não sabe sangrar, não sabe que nome daria a um filho, não pode ficar mais tempo. Ele é só um cara perdido como muitos outros caras que você encontrou, e perdeu. Ele é só um cara. E você já esqueceu outros caras antes…”

“Não acredito em nenhum homem porque, infelizmente, tenho muitos amigos e, pra piorar, nasci espertinha.”

Se você estiver ocupado demais para me ligar, eu vou entender. Se você não tiver tempo para me mandar mensagens, eu vou entender. Se você tiver fazendo algo mais importante e não puder me ver, eu vou entender. Se você fingir que não está nem ai pros meus sentimentos e continuar me ignorando, eu vou entender. Se você continuar desperdiçando seu tempo de vida com coisas fúteis, eu vou entender. Mas se eu parar de te procurar, aí é a sua vez de me entender.

Quero mudanças repentinas de rota e atalhos inesperados que não necessariamente precisem ser atalhos. Quero é que me tirem da mesmice. E que, sei lá, não haja uma consciência politicamente correta me acompanhando, mas aquilo de ser livre o bastante para defender o que penso e colecionar as críticas das quais não importo muito. Quero o prazer de ser quem eu sou.

Amor, eu desisto.

Desisto de ficar longe de você, de ter feito promessas estúpidas, de ter lutado tanto e agora não aproveitar a oportunidade, desisto de não viver essa história, desisto de não aproveitar o seu perdão, desisto de não tentar escrever mais e mais tudo que sonhamos juntos. Desisto de não cumprir nosso destino.

Desisto de arrumar desculpas, desisto de olhar seu nome e não me importar, desisto de ter saudade e não poder matá-la, desisto de olhar as estrelas e não alguém do meu lado pra me abraçar, desisto de dormir sozinho sonhando com o seu abraço, desisto de manter essa distância irreal entre a gente, desisto de ficar longe do seu calor, desisto de não querer ouvir a sua voz. Desisto de fingir que estou bem.

Desisto de passar a madrugada escrevendo pra você e saber que você lê e não pode fazer nada, desisto de tocar as músicas que fiz pra você sem te ter comigo, desisto de lembrar e ficar apenas aí, desisto de entrar no banho e ter que ficar com a memória de nós dois juntos no box, desisto de querer arrumar outro amor se só existe o seu. Desisto de tudo que me afasta e não me leva pra junto do nosso querer.

Por fim, desisto de amar se não puder conjugar esse verbo com você.