Coleção pessoal de bodstein

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⁠Na ânsia de demonstra-lo às pessoas que amamos, podemos exagerar nas expressões de afeto sem lembrar que cada qual externa sentimentos de uma maneira própria. Precisamos estar sensíveis à sua forma de ser, e dizer-lhes de nosso amor em cada atitude do convívio de forma a lhes passar essa certeza pela percepção delas, e não pela frequência com que o dizemos.

⁠Não há que se sentir tristeza diante da fala de um idiota, pois que isso é da natureza dele. O que deve despertar tristeza é a constatação de que existem muitos outros idiotas se acreditando inteligentes para aplaudi-lo.

⁠Algumas vezes aceitamos relevar um ato muito grave após seu autor se apresentar desta vez com uma postura gentil, esquecendo-nos de que mudanças acontecem a partir de decisões, e não de gentilezas.

⁠A vida de cada um é uma construção que podemos levantar com material de boa ou de má qualidade, e onde cada tijolo acrescido tem preço e prazo de garantia. Podemos optar por trocar os ruins e inconsistentes dentro do “timing” certo, legando às gerações seguintes uma construção sólida que talvez nem seja usada por nós, ou então preferir o pré-moldado de montagem rápida para usufruir dela ao máximo, mas que não estará de pé depois que nos formos. A construção é uma escolha só nossa, mas não sua aprovação, pois o percebido no fim é o conjunto da obra.

⁠Quando trocamos o foco dos nossos dramas pessoais pela amplitude da visão sistêmica, muitas coisas que permaneceram obscuras por muito tempo magicamente são trazidas à luz, permitindo-nos não só compreender cada uma delas como também suas ligações com milhares de outras aparentemente desconexas, mas que trazem resposta para muito do que nos chegou, numa sequência agora inteligível a partir de seu ponto de origem. Mas apenas refazer o caminho percorrido não é o bastante, se não soubermos o que fazer com o resultado. É o processamento adequado da descoberta, neste exato agora, que nos permitirá retomar o curso que deveria ter sido feito, não fossem os desvios que sofreu.

⁠Muitos de seus desejos podem ser concretizados até no último de seus dias, mas para se mostrarem úteis existe um prazo de validade.

⁠Todo o gigantismo de uma floresta capaz de cobrir o planeta já se encontra instalado no interior de uma minúscula semente.

⁠Os mistérios do universo deixam de nos inquietar quando trocamos a estafante busca por respostas pelo exercício ininterrupto e gratificante de formular as perguntas certas.

⁠Escolha trocar todas as suas chaves por uma chave-mestra que lhe permita abrir qualquer porta.

⁠O futuro não é fruto do acaso nem do dinheiro, pois que a desdita não distingue milionários de aventureiros. O que o torna mais seguro é trocar previsão por prevenção, que esta lhe dará as chaves da provisão.

⁠O coração só precisa sentir a esperança entrando para construir todo o resto.

⁠Quando trocamos as queixas pela autoconfiança nos tornamos aptos a mudar o mundo.

⁠A dor é o mais rigoroso dos nossos mestres, mas também o mais didático e competente.

⁠Se periodicamente olharmos para o ontem e não enxergarmos um homem diferente, é certo que estivemos fazendo tudo errado.

⁠Dificuldade e oportunidade são gêmeos univitelinos que sempre andam juntos. Só precisamos escolher qual deles incluir no time.

⁠Sabemos que nos distanciamos de nossa alegria quando lamentar as coisas que perdemos ocupa mais espaço na alma do que a gratidão por tudo que nos proporcionaram.

⁠Pode-se ser crítico ferrenho e sistemático da má política desde que isso não nos deixe insensíveis ao perfume e à beleza de uma flor. O antídoto contra a amargura é não olhar as coisas sempre pela mesma lente, nem torna-la refratária à multiplicidade das cores. Lembrando Guevara, há que se mostrar duro quando preciso, mas sem nunca abrir mão da ternura.

⁠O mundo não é bom ou ruim conforme os parâmetros usados para descrevê-lo, mas apenas um reflexo do que trazemos em nós mesmos. Desse modo só conseguirá ver beleza nele quem se mostrar apaixonado pela própria existência.

⁠Quem doa o que tem de melhor se arrepende depois? Não conheço ninguém que se sentiu assim a menos que o tenha feito para ter algo em troca, em lugar de vê-lo como o que precisava ser feito.

⁠Felicidade não é nada que se encontre nas lojas ou em livros de autoajuda. Os ingleses a chamariam de “handmade” e “self built”, já que você mesmo precisa construí-la, e com a habilidade de um produto artesanal que só você sabe fazer.