Cera
Debaixo do tamarindo
No tempo de meu Pai, sob estes galhos,
Como uma vela fúnebre de cera,
Chorei bilhões de vezes com a canseira
De inexorabilíssimos trabalhos!
Hoje, esta árvore de amplos agasalhos
Guarda, como uma caixa derradeira,
O passado da flora brasileira
E a paleontologia dos Carvalhos!
Quando pararem todos os relógios
De minha vida, e a voz dos necrológios
Gritar nos noticiários que eu morri,
Voltando à pátria da homogeneidade,
Abraçada com a própria Eternidade,
A minha sombra há de ficar aqui!
Só não se esqueça que o amor, é de vidro
E que alguns sorrisos que te dão, são de cera
Que nossa vida aqui, na cidade
É uma fogueira de desilusão
Com faíscas de felicidade
Primavera
Todo o amor que nos
prendera
como se fora de cera
se quebrava e desfazia
ai funesta primavera
quem me dera, quem nos dera
ter morrido nesse dia
E condenaram-me a tanto
viver comigo meu pranto
viver, viver e sem ti
vivendo sem no entanto
eu me esquecer desse encanto
que nesse dia perdi
Pão duro da solidão
é somente o que nos dão
o que nos dão a comer
que importa que o coração
diga que sim ou que não
se continua a viver
Todo o amor que nos
prendera
se quebrara e desfizera
em pavor se convertia
ninguém fale em primavera
quem me dera, quem nos dera
ter morrido nesse dia
Giz de Cera
Uma pessoa, quanto mais ela vive, mais velha ela fica. Essa frase não é verdade, para que uma pessoa quanto mais vivesse, mais velho ficasse, teria de ter nascido pronta e ir se gastando, isso não acontece com humanos, acontece com, fogão, sapato, geladeira, automóvel, cadeiras, mesas ... Isso é que nasce pronto e vai se gastando à medida que se passa o tempo.
Gente, nasce não pronta e vai se fazendo, construindo e reconstruindo, eu, Samuel, em pleno ano de 2021, sou a minha mais nova edição e, evidentemente que não sou inédito, mas eu não sou idêntico, não sou exatamente como era, mas não sou exatamente diferente daquilo que já fui.
O vento que apaga a vela é o mesmo que espalha o incêndio. O vento que derrete a cera, purifica o ouro.
Porque deste a teu filho asas de plumagem e cera
se o sol todo-poderoso no alto as desfaria?
Não me ouviu, de tão longe, porém pensei que disse:
todos os filhos são Ícaros que vão morrer no mar.
Depois regressam, pródigos, ao amor entre o sangue
dos que eram e dos que são agora, filhos dos filhos.
Escorrendo
Feito cera quente
Pelas mãos alheias
Feito lágrimas e sangue
Quando percorre minhas veias
Feito as águas dos rios
Que busca a maré cheia
Feito corpo na ribanceira
Sob a luz da lua cheia
Feito meu pensamento
Que se dissipa e clareia
Feito meus pés
Que afundam na movediça areia
Feito tudo o q não é
Para ficar estagnado no universo
E as estrelas escorrem pelo céu do avesso
Me permitindo um último desejo
Juntem meus pedaços
Pois me cortaram ao meio
E me pintem com a tinta
Que escorre do meu cabelo
E me contenham os temores
Que escorrem da minh'alma
E me refaçam de um jeito
Muito melhor se possível for
Enquanto ainda há tempo
Estou em dilúvio ou diluindo
Meus sentimentos
doravante imperfeitos!!!
É como se chegássemos ao planeta com uma caixa de lápis de cera.
Pode-se ganhar a caixa de 8, ou a de 16...
mas o segredo é o que você faz com eles e as cores que lhe foram dadas.
Não se preocupe em colorir somente dentro das linhas.
Pinte por fora das linhas e fora da página! Não queira me limitar!
" Que a vida não seja como a cera, que se derrete no calor do sol, que da mesma forma não venha si entregar no calor da tentação que o pecado pode aquecer o seu coração por um momento, mais logo sentirá o maior frio de inverno em sua alma, pois, não foi aquecida pelo amor a santidade."
Macumbeira...
Fostes na pedreira
Levando meu nome
Num boneco de cera
Em noite de lua cheia
Macumbeira
Fostes na encruzilhada
Na sacola, ia pipoca, um prato e farofa
Atrapalhada, fizestes a reza errada
Macumbeira
Vieste à minha porta
Com vela, charuto e galinha morta
Tome tento e vê se se comporta
Macumbeira
Deixe de besteira
Arrume outro trabalho
Esse seu funciona ao contrário
Macumbeira
Não vá pela cabeça daquela que te incumba
De mal feitos, feldade, vildade e quizumba
Pois, chuto tudo que é macumba!
Ela é uma mina cremosa!
Faz qualquer bofe torcer o pescoço por onde passa.
Toda trabalhada na cera da macaxeira!
Uma apoteose, um furacão!
Dessas que faz as zinimigas fundarem fã clube pra falarem dela.
Nasceu e foi mergulhada num pote de purpurina e anda por ai, cheia de luz própria!
Não... Ela não tem ideia do quanto é linda, desejada e admirada!
Na verdade, ela tem seu lado inseguro, carente, ingênuo.. às vezes até se acha feinha!
Ela nem é tudo o que dizem que ela é...Mas dizem tanto dela, que o que ela é realmente, se ela contasse, ninguém acreditaria!
Seja sempre sincero (ou sem cera). Deus não aceita vasos rachados ou remendados porque desperdiça o azeite. Quando uma vaso se racha, é necessário fazê-lo de novo.
Ele tem cheirinho de giz de cera. É só olhar para ele que me surge um enxame de boas lembranças. Nem foi preciso convite. Ele veio porque quis, e eu fico porque o quero.
Sou vela acessa!
Mas não sou chama, nem cordão
Sou antes a cera que derrete com a chama
Sem nunca tocá-la
A chama é que me faz arder
O mesmo calor que me aquece, me consome
O mesmo cordão que me sustenta, me abandona
E o que entristece-me é saber
Que um dia serei cera derretida
Sem chama, nem cordão
Serei vela fria, sem calor, sem paixão...
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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