Coleção pessoal de AlessandroLoBianco
Cinco anos... e hoje é o seu aniversário! Daqui a alguns anos, você, curiosa como é, virá aqui fuxicar a timeline do papai, e vai encontrar esse post. Vai descobrir que, nesse dia 26, o coração do papai não parava quieto no peito, de tanta vontade de agradecer sua vida e tudo que ela trouxe pra mim. Era só um rapaz até você me fazer um homem de verdade. Se antes tinham tantas pessoas em minha vida, hoje você me fez dar valor e enxergar quem são os meus verdadeiros amigos, colegas de profissão, familiares, e todas as coisas que se tornaram obsoletas ou importantes. No começo você só me olhava e ria. Depois, passou a rir e falar papá. Aliais, papá, não... Falava pápa! Passou então a questionar o mundo apontando e olhando pra mim esperando respostas, antes mesmo de falar, e depois que as palavras vieram trouxeram, com elas, toda sua identidade em minha vida por completo. Viemos de algum lugar e trazemos coisas conosco. Você me ensinou isso. Comecei a acreditar em mais coisas por sua causa. Ao seu lado, descobri que eu também não sabia nada sobre esse mundo; passamos a descobrir juntos e você me deu de volta o que jamais pensei ganhar, uma oportunidade de voltar a ser criança, no sentido mais feliz que isso pareça. Entendi o que era a felicidade. Com você passei a rir do barulho de um pum, quando um copo cai no chão e quebra, passamos a conversar, dividir preocupações, esperanças, angústias, minha vida mudava a cada dia que você caía no parquinho e vinha pra mim com os braços abertos em busca de segurança e proteção. Hoje, mesmo com seus cinco aninhos, por vezes você me deixa sem saber o que pensar. Esse ano ainda não deu pra te dar a festa da Frozen que você tanto queria, mas eu te dou o meu amor, minha amizade, meu colo, minha preocupação, proteção absoluta de pai, que vale por todos os dias enquanto eu estiver vivo: a melhor história que eu sou capaz de contar, as melhores vozes que sou capaz de imitar, a melhor dança que eu consigo dançar, a melhor música que eu sei cantar, o melhor "monstro" que eu sei fazer, as melhores mágicas que eu aprendi pra te impressionar, o melhor prato, a melhor luta de sabre de luz do StarWas, o melhor fantasma com o maior lençol, os maiores sustos estourando as maiores sacolas plásticas, o mais ridículo que sei parecer pra você rir doente no hospital, o melhor de mim como pai, com a maior cobrança que tudo isso exige, porque você é a melhor filha desse mundo, muito mais do que eu como pai. Feliz aniversário. São cinco anos que não cabem num post, numa gargalhada de felicidade, numa lágrima de preocupação, cinco anos de aprendizado que, se eu não fosse pai, não saberia nem vivendo mil anos aqui. Obrigado por tudo. Te amo demais! "Te amo bem grandão". Te amo pra sempre e cada vez mais. Quando descobrir sozinha esse post, se eu não estiver mais aqui, jogue apenas com as mãos aquele nosso "beijo voador" pro céu, como jogávamos de uma calçada pra outra, pois saberei pegá-lo. Do contrário, em qualquer hipótese, venha aqui e me dê um abraço demorado, um beijo, vamos passar juntos esse dia e brincar novamente! Me leve desta vez pra um lugar que eu levava você e que ficou em seu coração. Seu amor me ajudará a crescer pra sempre e eu irei retribuir isso por toda eternidade. Feliz aniversário. 26/11/2017
Hoje, 5h já estava tomando um bom café da manhã; saí de casa 5h30 em ponto pra correr. Foram 10 km no marcador. No final da corrida, a lanchonete começava a abrir; tomei um suco verde batido na hora com água de coco e proteinato, e pensei em dar um mergulho no mar antes de voltar. Olhei no relógio e ainda eram 6h23, o sol subindo lindamente; Fui pra água, já esperando a recompensa pela boa corrida; quando mergulhei, tchum! Acordei. Eram 8h!! Levantei, tomei uma xícara de café, fumei um cigarro e comecei a trabalhar.
A gente sofre nessa vida em nossa busca solitária pelos nossos sonhos. As vezes nos sentimos culpados e "adúlteros" com nós mesmos quando insistimos em virar a cara para os pensamentos que tentam nos desestimular diariamente. Parece que estamos mesmo sendo colocados à prova todos os dias. Sentimos, por vezes, uma barreira entre nós, face ao que fomos, somos ou ainda poderemos ser, e os outros. Por vezes somos vítimas de um efeito psicossomático que perturba essa busca que empreendemos - mais por vício de nos tornarmos alguma coisa do que por necessidade. Tentamos, inutilmente, afastar lembranças nessa busca, mas, o que conseguimos, muitas vezes, é uma satisfação incompleta. E, por isso, vamos vivendo desinteressados, ocos, indiferentes. Quase vazios de sentimentos, ante a maldade que o destino faz com a maioria de nós, pelo acaso. Muitas vezes, tudo o que queremos é não olhar, não ter que olhar para o futuro, viver sem precisar se abastecer de qualquer estímulo para tanto. Aí, quando chegamos nesse ponto, começamos a ruminar o passado e isto passa a constituir o nosso presente. Você espera em Deus, ou qualquer coisa ligada a alguma crença pessoal, que algo encontre por você. E passa a esperar. Essa busca, pressentimos, é muito difícil e sofrida, dada a nossa falta de fé, ou até mesmo ao excesso dela, que faz a gente insistir nas coisas. E aí, até esse dia chegar, sem saber se irá chegar, ficamos numa espécie de oração, rezando, ou como qualquer um pode chamar este processo, confiante em que essas orações cheguem até algum "Deus" - e o pior, sem que ele leve em conta os pecados que cada um de nós carrega nas costas. É a vida.
Convidei um senhor de rua para almoçar. Após o almoço, em razão de um aperto de mão, contraí uma uma irritação braba na pele da mão e do punho. Precisei tratar com um remédio forte. No final da consulta, o médico pediu para que eu não fizesse mais isso: "Aprendeu agora, né? Vê se não faz mais isso! Parece maluco..." Apertei a mão dele e disse que, no lugar do conselho, poderia me dar luvas.
Quando a pessoa posta "fazendo a limpa no meu facebook" eu fico me tremendo todo de medo da celebridade de Hollywood me deletar do seu hall de amigos.
Entrei no elevador e vi você. O andar foi subindo. Meu coração também. A porta abriu. Saímos. Nem imagino para onde você foi, onde está agora. Na verdade, já te esqueci, assim como desfiz as malas. Esse foi o único momento em que amei alguém que não conheci. Ali acreditei em amor a primeira vista, mas vi que não necessariamente ele tinha uma conexão com o destino, apenas com o acaso. Não ficamos juntos. Não sabemos a nossa história no infinito de possibilidades em que teremos que passar.
Solidão; barco vazio que passa estacionado. Sozinho à espera de... Com sentido e sem ninguém. Solidão. Vida lenta. Vive mais tempo e devagar. Finais de semana longos como semanas.Televisão; lê; escreve; acesso à rede. Não é orgulho. Razão interior. Consciência. Não se vende. Pode se render. Se rende.Peso da dor. Tombou. Caiu no chão. Não levantou. Acordou. Ali, a pedra. Peso. Saiu dali. Rastejou. Passado. Presente na lembrança. Fora do futuro. Solidão.
Na Uruguaiana, durante a compra de uma esfirra:
"- Cansei, que se foda!
- Calma Simone, você não pode ser assim.
- Que se foda!
- Simone...
- Foda-se da mesma forma, Matheus.
- Não estou acreditando, Si...
- Que se foda!"
As vezes me acho melhor que algumas pessoas. Não deveria, mas acho. Sei também que não sou, mas acho. :-(
As vezes o ônibus passa antes de você chegar no ponto só para você ter que correr e se sentir ainda mais pobre. Aí você entra e encontra um lugar pra sentar e se sente feliz; fica com aquela cara de pão doce até ver um idoso, levantar para dar o lugar, e ir em pé até Vargem Grande pra lembrar novamente quem você é.
Chego à noite no ato dos professores estaduais e um deles grita:
- Golpista, saia daqui, não gostamos de vocês, do seu patrão, safado!"
Respondo calmamente:
- Qual a finalidade desse ato mesmo, senhor?
- Protestar contra o governo, rapaz!
- Seu patrão?
- É...
- Então sai daqui você, porque também não gosto de você e do seu patrão; Tu trabalha pro Pezão, professor malandro, safado #$¨&%#!@!$#%*#
Recebo um pedido de desculpas. Faço um charminho e aceito.
– Moço, o senhor pode pagar pra mim uma vitamina de banana e um pão de queijo?
– Posso, sim, senhora, mas o pão de queijo pede para levar. Peça também mais um salgado pra comer agora com a vitamina.
A atendente questiona:
– Vai pagar mesmo pra ela?
– A senhora faz alguma objeção a utilização do meu próprio dinheiro?
– Não, é que todo dia ela está aqui pedindo uma vitamina de banana.
– Deve ser porque todo dia ela sente a mesma coisa que você: fome.