Coleção pessoal de camilasenna

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Não tenho medo do escuro
Nem de bicho papão.
Minha vida você não toca,
A mesma, está nas mãos do Leão!

Na constância dos meus versos barulhentos...
Busco a serenidade...
Me acho, me aceito!
Desfazendo qualquer tipo de preconceito.

...
Minha alma se trata num convento profano,
Do seu corpo bendito, mais insano.
Fico louca, sadia,
Mais curada... De qualquer sensação fria.

Não tem lei que me prenda,
Pois sou da avessa...
Viro a mesa toda vez que preciso.
Da ideologia, não sei...
Por que a minha, eu mesma a criei.
Não faço versos letrados...
Faço versos marcados, que são, para mim, sustento!...
Erudito em mim, só meu coração.
Meu conhecimento vem da minha vivência.
Da calçada pintada, das experiências cravadas!...
A vida ávida que mora em mim, precisa, anseia...Ser livre!

Esse está torto...
A mil léguas daqui.
Deixou um buraco,
Estou esperta... Não quero cair!
Nasci para sorrir
Mulher no exterior,
Menina para sempre!...
Desejando prosseguir sem dor!
Deixaram-me de herança...
Defeitos incorrigíveis
Mais eu sou moldável...
Eu sou simples.

Vem,
Você cabe aqui...
Sem estratégia
Sem prévia.

Quero ouvir
Você dizendo “sim”...
O sim do meu pecado
Sendo desfrutado por você em mim.

Ando distraída para o alheio...
Estou atenta para meu profundo âmago
Estão desassossegados com a calmaria do meu semblante...
Vez em quando eu sou mesmo intrigante.
Não estou a fim de ser barulhenta...
Um pouco de silêncio às vezes faz bem ao corpo e a mente.
Andam-me cobrando o inútil...
Mal sabem que estou focada nas linhas do livro da minha
vida...
Metade feliz, metade sofrida.
Estou caminhando...
Quando canso, paro, observo e continuo...
Vasculhando e descobrindo cada fragmento do meu mundo.

Quando ferida por palavras e usada pela vida...
Desabo, choro, grito.
Sinto que às vezes preciso-me afogar em lágrimas...
Redescobrindo oásis enterrados em minhas entranhas.
Quando a injustiça me visita devorando-me a alma,
É questão de honra expulsá-la do meu jardim,
Que é para não impregnar meus jasmins.
Quando tudo parece estacionar,
Tenho certeza que estou no caminho delineado...
Cheios de espinhos, os mesmos se converterão em lírios...
Cedo ou tarde,
Sei que encontrarei uma trilha colorida para o mundo além.

Nascida no Estácio de Sá
Ariana de março
Poeta sem berço
Casada por livre e espontânea vontade.
Mãe, por ser abençoada.
Mulher por natureza e puro ímpeto.
Sou ponto.
Sou vírgula,
Sou reticências...
Sou revoltada interrogação?
Sou loucura serena, intensa e quente exclamação!
Sou todo esse palavreado andarilhando o mundo...
Sou luz e vago no breu
Meu sorriso largo mascara a ausência, a carência...
Sou todo esse barulho dos meus versos desnudos...
Sou urgência!
Prazer...

...
Por um momento,

Não se ouvia mais palavras.
Elas estavam no coração...
Sendo derramadas num beijo...

Que jorrava paixão.

...

Poluição visual
Banalização normal
Não tem olho nu
Reveste-se de ouro e fede.

Teias encobrem sua retina
Seu gosto bom pela vida
Vida? - Vazia.
Os sentimentos inefáveis, já não fazem milagre.

O feio é interno
Ninguém diz
Ninguém sabe
Ninguém nota.

Truque barato
Sem questão
Sem glória
Pura apelação.

Bala no bolso
Uma pinga na boca
Uma chica na cama
E tudo rima.

Quando olhar para trás, não adianta mais.
Valores vão embora.
O que fica, é o amor para contar história.
Até o mesmo vai sumir da memória

O pão que hoje você não dá valor
Cuidado! Ele pode fazer falta amanhã
Sendo o único suprimento
Para saciar seu tormento.

A humilhação é insistente e desde sempre me atormenta.
Mas sou dura na queda!...
Não permito-me ser submissa...
Não me faço de vítima, sou indomável!

A vida me apresentou pessoas vaidosas
Pessoas orgulhosas, cheias de si.
Tentando fazer a todo instante, com que eu me achasse sem valia...
Pessoas teóricas e frias. - eu sou mulher de prática, de emoção, de fantasia!

Não aceito humilhação. Embora algumas vezes,
A mesma me confronte, me encare, me desafie!
Mas não sou fraca, sou idealista.
Sou Minha Alquimista.

Em dias insípidos, busco o agridoce.
Em dias cortantes, faço-me flexível.
Em dias frios, visto-me de sol.
Em dias sem paixão, não adianta, perco o ímpeto!

Entro em crise na esfera coração!
Busco sinceridade e dou de cara com a soberba.
Sou feliz um dia. E os outros não!
Tenho tudo! Mas não tenho nada!

Será que a vida para mim já basta!
Que mistério é esse?
Indago...
Quero colher o fruto, mas ele nunca está maduro.

Está tudo errado!
O meu passado...
O meu presente.
O futuro não se mostra, quero apenas uma simplória resposta.

Sei que tenho a marca,
Sei que tenho o dom,
Sei que sou sacerdotisa,
Mas estão brincando de pique esconde comigo!

Sou de carne e osso, à espera do alvoroço.
Sou de sangue e vida, à espera da quimera.
Sagrada e desejada é a paz para mim!...
Tenho-a tatuado em meu corpo, ela sim! Deixo-me possuir!

Garçom, por favor! Uma cerveja.
Um isqueiro também... Esqueci do meu!
Ei, não me olha assim,
Olhe para dentro de si.
Não perca seu tempo recriminando-me,
Gastando seu dedo torto sobre mim.
Não se preocupe comigo, meu bem!
O veneno que mata,
Que apaga a alma,
Não faço uso!
Garçom, por favor! Mais uma cerveja!
Traga o isqueiro de novo,
Quero fumar mais um cigarro!

Desço a escada pálida, apressada...
Carregada com minha jornada
Com toda essa carga
Dou de cara com um labirinto.

Nele minhas roupas rasgadas
Espalhadas...
Começo a costurar,
A unir meus pedaços, misturado com meus traços.

Fico tentando ver se me acho
Se me sinto... Se grito,
Que silêncio de solidão,
Quero ouvir a melodia, que me deixa em harmonia.

Que caia do teto essa tarde chuvosa...
Mesquinha,
Fria,
Mal-amada, que assolou meus dias.

Fico em desatino
Rasgo a pele
Cuspo em vermes
Me atiro no chão.

Quero solução...
Não quero razão.
Quero provisão...
Não quero suposição.

Vou correr mato a dentro
Desmantando meus sentimentos
Procurando o vilão
Quero encarar, quero-me aprofundar.

A história que pregaram-me a peça,
É minha...
Eu sou a atriz. Dona do meu nariz.
Não aceito teatro mal ensaiado.

Quero compromisso com minhas raízes
Se tiver que libertá-las,
Uso meu instrumento sagrado,
Minhas mãos.

Ah, que tranquilo...
Estar completando
Meus vinte e cinco anos.
Tendo meu momento: "recordações"...
Lembrei-me de tudo até aqui.
Dos vestidos floridos,
Do quintal e as brincadeiras com os primos.
Ri sozinha lembrando-me do tombo de bicicleta,
Dos doces preferidos.
Morri de saudade do meu primeiro cachorro: "o Xuxo".
Da vó descascando laranja,
Do meu vô Laudy, torcedor do fluminense,
Que era tudo para mim.
Do vô Taica, que era portelense
Com raízes em Realengo,
Cheio do samba no pé.
Apertou o coração quando pensei no Juninho,
Meu tio, meu preferido, meu Down.
Diante de tantas lembranças,
Uma fez-me encher os olhos de lágrimas soltas,
Uma fez-me pulsar descompassado o coração...
Foi imaginando meu pai vendo-me completar vinte e cinco anos...
O abraço,
O sorriso nos lábios,
A satisfação de ver sua filha mais velha,
Ser gente boa,
Cheia de defeitos
Mas com princípios e preceitos.
Nasci no dia 27 de março de 1986, no Estácio de Sá, na Cidade Maravilhosa.
Hoje, no dia 27 de março de 2011, completo meus vinte e cinco anos.
Obrigada, Senhor, por ter chegado até aqui!

May 12th, 2011


A dona do meu coração, Sou Eu…!
Tenho minha guarda garantida.
Quando quero visto minha farda de bem resolvida…
E ando sem medo pelas veredas da vida.

Guerra de versos
Sementes que prezo...
Criadores que detesto,
Falo o que quero.

Falo forte,
Não sou do norte.
Sou carioca,
Com veias vertiginosas.

Não sou fácil,
Nem muito difícil...
Sou geniosa,
Sou moldável.

Uma menina...
Uma pantera no cio.
Uma mulher...
Uma fera destilando amor.

Sou de controvérsias...
Não me aplique matérias,
Tiro nota ruim.
Meu boletim é péssimo.

Só faço o que desejo.
Se me cantar a pedra,
Falar a rima,
Dominar a gíria, não me excito.

Sobrevivo de malabarismo...
Retocando o quarto,
Cheiro novo no pescoço,
Nem sempre no salto.

Meus lençóis são intrigueiros
Troco-os sempre!...
Odeio o rotineiro.
Gosto de suor, gosto de flagra.

Me enoja a mão fria
O puritanismo barato
A poeira vazia no quarto
A mesmice incorporada.

Meus olhos são mais que castanhos,
São multicores.
Minha boca é mais que bonita,
É meu cartaz aberto ao público.
Minha pele não é só alva,
Tem marcas negras como tatuagem, eternas...
Meu corpo é mais que aparência
É meu instrumento sagrado, bendito, colocado em holocausto se for preciso.
Minhas mãos são mais que delicadas,
São fortes, capazes...
Elas escrevem o grito da minha alma.

Meu sonho,
É o mesmo de quando criança...
Mudou o caminho,
Por sorte, entrei no alinho.

Sinto falta do cheiro do antigo lar,
Do olhar do meu pai.
Da felicidade que tinha e não sabia,
Hoje sei.

Sei que não existe
Família melhor ou pior...
Existem pessoas diferentes,
Mas que se amam intrinsecamente.

Eu fiz o que toda criança faz:
Brincar.
Eu fui o que todo adolescente é:
Rebelde.

Hoje eu faço poesia,
Rimo minha vida,
Decoro meu coração,
Me peço perdão.

Entendo minha arte,
Sou chamada de "mãe".
Arrependo-me de ter dito
Poucos e longos "te amo".

Meu coração é apertadinho...
Bem no fundo do lago negro
Dos meus expressivos olhos,
Nada a tristeza, boia a solidão.

Mesmo com minhas marcas...
Já decidi! Vou continuar...
Preciso continuar
Continuar a sonhar.

Não quero falar,
Quero gritar... É gritar!
O grito mais brando, com a voz mais suave,
Com o sorriso mais aberto o quanto eu quero por toda minha vida, te amar!...