Coleção pessoal de AlessandroLoBianco

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As palavras saem das escalas e ânsias retomam seus meios. Calam-se de imediato para que as amarras desçam pelo meio. Sai sofrido, dilacerado, sente-se aos prantos e em orações. O peso aumenta até esvaziá-los, para preenchê-los com novas emoções.

As possibilidades se ajustam a diversas verdades. As mais prováveis serão as isentas de preconceitos. Por isso, ela ainda está experimentando outros caminhos; assim, se um dia descobrir que há apenas uma verdade, será então provável que já compreenda...

Na prisão da liberdade, fui condenado à pena perpétua. Esse é o mínimo a pagar, pra quem escolhe a vida certa!

Ele sabia que, mesmo os outros não percebendo, fazia tempo bom lá fora.

Da silva corria com pressa! Batia, mas fingia que não via; às vezes apenas via, mas fingia bater. Assim, conciliava o silêncio à esperteza.

Da silva andava mais pisando do que andando, desviava dos obstáculos da cidade grande.

A classe alta continua a mesma - sempre ganhando mais no vai-e-vem. De pai pra filho vai passando, quando tudo já não tem. Mas de todas essas classes, a pior é a classe média, pois, mesmo próxima do povo pobre, cultuam os ricos com inveja.

A classe média está desesperada, não quer repartir tudo o que tem. Quem teve pouco e agora tem mais ou menos sempre vai buscar mais do que já tem

A classe pobre nada quer. Acostumou a contentar-se com o que tem. Ali, a fé em Deus é o importante, pois quem não tem Deus não tem ninguém.

Escrevo por entre espantos meus. Fico assustado com o que vejo. Mas, ao mesmo tempo, percebo-me interagindo com meus próprios espantos. É difícil não participar. É fácil perceber. Está a realidade a me acusar; escrevo, então, para me defender.

Mas antes que eu me esqueça! Tens aqui a bomba d´água!
Mas não consegue ver que ainda temos sede?

Se o passado não se repete aqui, o presente não mais se difere também, discretamente estaciona.

Hão de ter pessoas ricas e hospitaleiras com reduzidas e grandes ações de solidariedade.

Há no Brasil muitas belezas, mas há também muitas misérias. Como pode tão rico, ser pobre? Tão rico e tão pobre...

Foi mandado hoje embora e sua conta anda mal. Preocupado vai pensando, como cobrir o cheque especial?

Olhem bem essas máquinas barulhentas! Barulhos que todos os dias poluem o nosso silêncio! Que despejam ruído na comunicação, transformando o desenvolvimento intelectual numa necessidade... Faz sentido? Também, são tantos barulhos...

Às vezes, suas consciências e seus corpos são tão usados, que seus pedidos tornam-se totalmente dispensáveis. Nossos sentidos agora podem escutar muitas destas vozes e, de maneira alguma, poderíamos pedir por calma. Nosso alarde é uma perda entre tantas, sufocado pelas mãos opostas e aplaudido pelas esperanças.

As vozes clamam por ajuda! Elas esmolam honestidade. Representam o que há de mais sincero na sociedade, mas, na maioria das vezes, não ecoam a lugar algum...

O espelho multiplicou o número de homens que existe em cada um. E o verdadeiro sujeito não se aceitou e corre perdido por aí.

Por isso, ele ainda circulará. Para que se sintam intimidados com nosso correio. Não temos nada a temer. Nossas cartas não fazem mesmo diferença para eles. Poderão ler tudo, mas não entenderão. Não podem senti-las. Então, as mensagens continuarão a circular. Chegarão a seus bons e verdadeiros destinatários. Estamos nos comunicando!