Cobra
Eu sou uma cobra,
Ando atrás de ti à caça,
Amor tenho de sobra,
Para te dar e agora o que queres que eu faça?
Eu sou um caçador,
Tenho de caçar uma presa,
Para lhe mostrar o meu amor,
E mostrar-lho com clareza!
COBRA FERIDA
Demétrio Sena - Magé
Minhas veias têm versos que jamais compus,
porque mágoas tão fundas não podem fluir;
a minh'alma tem pus, acumula segredos
que não sei dividir sem pesar n'outras almas...
Eu me fumo e não solto, sou fumaça presa,
já tomei cada gole do fel desta vida,
sou a cobra ferida que adentrou a lenda
e prefere ficar, pra não ferir o mundo...
Meu estado é de sítio convertido em coma;
tenho a soma das dores que o tempo produz,
mas não ponho na conta; na cruz de ninguém...
Tanto quanto preciso me abrir ou expor,
por favor eu preciso contar só comigo,
nos limites dos versos que sufoco em mim...
Amante orienta, e não cobra Amante cuida, e não sufoca
Amante zela, mas não bajula
Amante é fogo, mas não queima
Falando em Educação: quando não se cobra (no sentido de incentivar) se acomoda, estagna. Quando coloco o discente e sua família como coitados, indiretamente, estou alimentando a exclusão. Dizer "coitadinhos"; "vulneráveis" gera ação meramente assistencialista, que em nada ajuda. Visualizar e atacar por meio de ação planejada sim gera atitudes logo mudanças longitudinais, não assistencialismo momentâneo que nada mais é que manutenção da dependência, falta de confiança e prisão; servidão.
No meu mundo, amor não é coisa que se deve ou se cobra...
É coisa que flui, que vem, que chega, que preenche, que faz bem...
É coisa que dá sentido ao vazio, que clareia as noites frias, e faz reacender a vontade, outrora sem vida, de sorrir.
É isso, e mais que isso...
É sentimento sem-nome.
É, simplesmente, AMOR!
Reflexão pré 50
Meio século!
A gente se cobra, fica diferente. Tenho pouca ruga no rosto, por exemplo, nunca fiz plástica, nem botox. No rosto, o que me incomoda é a pele da pálpebra do olho, que já teima em ficar flácida e borra todo o meu delineador nos olhos.
O cabelo liso sempre tive e, agora, já tenho que manter louros, pois puxa para um dourado que se mistura aos meus fios grisalhos. E se alguém notar os meus cabelos brancos, dane-se: paciência, eu já não dou tanta importância. Pinto, sim, para mim. Não é para esconder nada, envelhecer não me incomoda. Desde que seja com saúde sempre.
Hoje, acho que me aceito melhor como eu sou e como eu gosto, não para agradar os outros. Eles não pagam minhas contas.
Só digo uma coisa: temos que ter a idade que nos permitimos ter e ser. Se aceitar é fundamental para enxergarmos a pessoa que somos por dentro e por fora, muito além do espelho.
Como a maturidade enxergamos que temos que nos permitir e ser de verdade! Feliz!
Deus perdoa os meus pecados, mas o que eu fiz, ainda que na minha ignorância, Deus cobra – é a Lei da Sementeira.
